terça-feira, 20 de março de 2012

SP retoma construção da Linha 4 do metrô e quer abrir 5 estações até 2013

20/03/2012 - O Estado de São Paulo

Atualmente, linha já tem túneis prontos e seis paradas em operação; obras das novas estações ficarão a cargo de consórcio espanhol.

Bruno Ribeiro e Daiene Cardoso

SÃO PAULO - As obras das cinco estações que faltam ser entregues da Linha 4-Amarela do Metrô, que ligará a Vila Sônia, na zona sul, à Estação da Luz, no centro, serão retomadas a partir do próximo sábado. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou nesta terça-feira, 20, que vai assinar, neste dia, a ordem de serviço para a retomada das obras nos dois lotes restantes da linha.

Citando as Estações Vila Sônia, São Paulo-Morumbi, Fradique Coutinho, Oscar Freire e Mackenzie-Higienópolis, Alckmin disse que vai "entregar todas em 18 meses" - em setembro de 2013. O anúncio foi feito durante o 3.º Seminário sobre Gestão de Cidades em Tempos de Sustentabilidade, na Faculdade Armando Álvares Penteado (Faap).

Atualmente, a linha já tem túneis prontos e seis estações em funcionamento (mais informações no mapa ao lado). As novas obras serão para a construção das estações restantes. A licitação para esse serviço havia sido dividida em dois lotes: um para construção das estações São Paulo-Morumbi, Fradique Coutinho, Oscar Freire e Mackenzie-Higienópolis e outro para a Estação Vila Sônia, com previsão de ligação para Taboão da Serra, por um túnel de 1,5 quilômetro, e um terminal de ônibus.

Espanha. Um único grupo, entretanto, venceu os dois lotes. É o consórcio Corsán-Corvian Construcción, S. A., com sede na Espanha. O valor a ser pago ao grupo é de cerca de R$ 1,58 bilhão, segundo o orçamento do Metrô. No sábado, apenas a ordem de serviço para o primeiro lote, com a maior parte das estações, será assinado. O Metrô não confirmou a data de assinatura do segundo lote.

A obra reforça a ligação do sistema metroferroviário paulistano com o país europeu: conforme o Estado informou no sábado, o vice-governador Guilherme Afif Domingos esteve na Espanha na semana passada para costurar um convênio com o governo daquele país e com as empresas Metro Madrid, Renfe e Aves - responsáveis pelo sistema de transporte por trens em Madri -, para que elas participem das obras de ampliação do transporte sobre trilhos. A meta é investir R$ 60 bilhões até 2018 e aumentar de 2 para 13 a média de quilômetros de linha construídos por ano.

Atrasos. As obras da Linha 4-Amarela estão sendo retomadas seis meses após a entrega total da primeira fase. As últimas estações, Luz e República, foram abertas em setembro do ano passado. Mas a linha já nasceu superlotada e hoje transporta mais de 550 mil pessoas por dia - o que provoca, por exemplo, filas nas conexões com as outras linhas, sobretudo na Estação Consolação, da Linha 2-Verde.

A previsão original era de que toda a linha, com as 11 estações, estivesse pronta em 2008. Mas houve uma série de atrasos - um deles, consequência do acidente na Estação Pinheiros, em 2007, que matou sete pessoas.[/ ] As novas estações também serão operadas pela empresa ViaQuatro, que já gerencia a linha por meio de uma Parceria Público-Privada.

3 comentários:

  1. 1.6 bilhões! Isso daria para construir a linha inteira. É fácil ver que isso não é investimento em transporte, é mais um investimento em "empresas offshore" do PSDB. Uma estação do metrô de paris dificilmente custa mais que 10 milhões. São totalmente subterrâneas, feias mesmo, mas funcionais e em quantidade adequada. Muito diferente do nosso metrô.

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    1. Ok, pesquisa ruim, a minha. Estações de metrô são caras, mesmo. Principalmente seguindo uma legislação que garante a acessibilidade para todos. Deculpem-me pelo comentário anterior.

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