sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Construtoras estão atrasando obras de Metrô e Trem, diz secretário

06/09/2012 - Via Trólebus

Jurandi Fernandes, Secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, afirmou que construtoras contratadas pelo governo são as responsáveis pela lentidão das obras de trem e de Metrô. Jurandir disse que a percepção de lentidão dos projetos por responsabilidade das construtoras começou a ocorrer há alguns meses, depois que foram solucionados problemas ambientais que atrapalhavam o desenvolvimento dos projetos. O secretário informou que exigirá, nos contratos futuros, que o risco de paralisação das obras seja compartilhado entre o governo e as empresas.

Jurandir diz ainda que as empresas reclamam de falta de mão de obra para desenvolver os projetos e obras, e alegam falta de equipamentos para fazer o trabalho. Jurandir citou um exemplo, sem citar o nome da companhia, de uma empresa que participa de uma obra do metrô em São Paulo, que teria a receber R$ 50 milhões mas que só conseguiu R$ 10 milhões.
“Uma empresa chegou a me pedir 30 dias para começar uma obra. Eu fui perguntar o motivo e a resposta foi que eles não conseguiam alugar furadeiras para fazer as fundações porque todas do país estavam alugadas. Isso não pode acontecer. A empresa ganhar um contrato e ficar com ele em estoque. Não pode enrolar. Se não tem capacidade, tem que investir“, contou Jurandir durante encontro V Brasil nos Trilhos, que reúne empresas da área de ferrovias e construtoras.
O secretário diz ainda que a área de projetos está sofrendo de carência de mão de obra. Ele sugeriu às empresas nacionais para que contratem novos engenheiros projetistas desempregados nos países ibéricos para dar conta da quantidade de projetos para as obras que serão realizadas. Segundo ele, SP tem um programa de investimento ferroviário que soma R$ 45 bilhões com a implantação até 2020 de quase 300 km de linhas de trens e metrôs.
“Vamos começar a fazer pressão nas empresas. Mostrar que o rei está nu. Vamos começar a cobrar multas pesadas e cobrar o cumprimento dos prazos“, afirmou o secretário que administra 155 contratos de obras e projetos.

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