quarta-feira, 22 de julho de 2015

Governo de SP passará operação da Linha 5 do Metrô à iniciativa privada

22/07/2015 - G1 SP / Folha de SP / O Estado de SP


linha lilás (Foto: Arte/G1)
linha lilás (Foto: Arte/G1)O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta terça-feira (21) que vai passar a operação da Linha 5-Lilás do Metrô, na capital paulista, para a iniciativa privada. O modelo escolhido foi o de concessão.

O objetivo é que a empresa vencedora opere toda a Linha 5-Lilás, desde o trecho que já está em funcionamento (Capão Redondo ao Largo Treze) e o também o que ainda está em obras (Largo Treze até a Chácara Klabin).

O governo defendeu que a medida vai preservar e gerar mais empregos, e afirmou que já iniciou os estudos de modelagem financeira e jurídica para a concessão de operação e manutenção da Linha 5. O trecho entre Capão Redondo e Chácara Klabin, com 20,8 quilômetros de extensão, tem demanda prevista de 750 mil usuários por dia.

Atualmente, a operação e a manutenção da Linha 4-Amarela do Metrô são feitas pela iniciativa privada após uma concessão por meio de uma Parceria Público Privada (PPP), mas a construção foi financiada pelo estado. A Linha 6-Laranja está em obras, também por meio de uma PPP. Os trabalhos começaram em abril de 2015, com mais um ano de atraso.

Atrasos na Linha 5-Lilás

As obras de 11 novas estações para a expansão da Linha 5-Lilás estão atrasadas. Um texto publicado na página na internet do Metrô em 27 de dezembro de 2012 dizia que a ampliação  deveria ficar pronta ainda esse ano. O custo total da obra será de R$ 9,1 bilhões.

O prolongamento tem 11 km de extensão e começa na estação Largo Treze, em Santo Amaro, e vai até a Chácara Klabin, na Linha Verde. Mas, durante uma visita ao canteiro de obras no começo de maio, o governador disse que as todas obras serão concluídas apenas em março de 2018.

Na ocasião, o governador afirmou desapropriações e questões ambientais foram superadas e que as obras aconteciam normalmente. "Esperamos entregar Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin no primeiro semestre de 2017. Depois mais seis estações no segundo semestre (...) e uma estação em 2018, que é a estação de Campo Belo, que ali tem uma grande interferência", disse Alckmin.

Em outras oportunidades, Alckmin citou como motivo da demora o fato de a obra ter ficado suspensa pela Justiça por 15 meses por uma decisão judicial que apontava indícios de corrupção na escolha da construtora. Em outubro de 2010, reportagem do jornal "Folha de S. Paulo" afirmava que conhecia os vencedores da licitação para a construção da linha antes dela ser concluída.



22/07/2015 - Folha de SP



Operação da linha 5-lilás do metrô será dada à iniciativa privada, diz Alckmin

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou nesta terça-feira (21) que vai conceder à iniciativa privada a linha 5-lilás do metrô.

Essa parte do sistema metroviário tem atualmente 9,3 km de extensão e liga as estações Capão Redondo e Adolfo Pinheiro, na região de Santo Amaro, zona sul da capital paulista.

Em processo de expansão desde 2009, a linha deve ganhar até 2018 mais 11,5 km, com dez novas estações e terminando na estação Chácara Klabin, em interligação com a linha 2-verde.

A concessão anunciada por Alckmin, porém, refere-se apenas à operação da linha 5-lilás, e não às obras que estão em curso.

Atualmente, só uma das cinco linhas do metrô de São Paulo tem operação privada: a 4-amarela, que liga a Luz, no centro, ao Butantã. As demais linhas são administradas pela própria estatal.

A futura linha 6-laranja do metrô, entre a Brasilândia (zona norte) e a estação São Joaquim (centro), também está sendo feita em regime de PPP (Parceria Público Privada).

No caso da expansão da linha 5, segundo a gestão Alckmin, os investimentos da ampliação serão de R$ 9,1 bilhões e a última estação só deve ficar pronta em 2018. Outras nove estações devem ser entregues em 2017, três no primeiro semestre e seis no segundo.

FASE DE ESTUDO

De acordo com Alckmin, "o setor privado vai operar toda a linha 5-lilás, inclusive o trecho que já está concluído e em funcionamento. Quem vencer, vai operar de Capão Redondo até Chácara Klabin".

O governador defende também que "a medida vai preservar e gerar muito emprego, além de melhorar a logística de São Paulo e reduzir o custo Brasil".

O Metrô de São Paulo informou, no entanto, que "as definições sobre a concessão de operação e manutenção serão resultados de estudo de modelagem financeira e jurídica que foi recém-iniciado".

A empresa disse que só "a partir da conclusão deste levantamento será possível informar o cronograma, escopo e mais detalhes deste processo".

METROVIÁRIOS

A iniciativa do governo estadual de conceder a linha 5-lilás à iniciativa privada não foi bem recebida pela categoria dos metroviários.

Conforme o secretário-geral do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Alex Fernandes, "evidentemente, estamos vendo isso com muita preocupação. Vamos tentar resistir a mais esse ataque do governador, que quer privatizar o metrô com essas concessões".

Fernandes explicou que o sindicato vai abrir uma discussão com os trabalhadores do sistema e que deve anunciar um posicionamento oficial em coletiva de imprensa marcada para esta quarta-feira (22)

LINHA OURO

Outra parte do sistema metroviário de São Paulo em obras, a linha 17-Ouro gerou uma interdição nesta terça-feira (21).

O tráfego de veículos na rua Ipiranga, bairro Campo Belo, será interditado no trecho entre a rua Visconde de Ourem até 50 metros antes da avenida Washington Luís.

 

Segundo o Metrô de São Paulo, a medida será necessária para "realizar a construção de um dos acessos da futura estação Jardim Aeroporto, em monotrilho". A duração prevista para obra é de 12 meses.


22/07/2015 - O Estado de SP

Operação da Linha 5-Lilás do Metrô será totalmente concedida à iniciativa privada

Alckmin diz que até o trecho já existente do ramal, entre Capão Redondo e Adolfo Pinheiro, será repassado ao vencedor

SÃO PAULO - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou nesta terça-feira, 21, o plano de entregar a Linha 5-Lilás, em obras entre as Estações Adolfo Pinheiro e Chácara Klabin, na zona sul da capital, para operação pela iniciativa privada. Ele, no entanto, não detalhou qual será o tipo de concessão.

Em obras desde 2011, a linha já teve previsão de entrega para os anos de 2014, 2015 e 2016. Agora, está prometida para 2018 e segue "rigorosamente no prazo", nas palavras do governador. Orçada inicialmente em R$ 6,9 bilhões, a empreitada já é estimada em R$ 9 bilhões pelo governo.

"Estamos abrindo o edital de concessão e a empresa que ganhar vai operar toda a Linha 5, até mesmo a parte já concluída e em operação. Toda a Linha 5 será privada", disse Alckmin, afirmando ainda estar "otimista" com o efeito da medida sobre emprego e melhoria na logística.

O secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, disse também ontem que uma das possibilidades seria exigir como contrapartida da iniciativa privada a construção de uma extensão da linha na outra ponta, em direção à zona sul, do Capão Redondo até o Jardim Ângela. Isso, porém, ainda não está definido - o projeto para esse possível trecho, planejado desde 2012, nunca foi feito.

O governador preferiu não falar em detalhes e disse que as possibilidades estão em aberto. "Vamos verificar qual a melhor modelagem disso. Nós podemos fazer a concessão por mais investimento, em que ganha quem oferecer mais investimento, ou onerosa, em que vence quem paga mais para o governo", continuou Alckmin.

O governador salientou, por outro lado, que a concessão na Linha 5 seria diferente da que foi feita na Linha 4-Amarela, que é uma Parceria Público-Privada (PPP).

A ViaQuatro, empresa que opera a Linha 4, é por enquanto a única entidade privada a operar o Metrô. Ela é formada pelas empresas Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Grupo Soares Penido. Entre 2013 e junho de 2015, a companhia recebeu R$ 42,6 milhões para operar a linha - teve de investir cerca de US$ 450 milhões para a compra de trens e outros equipamentos necessários à operação do ramal, que está em obras há mais de uma década.

Empregos. Na Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, a informação é que uma das justificativas para a mudança seria facilitar a gestão de pessoal.

Atualmente, o Metrô só pode contratar funcionários mediante concurso público, e os aprovados têm estabilidade de emprego. O Estado vem enfrentado paralisações quase anuais durante as campanhas salariais dos metroviários - e briga, na Justiça, para demitir 38 grevistas desligados da empresa no ano passado. Em primeira instância, os funcionários tiveram de ser readmitidos, mas o processo ainda é analisado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

A possibilidade despertou a ira do Sindicato dos Metroviários, que já promete paralisações caso a medida prossiga. "Já temos funcionários trabalhando na Linha 5, no trecho entre Chácara Klabin e Capão Redondo. Se é para melhorar a gestão, que o Metrô quer fazer a concessão, o que está dizendo para a sociedade é que não consegue gerir as linhas sozinho", disse o secretário-geral da entidade, Alex Fernandes.

Obras. Há dois "tatuzões" na Linha 5, que trabalham na interligação das dez estações em obras. A promessa é que o ramal tenha conexão com as Linhas 1-Azul e 2-Verde, e desafogue tanto a Linha 4-Amarela quanto a Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que hoje operam no limite da capacidade.


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