quinta-feira, 28 de abril de 2011

Linha 4-Amarela do Metrô amplia horário de funcionamento na próxima segunda-feira

28/04/2011 - Metrô SP

Estações Paulista, Faria Lima e Butantã passarão a ter operação comercial das 4h40 às 15h, de segunda a sexta-feira

O governador Geraldo Alckmin anunciou a ampliação do horário de funcionamento da Linha 4-Amarela de Metrô (Vila Sônia-Luz) a partir da próxima segunda-feira, 2 de maio. As três estações já em operação comercial na nova linha metroviária, Paulista (com integração com a Linha 2-Verde), Faria Lima e Butantã, passarão a funcionar das 4h40 às 15h, de segunda a sexta-feira, inclusive feriados. Atualmente, o horário é das 8h às 15 horas. 

Com esta ampliação de horário (acréscimo de 3h20), a previsão é de que a Linha 4 aumente sua demanda atual, de 29 mil usuários/dia, para cerca de 50 mil passageiros/dia. Alckmin também confirmou a data de início da operação comercial da estação Pinheiros da Linha 4-Amarela: dia 16 de maio.

Operada por concessionária privada, a ViaQuatro, a Linha 4-Amarela terá sua primeira etapa de implantação concluída no segundo semestre deste ano, com a inauguração das estações República (local de integração com a Linha 3-Vermelha) e Luz (integração com a Linha 1-Azul), com a previsão de transportar diariamente cerca de 700 mil passageiros.

Até 2014, a Linha 4-Amarela (com 12,8 km de extensão entre Vila Sônia e a estação Luz, na área central da capital) deverá ampliar sua demanda diária para mais de 900 mil usuários, com a entrada em operação comercial das estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, Fradique Coutinho, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Governo confirma Inauguração da Estação pinheiros para 16 de maio. Linha 4 terá horário ampliado

26/04/2011 - G1

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou na manhã desta terça-feira (26) que a Estação Pinheiros, da Linha 4-Amarela do Metrô, será inaugurada no dia 16 de maio, conforme foi adiantado pelo nosso Portal. Alckmin disse também que a partir do dia 2 de maio a Estação Butantã, também da Linha 4, vai funcionar das 4h40 até as 15h. Hoje, ela só abre às 8h. As estações só devem operar nos fins de semana a partir do fim do ano, quando serão inauguradas as Estações Luz e República. O secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado, Jurandir Fernandes, ressaltou que a integração deve ser feita até 30 de junho.
Em janeiro, a Estação Pinheiros iniciou a fase de testes. A construção ficou a cargo do consórcio Via Amarela. A Linha Amarela terá 12,8 km de extensão e vai ligar o bairro da Luz (região central) à Vila Sônia (Zona Sul).

Até agora, só as estações Faria Lima, Paulista e Butantã foram inauguradas. Junto com as paradas República e Luz, a de Pinheiros faz parte da primeira fase da obra, que, de acordo com o Metrô, custou R$ 3,8 bilhões (incluindo participação privada).

A previsão do Metrô é que cerca de 350 mil pessoas passem por dia pelas estações Pinheiros e Butantã. Para entrar em Pinheiros, o usuário não encontra catracas, mas portas de vidro que se abrem quando a passagem é paga. Até a plataforma, distante 30,95 metros da superfície, o passageiro opta por escadas comuns, 32 escadas rolantes e dois elevadores. A construção tem ao todo seis andares.

Grande parte do teto da Estação Pinheiros contém vidro, aproveitando a luz natural. As escadas rolantes têm sensores e só funcionam quando alguém chega perto. Para esperar o trem, se for o caso, há bancos para obesos.

A plataforma, que tem 132 metros de comprimento, é toda cercada por uma barreira de vidro. O objetivo é evitar que as pessoas se machuquem durante o embarque e o desembarque. As portas se abrirão quando a composição parar. O caminho até o trem é traçado com o chamado piso direcional, usado por pessoas com deficiência visual.

A operação da estação ficará sob responsabilidade do consórcio ViaQuatro. A empresa diz que os trens já passam pelos trilhos, fazendo testes. As composições, assim como em toda a Linha 4, não terão condutor nem separação entre os vagões. A energia elétrica que move o trem fica no teto, evitando acidentes por choque.

No dia 12 de janeiro de 2007, um acidente no canteiro de obras da Estação Pinheiros deixou sete mortos.

domingo, 17 de abril de 2011

“Doutor Ratão” é o terror dos roedores do metrô/SP há 35 anos

17/04/2011 - Folha de São Paulo, CRISTINA MORENO DE CASTRO

O veterinário Angelo Boggio (foto), 72, é o responsável pelo controle de pragas nos 60 km de trilhos de São Paulo

Quando ele começou, eram milhões de ratos nas linhas do metrô; hoje Boggio e sua equipe matam três por mês

Em 1975, uma pane parou o metrô de São Paulo por horas. Motivo: os milhões de ratos que infestavam os túneis comeram cabos elétricos importantes e o sistema travou.
Naquela época, aos 36 anos, o higienista Angelo Boggio, que trabalhava na então Secretaria Municipal de Higiene e Saúde, foi chamado às pressas para exterminar a praga urbana.
Ali se iniciava a carreira do “Doutor Ratão” (apelido recebido dos colegas) no metrô.

Desde então, nenhum rato causou qualquer outra pane.

Hoje o metrô de São Paulo é considerado um dos mais limpos do mundo. “Agora matamos três por mês, no máximo. Quando comecei, eram milhões. Dava para ver a fila de ratos, a perder de vista.”

Não é exagero. Os roedores faziam fila debaixo do trilho eletrizado com 750 volts de corrente contínua, com o único propósito de se eriçarem, e dessa forma se livrarem dos carrapatos e piolhos que habitavam seus pelos.

O metrô era muito menor.

Tinha cerca de sete quilômetros de extensão. Mas Doutor Ratão era um só. Hoje, conta com uma tropa de 33 homens.

Formado em veterinária e com cursos de bioquímica, química macromolecular, ecotoxicologia médica, entre outros no currículo, ele diz que foi o primeiro a montar um serviço de controle de roedores e vetores do Brasil e criar o primeiro Centro de Controle de Zoonoses.

Mas Boggio nunca foi atacado por um rato? “Só uma vez, em Belo Horizonte. Um rato de mais de um quilo me mordeu aqui (mostra o calombo no dedão direito) e arrancou um pedaço”, conta.
“Tomei mais um pouco de conhaque, joguei [o conhaque] em cima, coloquei um esparadrapo e fui dormir”, continua, às gargalhadas.

Não se sabe se foi graças ao álcool, mas “Doutor Ratão” não pegou nenhuma doença.

Mesmo assim, não usa equipamentos de proteção -máscaras, botas, luvas etc-, para trabalhar. Hoje, aos 72 anos, faz um trabalho de vistoria surpresa, duas ou três vezes por semana.
VENENO SECRETO

A equipe do “Doutor Ratão” usa três tipos de veneno, alternados, para evitar que os ratos se acomodem.

Ele não conta a receita dos remédios. Diz apenas que são anticoagulantes que matam os ratos com a perda de sangue, depois de sete dias, a tempo de outros roedores levarem os sachês para a toca e morrerem também. “Eu não escolho os produtos, quem escolhe são os ratos.”
Sachês com venenos são trocados a cada 60 dias, a desinsetização é feita a cada 90 dias e o controle do mosquito da dengue, a cada 20.

Toda noite, as cinco equipes se dividem e fazem o trabalho em trechos: dentro dos trens, nas estações, nos trilhos ou na área externa, num raio de 50 metros da estação.
“Se o metrô parar de fazer isso vai ter invasão de rato e barata até dizer chega. É um trabalho sem fim.” (Os três roedores cinzentos que cruzaram com a repórter na praça da Sé devem concordar.)

Colaborou ALENCAR IZIDORO

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Governo engaveta ligação rápida do aeroporto de Congonhas até metrô

11/04/2011 - Brasil Ferrovia

O governo paulista engavetou a ligação mais curta do aeroporto de Congonhas à rede do metrô, o que obrigará os passageiros a percorrerem o dobro da distância, para fazerem a conexão no superlotado terminal do Jabaquara.

O projeto inicial do metrô previa dois ramais saindo do aeroporto, um em direção à estação São Judas (com 3,7 km) e outro para o terminal Jabaquara (cerca de 7 km).

O estudo de impacto ambiental e as três concorrências abertas até agora preveem apenas a ligação mais longa. A implantação do ramal mais curto, diz a companhia, "não se encontra no cronograma atual do Metrô".

Com isso, quem quiser ir à avenida Paulista ou ao centro, por exemplo, terá de se deslocar até Jabaquara, numa das extremidades da linha 1-azul e a terceira estação mais movimentada da rede -atrás de Sé e Luz-, com 90 mil passageiros/dia.

O aeroporto, que não tem ligação com trem ou metrô, está a 9,5 km da região central, a 7,5 km da avenida Paulista e a 4,5 km das avenidas Luis Carlos Berrini e Brigadeiro Faria Lima, outras importantes vias de negócios.

Sem transporte público de alta capacidade, Congonhas recebe até 1.800 veículos por hora nos períodos de pico, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

TOMBAMENTO

De acordo com o Metrô, a exclusão do ramal São Judas foi motivada pelo fato de o aeroporto estar em processo de tombamento pelo Conpresp (órgão municipal do patrimônio histórico), o que criou dificuldades ao plano.

A ação impede que se descaracterize o aeroporto. O projeto original previa até três estações em Congonhas.

"Dificuldades relacionadas ao processo de tombamento (...) levaram a uma complexidade do projeto, que culminou com a decisão de priorizar a ligação pelo Jabaquara", afirma o Metrô.

A ligação de Congonhas com o metrô integra a linha 17-ouro, um sistema de monotrilho (trens sobre elevados) que ligará o Jabaquara ao Morumbi e que terá, no futuro, conexões também com as linhas 4-amarela e 5-lilás.
 
PRIMEIRO, O TREM

Além de excluir a ligação mais curta com o metrô, o governo prevê que o primeiro trecho a entrar em operação será o que conectará Congonhas ao sistema de trens.

Essa ligação, prevista para 2014, será com a linha 9-esmeralda da CPTM, que serve as regiões de Berrini, Vila Olímpia, Pinheiros e Butantã. A ligação com o metrô ocorrerá apenas em 2015.
Até o ano passado, a previsão era que a linha 17-ouro começasse a operar em 2013, um ano antes da Copa do Mundo -o estádio do Morumbi poderia abrir o evento.

Para Marcos Bicalho, superintendente da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), o importante é a conexão.

"A ligação de Congonhas com o metrô é uma ligação-chave, independentemente de onde ocorra."
Para ele, o fato de Congonhas e do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, não terem metrô tem a ver com a lenta expansão da rede.

"As grandes capitais do mundo têm ligação de metrô com aeroportos, mas aqui há o reflexo de uma rede ainda acanhada", disse.

São Paulo tem 70,6 km de metrô -a Cidade do México tem 200 km.

sábado, 9 de abril de 2011

Metrô de SP é o mais lotado do mundo

07/04/2011 - Jornal O Estado de São Paulo

No ano passado, foram transportados 11,5 milhões de passageiros a cada quilômetro de linha, um aumento de 15% em relação a 2008

O Metrô de São Paulo atingiu no ano passado a marca de 11,5 milhões de passageiros transportados a cada quilômetro de linha. O número é 15% maior do que em 2008, quando 10 milhões de usuários foram levados por quilômetro. É a maior concentração de pessoas em um único sistema de transporte no mundo, segundo a própria companhia.

Também em 2008, o metrô de Moscou, na Rússia, transportou 8,6 milhões de pessoas para cada quilômetro de trilhos. O de Xangai, na China, levou 7 milhões, segundo dados da Comunidade de Metrôs (Comet, sigla em inglês), organização que reúne representantes dos 12 maiores sistemas de metrô do mundo. Os dados do ano passado ainda não foram divulgados pela Comet.

A cada dia útil do ano passado, 2,56 milhões de pessoas passaram pelas catracas de metrô da capital, em média. Se forem levadas em conta as baldeações, esses passageiros fizeram cerca de 3,5 milhões de viagens por dia, segundo balanço que consta no "Relatório da Administração de 2010", divulgado ontem com o balanço patrimonial da empresa. O número de entradas nas estações foi 6,8% maior do que o registrado em 2009.

Enquanto o total de passageiros aumentou, a satisfação de quem usa o sistema diminuiu. A pesquisa "O Metrô segundo seu usuário: uma avaliação do serviço" do ano passado mostrou que 60% dos entrevistados classificaram o meio de transporte como "muito bom" e "bom". Em 2009, as notas positivas eram 67%. A pesquisa é feita desde 1974.

No relatório, o Metrô diz que "podem creditar-se tais resultados à crescente demanda de usuários, que aumenta a complexidade de operação do serviço e uso do sistema, principalmente nos horários de pico".

"Não imaginava que fosse o mais cheio do mundo, mas o metrô de São Paulo está cada vez mais insuportável", diz a analista de sistemas Vanessa Brito, de 32 anos, que reclama da lotação nas Linhas 1-Azul e 3-Vermelha, que usa diariamente para ir da Barra Funda, onde mora, para a Consolação, onde trabalha.

"É uma falta de respeito com o usuário", afirma o metalúrgico Jailton Zeferino, de 24, que diz não conseguir mais encontrar assentos livres quando entra no metrô, na Estação Bresser, no horário de pico da manhã, como acontecia há dois anos.

Presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô do Estado de São Paulo (Aeamesp), José Geraldo Baião acredita que serão necessários alguns anos para que o passageiro note melhorias. "O governo está investindo em sistemas de sinalização mais modernos, que vão permitir um intervalo menor entre os trens. Também é preciso pensar na expansão da rede", acredita Baião.

Já o presidente do sindicato dos metroviários, Altino de Melo, acredita que a expansão do Metrô está "décadas atrasada". "O desconforto é inevitável. Não só pela lotação, mas também pelo calor nos trens." Para Melo, o Estado deve investir em mais conexões entre as linhas. /

COLABOROU CRISTIANE BOMFIM

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Governo engaveta ligação rápida do aeroporto de Congonhas até metrô

08/04/2011 - Folha de São Paulo

Em vez dos 3,7 km previstos na conexão São Judas, passageiro percorrerá o dobro até Jabaquara

Ação de tombamento tornou plano complexo, diz companhia; ligação efetiva com o metrô só deve ocorrer em 2015

O governo paulista engavetou a ligação mais curta do aeroporto de Congonhas à rede do metrô, o que obrigará os passageiros a percorrerem o dobro da distância, para fazerem a conexão no superlotado terminal do Jabaquara.

O projeto inicial do metrô previa dois ramais saindo do aeroporto, um em direção à estação São Judas (com 3,7 km) e outro para o terminal Jabaquara (cerca de 7 km).
O estudo de impacto ambiental e as três concorrências abertas até agora preveem apenas a ligação mais longa. A implantação do ramal mais curto, diz a companhia, "não se encontra no cronograma atual do Metrô".

Com isso, quem quiser ir à avenida Paulista ou ao centro, por exemplo, terá de se deslocar até Jabaquara, numa das extremidades da linha 1-azul e a terceira estação mais movimentada da rede -atrás de Sé e Luz-, com 90 mil passageiros/dia.

O aeroporto, que não tem ligação com trem ou metrô, está a 9,5 km da região central, a 7,5 km da avenida Paulista e a 4,5 km das avenidas Luis Carlos Berrini e Brigadeiro Faria Lima, outras importantes vias de negócios.

Sem transporte público de alta capacidade, Congonhas recebe até 1.800 veículos por hora nos períodos de pico, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

TOMBAMENTO

De acordo com o Metrô, a exclusão do ramal São Judas foi motivada pelo fato de o aeroporto estar em processo de tombamento pelo Conpresp (órgão municipal do patrimônio histórico), o que criou dificuldades ao plano.

A ação impede que se descaracterize o aeroporto. O projeto original previa até três estações em Congonhas.

"Dificuldades relacionadas ao processo de tombamento (...) levaram a uma complexidade do projeto, que culminou com a decisão de priorizar a ligação pelo Jabaquara", afirma o Metrô.

A ligação de Congonhas com o metrô integra a linha 17-ouro, um sistema de monotrilho (trens sobre elevados) que ligará o Jabaquara ao Morumbi e que terá, no futuro, conexões também com as linhas 4-amarela e 5-lilás.

PRIMEIRO, O TREM

Além de excluir a ligação mais curta com o metrô, o governo prevê que o primeiro trecho a entrar em operação será o que conectará Congonhas ao sistema de trens.

Essa ligação, prevista para 2014, será com a linha 9-esmeralda da CPTM, que serve as regiões de Berrini, Vila Olímpia, Pinheiros e Butantã. A ligação com o metrô ocorrerá apenas em 2015.
Até o ano passado, a previsão era que a linha 17-ouro começasse a operar em 2013, um ano antes da Copa do Mundo -o estádio do Morumbi poderia abrir o evento.

Para Marcos Bicalho, superintendente da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), o importante é a conexão.

"A ligação de Congonhas com o metrô é uma ligação-chave, independentemente de onde ocorra."
Para ele, o fato de Congonhas e do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, não terem metrô tem a ver com a lenta expansão da rede.

"As grandes capitais do mundo têm ligação de metrô com aeroportos, mas aqui há o reflexo de uma rede ainda acanhada", disse.

São Paulo tem 70,6 km de metrô -a Cidade do México tem 200 km.

Metrô de São Paulo é insuficiente como alternativa para o carro

08/04/2011 - UOL SP  - Fernando Mendonça

O metrô é considerado o mais eficiente meio de transporte urbano por não dividir espaço na superfície com outros veículos.

Em São Paulo, metrópole que em março ultrapassou 7 milhões de veículos, o metrô chegou tarde, foi entregue somente em 1974, quando entrou em operação o trecho de sete quilômetros, com sete estações, entre o Jabaquara e a Vila Mariana, e desde então cresceu. Pouco.

Atualmente com 61 estações distribuídas em cinco linhas que somam 70,9 quilômetros de extensão, o Metrô de São Paulo não se desenvolveu o suficiente para atender às necessidades da metrópole.

Preto no branco, o metrô da capital expandiu-se, em média, apenas 1,6 quilômetro por ano nos últimos 36 anos.

Durante seminário sobre mobilidade urbana realizado em março último na capital, o arquiteto Marcos Kiyoto, especialista em transportes de alta capacidade, afirmou que o ritmo lento de crescimento do metrô paulistano deixa muito a desejar em relação ao sistema de outras metrópoles, como é o caso da Cidade do México, com 200 quilômetros de rede.

Outro problema apontado durante o seminário foi a pouca integração das linhas entre si. De acordo com Kiyoto, o mais importante não é esticar as linhas, mas, sim, criar mais intersecções entre as já existentes para que seja criada, de fato, uma malha metroviária.

Já o arquiteto Fábio Pontes informou que o número de habitantes por quilômetro de linha de metrô em São Paulo está entre os mais altos do mundo : 315. Londres, no Reino Unido, tem apenas 19 habitantes para cada quilômetro do Tube, o metrô de lá, o que significa trens mais presentes e menos cheios.

Até mesmo cidades menores do que São Paulo possuem sistemas bem melhores. É o caso de Barcelona, na Espanha, que oferece aos seus cerca de dois milhões de habitantes 148 estações de metrô - número duas vezes e meia maior de estações que o da capital paulista para um contingente populacional cinco vezes menor.

As 61 estações do metrô de São Paulo recebem todos os dias cerca de 3,3 milhões de passageiros. As 126 estações do metrô de Barcelona recebem diariamente cerca de 1 milhão de usuários.

Talvez esteja aí a explicação para a falta de ânimo do motorista paulistano em deixar o carro na garagem e procurar a estação de metrô mais próxima.
Parceria com o setor privado

No começo desta semana, o diretor de operação do metrô, Mário Fioratti, admitiu em entrevista para a BandNews FM que o metrô está no limite técnico de quantidade de trens. Segundo ele, não há como colocar mais trens em circulação porque o sistema de sinalização que controla a movimentação do trem não pode ser redimensionado.

O Governo de São Paulo, responsável pela gestão do metrô paulistano, reconhece as deficiências do sistema. Na inauguração da estação Butantã, no último dia 28 de março, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) reconheceu que a rede deveria ter pelo menos o dobro do atual tamanho.

Umas das soluções sinalizadas pelo governador são as parcerias público-privadas (PPPs) - como já acontece com a Linha Amarela da rede, administrada pela ViaQuatro, empresa do grupo CCR (Companhia de Concessões Rodoviárias). Segundo Alckmin, as propostas de parceria devem começar a chegar já nos próximos dias.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Metrô faz rota de fuga em caso de pane

07/04/2011 - O Estado de S.Paulo, Luisa Alcalde

Nova sinalização pode ser vista entre as Estações Conceição e Jabaquara; em janeiro, companhia colocou placas com orientações dentro dos vagões

Foram instaladas placas luminosas dentro dos túneis da linha 1-Azul do Metrô com a indicação da rota de fuga mais próxima e a distância que deverá ser percorrida para atingi-la, caso os trens precisem ser esvaziados por falta de energia ou qualquer outra emergência ou anormalidade.















Leonardo Soares/AE

Indicações. Sistema será finalizado até 2012

A nova sinalização com luz verde já pode ser vista entre as Estações Conceição e Jabaquara, na zona sul da capital. Elas serão instaladas ao longo de todos os túneis, vias elevadas e em nível e nas saídas de emergência também nas Linhas 2-Verde, 3-Vermelha e 5- Lilás da Companhia do Metropolitano de São Paulo.

O Metrô explica que o projeto está sendo desenvolvido para cada trecho de via, analisando-se as condições existentes e as melhores alternativas. Além disso, a colocação segue exigências legais e normativas para facilitar a saída dos passageiros quando necessário. A previsão dos técnicos da companhia é de que toda a instalação esteja concluída no segundo semestre de 2012.

Em janeiro, a companhia instalou placas dentro dos vagões com um passo a passo para orientar os passageiros sobre como eles devem agir em caso de emergência - sobretudo quando as composições precisam ser esvaziadas. Os primeiros trens a receber a sinalização também foram os da Linha 1-Azul.

Os passageiros são informados que devem caminhar pela passarela de emergência utilizando o corrimão, devem ajudar pessoas com dificuldades de locomoção e ainda segurar crianças no colo ou pelas mãos. As regras de evacuação também sugerem que os passageiros abandonem objetos volumosos para facilitar os deslocamentos nas passarelas. A empresa informa que caso seja necessário deixar objetos no vagão eles ficarão sob responsabilidade da companhia e poderão ser retirados em outra ocasião.

Paralisação. Essas placas começaram a ser instaladas três meses após um incidente que paralisou no ano passado a Linha 3-Vermelha, a mais movimentada do sistema. Na ocasião, a paralisação das operações durou mais de duas horas e afetou cerca de 150 mil pessoas.

A demora causou pânico entre os passageiros que estavam dentro dos vagões parados nos túneis da linha Vermelha. Muitos acionaram os botões de emergência das composições, quebraram janelas e portas e caminharam pela via, o que obrigou a companhia a desligar a energia de toda a linha para evitar que as pessoas fossem eletrocutadas ou se acidentassem. Na época, houve um efeito cascata, pois os demais trens também pararam e ficaram sem nenhuma ventilação.


terça-feira, 5 de abril de 2011

Fluxo de passageiros subiu 68% na Linha Amarela do metrô

05/04/2011 - cidades@band.com.br



Foto: Paulo Liebert/AE

Movimento aumentou na Linha Amarela desde inauguração da estação Faria Lima
Do Metro

O volume diário de passageiros da Linha 4-Amarela do Metrô aumentou 68% desde a inauguração da estação Butantã, no último dia 28, de acordo com a concessionária ViaQuatro, responsável pela linha.

Um balanço feito pela empresa mostra que 139 mil pessoas passaram a usar a Linha Amarela depois que a nova estação começou a funcionar.

Antes, a Linha 4 era usada por cerca de 19 mil pessoas diariamente. Agora, é frequentada por 28 mil passageiros. A expectativa da ViaQuatro é que esse número chegue a 35 mil.

Uma das explicações para o aumento na demanda é o início simultâneo das operações do terminal de ônibus junto à nova estação Butantã.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Ex-fantasma, linha 5 do metrô já tem fila

22/02/2011 - Folha de SP

Empurra-empurra, filas, plataformas e trens abarrotados

Empurra-empurra, filas, plataformas e trens abarrotados. A imagem da linha 5-lilás do metrô começa a mudar, e de maneira radical. 

Se até há pouco tempo o ramal, que liga Capão Redondo ao Largo Treze, na zona sul, era caracterizado pelo fraco movimento e por estações "fantasmas", o que se vê hoje nos horários de pico são cenas dignas dos momentos caóticos da linha 3-vermelha, a mais lotada do sistema. 
O fenômeno já impacta as estatísticas. Em 2010, o número médio de passageiros transportados por dia útil na linha 5 -166 mil- aumentou 25,8% em relação a 2009, bem acima do resto da rede. 

E a procura deve subir ainda mais neste ano, com a abertura da estação Pinheiros, na linha 4-amarela. 

Para Jurandir Fernandes, secretário dos Transportes Metropolitanos, há duas explicações para o crescimento dos passageiros. "Na medida em que aumenta o congestionamento [na região], o metrô fica vantajoso, e a tarifa [na linha, R$ 2,80] está mais barata que a do ônibus [R$ 3]." 
Os usuários confirmam a tese. "O trânsito piorou bastante na estrada de Itapecerica e na av. Carlos Caldeira Filho [principais artérias da região], e o pessoal começou a preferir o metrô ao ônibus", diz o auxiliar de estoque Wagner Oliveira, 17. 

Ele levava cerca de uma hora para ir trabalhar de ônibus. Hoje, vence o percurso em 20 minutos de metrô. 

Para ele, o trânsito na região do Capão Redondo piorou depois das restrições aos caminhões no Morumbi e na marginal Pinheiros, impostas pela prefeitura em 2010. Os veículos pesados passaram a usar vias alternativas, atravancando-as. 

A universitária Taiana de Ângelo, 18, afirma que seu tempo de viagem até a faculdade, em Santo Amaro, caiu depois que trocou o ônibus pela linha 5. Às 7h da quinta-feira, ela embarcava na estação Capão Redondo esperando chegar à parada Largo Treze em 15 minutos. Antes, demorava até 1h20min. 

Todas as seis estações da linha 5 registraram aumento na entrada de passageiros em dias úteis em 2010 na comparação com 2009. 

MAIS MOVIMENTO 

A inauguração da estação Pinheiros do metrô, na linha 4-amarela, até junho, deve fazer com que a linha 5-lilás atraia mais usuários, já que a conexão fará com que o ramal se conecte mais facilmente com o resto da rede. 
Os passageiros não precisarão mais ir até o fim da linha 9 da CPTM ou usar a Ponte Orca (vans) na parada Cidade Universitária para acessar as outras linhas de metrô.

domingo, 3 de abril de 2011

Metrô agora prevê linha 6 só para 2017

25/02/2011 - Folha de Sao Paulo

Brasilândia e Freguesia do Ó, na zona norte, Perdizes e Pompeia, na zona oeste, ainda terão que esperar seis anos para utilizar a prometida linha 6-laranja do metrô, informa a reportagem de Alencar Izidoro publicada na edição desta sexta-feira da Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) revelou ontem uma programação "realista" para esse projeto sair do papel: as obras devem começar em 2013 e a primeira etapa só deve ser concluída em 2017.

A linha 6 foi anunciada com alarde em março de 2008. O governo José Serra (PSDB) estimava que as obras começariam em 2010 e terminariam de 2012 a 2013.

Após atrasos na contratação de projetos, a última previsão divulgada pela gestão passada era que tudo ficaria pronto até 2014, ano da Copa.

Ao assumir a pasta dos Transportes Metropolitanos do governo Alckmin, Jurandir Fernandes admitiu que esse prazo não seria possível --mas não fixava datas. Segundo ele, não se trata de falta de empenho, mas de uma visão "com muita clareza" sobre uma proposta que ainda não tem projetos concluídos nem licitação pronta.

Editoria de Arte/Folhapress

Leia a reportagem completa na Folha desta sexta-feira, que já está nas bancas.

Metrô de SP recebe mais um trem reformado

03/04/2011 - Via Trolebus

Na madrugada de sexta para sábado chegou no Pátio Belem (EPB) do Metrô mais um trem reformado, desta vez o primeiro do lote da empresa Alston na lapa. São ao todos 4 lotes de empresas que irão reformar os 98 trens das linha 1-Azul e 3-vermelha. leia mais


Vem ai mais trens reformados do metrô
25/03/2011 - Via Trolebus

Nesta semana no dia 22 de março, o Metrô de SP divulgou que em breve entrará em operação o primeiro trem reformado. Trata-se da reforma de 98 trens, 47 da linha 3-Vermelha e 51 da linha 1-Azul. Todos as composições visam receber padrão de desempenho, conforto e acessibilidade iguais às unidades novas recentemente entregues, como ar-condicionado, câmeras de vigilância (quatro por carro), sensores para detecção de fumaça, sistema de informação audiovisual (monitores e displays), monitoramento contínuo dos equipamentos pelo operador (data bus) e sistema de freios com controle de patinagem e deslizamento que melhora o desempenho em condições de baixa aderência, como sob chuva.

Recentemente caiu nas redes sociais as 4 séries dos trens reformados, dos respectivos lotes:

Bombadier - frota J

Siemens/Alstom - frota I

T'Trans - Frota K

Alston - Frota L

Postado por Renato Lobo às 16:34

Metrô SP abre o restante das propostas da Linha 5

30/03/2011 - O Estado de S.Paulo

Empresas que ofereceram valores maiores acabaram vencendo lotes da licitação do prolongamento da Linha 5-Lilás do Metrô. Essa foi a constatação da abertura dos envelopes com propostas que não haviam sido divulgadas, ocorrida ontem por determinação da Justiça. O projeto está parado desde outubro de 2010, após a divulgação de que os vencedores do processo já eram conhecidos antes da abertura dos lances.

O edital da licitação previa que uma empresa ou consórcio de empresas poderia vencer apenas um dos oito lotes em disputa. Isso significa que o ganhador do lote 1, por exemplo, não teria as propostas para os demais trechos abertas. A obra de prolongamento do ramal estava prevista entre o Largo Treze e a Chácara Klabin, com custo estimado de cerca de R$ 4 bilhões.

Essa cláusula do edital já havia sido motivo de questionamento pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e também de ações civis públicas. O TCE chegou a embargar a licitação em 2009, antes de liberá-la um mês depois. Segundo o órgão, o modelo abria brechas para que propostas mais caras - de construtoras que ainda não haviam ganho nenhum lote - acabassem levando os últimos a serem disputados, uma vez que possíveis ofertas menores não seriam conhecidas.

A abertura dos envelopes ontem mostrou que essa situação realmente ocorreu. No lote 2, por exemplo, a menor proposta foi do Consórcio Constran/Construcap: R$ 315 milhões. Esse envelope, entretanto, nem chegou a ser aberto, pois as construtoras já haviam ganho o primeiro lote. O vencedor acabou sendo o consórcio Galvão/Serveng, com uma proposta de R$ 386 milhões - 18% maior. Os advogados do primeiro consórcio não quiseram se pronunciar e o Estado não conseguiu contato com o segundo.

Situações semelhantes foram registradas nos lotes 6 e 8. Apenas na soma desses três lotes, a diferença entre a menor proposta e a oferta vencedora foi de R$ 151 milhões. O valor já é maior do que o estimado na ação que corre na Justiça (R$ 146 milhões).

Consequências. O Estado apurou que o governo acredita que a divulgação das outras propostas é benéfica para esclarecimentos dos fatos e os valores menores seriam indícios de que não houve conluio entre empresas - hipótese levantada pela gestão anterior. Essa é a mesma posição de alguns advogados das construtoras que foram ouvidos pela reportagem.

A gestão Geraldo Alckmin (PSDB), que herdou o problema, informou anteontem que em 20 dias também concluirá as investigações do próprio Metrô sobre o ocorrido, podendo manter a licitação ou anulá-la. A companhia informou em nota que vai analisar todas as informações obtidas na sessão, bem como todos os demais elementos recolhidos no processo em que avalia a invalidação ou não dos contratos. "O Metrô não pode, sob pena de anular o processo de invalidação, antecipar qualquer juízo de valor sobre os elementos de prova colhidos no referido processo."

Cancelamento. Independentemente do resultado da apuração do governo, a Justiça pode impugnar o processo, caso seja acatada a acusação de que o modelo do edital pode ter lesado os cofres públicos e feito o Metrô gastar mais do que o necessário. Em um dos autos do processo, a juíza responsável pelo caso, Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 9.ª Vara de Fazenda Pública, já havia dito que "não se pode aceitar" o aumento do preço que supostamente seria pago pelo Metrô por causa da licitação por lotes. Não há data prevista para o julgamento do mérito.

Cronologia

Junho de 2009

Obras

Sai vencedor do 1.º lote e começam obras na zona sul

Outubro de 2010

Denúncia

Folha de S. Paulo divulga documento mostrando saber resultado com antecedência.

Outubro de 2010

Cancelamento

Governo paralisa a licitação.

29 de março de 2011

Envelopes

A mando da Justiça, Metrô abre os envelopes das propostas ainda não divulgadas.

sábado, 2 de abril de 2011

Alckmin quer PPP para estender Metrô até Taboão

28/03/2011 - Agência Estado

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), informou hoje que a administração estadual pretende ampliar a Linha 4 - Amarela da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) até a cidade de Taboão da Serra, na Grande São Paulo. De acordo com o governador, a intenção é promover uma Parceria Público Privada (PPP) que estenda o traçado até o novo destino, partindo da futura Estação Vila Sônia. Em conversa com jornalistas, após evento na capital paulista, o governador, contudo, não deu garantias de que o trajeto estará pronto até 2014, último ano de seu mandato.

"Nós pretendemos ir com o metrô até Taboão da Serra. Então, pela primeira vez, ele sairá da capital paulista e irá para a Região Metropolitana de São Paulo", disse, após cerimônia de inauguração da Estação Butantã, da Linha 4 - Amarela. "Nós vamos receber propostas em 30 e 40 dias e, a partir disso, teremos um cronograma melhor", acrescentou. O governador prometeu concluir a segunda fase da Linha 4 - Amarela, que inclui cinco estações, até o final de seu mandato. A segunda fase inclui as Estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, Fradique Coutinho, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia.

A expectativa da gestão estadual é de que a primeira fase da Linha 4 seja finalizada no segundo semestre deste ano, com a inauguração das Estações República e Luz. A promessa é de que até maio seja entregue a Estação Pinheiros, que ligará a Linha 4 - Amarela à Linha 9 - Esmeralda, da CPTM. O governador informou ainda que em maio deve ser feita a pré-qualificação do projeto de construção da Linha 6 - Laranja, cujo início das obras está previsto para 2013. O plano inicial é de que ela se estenda de Vila Clarice até Anália Franco, passando por Freguesia do Ó, Água Branca, Perdizes e Mooca.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Alckmin reclama falta de investimento federal no metrô

29/03/2011 - Rádio Estadão/ESPN

Em entrevista à rádio Estadão/ESPN na manhã desta terça-feira, 29, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, falou sobre o andamento das obras do metrô. Alckmin afirmou que o governo Federal e a prefeitura não investem no metrô da cidade, deixando para o Estado toda carga financeira da construção.

"Nós não temos nenhum recurso do governo Federal. Se você pegar Tóquio, Nova Iorque, Xangai, o governo Federal tem recursos vultosos. Em São Paulo é zero, não tem um centavo. A prefeitura também nunca colocou dinheiro", disse o governador, ao ser perguntado sobre a morosidade nas obras de expansão da malha ferroviária.

O governador disse que uma das soluções para diminuir a superlotação de algumas estações, é cortar o tempo de parada entre os trens, para colocar mais vagões nas linhas. "A única maneira de reduzir (o intervalo entre os trens) de 130 segundos para 100 segundos, é com a tecnologia."

Metrô SP testa trem modernizado

22/03/2011- Revista Ferroviária

O Metrô de São Paulo testa o primeiro dos 98 trens que estão passando por modernização para manter o padrão de qualidade dos novos trens que acabaram de ser entregues à operadora.

O primeiro trem reformado deverá operar na Linha 3-Vermelha (Corinthians/Itaquera-Palmeiras/Barra Funda) em menos de dois meses. As reformas estão sendo realizadas pelo consórcio MTTrens, formado pelas empresas T’Trans, MPE e Temoinsa.

O trem modernizado conta com ar-condicionado, quatro câmeras de vigilância por carro (24 por trem), sensores para detecção de fumaça, sistema de informação audiovisual (monitores e displays), monitoramento contínuo dos equipamentos pelo operador (data bus) e sistema de fre ios com controle de patinagem e deslizamento para melhorar o desempenho em condições de baixa aderência, como sob chuva.

A reforma também trouxe mais eficiência ao sistema de tração (motores e componentes eletrônicos). A cabine do operador foi ampliada e recebeu novo banco ergométrico e equipamentos que permitem maior interação com o funcionamento do trem, possibilitando identificar falhas sem deixar o console de comando.

A reforma começou com o modelo T301, o primeiro fabricado pela Cobrasma e que entrou em operação em 1984. Quando foi enviada para reforma, em janeiro de 2010, a composição já havia percorrido 3.017.492 km, o equivalente a 237 voltas ao redor do mundo.

Inauguração da estação Butanta do Metro amplia atendimento da Linha 4 - Amarela

24/03/11 - Metro de Sao Paulo

Extensão do Metrô de São Paulo passa de 69 km para 70,6 km e total de estações agora é 61.

Com a entrada em funcionamento da estação Butantã, em 28/3, inicialmente das 8h às 15 horas, de segunda a sexta-feira, incluindo feriados, a Linha 4-Amarela (com extensão de 12,8 km entre o pátio de manutenção em Vila Sônia e a estação Luz) irá operar comercialmente o trecho entre as estações Butantã, Faria Lima e Paulista, de 5,2 km. Com isso, a rede do Metrô de São Paulo será ampliada de 69 km para 70,6 quilômetros de extensão, com 61 estações em operação. 

Assim, quem cruza diariamente o rio Pinheiros poderá atingir a avenida Paulista e a Linha 2-Verde do Metrô na estação Consolação em apenas sete minutos pela Linha 4-Amarela, passando sob o rio Pinheiros e também pela estação Pinheiros, que está em fase final de testes. A expectativa é que as pessoas ganhem cerca de 23 minutos em seus deslocamentos entre as avenidas Vital Brasil e Paulista, evitando o trânsito sobrecarregado dos corredores das avenidas Vital Brasil, Rebouças e Eusébio Matoso. (Esse tempo de viagem é calculado pela CET-Companhia de Engenharia de Tráfego com base na velocidade média do trânsito nos horários de pico, que é de 17km/h). 

Anexo à estação Butantã, vai funcionar um terminal urbano de ônibus, projetado para atender linhas de ônibus municipais e intermunicipais. 

Inovações tecnológicas 

Os trens da Linha 4-Amarela são equipados com o que há de mais moderno em operação metroviária. A maior novidade é a tecnologia “driverless”, que permite a operação dos trens sem condutor, usando um sistema informatizado. Com a operação automática, as velocidades são sempre mantidas dentro dos limites permitidos e reguladas de acordo com a necessidade, possibilitando mais agilidade à operação dos trens e muita segurança. Também oferecem muito conforto para os uauários, com ar-condicionado, passagem livre entre carros (salão contínuo), baixo nível de ruído e permitem a comunicação direta com o centro de controle. As estações da Linha 4-Amarela são dotadas de portas de plataforma, separando a plataforma das vias dos trens. Essas portas se abrem simultaneamente com as do trem, que estaciona no ponto exato das entradas e saídas dos usuários. Já instalado nas novas estações Sacomã, Tamanduateí e Vila Prudente, da Linha 2-Verde, e nas estações Faria Lima e Paulista, da Linha 4-Amarela, esse sistema contribui de maneira expressiva para a segurança do usuário e a redução de interferências na circulação dos trens, com as quedas de objetos nas vias. As escadas rolantes são do tipo “inteligentes”: definem automaticamente sua velocidade em função da presença de usuários nos seus degraus. 

Linha integradora 

A Linha 4-Amarela (Vila Sônia-Luz) é uma linha integradora porque terá conexão com as principais linhas do sistema metroferroviário da Capital. Ao longo da sua extensão, a nova linha metroviária, que já faz integração física com a Linha 2-Verde, na estação Paulista, terá integração, até o final deste ano, também com a Linha 3-Vermelha, na estação República, e com a Linha 1-Azul, na estação Luz. 

Ainda na estação Luz, fará também interligação com as linhas 7-Rubi (Luz-Francisco Morato), 10-Turquesa (Luz-Rio Grande da Serra) e 11-Coral (Expresso Leste) da CPTM. E, na estação Pinheiros, com a Linha 9-Esmeralda da CPTM (Osasco-Grajaú), que está conectada com a Linha 5-Lilás do Metrô, na estação Santo Amaro, com transferência gratuita. 

Com extensão total de 12,8 quilômetros e 11 estações, a Linha 4-Amarela está sendo implantada em duas etapas: a primeira inclui seis estações: Butantã, Pinheiros, Faria Lima, Paulista, República e Luz, além da operação do pátio de manutenção Vila Sônia. A demanda prevista para a primeira etapa (Butantã – Luz) é de 700 mil passageiros/dia. 

Na segunda etapa, prevista para 2013/14, serão entregues as estações Fradique Coutinho, Oscar Freire, Higienópolis-Mackenzie, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia. Com a conclusão desta fase, a demanda da Linha 4-Amarela é estimada em 970 mil passageiros/dia. 

Histórico da operação comercial 

Em 25 de maio de 2010, foi entregue o primeiro trecho da Linha 4-Amarela, entre as estações Faria Lima e Paulista, com integração gratuita com a Linha 2-Verde. No início, a operação nesse trecho era feita de segunda a sexta-feira, das 9 às 15 horas, sem cobrança de passagem. Um mês depois, em 21 de junho de 2010, teve início a operação remunerada da Linha 4. 

O tempo de viagem atual entre as estações Faria Lima e Paulista é de cerca de 3´30”. Em 24 de janeiro deste ano, a operação comercial da Linha 4 foi antecipada em uma hora, com o atendimento ao público passando a ser feito das 8 às 15 horas, de segunda a sexta-feira, inclusive nos feriados. 

Ainda no primeiro semestre de 2010, deverá ser inaugurada a estação Pinheiros da Linha 4-Amarela e no segundo semestre, as estações República e Luz. 

Primeira PPP do País 

A ViaQuatro, integrante do Grupo CCR, é a concessionária responsável pela operação e manutenção da Linha 4-Amarela, o primeiro contrato de Parceria Público-Privada (PPP) assinado no País. 

A empresa está investindo US$ 450 milhões no empreendimento, com a aquisição de sistemas operacionais, equipamentos e trens. 

São 14 trens (84 carros) para a primeira fase do projeto e até 15 (90 carros) para a segunda fase. Ao longo dos 30 anos de operação, a ViaQuatro investirá mais de US$ 2 bilhões na linha. 

Na primeira fase, o custo da Linha 4-Amarela será de R$ 3,8 bilhões, incluindo a parcela do setor privado.  

Metrô SP testa trem modernizado

22/03/2011 - Revista Ferroviária 

O Metrô de São Paulo testa o primeiro dos 98 trens que estão passando por modernização para manter o padrão de qualidade dos novos trens que acabaram de ser entregues à operadora.

O primeiro trem reformado deverá operar na Linha 3-Vermelha (Corinthians/Itaquera-Palmeiras/Barra Funda) em menos de dois meses. As reformas estão sendo realizadas pelo consórcio MTTrens, formado pelas empresas T’Trans, MPE e Temoinsa.

O trem modernizado conta com ar-condicionado, quatro câmeras de vigilância por carro (24 por trem), sensores para detecção de fumaça, sistema de informação audiovisual (monitores e displays), monitoramento contínuo dos equipamentos pelo operador (data bus) e sistema de fre ios com controle de patinagem e deslizamento para melhorar o desempenho em condições de baixa aderência, como sob chuva.

A reforma também trouxe mais eficiência ao sistema de tração (motores e componentes eletrônicos). A cabine do operador foi ampliada e recebeu novo banco ergométrico e equipamentos que permitem maior interação com o funcionamento do trem, possibilitando identificar falhas sem deixar o console de comando.

A reforma começou com o modelo T301, o primeiro fabricado pela Cobrasma e que entrou em operação em 1984. Quando foi enviada para reforma, em janeiro de 2010, a composição já havia percorrido 3.017.492 km, o equivalente a 237 voltas ao redor do mundo.

Secretário dá detalhes do Metrô em Taboão da Serra

01/04/2011 - Portal Taboanense

O secretário estadual de transportes metropolitanos, Jurandir Fernandes, deu pela primeira vez detalhes sobre a linha amarela do Metrô que irá chegar até Taboão da Serra. Em entrevista ao Portal O Taboanense, Jurandir disse que o processo de expansão é "irreversível e inevitável". O secretário não deu um prazo para o início das obras, mas disse que Taboão da Serra terá também um terminal rodoviário interligado ao Metrô.

A entrevista concedida pelo secretário foi durante o lançamento da Câmara de Desenvolvimento Metropolitano. O primeiro passo para que o Metrô chegue até Taboão da Serra foi a decisão do governador Geraldo Alckmin de construir um terminal e uma estação na Vila Sônia, onde será o pátio de manobras dos trens da linha amarela.

Segundo Jurandir Fernandes, a população de Taboão da Serra pode ficar tranquila, porque o "o processo não volta atrás, é irreversível".  Jurandir ainda lembrou que pela primeira vez o Metrô vai sair da capital e chegar até outra cidade. "Pela primeira vez na nossa história, ele [Metrô] vai se tornar efetivamente um transporte metropolitano, que, aliás, é a origem do nome dele".

O secretário afirmou que o projeto de ampliação da linha até Taboão da Serra será totalmente subterrâneo e que ainda não foi definido o local onde será feita a estação. "A área técnica está desenvolvendo os estudos. Qualquer anúncio precipitado pode virar especulação, quando tiver uma situação definida, vamos conversar com vocês [se referindo aos vereadores, prefeito Evilásio e deputada Analice que acompanhavam a entrevista] e com a população".

Uma das preocupações da secretaria de transportes metropolitanos é também integrar a estação taboanense com um terminal de ônibus. "Todo esse equipamento será levado para Taboão da Serra para que os ônibus se juntem ao Metrô para deixar de saturar as nossas vias", disse.
Diante das preocupações demonstrada pelos vereadores que estavam presentes, Jurandir tranqüilizou. "Nós temos a concessionária, temos o financiamento,  temos a vontade política do governador e de todos vocês de Taboão". Jurandir ressaltou que o local onde será construída a estação deve ser muito bem escolhido. "Temos que evitar desapropriação de indústrias, escolas e prédio públicos para não dificultar".

Na entrevista, Jurandir não quis determinar uma data para o início das obras, mas lembrou que qualquer obra tem um tempo de duração de no mínimo quatro anos. "Uma vez que começam as obras, é irreversível, não tem como voltar atrás".

O secretário garantiu que nesse período, toda cidade já começa a se preparar. "O que é importante é a definição, com isso a cidade se prepara, os corredores [de ônibus] se prepram, o adensamento em torno da linha se prepara, isso cria uma sinergia para toda a região. A população deve saber que terão etapas a serem vencidas, mas uma vez estabelecido o edital, a concorrência, a contratação e obras as começando, e esse processo todo já está em andamento, não volta mais atrás".

Repercussão

Os vereadores Macário, presidente da Câmara, Paulo Félix, Natal e Cido, além da deputada Analice Fernandes e do ex-prefeito Fernando Fernandes acompanharam a entrevista do secretário Jurandir Fernandes. Todos mostraram empolgação com as informações dadas por Jurandir.
"Eu estava apreensível antes da conversa com o secretário, agora sinto que o Metrô realmente vai chegar a Taboão da Serra, vamos esperar as novas informações sobre essa boa notícia para nossa cidade e região", disse Macário.

O vereador Paulo Félix também elogiou as informações passadas pelo secretário. "Eu já estava confiante desde o anúncio feito pelo nosso governador Geraldo Alckmin, agora, com esses detalhes, estamos todos empolgados".

O ex-prefeito Fernando Fernandes elogiou a decisão do governador Geraldo Alckmin. "Para a região de Taboão da Serra essa é uma das melhores notícias que já foram dadas".