segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Alckmin cogita não entregar obras herdadas

20/12/2010 - Folha de São Paulo

A equipe de transição do governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, não descarta a hipótese de adiar inaugurações e até mesmo deixar de concluir obras herdadas da gestão José Serra. Um dos focos de atenção é uma das vitrines de Serra: o transporte sobre trilhos.

Além do atraso de quase um ano na ampliação da linha 5 do Metrô (de Santo Amaro à Chácara Klabin), há risco de revisão dos prazos na linha 4, já duas estações previstas para novembro não foram inauguradas.

Lançadas com festa em novembro do ano passado, as obras de prolongamento do metrô entre Vila Prudente e Cidade Tiradentes, com implantação de monotrilho, esbarram em obstáculos para que sejam concluídas até 2012, como prometido.

Até agora, foram iniciadas as obras civis de um trecho de 2,4 km, num total de 23,8 km. Essa é apenas a primeira das três fases do projeto, de R$ 2,8 bilhões. Não há nem ordem de serviço para realização dos 21 km restantes.

Já na linha Ouro -- ligando o aeroporto de Congonhas ao Morumbi-- o processo de concorrência está suspenso pela Justiça por falta de apresentação do projeto básico.
A implantação da linha de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) entre São Vicente e Santos, no litoral sul, pode nem sair do papel caso nenhuma empresa apresente proposta até terça-feira, prazo final para abertura de envelope. Se não houver interessados, Alckmin terá duas saídas para o projeto, que prevê um investimento de R$ 700 milhões: reabertura de concorrência ou revisão da obra.

A transição também fará mudanças na área social. A pedido de Alckmin, os dois programas de transferência de renda do governo -- Renda Cidadã e Ação Jovem -- deverão ser condensados. Hoje, na avaliação do governador eleito, eles estão muito fragmentados.

Os programas ganharão sustância, diz a secretária Linamara Battistella (Direitos da Pessoa com Deficiência), que foi mantida.

Também por orientação de Alckmin, o formato da progressão continuada na educação deverá ser revisto.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Estações do metrô são reabertas após pane em SP

16/12/2010 - Agência Estado - Luciana Fadon Vicente

As estações Jabaquara, Conceição e São Judas da Linha 1 (Azul) do metrô foram reabertas por volta das 9h10. Segundo informações do metrô, os trens da Linha 1 já estão circulando normalmente. Um problema em uma das composições havia fechado mais cedo as três estações.

Um dos trens que havia saído da Estação Jabaquara e seguia até a Tucuruvi, parou próximo à Estação São Judas, por volta das 6h40. Alguns passageiros teriam saído da composição e andado nos trilhos até a Estação São Judas. Alguns deles teriam sido reembolsados e seguiram de ônibus ou à pé até a próxima estação, Saúde, onde havia relatos de aglomeração por volta das 8h30. Pessoas afirmaram que os ônibus que circulavam na região estavam lotados e que faltaram táxis.

A São Paulo Transporte S.A (SPTrans), atendendo à solicitação feita pelo metrô, acionou, por volta das 7h15, o Plano de Atendimento Entre Empresas em Situação de Emergência (Paese), colocando em circulação 10 ônibus para atender os passageiros nas estações fechadas. 



domingo, 12 de dezembro de 2010

Governo SP pede recursos para metrôs

24/11/2010 - O Estado de São Paulo

Duas linhas de metrô de São Paulo foram escolhidas como prioridade pelo governador eleito do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), e pelo prefeito da capital, Gilberto Kassab (DEM), para receber recursos do orçamento da União em 2011. Eles se reuniram ontem com a bancada paulista no Congresso.

Alckmin pediu R$ 200 milhões para a Linha 15-Branca (Vila Prudente-Penha) do Metrô e outros R$ 200 milhões para a construção de piscinões para conter enchentes. A bancada se comprometeu ainda a apresentar, em conjunto, uma proposta de emenda para reforçar recursos para a Saúde. Já Kassab pediu a inclusão de uma emenda com recursos para elaborar projetos de uma nova linha do Metrô, que percorreria a Avenida Celso Garcia, na zona leste. O valor não está definido.

O governo do Estado já contraiu empréstimos internacionais para a ampliação da Linha 2-Verde, que hoje vai até a Vila Prudente, na zona leste, à Cidade Tiradentes, no extremo leste, em uma via de monotrilho. Também tem recursos para construção da Linha 17-Ouro, que ligará o Aeroporto de Congonhas ao Morumbi, na zona sul, também com monotrilho. Sem contar a ampliação da Linha 5-Lilás - obra que estava licitada, mas foi cancelada após suspeitas de fraude. Só faltava garantir dinheiro para a Linha 15-Branca.

Com as duas novas linhas defendidas por governo e Prefeitura, o Metrô traça um plano de obras para a zona leste que deve, a longo prazo, desafogar a Linha 3-Vermelha (Barra Funda-Itaquera), que é, hoje, a mais lotada do mundo, com 1 milhão de passageiros transportados por dia.

É uma medida fundamental. Mas é preciso que se estabeleça uma linha de crédito correta e se faça um planejamento rápido de instalação de canteiros. O Metrô cresce, em média, dois quilômetros por ano. O ideal seria crescer seis. Se conseguiram fazer isso na Cidade do México, têm de conseguir aqui, diz o professor de engenharia de trânsito Creso de Franco Peixoto, da Fundação Educacional Inaciana (FEI). O Metrô perdeu muito o conforto, mas ainda atende (a população) com rapidez. A Linha Vermelha tem até dez usuários por metro quadrado no horário de pico e precisa ser desafogada.

Celso Garcia. A linha da Avenida Celso Garcia ainda não tem detalhado o número de estações. Até o começo deste mandato, a Prefeitura defendia que a avenida se tornasse um corredor exclusivo de ônibus. A construção de um monotrilho também foi proposta, mas logo depois descartada. As propostas de emendas serão analisadas pelo relator do orçamento, senador Gim Argello (PTB-DF). Elas podem ou não ser incluídas na lei orçamentária, que será votada e reenviada ao Executivo.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Envelopes de concorrência da Linha Ouro do Metrô de SP são abertos

03/12/2010 - G1

Cinco consórcios apresentaram propostas para participar de certame.

Ministérios Públicos Estadual e Federal querem suspensão de concorrência.

Apesar da recomendação dos Ministérios Públicos Estadual paulista e Federal para a suspensão da concorrência internacional que prevê a implantação da Linha 17 - Ouro do Metrô de São Paulo, a Companhia do Metropolitano informou que nesta sexta-feira (3) foram abertos os envelopes dos interessados em participar do certame.

Segundo o Metrô, as propostas comerciais, a partir de agora, “ficarão sob a guarda da Companhia e os documentos de habilitação serão rigorosamente analisados”. Quando o resultado da fase de habilitação for divulgado, as propostas comerciais serão abertas.

Cinco consórcios apresentaram propostas: Metropolitano (Delta Construções, Trana Construções e Itamin Transportation - Liechtenstein); Monotrilho Integração (Construtora Andrade Gutierrez, CR Almeida, SCOMI Engineering –Malásia- e MPE); Linha 17-Ouro (construtora Noberto Odebrecht, Camargo Correa, Hitachi –Japão-, Mitsubishi -Japão- e IESA); Expresso Monotrilho Ouro (construtora Queiroz Galvão, construtora OAS, Bombardier Transit Corporation –Canadá-, Bombardier Transportation Brasil); e Gold Monorail Consortium (Trends, Constran, Mendes Junior, China National, Chang Chun Rail Vehicles –China).

Além da suspensão, os procuradores e promotores também recomendaram à Caixa Econômica Federal que não aprove ou que suspenda a concessão dos financiamentos requeridos pelo Estado de São Paulo e que não libere recursos para o projeto, fabricação, fornecimento e implantação do monotrilho da Linha Ouro enquanto não houver projeto básico para a concorrência.

O projeto básico é um requisito previsto nos artigos 6º e 7º da Lei de Licitações. Segundo apurado pelo MPF, não foi elaborado o projeto básico da obra. Segundo o Ministério das Cidades, o plano está em fase de execução e seria apresentado em março de 2011.

No total, a Linha 17-Ouro terá 19 estações: Jabaquara, Hospital Sabóia, Cidade Leonor, Vila Babilônia, Vila Paulista, Jardim Aeroporto, Congonhas, Brooklin Paulista, Vereador José Diniz, Água Espraiada, Vila Cordeiro, Chucri Zaidan, Morumbi, Granja Julieta, Panambi, Paraisópolis, Américo Mourano, Estádio Morumbi e São Paulo-Morumbi. A previsão é que 230 mil pessoas sejam transportadas diariamente.

A nova linha seguirá o traçado das avenidas Roberto Marinho, Nações Unidas, Perimetral e João Jorge Saad, entre outras. Ela permitirá a conexão com o sistema metro-ferroviário nas estações Jabaquara (Linha 1-Azul) e Morumbi da CPTM (Linha 9-Esmeralda). Futuramente, a Linha 17- Ouro ainda ligará as estações Água Espraiada (Linha 5-Lilás) e São Paulo-Morumbi (Linha 4-Amarela).

Contrato

Além das ações da Promotoria e da Procuradoria, a juíza Celina Kiyomi Toyoshima, da 3ª Vara da Fazenda Pública, concedeu uma liminar nesta quinta-feira suspendo a assinatura de contrato para a implantação da Linha 17. Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, a decisão não cancela a licitação.

A liminar foi concedida até que a magistrada analise a ação civil pública impetrada pela Associação Sociedade dos Amigos de Vila Inah (Saviah), organização que reúne moradores da região onde passará a Linha Ouro.

De acordo com a Agência Estado, o governador de São Paulo, Alberto Goldman, disse que o Estado vai recorrer da decisão. "Abertas as propostas, é preciso analisá-las até chegar a um vencedor. Houve uma liminar, vamos analisá-la, não temos conhecimento dela ainda, e certamente vamos recorrer ao Tribunal de Justiça, a não ser que a liminar tenha elementos que nos convençam de que a origem dela tem razão de ser", afirmou Goldman.

Na avaliação do governador, a Saviah tem direito de defender uma causa e vão receber indenização se forem prejudicados pela futura linha. "É natural, é direito de cada um defender o que acha que deve ser defendido. Quando você faz uma linha do metrô, evidentemente você está atendendo algumas centenas de milhares de pessoas e o transporte coletivo delas e, evidentemente, afetando a vida, não vou dizer prejudicando, porque as pessoas todas são indenizadas quando há um prejuízo", afirmou.