11/09/2013 - Valor Online
O presidente do Metrô ressaltou que trabalhou bastante junto ao governo de São Paulo para que fossem incorporadas à licitação as mudanças solicitadas pelas empresas.
As mudanças realizadas no novo edital de licitação da Linha 6 - Laranja do metrô de São Paulo reduzirão os riscos, sobretudo para as companhias estrangeiras interessadas no projeto, afirmou, nesta terça-feira, 10, o presidente da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), Luiz Antônio Carvalho Pacheco.
Segundo ele, a principal alteração no edital se refere às desapropriações necessárias para a realização das obras. O governo paulista modificou o documento para assumir integralmente o custo de desapropriações e reassentamentos.
"Temos expectativas de que grupos internacionais participem dessa licitação e eles não têm experiência nem em desapropriação nem em reassentamento. Essa questão afugentou o empresariado internacional [na primeira tentativa de licitação]. Quem está aqui no Brasil sabe como isso funciona, mas o estrangeiro não tem esse conhecimento", disse Pacheco, antes de participar de evento sobre mobilidade sustentável promovido pela Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Metrô.
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O presidente do Metrô ressaltou que trabalhou bastante junto ao governo de São Paulo para que fossem incorporadas à licitação as mudanças solicitadas pelas empresas. "Estamos com bons presságios de que lograremos êxito dessa vez", destacou. A primeira tentativa de licitação, feita em julho, fracassou por falta de interessados. "Para o governo, não é tão difícil assumir o ônus das desapropriações", complementou Pacheco.
Estima-se que as desapropriações custem entre R$ 650 milhões e R$ 700 milhões. O novo edital será disponibilizado na próxima sexta, 13, e as propostas deverão ser entregues em 31 de outubro.
Além da desapropriação, outra alteração, segundo Pacheco, foi a correção dos preços do projeto, atualizados até agosto deste ano pelo INCC. A alta do dólar, de acordo com ele, não teve influência sobre a correção dos valores.
Linha 2 - Verde
Pacheco afirmou também que, até outubro, a Linha 2 - Verde estará operando pelo sistema CBTC, que permite transportar um número maior de passageiros com a mesma frota, apenas diminuindo a distância entre um trem e outro.
Em meados de 2014, segundo ele, o sistema estará implementado na Linha 1 - Azul e, até o fim do próximo ano, será estendido até a Linha 3 - Vermelha.
As afirmações foram feitas em resposta à reportagem publicada no jornal O Estado de S.Paulo, hoje, que mostra que a implantação do sistema deveria ter ocorrido em 2010.
"Tivemos problemas técnicos e isso está atrasando a implementação do sistema", admitiu Pacheco, que participa de evento sobre mobilidade sustentável.
Fonte: Valor Online
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