segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

STM-SP divulga balanço do Plano de Expansão

10/01/2011 - Revista Ferroviária 

A Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo divulgou, no final de dezembro, os resultados alcançados pelo Plano de Expansão no período de 2007 a 2010. Das metas estabelecidas, 9% não foram concluídas. Segundo a Secretaria, esse percentual é decorrente do atraso de obras como a construção de linhas e estações metroviárias, que estão sujeitas a interferências externas (desapropriações, cumprimento das metas por parte das empresas, condições meteorológicas etc.).

De acordo com o balanço, 34 trens para a CPTM foram reformados; 76% dos 107 novos trens previstos foram entregues; 90% de 28 novas estações foram concluidas; e 97% de 240 km de linhas estão operando normalmente no metrô. Com relação ao transporte de passageiros, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) transportou, em 2010, 2,2 milhões de passageiros por dia, enquanto o Metrô transportou 3,7 milhões. Além disso, foram entregues 35 trens para a CPTM, e outros 70 foram adquiridos junto à CAF, com previsão de entrega até 2012.

Em andamento

O consórcio Expresso Monotrilho Leste, composto por Queiroz Galvão, OAS, Bombardier Brasil e Bombardier Transport venceu a licitação para a extensão da Linha 2-Verde, operada por monotrilho. Os 24 km de extensão e as 17 estações estão previstos para 2014.

As estações Pinheiros e Butantã, ambas na Linha 4-Amarela, estão em fase de teste dos equipamento de segurança e sinalização e a previsão é de que as duas estações entrem em operação até o final do primeiro semestre de 2011.

A estação Adolfo Pinheiro da Linha 5-Lilás está em obras e a previsão de conclusão é para 2012. Os contratos do trecho Adolfo Pinheiro-Chácara Klabin tiveram, em novembro, as obras foram suspensas pelo Metrô, por suspeita de fraude na licitação.

Ainda no papel

As construções da Linha 6-Laranja, Linha 15-Branca e o monotrilho da Linha 16-Prata ainda estão em fase de elaboração dos projetos básicos, previstos para março.

A licitação para o monotrilho Linha 17-Ouro (Morumbi - Aeroporto de Congonhas) está suspensa por liminar emitida pelos moradores da Vila Inah, mas a área jurídica do Metrô está atuando para continuar o processo até a fase da assinatura dos contratos.

O VLT da baixada santista também está suspenso por uma liminar emitida pela Viação Piracicabana, e ainda não tem previsão de nova concorrência.

Operação assistida nas estações Vila Prudente e Tamanduateí podem durar até julho

07/01/2011 - Folha Vila Prudente - Kátia Leite

Após a posse na tarde do dia 5, o novo secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernando Ribeiro Fernandes, mencionou um prazo não muito animador para expansão do horário de funcionamento: primeiro semestre. Ou seja, até julho os moradores da região podem continuar na expectativa para conseguir usar efetivamente as estações Vila Prudente e Tamanduateí da Linha 2-Verde.

No início desta semana, a assessoria de imprensa da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô havia informado que não existe previsão para o término da operação assistida nas estações Vila Prudente e Tamanduateí da Linha 2-Verde. As duas paradas funcionam apenas das 8h30 às 17h.

Na nota encaminhada à redação, a assessoria do Metrô menciona que a operação assistida visa “familiarizar a população” sobre a utilização das novas tecnologias oferecidas. A estação Vila Prudente foi inaugurada há mais de quatro meses, no dia 21 de agosto de 2010, e a Tamanduateí exatamente um mês depois. Vale ressaltar que nas demais estações da Linha 2 o prazo de “familiarização” durou cerca de 20 dias.

Apesar de indagada pela reportagem, a assessoria foi vaga na hora de mencionar os problemas que vêm dando muita dor de cabeça à direção do Metrô. A nota cita apenas que a operação assistida visa ainda “realizar os ajustes finais na operação de novos sistemas e equipamentos implantados” e repete outras afirmações feitas anteriormente (Leia a nota na íntegra).

Em seu site, no dia 23 de dezembro, o Metrô publicou na prestação de contas 2007 -2010 do Plano de Expansão que “dificuldades técnicas na implantação do novo sistema de sinalização e controle da movimentação dos trens, sob responsabilidade da Alstom, são a principal razão do atraso na operação em horário pleno”.

Conforme a Folha VP destacou em novembro, este novo sistema de controle de trens, conhecido pela sigla inglesa CBTC, foi implantado na Linha 2, justamente nas estações Vila Prudente e Tamanduateí. Se estivesse funcionando como o esperado, o CBTC permitiria que mais composições fossem disponibilizadas na rede, diminuindo o intervalo entre elas e consequentemente, a espera nas plataformas. Enquanto todo o conjunto de operação deste sistema (sinalização, comunicação e segurança) não estiver em excelentes condições, pode gerar riscos aos usuários.

A reportagem questionou também se será adotada alguma medida, inclusive judicial, contra a empresa fornecedora do sistema problemático. O Metrô não respondeu.

SP revê prazos e promete apenas uma linha nova de metrô até 2014

10/01/2011 - Folha de São Paulo

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) dará continuidade ao plano de expansão do transporte coletivo em São Paulo, mas já começou a rever prazos e avalia não ser possível terminar até 2014 boa parte do que era divulgado pela gestão tucana de José Serra.

De acordo com reportagem de Alencar Isidoro e Cátia Seabra publicada na edição desta segunda-feira da Folha (íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL), apenas uma de quatro linhas de metrô anunciadas pelo antecessor está bem-encaminhada para conclusão até a Copa. E dois dos três monotrilhos podem sair do papel até lá, bem como a expansão de trens.

O novo secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, também já declarou apoio "incondicional" ao trem-bala, bandeira dos petistas Lula e Dilma.

Fernandes revelou à Folha que sonha com a volta dos trens regionais, e considera que quatro percursos seriam essenciais: São José dos Campos-SP, Campinas-SP, Sorocaba-SP e Santos-SP. Os dois primeiros integram o trem-bala (até 350 km/h).

Das quatro principais propostas de metrô do plano de Serra, duas já têm a entrega comprometida no prazo: a linha 5-lilás até a Chácara Klabin, cuja licitação é suspeita de fraude, e a linha 6-laranja. A proposta mais encaminhada até 2014 é a conclusão das duas fases da linha 4-amarela.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Expansão do Metrô de SP atrasa e sofre alterações; veja a situação das linhas

09/01/2011 - Guilherme Balza  - UOL Notícias 

Carro-chefe da gestão do tucano José Serra no governo de São Paulo, o projeto Expansão SP, que prevê para 2014 a implantação de cinco linhas de Metrô, do trem de Guarulhos, além da ampliação das linhas verde e lilás, enfrenta atrasos no andamento das obras e sofrerá alterações na gestão de Geraldo Alckmin (PSDB).

Quando foi anunciado, em 2007, o Expansão SP previa que a região metropolitana teria, até o ano da Copa do Mundo no Brasil, mais de 400 km de linhas com qualidade do Metrô. Para atingir a meta, o governo prometeu reestruturar as linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), além de inaugurar linhas novas e ampliar as que já existem.

As linhas da CPTM passaram por reformas, receberam novas estações e ganharam mais composições. O intervalo de passagens dos trens diminuiu, embora ainda não esteja com o padrão do Metrô. A expansão do Metrô, no entanto, enfrenta problemas na licitação de novos trechos, adiamentos na inauguração de novas estações e atrasos no início das obras.

A nova gestão, conduzida pelo secretário Jurandir Fernandes, pretende retomar o modelo de PPPs (Parcerias Público-Privadas) nas obras e incluir o ABC no plano de expansão.

Veja abaixo a situação das linhas que integram o plano Expansão SP.


Linha 4-Amarela



Quando a licitação para a construção da Linha Amarela foi lançada, em 2001, a promessa era inaugurar a primeira fase da obra --com as estações República, Luz, Faria Lima, Pinheiros e Butantã-- em 2006 e a segunda fase --estações Higienópolis/Mackenzie, Oscar Freire, Fradique Coutinho, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia-- em 2009.

No entanto, ao longo do segundo mandato de Alckmin (2003-2006) e da gestão Serra (2007-2010), o prazo de entrega da primeira fase foi postergado várias vezes, para 2007, 2008 e 2010. As duas primeiras estações da linha --Paulista e Faria Lima-- só foram inauguradas em maio de 2010.

Durante as gestões de Serra e Alberto Goldman, o prazo máximo dado para a inauguração das estações Pinheiros e Butantã foi dezembro de 2010, mesma data em que o horário de funcionamento da linha seria ampliado das 4h40 à 0h. Entretanto, até agora as estações não foram inauguradas, e a linha continua operando em horário reduzido, das 9h às 15h.

O novo secretário dos Transportes Metropolitanos estendeu, na última quarta-feira (5), o prazo de inauguração das estações Pinheiros e Butantã para o final do primeiro semestre, ou seja, mais de seis meses da data prometida pela gestão anterior.

Já o funcionamento em horário integral das estações Paulista e Faria Lima, bem como das paradas Tamanduateí e Vila Prudente (Linha 2-Verde), deve ocorrer ao longo do primeiro semestre, mas ainda não há data definida.

Em entrevista à rádio CBN na semana passada, Geraldo Alckmin prometeu inaugurar as estações Luz e República da Linha Amarela até o final do ano --além das estações Pinheiros e Butantã-- e entregar toda a linha até 2012. “Nós pretendemos, no menor prazo possível, entregar Butantã e Pinheiros, mais duas [estações] no segundo semestre e ter toda a linha inaugurada até 2012. São 11 estações”, disse o governador.

Questionada sobre o atraso na entrega das estações Pinheiros e Butantã, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) afirmou que “as estações já estão prontas”, mas “a operação ainda não foi iniciada porque os testes dos sistemas de sinalização, bem como a certificação de segurança, não estão concluídos.”


Linha 5-Lilás


Em março de 2008, a conclusão do prolongamento da Linha Lilás, do Largo Treze até a Chácara Klabin, estava prevista para 2012, com a estação Adolfo Pinheiro inaugurada entre 2009 e 2011. Até agora nenhuma delas foi aberta ao público, e o prazo para a conclusão da linha foi postergado para 2014.

Para que a data prometida seja cumprida, o governo deverá ter que licitar a maior parte da obra novamente, já que, ao que tudo indica, a atual licitação será anulada por suspeita de fraude. O Ministério Público acusou as empresas vencedoras de terem formado um cartel e pediu ao Metrô que paralisasse as obras. Após a denúncia do MP, Goldman ordenou, em dezembro do ano passado, a suspensão das obras.

Agora, as empresas têm até o dia 14 de janeiro para apresentar recurso comprovando que não houve formação de cartel. Em entrevista à rádio Jovem Pan, Alckmin afirmou que, caso seja necessária uma nova licitação, o governo poderá construir o prolongamento da Linha Lilás por meio de PPP.

“Essa mesma linha foi licitada em 2009, foi anulada e foi feito um novo edital. Nós vamos para o terceiro edital”, disse Alckmin. “A linha poderá ser construída com dinheiro do governo ou por PPP. Isso está sendo analisado”, afirmou.


Linha 6-Laranja


O ex-governador José Serra esperava lançar a pedra fundamental da futura Linha Laranja do Metrô ainda em sua gestão. No anúncio da obra, em março de 2008, o então secretário dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, prometeu entregar o maior trecho da linha --da Freguesia do Ó até a estação São Joaquim da Linha 1-Azul-- em 2012.

Em entrevista ao UOL Notícias em junho de 2010, Portella revisou o prazo, mas prometeu que a obra estaria pronta no máximo em 2014. Contudo, até agora sequer o projeto executivo da obra foi concluído. “Essa [linha] tem que terminar o projeto executivo, que ainda não tem, licitar a obra e buscar financiamento externo para fazê-la”, afirmou Alckmin na entrevista à CBN.

Quando pronta, a Linha Laranja deve ligar o Oratório, na zona leste, à Brasilândia, no extremo norte da capital.


Linha 17-Ouro


Outra linha que ainda não saiu do papel é a Linha Ouro, que ligará as estações Jabaquara e São Judas (ambas na Linha Azul) ao aeroporto de Congonhas e ao Morumbi. Na entrevista ao UOL Notícias, Portella afirmou que o trecho entre o Jabaquara e o aeroporto de Congonhas estaria pronto em 2014, mas o prazo corre risco de não ser cumprido.

A linha será operada por metrô leve, conhecido também como monotrilho, e será elevada. A obra já foi licitada, mas uma decisão judicial de dezembro do ano passado suspendeu a execução. A juíza Celina Kiyomi Toyoshima atendeu ao pedido da Associação Sociedade dos Amigos de Vila Inah (Saviah), que solicitou a suspensão da homologação da licitação internacional para a elaboração do projeto, fabricação, fornecimento e implantação do monotrilho.

A associação alega que o projeto não respeita a lei federal de licitações por não incluir no processo licitatório a licença ambiental da obra. Os moradores da região do Morumbi também dizem que a estrutura de concreto e aço que sustentará a linha irá alterar a paisagem e desvalorizar a área.

Na entrevista à Jovem Pan, Alckmin disse que o fato de o estádio do Morumbi ter sido descartado para a Copa do Mundo não altera os planos do governo para a Linha Ouro. “A linha vai chegar ao Morumbi independente da questão do estádio”, afirmou. “Ela está suspensa por uma medida judicial, estamos tentando resolver essa questão para poder tocar a obra e executá-la.”
Trem de Guarulhos

O novo governador sinalizou, na entrevista à rádio CBN, que a atual gestão abandonará o projeto de construção da Linha 14-Ônix da CPTM, batizada de Expresso Aeroporto, que ligaria a estação da Luz ao Aeroporto Internacional de Guarulhos. A linha estava prevista no plano Expansão SP e a inauguração também foi prometida para 2014.

Segundo Alckmin, para atender Guarulhos, o governo pretende construir, por meio de PPP, a Linha 13-Jade da CPTM --também prevista no Expansão SP-- que ligará a estação Brás (da Linha 3-Vermelha, do Metrô, e Linha 13-Safira, da CPTM) ao Parque Cecap, em Guarulhos, mas que não chegará até o aeroporto.

Apesar de descartar o Expresso Aeroporto, o governador afirmou que a sua gestão dará “total apoio” ao governo federal para a construção do Trem de Alta Velocidade, que ligará os aeroportos de Viracopos, em Campinas, Campo de Marte, em São Paulo, Guarulhos (Grande SP) e Galeão, no Rio de Janeiro, com paradas em Jundiaí (SP), São José dos Campos (SP), Aparecida (SP) e Barra Mansa (RJ).

“Vou fazer por PPP o Expresso Guarulhos (Linha Jade), independente do aeroporto, para atender uma cidade de 1,5 milhão de habitantes e o seu entorno”, disse Alckmin.

Questionado sobre a data de conclusão da obra, o governador afirmou: “Você não faz um expresso em 24 horas. Nós vamos imediatamente formatar a PPP, preparar o projeto executivo e lançar o edital. Para a ligação do aeroporto nós vamos ajudar o governo federal a implantar o trem de alta velocidade”.
Outras linhas

Também estão previstas, no Expansão SP, a Linha 15-Branca do Metrô, que ligará a estação Vila Prudente da Linha Verde à futura estação Tiquatira, cruzando a Linha Vermelha do Metrô e as linhas Safira e 11-Coral da CPTM; e a Linha 16-Prata, que unirá, via monotrilho elevado, a estação Lapa da CPTM à Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte.

A expectativa da antiga gestão era inaugurar essas duas linhas também até 2014, mas as obras sequer foram licitadas. Até agora, somente o projeto funcional de ambas as linhas foi concluído. O governo ainda não iniciou a contratação das empresas que farão o projeto básico.
Metrô no ABC

Logo após assumir a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes afirmou que a atual gestão pretende levar o Metrô até os municípios do ABC, obra que não estava prevista no Expansão SP. 

Já há um projeto funcional elaborado pela Prefeitura de São Bernardo do Campo. A proposta prevê a implantação de uma linha de metrô leve de 23 km, que começaria no bairro do Alvarenga, em São Bernardo do Campo, e terminaria na estação Tamanduateí do Metrô e da CPTM, em São Paulo, passando pelos municípios de Santo André e São Caetano.

O projeto prevê o transporte diário de 300 mil pessoas. Nos próximos dias, o secretário irá se reunir com os prefeitos da região para discutir o projeto.

Além do ABC, a nova gestão pretende retomar ainda o prolongamento da Linha Amarela até o município de Taboão da Serra.

Procurada pela reportagem, a STM não informou se as novas estações da Linha Lilás e as linhas Laranja, Ouro, Branca, Prata e o trem de Guarulhos estarão prontos até 2014, conforme prometido no lançamento do plano Expansão SP. O UOL Notícias também procurou o ex-secretário José Luiz Portella, mas ele estava em viagem e não pôde atender a reportagem.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Plano de Expansão - Prestação de Contas 2007 - 2010

23/12/2010 - CPTM

O Plano de Expansão desenvolvido pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo atingiu 91% das metas estabelecidas para o quadriênio 2007-2010:

- Reforma de 34 trens para CPTM: 100% realizado
- Entrega de 107 novos trens para Metrô e CPTM: 76% realizado
- Entrega de 28 novas estações para Metrô e CPTM: 90% realizado
- Operação de 240 km de linhas com qualidade de metrô: 97% realizado

A construção de estruturas complexas, como linhas e estações metroviárias, trabalha com prazos estimados, que podem sofrer interferência de fatores externos e variar dentro de um intervalo de tempo entre um mês a menos e cinco meses a mais da data estipulada, chamada "tempo mais cedo". A adequação do cronograma não caracteriza o descumprimento de sua efetiva realização. 

PROJETOS

METRÔ

Em 2010 o Metrô está transportando 3,7 milhões de passageiros/dia, 36% mais do que no início de 2007. Algumas linhas, como a L2 - Verde e a L5 - Lilás, tiveram, entre 2007 e 2010, intervalos reduzidos, passando de 150 para 135 segundos e de 307 para 222 segundos, respectivamente. A frota, no período 2007-2010, aumentou 40%.

INDICADORES* 

Passageiros transportados/Dia Útil passaram de 2.754 mil, em 2007, para 3.744 mil, em 2010

A frota [operacional + reserva] passou de 117 trens, em 2007, para 164, em 2010

*Dados novembro/2010

Trens
Foram entregues 47 [7 na Linha 1 - Azul; 16 na Linha 2 - Verde; 10 na Linha 3 - Vermelha e 14 na Linha 4 - Amarela]. Além desses, outras 54 composições já foram contratados, e 50 estão sendo licitados.

Linha 2-Verde
- O trecho entre Sacomã e Vila Prudente já está funcionando em regime de operação assistida, das 8h30 às 17h00. 

- A extensão do horário operacional se dará assim que todos os rigorosos protocolos de testes sejam finalizados. Dificuldades técnicas na implantação do novo sistema de sinalização e controle da movimentação dos trens, sob responsabilidade da Alstom, são a principal razão do atraso na operação em horário pleno.

Linha 2-Verde - Prolongamento até Cidade Tiradentes [monotrilho]
- Os trens e a respectiva via estão contratados pelo Metrô, desde setembro de 2010. Serão, no total, 24 Km e 17 estações que estarão entregues até 2014.

- As estações Vila Prudente e Oratório estarão prontas em 2012, conforme prometido e as obras estão em pleno andamento

Linha 4-Amarela
- As estações Pinheiros e Butantã estão prontas. 

- A operação dessas duas estações não foi iniciada porque os testes dos sistemas de sinalização e a certificação de segurança, sob responsabilidade da Concessionária Via Quatro, não estão concluídos.

- O Concessionário informou ao Poder Concedente que o trecho entrará em operação em meados de 2011.

Fase II:
- Estão em curso as licitações para a pré-qualificação de empresas e consórcios para a execução das obras civis da Estação Vila Sônia, terminal de ônibus Vila Sônia e acabamento das demais estações dessa fase. 

- As sessões para recebimento de envelopes com a documentação das licitantes aconteceram no dia 22 de dezembro. Após essa etapa, as empresas qualificadas enviarão as propostas comerciais.

Linha 5-Lilás
- Estação Adolfo Pinheiro em obras, previsão de conclusão em 2012.

- Os contratos do trecho Adolfo Pinheiro-Chácara Klabin tiveram as ordens de serviços para as obras suspensos pelo Metrô desde 9 de novembro. 

- O Metrô propôs a invalidação do processo licitatório, alinhando-se à recomendação da Corregedoria do Estado.

Linha 6-Laranja
- 14 km de extensão e 14 estações.

- Projeto funcional concluído.

- Projeto básico em fase final de elaboração, com previsão de conclusão em março de 2011. 

- Previsão de contratação das obras: final de 2011.

Linha 15-Branca
- 10 km de extensão e 10 estações.

- Fundamental para a integração entre as linhas da zona leste, descongestionando a Linha 3-Vermelha.

- Conexões com as Linhas 2-Verde e 3-Vermelha do Metrô, e com as linhas 11-Coral e 12-Safira da CPTM.

- Projeto funcional concluído.
Contratação do projeto básico prevista para março de 2011.

Linha 16-Prata [monotrilho]
- 8 km de extensão e 9 estações.

- Conectará a Estação Lapa da CPTM e o bairro de Cachoeirinha, na zona norte.

- Projeto funcional concluído.

- Publicação do edital para contratação do projeto básico prevista para meados de 2011.

Linha 17-Ouro [monotrilho]
- 18 km e 18 estações.

- Ligará as linhas 1-Azul e 4-Amarela, com conexões nas linhas 5-Lilás e 9-Esmeralda da CPTM, atendendo as regiões de Paraisópolis e Berrini e o Estádio do Morumbi, além do aeroporto de Congonhas. 

- Obras em processo de licitação. O Poder Judiciário, a pedido da Associação Sociedade dos Amigos da Vila Inah, proferiu decisão liminar que impede a assinatura do contrato.

CPTM
Em 2010 a CPTM está transportando 2,2 milhões de passageiros/dia, 37% mais do que no início de 2007.Algumas linhas, como a L9 - Esmeralda e a L12 - Safira, tiveram, entre 2007 e 2010, intervalos reduzidos, passando de 7 para 5 minutos e de 11 para 6 minutos, respectivamente.

INDICADORES* 

Passageiros transportados/Dia Útil passaram de 1.633 mil, em 2007, para 2.232 mil, em 2010

O intervalo médio passou de 9 minutos, em 2007, para 6 minutos, em 2010

*Dados novembro/2010

Trens
Entre 2007-2010 foram entregues 35 trens na CPTM [6 na Linha 7 - Rubi; 20 na Linha 9 - Esmeralda; 2 na Linha 11 - Coral e 7 na Linha 12 - Safira]. Além desses, mais 70 trens já foram comprados e serão entregues até meados de 2012.

Parte desses 70 trens deveria ter sido entregue ainda este ano. O atraso é de responsabilidade da fabricante CAF, que está sendo devidamente punida, de acordo com as regras contratuais.

Estações
Na CPTM, além de seis novas estações implantadas [Autódromo, Primavera-Interlagos, Grajaú, Jd. Helena-Vl. Mara, Jd. Romano e USP-Leste], outras 11 foram reconstruídas, ou seja, tiveram seus edifícios demolidos para dar espaço a novas construções, totalizando 17 estações novas entregues. Além destas, 17 estações existentes passaram por adaptação de acessibilidade universal.

Estão em obras outras oito estações [Franco da Rocha, Fancisco Morato e Vila Aurora, na Linha 7; Osasco e Barueri, na Linha 8; Ferraz de Vasconcelos e Suzano, na Linha 11; e São Miguel Paulista, na Linha 12] que serão entregues no decorrer de 2011. 

Metrô sairá de SP e chegará a Taboão, ABC e Guarulhos

06/01/2011 - O Estado de São Paulo - Eduardo Reina e Renato Machado - 

Gestão Alckmin estabelece extensões como prioridade; VLT para São Bernardo já tem projeto e conta com verbas federais

Uma das prioridades da gestão Geraldo Alckmin (PSDB) para os transportes é expandir a rede de Metrô para fora dos limites da capital. O primeiro projeto a ser implementado é a ligação para a região do ABC em formato de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Outra área beneficiada é Taboão da Serra - que receberá a extensão da Linha 4 - Amarela. Haverá ainda parceria público-privada (PPP) para construir um novo ramal ferrometroviário para Guarulhos.

"O ABC é um dos primeiros assuntos que quero tratar", disse ao Estado o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. Em uma semana, ele vai reunir-se com os prefeitos da região para finalizar a discussão do assunto, que já tem o projeto funcional concluído.

Em março de 2010, a prefeitura de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, entregou à Secretaria dos Transportes Metropolitanos o projeto do metrô leve. É sugerida a ligação do ABC à capital paulista por um trajeto de 23 quilômetros, a ser percorrido em cerca de 30 minutos. O percurso contará com 18 estações, entre o bairro Alvarenga, em São Bernardo, passando por São Caetano do Sul, até a Estação Tamanduateí do Metrô, na zona leste da capital.

"O projeto básico vai definir se o metrô leve vai até o Alvarenga, como entendemos que é o ideal, ou até o Paço, como defende o Metrô. Mas o importante é que o governador Alckmin mostre essa disposição em atender esse direito da nossa região de ter uma ligação direta com o Metrô ", diz o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho.

O projeto prevê o transporte de 300 mil pessoas por dia, com capacidade para 20 mil pessoas por hora/sentido nos períodos de pico. "A prefeitura já havia feito a sua parte, custeando o projeto funcional, de R$ 1,3 milhão, e viabilizando com o governo federal recursos da ordem de R$ 27,6 milhões para o projeto básico, a ser realizado pelo Metrô", explica Marinho.

Taboão. O contrato da parceria público-privada (PPP) para a Linha 4-Amarela já prevê a extensão até Taboão da Serra. O trecho vai beneficiar 750 mil moradores em seis municípios: Taboão da Serra, Itapecerica da Serra, Embu-Guaçu, Embu, São Lourenço e Juquitiba.

"A região sudoeste da Grande São Paulo é a mais pobre, com grande índice de desemprego. O metrô vai ajudar milhares de pessoas que lotam os pontos de ônibus às 4 horas para ir trabalhar em São Paulo", diz o secretário de Transportes de Taboão da Serra, Claudinei Pereira.

Sobre Guarulhos, a atual gestão pretende buscar definições sobre o terceiro terminal de Cumbica para definir o Expresso Aeroporto. No entanto, quer concluir a linha até o município da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). "Deve ser uma das primeiras PPPs que faremos", disse Fernandes.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Novas estações da Linha Amarela do Metrô seguem sem data de abertura

05/01/2011 - Daniel Gonzales e Gabriel Vituri - Estadão.com.br

Desde 2001, governo estadual divulgou oito prazos para conclusão da primeira fase da Linha 4

SÃO PAULO - Mais de sete meses após a inauguração de duas estações - Faria Lima e Paulista - da Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo, continua sem data definida a abertura de outras quatro paradas (Butantã, Pinheiros, República e Luz) que possibilitarão a conclusão da primeira fase das obras. O novo secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, afirmou, ao assumir o mandato, no último dia 1°, que a entrega das estações restantes fica para "até o fim de 2011", embora tenha dito que não "gostaria de precisar esperar até lá". É a oitava data divulgada pelo governo do Estado desde 2001, quando foram abertas as licitações para a construção da linha. As sete anteriores não foram cumpridas. Até agora, mais de R$ 2,3 bilhões já foram investidos nas obras.

Nilton Fukuda/AE - 13/9/2010
Nilton Fukuda/AE - 13/9/2010
Estação Paulista, inaugurada em maio de 2010

Veja também:



Além da falta de prazo, o trajeto já aberto ainda não dispõe de tecnologias prometidas para a Linha 4, considerada uma das mais modernas do mundo. O sinal de antena para celulares, presente em todas as outras linhas, ainda não começou a funcionar. Também não há prazo para as estações ganharem rede Wi-Fi (internet sem fio de livre acesso, presente em aeroportos, shoppings, hotéis e outros), como chegou a ser prometido ao longo da construção. As modernas escadas rolantes, que dispõem de um sistema de economia de energia automático, reduzindo a velocidade em caso de baixo movimento, ficam subutilizadas durante vários minutos ao longo do pequeno horário de funcionamento.

Segundo o Metrô, "a entrega (das demais estações da primeira fase) depende da conclusão bem sucedida de uma série de complexos e exaustivos protocolos de testes". A previsão, por enquanto, se restringe aos "próximos meses". Primeiramente, devem ser entregues Butantã e Pinheiros, cujas obras de engenharia já foram concluídas.

Quanto às demais estações (Fradique Coutinho, Oscar Freire, Higienópolis, Morumbi e Vila Sônia), um documento de prestação de contas da Secretaria de Transportes Metropolitanos, do fim do ano passado, trouxe a data de 2012, sem especificar o mês, para a abertura. Mas o próprio Metrô, no ano passado, falou em 2013. As obras para esta fase, que incluem um túnel para manobra de trens e a finalização das estações, se encontram em fase de início e preveem investimentos de mais US$ 344 milhões.

No fim do ano passado, segundo um engenheiro que participou dos ensaios nas estações que passam pelos testes, os protocolos envolveram ensaios de abertura e fechamento do sistema de portas de plataforma, que em algumas estações apresentou problemas pontuais. De acordo com ele, "fazem-se mil paradas" dos trens nas plataformas, por exemplo. Destas, as composições devem se alinhar com precisão milimétrica às portas em "997 ou 998 vezes, no mínimo."

Caso pequenos ajustes sejam necessários, o protocolo deve ser repetido até que haja a certeza plena do funcionamento perfeito, conta ele. Assim também ocorre com sistemas de sinalização, comunicação e com o desempenho dos próprios trens, em itens como frenagem, aceleração, ar condicionado, etc. "São dezenas de itens testados exaustivamente", diz.

Alckmin deve anular licitação da Linha 5-lilás

05/01/2011 - Folha de São Paulo

A decisão tende a inviabilizar a entrega da obra completa até 2014 – último ano do mandato e quando haverá Copa do Mundo no país. "A impressão que se tem é que dificilmente a licitação vai poder ser aproveitada. Provavelmente vai ter que se fazer uma nova licitação", declarou Geraldo Alckmin.

A suspeita de fraude foi levantada após a Folha revelar, em outubro passado, que conhecia os vencedores de lotes da licitação com seis meses de antecedência. A denúncia levou à suspensão do processo de contratação das empresas da linha 5 no final do governo Alberto Goldman (PSDB). Há um mês, a Corregedoria do Estado também concluiu suas análises e verificou indícios de conluio entre as vencedoras da licitação.

O prolongamento da linha 5 visa ligar a estação Largo Treze à Chácara Klabin, com 12 km e 11 novas estações. O cronograma da obra – prevista para demorar três anos e oito meses – já era considerado apertado pela equipe de Alckmin para que ficasse pronta até a Copa.

Prazo Apertado

Durante a transição, antes de ser nomeado como novo titular da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes disse que, caso a concorrência fosse cancelada, uma nova levaria no mínimo mais seis meses – devido aos trâmites burocráticos – e ficaria comprometida a entrega da linha 5-lilás até 2014.

"Qualquer meio mês de atraso prejudica", afirmou Fernandes à Folha na época. O engenheiro já havia sido titular da mesma pasta na gestão anterior de Alckmin e foi um dos homens de confiança do tucano durante a campanha e a transição.

Alckmin disse ontem que as empresas que disputaram a licitação da linha 5 – e que negam irregularidades – ainda poderão apresentar recurso antes da decisão do Metrô. Mas disse que a posição inicial foi pela anulação.

A gestão tucana passou a avaliar a possibilidade de fazer uma nova concorrência por meio de PPP (Parceria Público-Privada), semelhante à da linha 4-amarela. A proposta está em estudo. 
Nesse caso, alguns técnicos consideram viável (embora com dificuldade) a hipótese de dar incentivos para a iniciativa privada tentar acelerar parte da construção – para que pelo menos algumas estações estejam prontas dentro de quatro anos.

Especialistas, porém, minimizam a relevância da linha 5 especificamente para a Copa – exaltam sua importância para os deslocamentos diários da população.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Linha 5 do Metrô deve ter nova licitação e pode ser feita PPP

03/01/2011 - Anne Warth e Gustavo Uribe - Agência Estado

Anulação de processo ocorreu após descoberta de fraude e empresas podem recorrer do cancelamento

SÃO PAULO - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira, 3, que dificilmente a licitação da Linha 5-Lilás do Metrô de São Paulo poderá ser aproveitada. De acordo com ele, a companhia já declarou a anulação do processo licitatório e deu prazo para que as empresas envolvidas recorram. "Dificilmente a licitação vai poder ser aproveitada e provavelmente vamos ter de fazer uma nova licitação", afirmou Alckmin.

"As empresas estão recorrendo, o governo vai reavaliar e, se mantiver a decisão, vamos ter de fazer uma nova licitação", afirmou. Segundo ele, o governo está estudando a possibilidade de que a nova licitação seja feita por meio de Parceira Público-Privada (PPP), aos moldes do que foi com a Linha 4-Amarela.

Em outubro do ano passado, o jornal Folha de S.Paulo publicou que houve fraude na licitação dos lotes da Linha 5 do Metrô paulista. O jornal registrou em cartório o nome das empresas que venceriam os lotes meses antes da abertura dos envelopes com as propostas.

Primeira fase da Linha 4 do metrô fica pronta em 2011

01/01/2011 - RODRIGO PETRY - Agência Estado

O secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, disse hoje que até o final de 2011 deve ser finalizada a primeira fase das obras de construção da Linha 4 - Amarela da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). "Nós vamos completar a Linha 4, que é uma das mais importantes da cidade de São Paulo em razão da mobilidade", afirmou o secretário, ressaltando também a importância do modelo adotado de Parceria Público-Privada (PPP). "Nós precisamos mostrar para o capital privado que a união com o Estado funciona", comentou, após a cerimônia de posse do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

A primeira fase da Linha Amarela estará concluída com as inaugurações das estações Butantã, Pinheiros, República e Luz, que se juntarão às já entregues Faria Lima e Paulista. O secretário disse, porém, que "não gostaria de esperar até o final (do ano) para concluir as obras". Segundo ele, uma das primeiras iniciativas de sua gestão frente à Secretaria de Transportes Metropolitanos será estender, por tempo integral, a operação da Linha 4 entre as estações Paulista e Faria Lima, que atualmente operam somente de segunda a sexta-feira, das 9h às 15h.

Sobre o reajuste do preço das passagens do metrô, o secretário disse que ainda não discutiu o tema com Alckmin. "Ainda temos 40 dias para pensar nisso. Tudo o que eu falar agora é chute", afirmou. Fernandes destacou que o governo vai trabalhar para descentralizar as decisões operacionais do metrô, o que poderia acelerar a resolução de eventuais problemas técnicos. "O metrô vem trabalhando no limite de sua capacidade de viagens", reconheceu.