domingo, 17 de outubro de 2010

Metrô improvisa passarela para abrir estação Pinheiros

17/10/2010 - Os Amigos da Presidente

O Metrô de São Paulo fez mudanças no projeto original, decidiu improvisar e inclusive bancar a implantação de uma passarela provisória na tentativa de entregar a estação Pinheiros da linha 4-amarela no final deste ano.

O gasto de R$ 1,542 milhão será custeado pela própria companhia porque a estrutura definitiva, sob responsabilidade das empreiteiras do Consórcio Via Amarela, só ficará pronta no ano que vem.

A montagem da passarela provisória, com peças de aço tubular, visa possibilitar a integração dos passageiros com a estação Pinheiros da linha 9-esmeralda da CPTM. Sem a conexão, a importância da linha 4 fica limitada.

O contrato do Metrô com a Ina Representações prevê que, em até nove meses, a estrutura seja desmontada -e substituída pela definitiva.

A linha 4 do metrô está em construção há sete anos e, cinco meses atrás, teve duas estações (Faria Lima e Paulista) abertas em operação assistida, das 9h às 15h.

A abertura de uma cratera na estação Pinheiros deixou sete mortos em janeiro de 2007, nos primeiros dias do governo José Serra (PSDB).

Depois de atrasos, a última previsão do governo era inaugurar as duas próximas paradas, Butantã e Pinheiros, no fim do ano, deixando Luz e República para 2011.

Embora a programação ainda esteja mantida, dentro do Metrô há temores de atraso na Pinheiros -que, segundo a companhia, está em "fase final de acabamento".

MUDANÇA DE PROJETO

A construção da passarela na estação Pinheiros representa uma mudança no projeto da linha 4, que previa uma ligação subterrânea entre a malha de metrô e trens.

O Consórcio Via Amarela provavelmente gastaria mais com esse túnel do que com a passarela, segundo técnicos.

O Metrô não informou, porém, se, com a mudança, houve alguma revisão do valor a ser pago pela obra.

Funcionários da companhia suspeitam que a alteração do projeto tenha sido motivada pelo acidente na estação Pinheiros em 2007, quando houve discussões sobre a instabilidade do solo.

Eles também temem que a passarela aumente os deslocamentos a pé para a baldeação com a rede da CPTM.

O Metrô não confirma qualquer relação da cratera com a alteração do projeto.

Ele atribui a mudança de planos à elevação da demanda na linha 9 da CPTM -que circula ao longo da marginal Pinheiros e que teve um salto de 115 mil para 279 mil passageiros diários desde 2006.

Segundo a companhia, a implantação do acesso subterrâneo interligando as estações Pinheiros do Metrô e da CPTM implicaria na operação da linha 9 de maneira restrita naquele trecho.

Ela afirma que "isso era possível à época do projeto inicial", mas que, nos últimos anos, a linha teve aumento de usuários três vezes superior à média das demais. Assim, diz, a construção do túnel provocaria transtornos "como elevação dos intervalos e paralisações pontuais¨. Estado

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