domingo, 30 de novembro de 2014

Novas estações do Metrô recebem conexão WiFi

30/11/2014 - Diário de SP

Paraíso, Vila Prudente e Tamanduateí do Metrô receberam o benefício, que já foi instalada na Sé

Nesta sexta-feira (28), as estações Paraíso - da Linha 1-Azul também, Vila Prudente e Tamanduateí, da Linha 2-Verde do Metrô, ganharam áreas com WiFi gratuito. Em outubro, a estação Sé, da Linha 3-Vermelha, já tinha recebido o benefício.

Na estação Paraíso, a conexão gratuita com a internet fica próximo da Sala de Segurança Operacional (SSO), na plataforma 1, sentido Tucuruvi. Na Vila Prudente, os sinais estão no piso da futura integração com o monotrilho. Enquanto na Tamanduateí, o WiFi está na área de integração do Metrô com a CPTM.

As áreas estão identificadas com placas e o usuário deve pesquisar a rede "wifi_metro_sp" para se conectar. Cada pessoa pode utilizar a rede por até 20 minutos com intervalo de 15 minutos.

A conexão englobará 200 usuários simultaneamente.

Fonte: Diário de São Paulo

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Chegada do Metrô na região anima 70% dos comerciantes

19/11/2014 - Diário do Grande ABC

Renato Gerbelli 

Especial para o Diário
Celso Luiz/DGABC 


Celso Luiz/DGABC
As cidades do Grande ABC já projetam o impacto que a Linha 18-Bronze do Metrô, monotrilho que ligará a Capital a São Bernardo, passando também por São Caetano e Santo André em 2018. vai trazer aos comércios da região. Pesquisa realizada pela Educa, empresa da Universidade Metodista de São Paulo, a pedido da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, mostra que 70% dos lojistas esperam crescimento de seus negócios com a chegada do Metrô. Reforçam a perspectiva positiva a atração de consumidores, competitividade dos estabelecimentos e diversificação dos produtos.

Ao mesmo tempo, o levantamento apresenta dado preocupante: 65,7% dos consumidores disseram estar dispostos a ampliar a frequência que realizam compras na Capital. Em 2009, com o início das operações da Estação Tamanduateí, a mais próxima da região, 30% das pessoas afirmaram ter aumentado o hábito de consumir em São Paulo.

Segundo o secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Giovanni Rocco Neto, o objetivo é, primeiro, fazer com que os consumidores da região não migrem para a Capital. "O cliente vai para São Paulo buscando liquidação. preço e variedade. Se tivermos isso aqui, aquele comprador corriqueiro vai pesquisar e não vai para a Capital", afirmou.

Para o professor de Economia da Metodista Sandro Maskio, o Metrô trará grande oportunidade, e os comerciantes precisam se antecipar. "É importante se preparar para enfrentar ambiente de maior competição e diversificação de estabelecimentos. Então, os empreendedores devem oferecer estrutura que faça frente à essa nova realidade que deve assumir o comércio", disse.

Já as perspectivas do presidente da Aciscs (Associação Comercial e Industrial de São Caetano), Mauro Vincenzi Laranjeira, ainda são incertas. "O impacto para o comércio em São Caetano é preocupante. Precisamos manter nosso consumidor e tentar atrair outros para a cidade. Nosso atrativo não é o preço, mas a qualidade do produto. Temos que oferecer ainda maneira de chegar aos centros comerciais da cidade, que ficam longe das estações", declarou, preocupado. "Sem dúvida também serão formados novos centros comerciais perto das estações. E São Caetano terá cinco. É um ótimo número", reconheceu Laranjeira.

Outro ponto a ser explorado com a chegada do Metrô no Grande ABC é a atração dos paulistanos, que já estão próximos dos principais pontos de comércio, como a Rua 25 de Março e o Brás. "Com o incentivo do turismo na região, teremos atrativo para trazer pessoas diferentes e fazê-las consumir aqui. No caso dos lugares mais afastados das estações, como a Rota dos Restaurantes e a Represa Billings, em São Bernardo, a ideia é a Prefeitura criar linhas específicas (de ônibus) para levar os turistas", destacou Rocco. 

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Horário do monotrilho será expandido em dezembro

17/11/2014 - O Estado de S. Paulo

Inaugurada parcialmente no fim de agosto, a Linha 15-Prata, o primeiro monotrilho da capital paulista, terá o seu funcionamento expandido no dia 19 de dezembro, uma sexta-feira. Em vez de funcionar só aos sábados e domingos, a abertura ocorrerá todos os dias da semana. A informação foi confirmada pelo Metrô de São Paulo nesta segunda-feira, 17.

Contudo, o ramal, que, por enquanto, conta com apenas duas estações em um trajeto de 2,9 km, ainda continuará aberto ao público apenas das 10h às 15h.

A Linha 15-Prata tem duas estações, Vila Prudente e Oratório. Quando houver expansão do atendimento em 19 de dezembro, também haverá integração com a Linha 2-Verde do Metrô na Vila Prudente.

Quando estiver pronta, a Linha 15 conectará a região da Vila Prudente a Cidade Tiradentes, ambas na zona leste paulistana.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Estação Eucaliptos do Metrô tem 30% da obra bruta concluída

13/11/2014 - Governo SP

A estação Eucaliptos, da Linha 5-Lilás do Metrô, está com 30% da obra civil bruta concluída. A plataforma está localizada no bairro de Moema, no eixo entre as avenidas Ibirapuera, Cotovia e a rua Professor Levy de Azevedo Sodré. A previsão é que passem por essa estação, diariamente, 18 mil pessoas. Os usuários terão dois acessos à plataforma, um deles na avenida Cotovia e o outro na avenida dos Imarés.

O governador em exercício, Samuel Moreira, visitou o local, nesta quinta-feira, 13, para verificar o andamento das obras. Parte está sendo construída a 30 metros de profundidade, o equivalente a um prédio de dez andares. Ao todo, são 9.325 m² de área em construção.

A estação Eucaliptos figurará entre as mais modernas plataformas do sistema metroviário da cidade de São Paulo. Terá o sistema de portas de plataforma, cinco elevadores, 13 escadas rolantes, câmeras de vigilância e outros recursos.

Fonte: Portal do Governo do Estado de SP
Publicada em:: 13/11/2014

Estação Fradique Coutinho é inaugurada em SP

17/11/2014 - Revista Ferroviária

Foi inaugurada no sábado (15/11) a estação Fradique Coutinho da Linha 4-Amarela, de São Paulo. Essa é a sétima estação da Linha 4 a entrar em operação e a 68ª estação do Metrô de São Paulo.

"Essa é uma das mais modernas estações de metrô e a mais moderna linha do País. E a maior linha do Mundo, ela vai chegar a 900 mil passageiros/dia, totalmente operada por sistema. Ela não tem o operador do metrô", destacou o governador Geraldo Alckmin, na inauguração da estação.

Já o secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, enfatizou que a Linha 4 é a linha integradora. "O impacto grande desta estação é nessa área e conseguir aliviar o movimento da Paulista. Você dá uma redistribuição melhor da área comercial da Faria Lima e Paulista", disse o secretário.

O secretário destacou ainda a diversidade de público da Linha Amarela. "A Linha 4 é a mais democrática que nós temos hoje no sistema. Ela pega o pessoal de mais baixa renda do Grajau, como do Capão Redondo, e esse pessoal se integra com o pessoal de classe B e A aqui da região dos Jardins. Nossas pesquisas estão nos dando que aqui temos uma diversidade completa por ser um caráter muito democrático dessa linha", declarou Fernandes. 

Nesta primeira semana de operação, a estação Fradique Coutinho funcionará das 10h às 15h para adaptação e ajustes dos sistemas.  A partir do próximo sábado, 22 de novembro, a linha funcionará no horário comercial das demais linhas.

A estação Fradique Coutinho contará com dois acessos, um na Rua dos Pinheiros e outro na Rua Fradique Coutinho.  A estação tem 14,2 mil metros quadrados de área e está a 16 metros de profundidade. Ela tem a mesma estrutura das demais estações da Linha 4 com bloqueios de vidro (catracas) e portas de plataforma.

Essa estação é a primeira da segunda fase da Linha 4-Amarela, que inclui as estações Higienópolis- Mackenzie , Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia. Nas duas primeiras fases da Linha 4 foram investidos pelo Governo do Estado de São Paulo R$ 5,4 bilhões, sendo somente a fase 2 R$ 1,7 bilhão. Os sistemas e trens foram adquiridos pela ViaQuatro, responsável pela operação da Linha 4.

Alckmin anunciou que no primeiro semestre de 2015 será entregue a estação Higienópolis- Mackenzie e três meses depois a estação Oscar Freire. E em 2016 serão entregues as estações Morumbi e Vila Sônia.

A terceira fase da Linha 4-Amarela é a ligação entre Vila Sônia e Taboão da Serra. O projeto funcional já esta concluído e o projeto básico deve ser iniciado em 2015.

O governador também anunciou que a partir de partir de 19 de novembro o monotrilho da Linha 15-Prata começa a opera todos os dias das 10h às 15hs, atualmente essa operação é aos finais de semana, e será integrado com a Linha 2-Verde do metrô. A operação comercial está prevista para 1º de março.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Taboão da Serra terá duas estações de Metrô

13/03/2013 - O Taboense

O projeto consiste em uma estação entre o Pátio Vila Sônia (que tem sua entrega prevista para 2015) e Taboão (com previsão de entrega para 2016)

A moderna linha 4 do Metrô chegará até Taboão da S
A moderna linha 4 do Metrô chegará até Taboão da Serra
créditos: Divulgação
 
O prefeito Fernando Fernandes detalhou pela primeira vez, nesta terça-feira, dia 12, durante entrevista com a imprensa regional, o projeto para a chegada do Metrô em Taboão da Serra, que prevê duas estações na cidade e não apenas uma como estava sendo planejada. A novidade, anunciada como "realidade e não promessa" está dentro do planejamento do Governo do Estado.
 
Segundo Fernandes, há cerca de 20 dias, técnicos do Metrô vieram realizar estudo de impacto de vizinhança e de trânsito nas proximidades de onde as estações que serão instaladas. Fernandes garantiu que Taboão da Serra será beneficiada com duas estações, uma no Centro e outra na região do Shopping Taboão. 
 
"Existe uma previsão de estação no centro de Taboão e outra mais próxima ao Shopping, que é a que mais me agrada, porque aí o pessoal que vier de Embu e Itapecerica já não vão mais passar pelo centro de Taboão. Já seria uma forma de deter esse trânsito, descongestionando a passagem que é outra expectativa muito grande que nós temos", declarou Fernandes.
 
Uma empresa foi contratada para analisar o local, existem várias questões a serem levadas em consideração, como a desapropriação de área para a construção do terminal de ônibus e o impacto que as obras podem causar no entorno. Contrataram uma empresa para fazer todo o impacto nesses locais, não é só a estação, tem que desapropriar uma área para um terminal", falou o prefeito Fernando Fernandes.
 
Em entrevista ao Portal O Taboanense a deputada Analice Fernandes disse que a chegada do Metrô em Taboão da Serra é uma conquista da população. "O governador Geraldo Alckmin atendeu as nossas reivindicações, Taboão da Serra será a primeira cidade da Grande São Paulo a receber uma estação do Metrô, essa é uma vitória de todos nós taboanenses", afirmou.
 
O projeto consiste em uma estação entre o Pátio Vila Sônia (que tem sua entrega prevista para 2015) e Taboão (com previsão de entrega para 2016). A estação São Paulo Morumbi tem entrega prevista para 2014. O Governo do Estado garantiu que o Metrô até Taboão da Serra será todo feito de forma subterrânea. A expectativa é que a linha siga o traçado da avenida Dr. Francisco Morato e da Rodovia Régis Bittencourt.
 
A tendência é que as estações sigam o padrão da estação Paulista, que possui esteiras que facilitam a movimentação dos passageiros. Portas de vidros que contribuem para a segurança, os trens vão circular sem operadores, todas as manobras serão controladas do pátio Vila Sônia, como acontece atualmente na Linha Amarela. Todos os vagões com passagens livres entre os trens, possibilitando mais conforto e evitando aglomerações. É previsto pontos de conexão de internet sem fio (wi-fi).

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Linha 4 irá operar com 13 minutos entre Barra e Ipanema, e 34 minutos entre Barra e Centro

10/112014 - O Globo

Nesta segunda-feira foi detonado último trecho de rocha que separava São Conrado da Gávea

POR ISABELA BASTOS

Operários caminham em trecho do túnel da Linha 4 do metrô - Márcia Foletto / Agência O Globo

RIO - Foi detonado, nesta segunda-feira, o último trecho de dois metros de rocha que separava os bairros de São Conrado e da Gávea nas obras de perfuração dos túneis da Linha 4 do Metrô (Barra da Tijuca-Ipanema), sob o maciço do Morro Dois Irmãos. Os explosivos - cerca de 250 quilos - foram acionados pelo governador Luiz Fernando Pezão. O material serviu para botar abaixo a parede na chamada Via 2. De acordo com o planejamento, a Linha 4 irá operar com um tempo de 13 minutos entre a Barra e Ipanema, e 34 minutos entre a Barra e o Centro da cidade. Com 16 quilômetros de extensão, ela deverá transportar cerca de 300 mil pessoas por dia e retirar das ruas aproximadamente dois mil veículos por hora, nos horários de pico.

A detonação durou poucos segundos e, por medida de segurança, foi exibida em um telão instaldo a um quilômetro de distância, para uma plateia que incluía o governador, o senador Francisco Dornelles (vice de Pezão no segundo mandato), secretários de estado, funcionários do consórcio Rio Barra e jornalistas. Com a detonação, agora fica faltando a perfuração de um trecho de 213 metros na chegada à estação da Gávea e de outro trecho de 600 metros (dois túneis de 300 metros) entre São Conrado e o Leblon, sob o maciço.

Depois da cerimônia, o governador comentou a volta da operação do tatuzão no subsolo de Ipanema, na Zona Sul, ocorrida na manhã desta segunda. Segundo Pezão, embora a perfuratriz tenha ficado parada por seis meses, desde o afundamento de parte do solo da Rua Barão da Torre, o governo está tranquilo quanto ao prazo de entrega das obras, no primeiro semestre de 2016, a tempo das Olimpíadas.

— Dá tempo. Tudo está no cronograma e será entregue se Deus quiser. Estava previsto que, na mudança de solo (na Zona Sul), poderia haver problemas. O consórcio garante que teremos metrô nas Olimpíadas — disse.

PROJETO BÁSICO DA LINHA 5 TERÁ LICITAÇÃO

O governador anunciou ainda que, nas próximas semanas, será divulgado o resultado da licitação para o projeto básico da chamada Linha 5 (Gávea-Carioca). O Estado conclui ainda os termos de referência que irão sustentar as licitações para os projetos básicos de outros três trechos metroviários: Uruguai-Méier (Engenhão), Carioca-Estácio e Jardim Oceânico-Alvorada-Recreio dos Bandeirantes.

— A linha Carioca-Gávea é a que está mais avançada. Já fizemos a licitação do projeto básico e o licenciamento ambiental. A gente teve muito problema (na Linha 4) porque foi preciso aproveitar uma licitação antiga e fazer todo licenciamento ambiental. E isso demorou muito. Essa próxima linha (Gávea-Carioca) começa com tudo feito, projeto e licenciamento.

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A ideia, disse Pezão, é aproveitar o tatuzão nas outras obras, uma vez que o equipamento já está no Rio, caso os projetos de cada linha apontem que a perfuratriz seria o melhor método construtivo das futuras linhas:

— Queremos dar muito trabalho ao tatuzão. Acho que a gente não pode perder a oportunidade de usar essa máquina, que já está aqui e pode ir para o Centro da cidade ou outra linha que fizermos. Preferimos a Gávea-Carioca. Mas eu quero mexer em todas.

O secretário de estado da Casa Civil, Leonardo Espíndola, disse que três empresas participam da licitação para o projeto básico da Linha Gávea-Carioca. O projeto básico foi orçado em R$ 35 milhões, mas a expectativa é que as propostas técnicas que serão apresentadas pelas empresas venham com deságio. O vencedor terá oito meses para fazer detalhar o projeto básico e fazer o licenciamento ambiental da obra. O valor não inclui o projeto executivo e as obras propriamente ditas.

— A ideia é aproveitar o tatuzão, mas será o projeto básico quem vai definir o melhor traçado e o melhor método construtivo, se com o tatuzão ou detonações em rocha. Depois licitamos o projeto executivo e as obras.

Ainda de acordo com Espíndola, os projetos básicos dos outros três trechos de linhas metroviárias deverão custar entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões. O governo estadual negocia agora como BNDES a melhor forma de financiamento desses trabalhos.

— Deverá haver aporte federal para esses projetos e obras. Existe uma linha segregada de financiamento que pode viabilizar essas expansões.

TATUZÃO SERÁ USADO NA LINHA 4 ATÉ 2016

Segundo o subsecretário de Projetos Especiais da Casa Civil, Rodrigo Vieira, seria possível equacionar o uso do tatuzão em novas frente de obras por conta do tempo do detalhamento do projeto básico da linha Gávea-Carioca.

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— O tatuzão será usado na Linha 4 até o início de 2016, quando ele desemboca na Gávea vindo da Zona Sul. Ele será desmontado ali e poderá ser usado, se o método de escavação escolhido for esse.

Ele disse ainda que o primeiro dos 15 trens da Linha 4 já foi embarcado na China e deverá chegar ao Rio no início do ano que vem. Os demais 14 trens deverão chegar até o meados de 2015 e serão colocados em teste na malha metroviária existente no Rio. No início de 2016, os trens serão transferidos para a Linha 4, para os testes finais. Rodrigo Vieira garantiu ainda que o cronograma da Linha 4 não será prejudicado com a parada de operação do tatuzão nos últimos seis meses.

— As obras nas estações, que eram o ponto mais crítico, nunca pararam. Temos frentes simultâneas de obras e o cronograma está mantido. O tatuzão pode ser acelerado ou não, de forma a compatibilizar com o avanço das estações. O tempo que ele ficou parado foi ganho com as obras nas estações.

domingo, 2 de novembro de 2014

Os principais desafios envolvidos na implementação do CBTC em linhas operacionais de metrô

25/07/2014 - Digital Assessoria

As colocações são do engenheiro, Fábio Siqueira Netto durante palestra com o tema "Os desafios da implementação do CBTC – Communication Based Train Control" realizada durante encontro AEAMESP Tecnologia, na terça-feira, 15 de julho de 2014, no Auditório G2 da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô, em São Paulo (SP).

Durante o encontro, coordenado pelo engenheiro Antonio Luciano Videira Costa, diretor da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP), Siqueira Netto discorreu sobre a complexidade da substituição de sistemas anteriores de controle pelo CTBC em linhas que estejam em operação, considerando aspectos como as expectativas iniciais de ganhos de desempenho com o novo sistema, especificações contratuais e o tempo necessário para que a implementação aconteça e seja assimilada pelas equipes.

Segundo Siqueira Netto, a implantação do CBTC não acarreta apenas uma mudança de tecnologia, pois também afeta significativamente a filosofia de operação e de manutenção da operadora exigindo mudanças comportamentais das equipes.

A substituição de sistemas anteriores por CBTC – ainda mais em linhas que já estejam em operação – é um processo que demanda tempo e não pode ser feito com pressa. "Os melhores resultados observados em outros países indicam seis anos para a implantação, mas há casos em que aconteceu em oito ou 10 anos", frisou.

Histórico – O desenvolvimento da tecnologia teve início em meados dos anos 1980, passando por modificações na década de 90 para se consolidar em 2003, na linha do metrô de São Francisco (EUA).

Expectativas iniciais do CBTC – De acordo com o engenheiro, as expectativas iniciais da nova tecnologia eram de obter o aumento da capacidade de transporte das operadoras: menor distância entre trens e menor headway com mais disponibilidade e confiabilidade; redução do tempo e do custo de implantação; incremento de segurança – safety e security; novas funções operacionais e ferramentas de manutenção; interoperabilidade entre plataformas diferentes e menor consumo de energia.

Segundo Siqueira Netto, desde 2009, o Metrô-SP vem trocando experiências com outras operadoras sobre a implantação do CBTC. Nesse período a empresa fez contato (por meio de visitas, reuniões, fóruns técnicos, congressos e testes em fábricas) com os metrôs de Milão, Madri, Barcelona, Panamá e Londres, que já contam com sistemas CBTC em operação, e com os metrôs de Santiago do Chile, Bruxelas e Toronto, que estão implantando esse tipo de sistema, além do metrô de Viena, que não conta com CBTC, mas vem estudando o assunto.

Visões gerais das demais operadoras – Nenhuma operadora tem a demanda e a estrutura de trabalho do Metrô-SP; os cenários operacionais e de manutenção são muito diferentes, gerando perspectivas também diferentes sobre o CBTC; para as operadoras mais antigas, o CBTC representa uma grande evolução e isso faz com que exista maior tolerância com eventuais pendências, etc.

Siqueira Netto discorreu sobre a estratégia de implantação do CBTC em linhas operacionais e apontou as lições aprendidas pelo Metrô-SP até aqui. Como um aspecto relacionado com a implantação do CBTC, fez considerações sobre a utilização de softwares em sistemas metroferroviários, destacando o impacto desses novos sistemas em seus requisitos de segurança e qualidade. Assinalou que de 1970 até hoje, o metrô possui 15 frotas diferentes, sendo que 10 frotas possuem números significativos de software. O engenheiro estima que o Metrô-SP utiliza aproximadamente 900 softwares em seus trens, dos quais cerca de 500 correspondentes a aplicativos embarcados e outros 400 utilizados para manutenção.

Para Siqueira Netto, a percepção do CBTC para boa parte das operadoras mais antigas é de evolução, pois elas partem de sistemas simples de sinalização. Tal percepção favorece o aceite do CBTC com pendências funcionais, pois há ganhos mesmo com essas pendências. A implementação ou modernização de sistemas em linhas operacionais não são atividades triviais. Para que as atividades de operação e manutenção não sejam prejudicadas, o planejamento dessas implementações deve ser feito em conjunto entre operadora e contratado.

Segundo o engenheiro, a figura do integrador geral tem forte relação com o sucesso na logística de implantação ou modernização de sistemas em linhas operacionais. "Novos sistemas exigem novas culturas de operação e manutenção. A transformação é grande e leva tempo para acontecer", finaliza.

Fonte: Digital Assessoria Comunicação Integrada
Publicada em:: 25/07/2014