09/10/2011 - BRUNO RIBEIRO, NATALY COSTA - O Estado de S.Paulo
Para secretário, melhora só ocorrerá com a abertura da Linha 5
Na semana em que o governo do Estado apresentou o maior orçamento para obras de metrô da história - R$ 4,9 bilhões em um ano -, o secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, admite que nem as 11 obras metroferroviárias que devem estar em andamento até a metade do ano que vem vão dar conta de resolver os problemas de trânsito da capital. Ele defende a construção de mais corredores de ônibus.
O aperto que os usuários da nova Linha 4-Amarela enfrentaram nas estações nas duas últimas semanas deve continuar pelo menos pelos próximos três anos, segundo ele. "Por que estamos sofrendo hoje com as Estações Paulista e Consolação? Por que a Linha 5 atrasou. Se ela estivesse pronta, como era previsto, a população da zona sul teria mais opções e não desembocaria todo mundo na Linha 4", explica. "Com o atraso, ainda vamos passar aí mais uns três anos com lotação."
A Linha 4-Amarela começou a funcionar em tempo integral (das 4h40 à meia-noite, exceto aos domingos) em 26 de setembro (segunda-feira retrasada). A possibilidade de baldeação entre o ramal e as demais linhas do Metrô trouxe mais gente do que os corredores das estações puderam aguentar, batendo nos 405 mil usuários. Nos horários de pico, a travessia do túnel entre as Estações Paulista e Consolação chegou a durar 15 minutos.
Para aplacar o desconforto, o Metrô já está usando na Linha 4-Amarela artifícios parecidos ao que se faz na Estação da Sé, a mais lotada do sistema: a mudança de operação das esteiras e escadas rolantes. Na Estação Paulista, elas estão sendo direcionadas para um sentido único no pico da manhã, depois invertidas na hora do rush do fim de tarde.
No primeiro dia de operação integral, principalmente nas Estações Consolação e Luz, as escadas rolantes tiveram de ser desligadas e a população teve de ser orientada por megafones. Ainda assim, Fernandes nega que as estações tenham sido mal dimensionadas para o tamanho da demanda. "Não adianta fazer uma estação enorme que vá ficar ociosa no futuro. Não dá para fazer um dimensionamento para uma situação que não é permanente."
Atrasos. O governo já admite não dar conta da promessa de entregar as cinco estações da segunda fase da Linha 4-Amarela até 2014. A Estação Vila Sônia, na zona oeste, está "sob risco", segundo Jurandir Fernandes. "Nossa meta com bastante aperto é 2014. Higienópolis-Mackenzie, Fradique, Oscar Freire e São Paulo-Morumbi, já em obras, têm mais chance de ficarem prontas. A que fica com data sob risco é a Vila Sônia, que é totalmente nova", afirma. Já a extensão para Taboão da Serra está prometida para 2015.
Enquanto isso, a primeira fase da linha, entregue com quatro anos de atraso, ainda tem áreas com pendências. Apesar de funcionarem desde março do ano passado, as estações ainda não têm uma série de equipamentos prometidos.
O primeiro deles é a instalação de banheiros públicos. "Essa história veio de uma resolução baixada quando as estações já estavam prontas." Sem apresentar prazos, ele afirma que os banheiros ainda serão construídos em todas as novas estações.
Outra promessa, feita pela ViaQuatro (empresa que gerencia a Linha 4-Amarela), é liberar o sinal de celulares dentro de plataformas e túneis. A promessa continua sem data para sair do papel. "A ViaQuatro está em fase final de negociação com as operadoras. Após essa etapa, será feita a implementação física da rede, mas sem data prevista para iniciar a operação", diz a empresa.
Na Estação Pinheiros, a pendência é o terminal de ônibus prometido pela Prefeitura, que deveria ter sido inaugurado com a estação e não existe até hoje. A parada teria estacionamento para carros e conexões entre linhas municipais e intermunicipais.
A Prefeitura informa, em nota, que 50% das obras naquela região estão prontas. Mas aguarda o fim de uma licitação para terminar o projeto.
PPPs. O secretário disse ainda que mais duas empresas manifestaram interesse em participar da Parceria Público-Privada (PPP) para a construção da Linha 6-Laranja. A Odebrecht, uma das maiores construtoras do Brasil, encaminhou uma proposta em setembro e, por isso, o Metrô publicou um edital com regras para outros interessados. A Camargo Corrêa e um consórcio coreano seriam os demais competidores.
Para secretário, melhora só ocorrerá com a abertura da Linha 5
Na semana em que o governo do Estado apresentou o maior orçamento para obras de metrô da história - R$ 4,9 bilhões em um ano -, o secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, admite que nem as 11 obras metroferroviárias que devem estar em andamento até a metade do ano que vem vão dar conta de resolver os problemas de trânsito da capital. Ele defende a construção de mais corredores de ônibus.
O aperto que os usuários da nova Linha 4-Amarela enfrentaram nas estações nas duas últimas semanas deve continuar pelo menos pelos próximos três anos, segundo ele. "Por que estamos sofrendo hoje com as Estações Paulista e Consolação? Por que a Linha 5 atrasou. Se ela estivesse pronta, como era previsto, a população da zona sul teria mais opções e não desembocaria todo mundo na Linha 4", explica. "Com o atraso, ainda vamos passar aí mais uns três anos com lotação."
A Linha 4-Amarela começou a funcionar em tempo integral (das 4h40 à meia-noite, exceto aos domingos) em 26 de setembro (segunda-feira retrasada). A possibilidade de baldeação entre o ramal e as demais linhas do Metrô trouxe mais gente do que os corredores das estações puderam aguentar, batendo nos 405 mil usuários. Nos horários de pico, a travessia do túnel entre as Estações Paulista e Consolação chegou a durar 15 minutos.
Para aplacar o desconforto, o Metrô já está usando na Linha 4-Amarela artifícios parecidos ao que se faz na Estação da Sé, a mais lotada do sistema: a mudança de operação das esteiras e escadas rolantes. Na Estação Paulista, elas estão sendo direcionadas para um sentido único no pico da manhã, depois invertidas na hora do rush do fim de tarde.
No primeiro dia de operação integral, principalmente nas Estações Consolação e Luz, as escadas rolantes tiveram de ser desligadas e a população teve de ser orientada por megafones. Ainda assim, Fernandes nega que as estações tenham sido mal dimensionadas para o tamanho da demanda. "Não adianta fazer uma estação enorme que vá ficar ociosa no futuro. Não dá para fazer um dimensionamento para uma situação que não é permanente."
Atrasos. O governo já admite não dar conta da promessa de entregar as cinco estações da segunda fase da Linha 4-Amarela até 2014. A Estação Vila Sônia, na zona oeste, está "sob risco", segundo Jurandir Fernandes. "Nossa meta com bastante aperto é 2014. Higienópolis-Mackenzie, Fradique, Oscar Freire e São Paulo-Morumbi, já em obras, têm mais chance de ficarem prontas. A que fica com data sob risco é a Vila Sônia, que é totalmente nova", afirma. Já a extensão para Taboão da Serra está prometida para 2015.
Enquanto isso, a primeira fase da linha, entregue com quatro anos de atraso, ainda tem áreas com pendências. Apesar de funcionarem desde março do ano passado, as estações ainda não têm uma série de equipamentos prometidos.
O primeiro deles é a instalação de banheiros públicos. "Essa história veio de uma resolução baixada quando as estações já estavam prontas." Sem apresentar prazos, ele afirma que os banheiros ainda serão construídos em todas as novas estações.
Outra promessa, feita pela ViaQuatro (empresa que gerencia a Linha 4-Amarela), é liberar o sinal de celulares dentro de plataformas e túneis. A promessa continua sem data para sair do papel. "A ViaQuatro está em fase final de negociação com as operadoras. Após essa etapa, será feita a implementação física da rede, mas sem data prevista para iniciar a operação", diz a empresa.
Na Estação Pinheiros, a pendência é o terminal de ônibus prometido pela Prefeitura, que deveria ter sido inaugurado com a estação e não existe até hoje. A parada teria estacionamento para carros e conexões entre linhas municipais e intermunicipais.
A Prefeitura informa, em nota, que 50% das obras naquela região estão prontas. Mas aguarda o fim de uma licitação para terminar o projeto.
PPPs. O secretário disse ainda que mais duas empresas manifestaram interesse em participar da Parceria Público-Privada (PPP) para a construção da Linha 6-Laranja. A Odebrecht, uma das maiores construtoras do Brasil, encaminhou uma proposta em setembro e, por isso, o Metrô publicou um edital com regras para outros interessados. A Camargo Corrêa e um consórcio coreano seriam os demais competidores.
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