terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Pela 1ª vez, Prefeitura de SP fará estação de metrô

23/02/2013 - O Estado de S. Paulo

Pela primeira vez desde que o Metrô passou a ser administrado pelo governo do Estado, a Prefeitura de São Paulo vai pôr dinheiro na construção de uma estação. A obra ficará no Jardim Ângela, zona sul, e será o ponto final da Linha 5-Lilás. As negociações já começaram entre as duas esferas administrativas, mas ainda não há prazo para o início da construção.

De acordo com a gestão Fernando Haddad (PT), a construção será tocada pelo próprio Metrô. A nova extensão da Linha 5, que atualmente opera entre o Capão Redondo e o Largo 13, em Santo Amaro, terá cerca de 4 km de comprimento e três estações: Parque Santo Dias, São José e Jardim Ângela.

Outro prolongamento, na ponta oposta do ramal, já está em andamento e seguirá, por túneis de 11,5 km, com 11 estações, até a Chácara Klabin. Com investimento de R$ 6,9 bilhões, o trecho deve ficar pronto em dois anos.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Concessionária vai explorar estações do Metrô de SP

15/02/2013 - Valor Econômico

A empresa que assumir a construção e operação da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo terá também o direito de explorar comercialmente as estações. O projeto é o primeiro que será feito totalmente em modelo de Parceria Público-Privada (PPP). Hoje, a Linha 4-Amarela do metrô paulista é operada pela iniciativa privada, mas foi construída pelo governo do Estado, também responsável pela exploração das estações.

No modelo atual, o Metrô, empresa estatal que controla o serviço na cidade, tem sociedade em shoppings no entorno de estações, explora terminais de ônibus, além de receitas com anúncios e lojas dentro das estações. Para o projeto da Linha 6, a exploração dessas receitas será feita pela concessionária vencedora do leilão. "A empresa deve ter ganhos imobiliários no perímetro das estações, que poderá ganhar lojas, escritórios comerciais e shoppings", disse ao Valor o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, que coordena projetos de PPPs do Estado.

O exemplo apontado por Afif é o de Hong Kong, onde até o pátio de manobras é explorado. "Aqui os pátios não recebem nem cobertura. Em Hong Kong, há conjuntos residenciais em cima dos pátios", afirmou. O pátio de manobras da Linha 6 está previsto para ser construído na região norte de São Paulo.

Afif garante que as desapropriações no entorno da estações não devem crescer para que haja exploração comercial. "Só serão consideradas de utilidade pública áreas de interesse para a linha, que podem ser aproveitadas na parte superior para os empreendimentos. Outras áreas deverão ser compradas pelo concessionário, caso haja interesse", diz.

Segundo o edital da nova linha, pelo menos 15% das receitas próprias da empresa que vencer o leilão virão da exploração comercial das estações. A receita anual projetada para 2020, ano previsto para início da operação, chega a R$ 881,7 milhões. Desse montante, R$ 565,3 milhões são provenientes de contrapartida do governo do Estado. Dos R$ 316,1 milhões de receitas próprias, pelo menos 15% (R$ 47,4 milhões) devem vir de receitas com exploração comercial, chamadas de adicionais.

"No metrô, que faz isso de forma tímida, as receitas adicionais chegam a 10% do total. Com a iniciativa privada, que tem maior expertise e pode aumentar essa exploração, o valor deve ser pelo menos o dobro, podendo chegar a até 50% das receitas próprias", afirma o vice-governador de São Paulo. O projeto do trem-bala, do governo federal, também prevê que a iniciativa privada explore comercialmente as estações.

O projeto da Linha 6 deve custar R$ 8 bilhões, dos quais o governo do Estado entra com R$ 3,9 bilhões, que serão financiados pelo Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O resultado da licitação sai em maio e a assinatura do contrato deve ocorrer em junho. As obras estão previstas para começar em 2014. A empresa vencedora terá até seis anos para construir e outros 19 anos para operar a Linha 6-Laranja, que vai ligar o bairro Brasilândia, na zona norte da capital paulista, à estação do metrô São Joaquim, no centro. Serão 15 quilômetros de extensão, que devem atender 630 mil pessoas por dia. Os próximos projetos - a Linha 20-Rosa (Lapa-Moema) e o monotrilho da Linha 18-Bronze (Tamanduateí-São Bernardo) - devem seguir os mesmos moldes da Linha 6-Laranja.

Por causa do lançamento de diversas linhas de metrô construídas e operadas pela iniciativa privada nos próximos anos, o governo de São Paulo prevê a criação de uma agência reguladora para os serviços metroferroviários, que deve seguir os moldes da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Atesp), responsável pelo controle dos serviços prestados pelas empresas de transporte rodoviário.

"Com o crescimento de operadoras de metrô, será necessária a criação de uma agência para manter os serviços conforme os contratos", disse Afif.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Governos estudam mudança do local da estação do TAV em SP

Governos estudam mudança do local da estação do TAV em SP

06/02/2013 - Valor Econômico

Um grupo de trabalho composto por governo federal, governo paulista e prefeitura de São Paulo ainda estuda qual é a melhor localização para a estação de São Paulo do TAV (trem de alta velocidade).

O edital do projeto prevê que a estação no Aeroporto Campo de Marte, na região norte da capital paulista, mas o governo do Estado defende que ela fique na Água Branca, na região oeste da cidade, onde se conectaria com os trens regionais --projeto que prevê transporte de passageiros em trens de média velocidade para Sorocaba, Jundiaí, São José dos Campos, ABC e Santos.

O presidente da EPL (Empresa de Planejamento e Logística), Bernardo Figueiredo, revelou, ao Valor Pro, que a decisão deve sair até o fim do mês.

"Na Água Branca há limitação de espaço e no Campo de Marte não há articulação prevista com metrô e rede de transportes metropolitanos", afirmou Figueiredo.

Segundo ele, a integração entre os projetos do TAV e dos trens regionais em local com acesso aos transportes metropolitanos torna ambos os projetos mais atrativos.
"Há uma faixa entre a Lapa [região oeste] e a Luz [região central], cortada pela ferrovia, que tem espaços que podem abrigar essa estação", diz.

Figueiredo lembrou ainda que a chegada do TAV até a região oeste de São Paulo depende da travessia do Rio Tietê.

"Precisa passar duas vezes [por baixo do rio], mas já verificamos que isso não será um problema técnico. As dificuldades serão os trechos em que já há metrô. Nesses casos, precisam ser feitos túneis ainda mais profundos", diz.

De acordo com o secretário de Transportes Metropolitanos de SP, Jurandir Fernandes, a escolha será feita pelo governo federal, mas a intenção é que os projetos dos trens regionais e do trem bala tenham estação conjunta.

"Criaremos conexão com os transportesmetropolitanos onde a estação for instalada", garante.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

SP: Santo Amaro deve ganhar mais 3 estações de metrô

02/02/2013 - Folha de S. Paulo

O prolongamento da linha 5-lilás do metrô prevê a construção de três novas estações no Santo Amaro (além da atual Largo Treze): Adolfo Pinheiro, Alto da Boa Vista e Borba Gato.
O Metrô informou que as obras de prolongamento da linha 5 já começaram. A previsão é que a estação Adolfo Pinheiro fique pronta no segundo semestre desse ano. Já as estações Alto da Boa Vista e Borba Gato estão previstas para funcionarem em 2015.

Atualmente, a linha 5-lilás liga o Capão Redondo ao Largo Treze (em Santo Amaro). Com o prolongamento, a linha fará conexão com as linhas 1-azul (na estação Santa Cruz) e 2-verde (na Chácara Klabin). O valor da expansão da linha 5 é de R$ 6,9 bilhões.

Para especialistas do mercado imobiliário, apesar de o metro quadrado do distrito já ter tido alta da 239% desde 2007, a chegada do metrô fará com que os imóveis sigam se valorizando nos próximos anos.

Metrô SP conclui 85% das obras de estação na Linha 5

04/02/2013 - Metrô SP

Cerca de 85% das obras civis da estação Adolfo Pinheiro, uma das 11 integrantes da extensão da Linha 5-Lilás entre as estações Largo Treze e Chácara Klabin, já foram concluídas. A previsão é que esses serviços, que incluem estruturas metálicas e de concreto, sejam finalizados no primeiro trimestre de 2013. A estimativa é que a estação entre em operação no final deste ano, após a instalação e testes de sistemas operacionais e equipamentos.

Além da estação Adolfo Pinheiro, as obras do chamado lote 1 do prolongamento da Linha 5-Lilás também incluem a realização de dois trechos de túneis, via permanente e o poço de ventilação e emergência Delmiro Sampaio. No caso dos túneis, aproximadamente 95% das obras civis (escavação, impermeabilização, revestimentos e acabamentos de concreto) estão prontas e já foi iniciada a preparação para receber os trilhos, com a execução de laje de regularização dos pisos.

Com 27 metros de profundidade, o equivalente a 10 andares, a saída de ventilação e emergência Delmiro Sampaio está com sua estrutura 100% feita (laje de fundo, paredes e pilares), restando apenas o acabamento.

Nas obras do lote 1, já foram utilizados cerca de 41.000 metros cúbicos de concreto, o equivalente a duas vezes e meia à quantidade que será utilizada na construção da Arena Corinthians, em Itaquera. Também foram consumidas 4.200 toneladas de aço e retirados 194.000 metros cúbicos de terra. Trabalham atualmente na obra cerca de 620 operários.

Ao todo, 100% da laje das salas técnicas, área que abriga grupo gerador diesel, transformadores e equipamentos de sistemas, e 95% da laje de cobertura da estação, além de 40% das lajes das plataformas foram concluídas. Já o mezanino metálico tem 60% de suas estruturas prontas. Ainda foram feitos 80% da laje de regularização que receberá os trilhos dentro da estação e as paredes de separação entre as vias já foram erguidas. As estruturas de concreto dos acessos de ambos os lados da Av. Adolfo Pinheiro estão com 70% dos serviços terminados.

As obras de prolongamento da Linha 5-Lilás, entre Largo Treze e Chácara Klabin, estão divididas em oito lotes. Além do lote 1, também estão em andamento os serviços do lote 2 (estações Alto da Boa Vista e Borba Gato e dois poços de ventilação), do lote 3 (estação Brooklin, três poços de ventilação, um poço e dois túneis singelos), lote 4 (estação Campo Belo e um poço de ventilação), lote 5 (estações Eucaliptos e Moema e um poço de ventilação), lote 6 (estações AACD-Servidor e Hospital São Paulo, um poço de ventilação e um estacionamento de trens), lote 7 (estações Santa Cruz e Chácara Klabin, três poços de ventilação e um túnel duplo) e lote 8 (pátio de manutenção e manobras Guido Caloi).

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Prefeitura implantará Bilhete Único Mensal em SP

23/01/2013 - Folha de S.Paulo

O Bilhete Único Mensal, promessa de campanha de Fernando Haddad (PT), deve ser implantado no segundo semestre. O cadastramento dos interessados começa em abril. O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, afirmou que a ideia é implantar o sistema em ônibus, metrô e trens da CPTM na mesma data, mas isso ainda está em negociação com o Estado.
O cadastramento, disse ele, é para tentar evitar fraudes, já que o novo bilhete vai permitir usar o sistema um número ilimitado de vezes pagando apenas uma tarifa.

O bilhete atual já foi alvo de golpes, como o "janelinha", que causou à prefeitura perdas R$ 200 milhões por ano. O usuário pagava uma tarifa mais baixa ao fraudador, que lhe entregava o bilhete e o recebia de volta pela janela do ônibus.

Para evitar problemas do tipo, será utilizado um sistema biométrico, pelo qual o passageiro terá de marcar sua digital no momento de passar o cartão pela catraca.
A nova tecnologia vai exigir a mudança dos validadores do bilhete nos ônibus.

Por isso, disse Tatto, o sistema só pode entrar em vigor no segundo semestre, após a licitação para a escolha das novas empresas que irão operar no transporte coletivo.
As viações terão de comprar novos validadores que permitam o uso do sistema biométrico.

O custo da troca dos equipamentos estará embutido nos novos contratos.

Numa primeira etapa, apenas os usuários do Bilhete Único Mensal --e suas variações semanal e diária-- terão de se cadastrar. Mas a ideia, no futuro, é que todos os usuários tenham cadastro para que o bilhete possa ser usado para outros fins.

"Queremos expandir o Bilhete Único, por exemplo, para a Zona Azul e aluguel de bicicletas", afirmou Tatto.

Ele também disse que pretende fazer convênio com bancos, para que o usuário possa comprar crédito direto, sem necessidade de recarga em estações, como hoje. Os próprios celulares poderão ser usados como Bilhete Único, disse o secretário. Mas isso levará mais tempo.

Máquina que destrói cartões vencidos chega às estações de metrô de SP

27/01/2013 - Jornal Nacional

A ideia é dar um destino seguro e também útil para todo esse material ruim quando descartado de maneira errada.



Uma ideia simples, mas importante, chegou às estações do metrô de São Paulo. É a máquina papa-cartão. Ela destrói cartões vencidos, como os de crédito e os de planos de saúde, e com isso facilita o trabalho de reciclagem.

O dinheiro, o passe do ônibus, o vale refeição. Houve um tempo em que tudo isso era só de papel.

"Às vezes você ia para um lugar, para outro e acabava perdendo", opina um homem.

Hoje, quase tudo se compra ou funciona com o cartão de plástico. As coisas mudam, melhoram, mas novos problemas surgem. Destruir esses cartões que falam tanto de nós é um deles.

"Normalmente eu quebro e jogo no lixo", conta o despachante Francisco Correia Montes.

"Geralmente pego uma tesoura e corto eles e jogo no lixo. Dá um trabalho. Estraga a tesoura todinha", ri a analista de suporte técnico Fernanda Marques.

Para liquidar com esses e outros problemas gerados pelo descarte dos cartões, um brasileiro incomodado com o desperdício e com o lixo inventou um jeito de resolver tudo com uma manivelada só. Inspirada na máquina de cortar macarrão, essa espécie de papa-cartão aos poucos está aparecendo em estações de metrô e condomínios empresariais de São Paulo. A estimativa é de quase um bilhão de cartões circulando no Brasil. São mais ou menos 600 mil quilos de plástico. A ideia é dar um destino seguro e também útil para todo esse material ruim quando descartado de maneira errada.

"Misturado com outros polímeros, outros plásticos, por exemplo, pet com PVC, entre outros, atrapalha bastante", aponta Renato Soares de Paula, idealizador do programa de reciclagem.

Quem já conheceu a novidade, gostou.

"Vai acabar mudando o nosso costume. Consequentemente o planeta será melhor cuidado", avalia o servidor público federal Ricardo da Silva.

As tesouras de casa agradecem. E a natureza, também.

Por pouco, SP não ganhou um metrô no século 19

31/01/2013 - Folha de São Paulo

Edison Veiga

A 1.ª viagem de Metrô na cidade foi em 1974. Mas, 86 anos antes, o engenheiro alemão Alberto Kuhlmann tentou fazer uma via férrea que poderia ter sido o marco inicial do transporte urbano sobre trilhos.

Em 24 de março de 1888, ele obteve da Assembleia Legislativa Provincial direito de explorar por 50 anos a estrutura elevada metálica entre os Largos do Rosário e do Paiçandu – unindo o centro ao outro lado do Anhangabaú, para onde a cidade crescia. Em 3 de junho do mesmo ano, ele apresentou o projeto ao lado.

"É interessante que esse sistema lembra a Parceria Público-Privada da atual Linha 4-Amarela do metrô", compara o historiador Guido Alvarenga, do Arquivo Histórico Municipal. "O transporte seria por carros puxados por pequenas locomotivas a vapor", explica Eudes Campos, no livro Arquivo Histórico de São Paulo – História Pública da Cidade.

Kuhlmann, porém, não viu seu sonho realizado. Como não cumpriu o prazo do contrato, teve de desmontar o que estava feito. E só em 1892, com o Viaduto do Chá, o paulistano conseguiria atravessar o Anhangabaú.

Tema da coluna veiculada pela rádio Estadão em 25 de janeiro de 2013

Categories: RÁDIO ESTADÃO

Livro registra construção de linha amarela do metrô de SP

02/02/2013 - Folha de São Paulo

Água, barro, escavadeira, escuridão. Concreto, vidro, metal, luz, um trem flutua sublime sobre os trilhos.

Quase cinco anos separam a primeira e a última imagem de "Linha 4" (Olhares, R$ 70, 132 págs.), livro de Rogério Canella que reúne fotos tomadas durante a construção da linha do metrô paulistano que liga a Luz (Centro) à Vila Sônia (zona oeste).

Longe da agitação da cidade, o fotógrafo, colaborador da Folha, lança olhares diferentes a SP. Em vez de se afastar do centro, ele submergiu.

Rogério Canella/Divulgação
Foto de Rogério Canella de obras da linha 4 do metrô de SP
Não se veem as plataformas hoje cheias e o empurra-empurra do horários de pico. O embate aqui é entre máquina e natureza, na construção a fórceps dos túneis da via.

Tal como a obra de engenharia, o livro divide-se em quatro capítulos/fases. Se, no começo, falta forma, o túnel consolida-se diante dos olhos à medida que se avança nas páginas do volume.

A obra, com 120 fotos captadas por meio de equipamentos analógicos, será lançado hoje, antes mesmo da abertura à população de todas as estações que compõem a linha.

LINHA 4
QUANDO sábado (2), das 11h às 16h
ONDE Galeria Logo (r. Artur de Azevedo, 401; tel.: 0/xx/11/3062-2381)