29/10/2013 - Valor Econômico
A CCR, especializada em concessões, registrou lucro líquido de R$ 403,5 milhões no terceiro trimestre de 2013, um crescimento de 27,4% contra um ano antes. O resultado veio em linha com a projeção dos analistas do Credit Suisse e bastante próximo às de Goldman Sachs e corretora Ágora - instituições previamente consultadas pelo Valor. Os números favorecem a participação em leilões de infraestrutura, diz a empresa, que se prepara para disputar uma linha do metrô paulistano.
"Nós devemos participar [da licitação]", diz Arthur Piotto, diretor financeiro e de relações com investidores da CCR, sem informar detalhes. Segundo ele, as mudanças feitas pelo governo estadual em relação à modelagem da concessão foram positivas. A companhia ainda tem interesse em participar do leilão dos aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG), que será em novembro - embora ainda não garanta proposta pelos dois projetos. "Essa decisão vai ser tomada mais à frente. Estamos estudando ambos os aeroportos de maneira igual."
Em rodovias, a CCR continuará participando sozinha. "É o tipo de ativo em que a gente, a princípio, tem um conforto grande. Não há uma razão motivadora o suficiente para buscar um consórcio", disse. Segundo Piotto, a CCR pode participar de mais "dois ou três leilões" de estradas sozinha.
Para as disputas, a CCR conta com um balanço que considera favorável, mas afirma que terá cautela. "A gente entende que tem de ser seletiva, porque são muitos leilões e, apesar de termos um balanço folgado, ele é finito".
O crescimento no resultado do terceiro trimestre, diz Piotto, foi influenciado tanto pelos números operacionais deste ano como pela base de comparação. No ano passado, a CCR registrou efeitos não recorrentes que limitaram o resultado - como a despesa para elaborar propostas para a compra da estatal portuguesa de aeroportos, que não se concretizou.
Devido a essa comparação, diz Piotto, o lucro teve uma expansão muito maior que a receita líquida, que cresceu 10,9% e alcançou R$ 1,37 bilhão. Esse número foi impulsionado pelo movimento de veículos nas estradas administradas, o principal gerador de faturamento. O tráfego cresceu em um forte patamar de 7,4% contra o ano anterior. "Desde abril, houve uma aceleração que se confirmou nos meses seguintes". Também houve melhora de receita na ViaQuatro (controlada que opera uma linha do metrô paulistano) e na STP (sistema de pagamento de pedágio), além daquela contabilizada com os novos aeroportos.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado (sem construção) cresceu 19%, para R$ 929 milhões. A margem Ebitda ajustada subiu 4,6 pontos percentuais, para 67,4%.
Já na parte financeira, o prejuízo se intensificou em 9,1%, para R$ 162 milhões. O número foi puxado por juros maiores, variações cambiais e entrada em novos projetos. Para Piotto, isso não preocupa. O endividamento (indicador dívida líquida sobre Ebitda) está em 1,9. "Dá um conforto pra participar de leilões".
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As notícias veiculadas acima, na forma de clipping, são acompanhadas dos respectivos créditos quanto ao veículo e ao autor, não sendo de responsabilidade do site Revista Ferroviária.
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"Nós devemos participar [da licitação]", diz Arthur Piotto, diretor financeiro e de relações com investidores da CCR, sem informar detalhes. Segundo ele, as mudanças feitas pelo governo estadual em relação à modelagem da concessão foram positivas. A companhia ainda tem interesse em participar do leilão dos aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG), que será em novembro - embora ainda não garanta proposta pelos dois projetos. "Essa decisão vai ser tomada mais à frente. Estamos estudando ambos os aeroportos de maneira igual."
Em rodovias, a CCR continuará participando sozinha. "É o tipo de ativo em que a gente, a princípio, tem um conforto grande. Não há uma razão motivadora o suficiente para buscar um consórcio", disse. Segundo Piotto, a CCR pode participar de mais "dois ou três leilões" de estradas sozinha.
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