terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Metrô e CPTM sobem tarifa para R$ 3,50 a partir do dia 6

29/12/2014 - O ESTADO DE S.PAULO

Governado Geraldo Alckmin (PSDB) também anuncia que enviará projeto para a Assembleia Legislativa propondo tarifa zero para estudantes de escolas e universidades públicas e de baixa renda

SÃO PAULO - O governo Geraldo Alckmin (PSDB) confirmou nesta segunda-feira, 29, o aumento de 16,67% nas tarifas de trem e metrô de São Paulo. Com o reajuste, o valor da passagem sobe de R$ 3,00 para R$ 3,50, mesmo acréscimo anunciado há três dias pela gestão Fernando Haddad (PT) para os ônibus da capital paulista. Todos os reajustes passam a valer a partir do dia 6 de janeiro.

Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, o aumento da tarifa cheia do Metrô e da CPTM está abaixo dos 17% de inflação acumulada desde o último reajuste, aplicado em fevereiro de 2012. No caso dos ônibus municipais, a tarifa estava congelada há quatro anos. Com a medida, o valor da integração entre ônibus, trem e metrô passa de R$ 4,65 para R$ 5,45 a partir da semana que vem.

A exemplo de Haddad, Alckmin anunciou nesta segunda-feira que enviará um projeto de lei à Assembleia Legislativa propondo tarifa zero no Metrô, CPTM e nos ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) para todos os estudantes de escolas públicas estaduais, incluindo universidades públicas, como a USP, e das Escolas Técnicas (Etecs) e das Faculdades de Tecnologia (Fatecs). A proposta também prevê isenção da tarifa para alunos de escolas e universidades privadas que comprovarem renda per capita de até R$ 1.550.

Também terão direito ao benefício alunos de baixa renda cadastrados em programas estaduais que dão bolsas a universitários, como o Escola da Família e o Ler e Escrever, e os federais Prouni e Fies. O governo tucano estima que cerca de 65% dos estudantes que usam CPTM e Metrô terão isenção total no preço das passagens. A Assembleia está em recesso parlamentar e só deve votar projetos a partir de março.

A medida atende parcialmente o pleito do Movimento Passe-Livre (MPL) e visa evitar uma nova onda de manifestações contra o aumento da passagem, como ocorreu em junho de 2013, após a tarifa subir de R$ 3,00 para R$ 3,20. À época, Haddad e Alckmin anunciaram juntos a revogação do reajuste após uma série de protestos de rua organizados pelo MPL.

O movimento, contudo, já havia classificado o projeto de tarifa zero anunciado por Haddad e aprovado neste mês pela Câmara Municipal como "insuficiente" porque a gratuidade não deveria valer apenas no trajeto até a escola ou universidade.

O MPL já convocou em sua página na internet a população para o "1.º Grande Ato Contra a Tarifa", marcado para o próximo dia 9, uma sexta-feira, três dias após o início do reajuste.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Nova linha do metrô impulsiona mercado de imóveis em São Paulo, diz matéria da Folha

29/12/2014 - Folha de SP

A linha 6-laranja do metrô já começa a movimentar o mercado imobiliário da região. Matéria no jornal Folha de SP mostra como uma obra com previsão de funcionamento para 2020 já provoca esse efeito:

Um trem ilustra o anúncio do Califórnia Residencial na Brasilândia, que será erguido no extremo norte de São Paulo. 'Próximo ao metrô', afirma a propaganda do empreendimento, com apartamentos de dois e três quartos e preço de até R$ 400 mil.

Na mesma área, informa a matéria, existem dois outros estandes de vendas chamam a atenção para torres de apartamentos. A Folha cita Celso Amaral, da Amaral D'Ávila Engenharia de Avaliações, para quem "é natural que ocorra o adensamento na faixa de 300 a 400 metros das estações", afirma

Na linha 4-amarela, a última a ter sido entregue do zero, a valorização imobiliária foi de 25%, segundo estudo realizado pela empresa, descontada a inflação.

A explicação de Celso Amaral é que "as estações atraem movimento e impulsionam comércio e serviços em seu entorno". Ele diz ter um cliente, cuja identidade não revela, que espera o anúncio das estações para comprar terrenos e, depois, revendê-los por um preço mais alto.

Com 15 estações e 15,3 km de extensão, a linha 6-laranja ligará o centro à zona norte da capital paulista. A obra custará R$ 9,6 bilhões. Atualmente, a linha está em fase de desapropriação e avaliação do solo para instalação de canteiros, segundo o consórcio Move São Paulo, responsável pela obra, feita em regime de PPP (Parceria Público-Privado).

Para ler a matéria na íntegra, visite o site do jornal Folha de SP

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Metrô e CPTM vão entregar apenas 2 das 9 estações prometidas para 2015

26/12/2014 -  O Estado de SP



 SÃO PAULO - O governo do Estado de São Paulo entregará, em 2015, menos estações de metrô e de trem do que neste ano e também em um número menor do que havia anunciado. Pelo cronograma da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), no próximo ano serão inauguradas duas novas estações do Metrô - Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie - e nenhuma da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Questionado, Alckmin afirmou que obras de mobilidade, "caríssimas e complexas”, não ficam prontas "em 24 horas”.

Para 2015, além das duas estações de metrô, a rede da CPTM ganhará duas estações reconstruídas (Suzano e Ferraz de Vasconcelos) e uma reformada (Poá), na Linha 11-Coral. Elas já existiam antes da requalificação. O metrô também não terá sua malha expandida, porque as paradas a serem entregues ficam no meio da Linha 4.

Neste ano, o governo inaugurou sete estações no sistema metroferroviário: Vila Aurora, na Linha 7-Rubi; Adolfo Pinheiro, na Linha 5-Lilás; Amador Bueno e Santa Rita, na Linha 8-Diamante; Fradique Coutinho, na Linha 4-Amarela; e Vila Prudente e Oratório, na Linha 15-Prata, que é um monotrilho. O secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, que deixará o cargo no fim deste mês, havia anunciado, porém, 12 paradas.

A Linha 17-Ouro, monotrilho do Metrô entre Congonhas e Morumbi, e a Linha 13-Jade da CPTM, entre Engenheiro Goulart e o Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, estavam previstas para 2015, mas não serão concluídas. Juntos, os ramais teriam nove novas estações. Tanto o trem até o aeroporto como o monotrilho da zona sul devem ser inaugurados um ano depois do previsto pelo governo estadual. Segundo o metrô, 31,2 km de vias e 26 estações estarão em construção em 2015.

A consultora de marketing Margarete de Moraes, de 45 anos, que vive no Jabaquara, na zona sul, se queixa dos prazos. "Há uns sete anos ouço falar da Linha 17 e, até agora, nada, nem sombra de obra para esses lados. Só prometem e prometem prazos, mas não cumprem.” A segunda fase da Linha 5-Lilás, na mesma região da cidade, também ficou para 2016.

Mais atraso. A Linha 15-Prata, monotrilho suspenso sobre o eixo de avenidas como a Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello e Ragueb Chohfi, na zona leste, inicialmente teria mais estações abertas em 2014 - o projeto original era que a linha estivesse operando neste ano até a região de São Mateus. Até agora, duas estações foram entregues e funcionam parcialmente. Para 2015, nenhuma nova estação deve ser inaugurada.

O contador João Sousa, de 39 anos, pede mais rapidez nas obras do Metrô na zona leste, onde mora. "É preciso mais opções na região, porque a Linha 3-Vermelha está muito cheia.”

No pacote de obras do Metrô e da CPTM há projetos que tiveram a construção iniciada há vários anos. Caso do trecho mais a oeste da Linha 4-Amarela, que compreende as futuras Estações São Paulo-Morumbi e Vila Sônia, na zona oeste. O ramal começou a ser implementado há uma década e o trecho foi prometido para 2014. Agora, a inauguração também está anunciada para algum momento de 2016 - mais provavelmente os últimos meses do ano.

Sinergia. Para o engenheiro Emiliano Affonso, presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô de São Paulo (Aeamesp), vários fatores podem adiar a entrega de obras. "O governo está tentando tirar o atraso, mas é preciso sinergia de todos, até da sociedade. Para colocar um carro rodando na cidade não tenho de respeitar nenhuma medida mitigatória. Já o Metrô tem de cumprir uma série de exigências para obras”, diz, referindo-se às demandas de órgãos como a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente.

Affonso defende que o planejamento das linhas comece mais cedo e leve em consideração a ocupação do solo. "A racionalidade de se fazer, por exemplo, uma estação virar polo de desenvolvimento em uma região afastada poderia ser pensado com antecedência.”

'Agora está tudo em obra', diz Alckmin, sobre entrega de estações do metrô

Governador afirma que entrega será feita a partir de meados de 2015 a 2018 - 'e até mais para a frente'

O governo de São Paulo deve entregar em 2015 apenas 2 das 9 estações de Metrô e da CPTM previstas. A seguir, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) fala sobre o atraso:

Como o senhor enxerga essa demora para a entrega de estações tanto do Metrô como da CPTM?

Nós vamos entregar as Estações Oscar Freire e Higienópolis (-Mackenzie). Vamos entregar muitas estações...

Mas é menos do que o previsto originalmente para o ano que vem. Qual é a razão para isso?

Olha, obras de metrô, obras enterradas, caríssimas e complexas, você não faz em 24 horas. O importante é o canteiro. Temos um canteiro de 103 quilômetros. Para colher, precisa plantar. Então, foram feitos estudos, licenciamento ambiental, projeto funcional, projeto executivo, licitação, financiamentos internacionais, desapropriações. Agora está tudo em obra. Então, vai ter obra que vamos entregar no começo do ano, no meio do ano, no fim do ano, 2016, 2017, 2018 e até mais para a frente.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Linha 18 terá R$ 520 mi em 2015

23/12/2014 - Diário do Grande ABC

Os R$ 520,3 milhões servirão para impulsionar as obras da Linha 18-Bronze no ano em que será colocada em prática a etapa física da intervenção.

Por Raphael Rocha | Diário do Grande ABC

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), reservou R$ 520,3 milhões do Orçamento de 2015 para execução de obras da Linha 18-Bronze (Tamanduateí-Djalma Dutra), a primeira a sair da Capital e que justamente chegará ao Grande ABC.

O recurso está presente na peça orçamentária aprovada na semana passada pelos deputados estaduais na Assembleia Legislativa – o montante total do Orçamento do Estado é R$ 204 bilhões para o próximo ano.

Os R$ 520,3 milhões servirão para impulsionar as obras da Linha 18-Bronze no ano em que será colocada em prática a etapa física da intervenção. Por enquanto, somente base técnica e algumas desapropriações foram acertadas entre o governo do Estado e o Consórcio ABC Integrado, vencedor da licitação e composto pelo grupo Primav (do qual fazem parte a empreiteira CR Almeida e a EcoRodovias) e pelas construtoras Cowan, Encalso e Benito Roggio.

No total, a primeira linha a sair da Capital custará R$ R$ 4,26 bilhões. A quantia é fatiada entre governo do Estado e União (R$ 1,92 bilhão) e setor privado (outro R$ 1,92 bilhão), já que o modelo escolhido de edital foi PPP (Parceria Público-Privada). Alckmin prevê R$ 407 milhões em desapropriações. A previsão de entrega é fim de 2017.

No modal de monotrilho, a Linha 18-Bronze terá 15,7 quilômetros de extensão, passando por São Paulo, São Caetano, Santo André e São Bernardo – segunda fase do plano, em estudo no governo do Estado, levaria o Metrô ao Grande Alvarenga, em São Bernardo. A fase inicial tem 13 estações, 33 trens, com previsão de atendimento de 377 mil passageiros por dia.

De acordo com a Secretaria do Estado de Planejamento, investimentos em Metrô somarão R$ 3,95 bilhões para o próximo ano, confirmando promessa de campanha de Alckmin de destinar aporte maciço ao transporte sobre trilhos na Região Metropolitana.

A Linha 6-Laranja (Brasilândia-São Joaquim) tem reservada no Orçamento R$ 488 milhões para 2015. Projeto para construção da Linha 20-Rosa (Lapa-Moema) terá aporte de R$ 2 milhões.

Ainda segundo dados da Pasta de Planejamento, a Linha 5-Lilás (Adolfo Pinheiro-Chácara Klabin) receberá R$ 1,7 bilhão, o maior volume projetado. Expansão e manutenção da Linha 2-Verde (Vila Madalena-Vila Prudente) terá R$ 698 milhões. A Linha 17-Ouro (Jabaquara-São Paulo Morumbi) abocanhará R$ 582 milhões. A Linha 4-Amarela (Luz-Butantã) conquistará R$ 280 milhões.

CPTM

Obras de modernizaçãoda Linha 10-Turquesa (Brás-Rio Grande da Serra) também estão inclusas no Orçamento de 2015. Estado prevê aportar R$ 14,9 milhões em intervenções, que englobarão obras civis, implantação de sistemas, reaparelhamento técnico e operacional, modernização das estações e inserção urbana.

Fonte: Diário do Grande ABC

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Em SP, linha de ônibus alternativa ao Metrô tem aumento de 239% na demanda

18/12/2014 - Via Trólebus

Nova linha transporta em média 44,7 mil passageiros por dia, quantidade muito maior do que os 13,2 mil registrados no ano passado

Renato Lobo

Superlotação do metrô contribuiu para aumento na d
Superlotação do metrô contribuiu para aumento na demanda
créditos: Via Trólebus
 
Desde que foi criada, a Linha 4310-10 E.T. Itaquera – Terminal Pq Dom Pedro II tem atraído usuários da Linha 3-Vermelha do Metrô, e o número de passageiros que optam pela ligação sobre pneus não para de crescer.
 
Segundo reportagem do Metro Jornal a linha tem uma média de 44,7 mil passageiros transportados por dia. A quantidade é mais do que o triplo (239%), do que os 13,2 mil registrados em setembro do ano passado.
 
Nos horários de pico, a linha opera com ônibus saindo a cada três minutos. Nas extremidades o pagamento da tarifa é feito no pré-embarque, o que agiliza a saída dos ônibus. O trajeto leva, em média, 40 minutos, bem competitivo com a linha 3-vermelha do Metrô.
 
A reportagem ouviu a superintendente de serviços da SPTrans, Rosilda Domingues, que aponta que além da superlotação do metrô, a reestruturação de linhas também colaborou com o aumento na demanda. "Fizemos uma mudança no conceito dessa linha. Dessa forma, conseguimos atender a demanda de passageiros do metrô" diz Rosilda. O eixo Itaquera-Centro é dotado de faixa exclusiva de ônibus, que colaborou para o aumento na velocidade dos coletivos.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Representantes da Concessionária do Monotrilho falam na reunião da CTC

17/12/2014 - Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo 



Presidente e diretor explicaram o projeto e como ocorrerão as desapropriações

Da Redação: Keiko Bailone | Foto: José Antonio Teixeira

A Comissão de Transportes e Comunicações (CTC), presidida pelo deputado João Caramez (PSDB), ouviu nesta terça-feira, 16/12, as explicações do presidente e diretor da Concessionária do Monotrilho da Linha 18, respectivamente Nicomedes Mafra Neto e Pedro Bernardes sobre como se dará a desapropriação de 220 moradores da região do ABC atingida pela Linha 18.

Essa concessionária, que adotou recentemente o nome de Vem ABC, foi a vencedora da licitação ocorrida em julho de 2014 para a construção de 15 quilômetros de monotrilho, que ligará as cidades de Santo André, São Bernardo e São Caetano à capital paulista.

O contrato prevê o início da concessão em 22 de fevereiro de 2015 e as obras a partir do segundo semestre desse ano, com prazo de conclusão em 2019. O engenheiro Pedro Bernardes, diretor da concessionária, disse tratar-se de uma Parceria Pública Privada (PPP) de valor vultoso, referindo-se ao investimento de cerca de R$ 5 bilhões previstos para a concessão, durante 25 anos.

Desapropriação incômoda

A reunião da Comissão de Transportes e Comunicações contou com a presença dos deputados Alencar Santana, Antonio Mentor e Gerson Bittencourt (todos do PT); Chico Sardelli e Marcos Neves (ambos do PV); Itamar Borges (PMDB); e Analice Fernandes e Orlando Morando (ambos do PSDB).

Morando foi o único parlamentar a questionar os convidados sobre a desapropriação que, segundo ele, "começou mal". O deputado criticou carta enviada aos 220 moradores que passarão pela desapropriação, comentando que, ao vê-la, pensou tratar-se de um "golpe", pois não havia timbre ou logo da empresa e nem dos órgãos oficiais que participam desse empreendimento, como o BNDES e governo do Estado.

Segundo Morando, a preocupação de moradores era a de que a desapropriação poderia se transformar num precatório. Destacou que não era contra o projeto do monotrilho e sugeriu que os critérios da desapropriação fossem divulgados num jornal de grande circulação. Cobrou, também, a instalação de um escritório da empresa para atender as demandas dos moradores que serão atingidos pelo traçado do monotrilho.

Bernardes explicou que o monotrilho se encaixa nas necessidades de transporte desses municípios, fazendo a ligação com a malha do Metrô e CPTM (Linha 2 - verde do Metrô e Linha 10 - turquesa da CPTM), com um nível de desapropriação menor do que outro tipo de modal.

Citando a legislação estadual e federal vigente sobre esse tema, observou que a indenização é calculada, levando-se em conta o valor de mercado do terreno, da construção e das benfeitorias feitas. Esclareceu que o tempo em que a pessoa habita o imóvel tem um peso relevante e que os valores, depositados judicialmente, podem ser contestados pelos expropriados. Bernardes disse entender que a desapropriação pode causar transtornos individuais, mas a prevalência é do interesse coletivo.

Antes da oitiva dos dois convidados, os membros da comissão aprovaram , em votação conclusiva, 11 projetos de lei que constavam na pauta dos trabalhos. A íntegra das proposituras constantes da pauta da reunião e sua tramitação podem ser consultadas no Portal da Assembleia - al.sp.gov.br " no link Projetos. A pauta completa da reunião está no link Comissões.

Fonte: Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo 

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Cemitério tenta barrar obra do Metrô

11/12/2014 - O Estado de SP

A administração do Cemitério do Morumby, na zona sul da capital, tenta na Justiça alterar o traçado do monotrilho da Linha 17-Ouro do Metrô. O projeto da via elevada de trens prevê a desapropriação de uma área onde, segundo os gestores do local, há 15 jazigos ocupados. Para barrar as obras e evitar futuros inconvenientes aos visitantes, o cemitério entrou com uma ação contra o Metrô. A obra terá 18 estações e atenderá 400 mil passageiros.

A empresa estatal alega que a área a ser desapropriada é parte "não edificável” do terreno. O objetivo do Metrô, que em novembro iniciou o processo desapropriatório, é obter 7,2 mil metros quadrados do local, inaugurado em 1971. De acordo com o projeto, uma faixa de 30 metros de largura do cemitério é "área necessária” para as obras.

Haverá intervenções em três quadras de jazigos. Pelo projeto do Metrô, uma parte da Quadra 1 de sepulcros passará por desapropriação. "Vários jazigos seriam afetados, já com sepultamentos. As famílias também teriam o direito de recorrer, porque essa transferência (de restos mortais) depende de autorização das famílias”, diz o advogado Rui Celso Reali Fragoso, que representa a Comunidade Religiosa João XXIII, que gerencia o cemitério, onde estão enterradas personalidades como Elis Regina e Ayrton Senna.
"Tem gente sepultada lá desde 1975. Dá uns 15 jazigos, mais ou menos”, diz o gerente administrativo do cemitério, Francisco Cláudio Raváglia de Mattos.

Lotes vazios. Por sua vez, as Quadras 1A e 22 ainda não têm túmulos ocupados. No caso da última, a comercialização dos espaços estava prevista para ter início no ano que vem. A Quadra 22 tem cerca de 4,5 mil lotes para jazigos e a 1A, um total de 1.166. Na sobreposição dos mapas do projeto do Metrô e do plano de sepulturas do cemitério, a reportagem constatou que algumas valas não usadas poderiam ser suprimidas.

Na Quadra 22, um túmulo sai por R$ 18,9 mil. Já na 1A, o jazigo está cotado em R$ 27 mil. Segundo Fragoso, o Metrô sugere, em juízo, o pagamento de R$ 1,7 milhão pela desapropriação.
A administração do cemitério pretende que a desapropriação seja extinta, porque enxerga "ilegalidade” na intenção do Estado. "Se o Metrô tivesse interesse, poderia fazer o projeto subterrâneo, ou paralelo ao cemitério. O aumento do custo não é justificativa para desobedecer a princípios elementares, como o respeito aos mortos”, diz Mattos.

Paraisópolis. Moradores do entorno protestam contra novas mudanças, temendo que elas atrasem ainda mais uma obra que vem sendo discutida desde 2008 - a inauguração do primeiro trecho era prevista para este ano e foi adiada para 2016. "É necessário o monotrilho passar aqui. Para irmos ao centro da cidade, hoje levamos duas horas só de ida”, diz Gilson Rodrigues, presidente da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis.

"A mudança do traçado inviabiliza o projeto, que já foi altamente debatido em audiências. Esse projeto é a consolidação de muitas opiniões, até mesmo contrárias. Nossa região não pode ficar sem ele”, afirma o líder comunitário. Rodrigues teme que, se a Justiça acatar o pedido do cemitério, a obra, orçada em R$ 3,2 bilhões, atrase ainda mais. "Estava prevista para a Copa”, lembra Rodrigues.

Inviabilidade. Em uma resposta enviada no mês passado por e-mail à administração do cemitério e anexada ao processo, o gerente de Concepções de Projetos Básicos Civis do Metrô, Caio Luiz de Arruda Botelho, escreveu que a companhia analisou a opção de traçado sugerida pelo cemitério e "concluiu que não há viabilidade técnica para atendimento da proposta”.

O Metrô informou, por meio de nota, que "não está prevista a desapropriação de nenhum jazigo” do Cemitério do Morumby. A empresa não informou quando as obras devem começar e terminar no local.
A construção do primeiro trecho da linha foi iniciada em 2012. O ramal vai ligar a região do Aeroporto de Congonhas e a Estação Morumbi, na Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O segundo trecho (até a Estação São Paulo-Morumbi, da Linha 4-Amarela) e o terceiro (até a Estação Jabaquara, na Linha 1-Azul) ainda não saíram do papel. O Cemitério do Morumby está inserido no segundo trecho da obra, que terá 6,5 km e cinco estações. A linha inteira terá 17,7 km.
Em junho, a queda de uma viga da obra na Avenida Washington Luís matou um operário.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Consórcio acelera projeto metroviário da Linha 18 em SP

07/12/2014 - O Estado de S. Paulo

O Consórcio ABC Integrado, que conquistou a concessão da Linha 18 (Bronze) da Rede Metroviária de São Paulo, ainda aguarda o início da vigência do contrato para começar as obras do monotrilho. Mas enquanto a declaração de início do prazo de vigência do contrato não ocorre, o grupo, liderado pela Primav, do grupo CR Almeida, e com participação da Cowan, Encalso e a argentina Benito Roggio, já encaminha processos em várias frentes, visando a acelerar a construção. Com isso, a estimativa é que as obras possam ser iniciadas ainda no primeiro semestre do ano que vem.

O diretor Financeiro da CR Almeida, João Alberto Bernacchio, informou que a companhia já iniciou os trabalhos de elaboração de projeto executivo, além de ter contratado um assessor para as desapropriações necessárias e já estar em negociações para o financiamento. "A rigor, o projeto executivo deveria ser elaborado apenas após a eficácia do contrato, mas a antecipação desse trabalho pode permitir o início das obras dois a três meses após a eficácia, enquanto o contrato prevê um ano", disse.

Conforme Bernacchio, esse é um dos primeiros contratos de concessão em que há uma cláusula de eficácia, que prevê o início da vigência do prazo apenas após uma "etapa preliminar", durante a qual poder concedente e consórcio precisam cumprir determinadas atividades formais. Essa fase tem duração prevista de seis meses, prorrogáveis por mais seis. Como o contrato foi assinado em agosto, a estimativa é de que a vigência será declarada em fevereiro. "Nos antecipamos porque acreditamos que estará tudo certo", disse.

Desde o início, o consórcio afirma que pretende antecipar a conclusão das obras que, segundo o contrato, tem prazo máximo de quatro anos. A antecipação permitiria adiantar o início das operações, e consequentemente as receitas, garantindo maior rentabilidade para a concessionária. O consórcio foi o único a apresentar proposta pelo projeto, uma concessão patrocinada (PPP), exigindo um valor de contraprestação de R$ 315,9 milhões, com um deságio de 0,27% em relação ao valor máximo permitido.

Financiamento

Entre as atividades que o consórcio precisa realizar até fevereiro para obter a eficácia está a apresentação de um plano preliminar de desapropriação e um plano de financiamento detalhado da concessão, indicando as fontes de todos os recursos, próprios e de terceiros, que suportarão os investimentos em obras civis, sistemas e material rodante, assim como demais despesas da fase de implantação da linha.

Em contrapartida, o governo paulista precisa, entre outras atividades, apresentar a estruturação financeira definida do fluxo de aportes, abrangendo os recursos provenientes do Orçamento Geral da União e a aprovação do contrato de financiamento do BNDES.

A Linha 18 tem custo estimado de R$ 4,2 bilhões, dos quais R$ 3,8 bilhões no projeto e outros R$ 406 milhões em desapropriações. Do total, R$ 2,335 bilhões serão custeados pelo Estado de São Paulo e o governo federal contribuirá com cerca de R$ 400 milhões provenientes do PAC 2, para as desapropriações.

O BNDES deverá atuar como financiador, seja do aporte público seja do investidor privado, em um valor global que não deve superar os 70% do custo do projeto. Segundo o diretor da CR Almeida, a Linha 18 está em fase final de enquadramento no banco, o que deve ser concluído ainda este ano. Bernacchio comentou que, além do empréstimo do BNDES, a intenção do consórcio é obter um empréstimo dedicado para o sistema rodante, possivelmente no mercado externo, uma vez que parte dos equipamentos deverá ser importada.

Além disso, o grupo pretende ir a mercado, com uma emissão de debêntures que pode ser feita já em 2015. Ele indicou que a captação poderia somar R$ 400 milhões. "Mas ainda estamos em conversas preliminares, não tem nada definido", salientou. O BTG Pactual atua como assessor financeiro do consórcio.

A Linha 18 terá 14,9 quilômetros de vias e 13 estações, e deve interligar os municípios de São Caetano do Sul, Santo André e São Bernardo do Campo ao sistema metroferroviário paulistano por meio de integração na Estação Tamanduateí (Linha 2 - Verde do Metrô e Linha 10 - Turquesa da CPTM).

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Alckmin nega erro em projeto do monotrilho

07/12/2014 - Folha de SP

Segundo o secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, o governo estadual já sabia do córrego mas houve uma tentativa de construir as colunas das estações mesmo com o córrego.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), negou nesta quinta-feira (4) que uma falha no projeto do monotrilho da zona leste de São Paulo tenha paralisado as obras.

Segundo o governador, o Estado já sabia que existia um córrego que passa embaixo da avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello. Alckmin afirmou que a obra não está parada e que a informação divulgada está errada. "Não há nenhum erro [no projeto]. Já se sabia da existência do rio", disse.

A Folha publicou reportagem nesta quinta que engenheiros "descobriram" galerias de águas de um córrego embaixo da avenida.

O governo, agora, fez um novo projeto e decidiu mudar o córrego de lugar. Na prática, nos locais inicialmente desapropriados e depois descampados, não há como perfurar o solo para fincar a estrutura da estação, já que as galerias estão abaixo.

"A obra está em andamento. Temos oito estações todas em obras. Devemos ter lá quase 2.000 funcionários. Nesse trecho do córrego, no qual se está aprovando o projeto do novo canal com a prefeitura, da retificação da sua localização e a questão do impacto que terá na avenida Anhaia Mello, vamos fazer isso com o menor impacto possível", completou o governador.

Segundo o secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, o governo estadual já sabia do córrego mas houve uma tentativa de construir as colunas das estações mesmo com o córrego. Como verificou-se que não era possível fazer isso, o governo decidiu desviar o curso das águas.

"Já sabíamos do córrego. Isso de fato era sabido [na fase do projeto básico]", disse. Fernandes explicou que no projeto básico da obra os engenheiros detectaram que havia o córrego mas não sabiam qual era sua dimensão, o que só foi descoberto na fase do projeto executivo, que é mais detalhado.

"O projeto básico só tinha detectado que era um córrego mas não a dimensão disso daí, e aí tomamos a seguinte atitude: não vamos mexer com as estações. Vamos mudar o córrego. Então, não há nenhuma alteração de projeto das estações e não há custos aditivos nas estações. O que vai acontecer é que estamos desviando o córrego e voltamos a fazer o corpo da estação onde já estava previsto. Mas você não pode fazer o corpo da estação hoje com o córrego embaixo porque a coluna da estação afetaria o córrego", afirmou.

A Folha apurou que a obra foi interrompida, e o Metrô, empresa do governo estadual responsável por essa linha, terá de readequar o projeto para ao menos três das oito novas estações. A última previsão da gestão tucana era entregar as estações em 2015 –agora devem ficar para 2016.

Hoje a linha funciona em fase de testes apenas no trecho de menos de 3 km entre as estações Vila Prudente e Oratório. Sob a condição de anonimato, engenheiros da obras disseram que as futuras estações de São Lucas, Camilo Haddad e Vila Tolstói foram diretamente afetadas.

Apenas em São Mateus há colunas para a futura estação, mas a obra está parada. Nas demais, nada foi construído, e os terrenos seguem vazios. Nas áreas visitadas, funcionários trabalhavam nos trilhos ou nos canteiros próximos a colunas.

Fernandes, no entanto, afirmou que as obras das três estações estão paradas devido ao desvio. "O que ficou subentendido é que a obra do corpo da estação está parado, não está sendo feita. Mas temos oito estações sendo feitas em uma linha de 28 km. As três estações não estão sendo feitas nesse momento porque estamos desviando o córrego. Mas se você considerar que o desvio do córrego faz parte de toda a obra, ela não está parada", disse.

O secretário estadual não soube explicar o montante que deverá ser despendido a mais pelo governo para readequar o projeto. "O custo vai [mudar]. Estamos vendo isso e estamos calculando. Provavelmente a gente vai conseguir fazer isso dentro do aditivo da construção das estações. Não sei, sinceramente [quanto a mais custaria]. Custo a mais é pequeno. Vai caber dentro do aditivo", afirmou.

Alckmin e Fernandes estiveram em Brasília na manhã desta quinta para participar da assinatura de dois termos de financiamento entre o governo federal e o estadual para obras de saneamente básico e mobilidade urbana em um evento no Palácio do Planalto. O governo federal destinará para o Estado R$ 3,24 bilhões.

Fonte: Folha de S. Paulo/Revista Ferroviária

Dilma libera R$ 3,2 bi para saneamento e metrô em SP

05/12/2014 - Valor Econômico

O governo federal assinou, ontem, parcerias com o governo de São Paulo para investimentos em saneamento e mobilidade urbana estimados em R$ 3,24 bilhões. Em meio à crise de abastecimento de água no Estado, um dos contratos assinados pela presidente Dilma Rousseff e pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), no Palácio do Planalto, prevê a ampliação do sistema de abastecimento de água São Lourenço para mais sete cidades da Grande São Paulo.

O governo federal participa, por meio da Caixa Econômica Federal, em uma parceria público-privada. A obra vai custar R$ 2,6 bilhões e deve ser entregue em meados de 2017. A Caixa entra com R$ 1,8 bilhão.

O sistema São Lourenço formará a oitava fonte de abastecimento de água, reforçando principalmente o Cantareira e o Guarapiranga, beneficiando diretamente sete municípios. O projeto contempla um conjunto de estações para captação e adução de água tratada, beneficiando 1,5 milhões de pessoas na zona oeste da Região Metropolitana de São Paulo.

O outro acordo é dirigido à expansão da linha 9 do metrô paulista, entre as estações Grajaú e Varginha, obra estimada em R$ 630 milhões, sendo que R$ 500 milhões são recursos federais.

Em reunião no início de novembro também no Palácio do Planalto, Dilma cobrou de Alckmin o detalhamento de propostas apresentadas pelo governador para solucionar a crise hídrica no Estado, orçadas em R$ 3,5 bilhões. O ministro das Cidades, Gilberto Occhi, presente ao ato, afirmou que os projetos apresentados pelo governador ainda estão sob análise.

Na ocasião, Alckmin apontou a necessidade de interligação dos reservatórios Atibainha e Jaguari; construção das barragens de Pedreira e Duas Pontes, sistema adutor regional para o PCJ, interligação do rio Pequeno com a represa Billings no reservatório de Rio Grande, construção da estação de produção de água de reuso para reforço do sistema Guarapiranga e outra para o sistema Baixo Cotia, a adutora emergencial Jaguari-Atibaia para reforço de captação de Campinas e a construção de 24 poços no do Aquífero Guarani.

No evento, Dilma falou do momento pós-eleição. "Essa cerimônia de hoje marca um momento importante. É fato que durante a campanha é natural divergir, criticar, disputar. Entretanto, depois de eleito, nós temos de respeitar as escolhas legítimas da população brasileira. Isso é algo extremamente necessário, essas relações republicanas e parceiras", disse.

Ela não deixou de fazer críticas ao governo do PSDB em São Paulo. "De fato, não é possível o Brasil ter uma situação ameaçando a capital do maior Estado do país e a maior cidade da América Latina". Alckmin também reforçou a necessidade de boa relação entre os entes federados, a despeito de partidos.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Falha em projeto paralisa construção de linha do monotrilho de Alckmin

04/12/2014 - Folha de S. Paulo

Uma falha no projeto do monotrilho da zona leste de São Paulo vai atrasar e encarecer a obra do governo Geraldo Alckmin (PSDB), orçada em R$ 6,4 bilhões.

Engenheiros "descobriram" galerias de águas de um córrego embaixo da av. Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello. O governo, agora, fez um novo projeto e decidiu mudar o córrego de lugar.

Na prática, nos locais inicialmente desapropriados e depois descampados, não há como perfurar o solo para fincar a estrutura da estação, já que as galerias estão abaixo.

A obra foi interrompida, e o Metrô, empresa do governo estadual responsável por essa linha, terá de readequar o projeto para ao menos três das oito novas estações.

A última previsão da gestão tucana era entregar as estações em 2015 -agora devem ficar para 2016. Hoje a linha funciona em fase de testes apenas no trecho de menos de 3 km entre as estações Vila Prudente e Oratório.

A Folha visitou as áreas das futuras estações, entre Oratório e São Mateus.

Sob a condição de anonimato, engenheiros da obras disseram que as futuras estações de São Lucas, Camilo Haddad e Vila Tolstói foram diretamente afetadas.

Apenas em São Mateus há colunas para a futura estação, mas a obra está parada. Nas demais, nada foi construído, e os terrenos seguem vazios. Nas áreas visitadas, funcionários trabalhavam nos trilhos ou nos canteiros próximos a colunas.

ADITIVOS

No ano passado, o então responsável pelo departamento de obra civil da linha 15, José Arapoty Prochino, afirmou à revista "Infraestrutura Urbana" que, devido à existência do córrego, seria preciso alterar a forma de instalar as fundações da linha. As obras da linha foram fatiadas em diversas licitações.

Um consórcio liderado pela empresa Somague foi contratado por R$ 144 milhões para erguer quatro estações -as três afetadas pelas galerias e uma quarta, Vila União.

Em outubro deste ano, o Metrô assinou o quinto aditivo nesse contrato, prorrogando o prazo de execução dos serviços para abril de 2015.

Uma concorrência de R$ 512 mil foi aberta no mês passado para a elaboração do projeto paisagístico e de engenharia do canteiro central, no trecho até São Mateus.

Prevista para ser concluída até o fim de 2015, a licitação visa contratar uma empresa para, entre outros serviços, projetar o tipo de "fundação adequado diante do comportamento do subsolo local".


Receitas não-tarifárias completam orçamento do Metrô de SP

04/12/2014 - Revista Ferroviária

As receitas provenientes de fontes não ligadas à tarifa do serviço de transporte, como publicidade, aluguel de terrenos e cessão de espaços ao varejo, entre outras, são essenciais para que o Metrô de São Paulo equilibre suas contas. Este foi um dos resultados apresentados por George Millard, gerente de negócios do Metrô paulista, no Fórum Movecidades, ontem (03/12), em São Paulo.

Segundo Millard, o Metrô de São Paulo consegue hoje captar até US$ 0,07 por passageiro em receitas não-tarifárias. O índice ainda é baixo comparado com o metrô de Hong Kong, por exemplo, o mais eficaz do mundo em receitas desse tipo, que atingem quase US$ 0,40 por passageiro. Mas, ao menos, o volume arrecadado pelo metrô paulista garante que, somado às receitas com a tarifa, as contas fechem de forma equilibrada. "Conseguimos empatar com os custos", afirmou Millard.

O Metrô de São Paulo trabalha essencialmente com quatro fontes de receitas não-tarifárias: publicidade, desenvolvimento imobiliário, varejo, e um quarto conceito denominado "inovação". Somadas essas frentes, a arrecadação não-tarifária atinge cerca de 10% do equivalente à receita com tarifas, o que representa um reforço de caixa que diminui a dependência de repasses do governo estadual.

Dessas quatro frentes de arrecadação, segundo Millard, cerca de 49% é proveniente do que a companhia denomina "desenvolvimento imobiliário". São as receitas que vêm de contratos de uso de seus terrenos, explorados por shopping centers, estacionamentos, terminais de ônibus, entre outros. O Metrô de São Paulo conta hoje com cinco shoppings junto a algumas de suas estações, e dois outros estão em construção.

O segmento do varejo, que responde por 23% das receitas não-tarifárias, é o que gera ganhos com a cessão de espaços em suas estações para lojas, quiosques, estandes e máquinas dispensadoras de produtos. Millard explicou que apenas 40% da capacidade de seu espaço é cedida a locatários varejistas. É necessário estabelecer limites para não comprometer a circulação do público.

Outros 22% são provenientes de publicidade, tanto dentro dos trens quanto nas paredes das estações. O restante vem do que a companhia chama de "inovação", que corresponde à exploração de novos serviços de modo criativo, como aplicativos de geolocalização que integram o metrô a empresas nos arredores das estações, oferencendo ao público passante serviços em tempo real, entre outras possibilidades.

George Millard concluiu sua apresentação explicando que convém planejar essas maneiras de se gerar receitas não-tarifárias antes mesmo das estações serem construídas. Atualmente, o Metrô constrói os espaços e depois procura descobrir como rentabilizar essas áreas disponíveis. O ideal é planejar isso previamente, o que aumentaria ainda mais o potencial de arrecadação com esses tipos de serviços.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Estação Higienópolis-Mackenzie terá túnel de ligação direta com universidade

01/12/2014 - Folha de São Paulo/Mobilidade Sampa


A futura estação Higienópolis-Mackenzie da linha 4-amarela do metrô de São Paulo terá um túnel com ligação direta para o campus da Universidade Mackenzie.

O acesso subterrâneo terá cerca de 30 metros e será construído pela universidade. Ele vai ligar a estação a um novo complexo com área pública e duas torres -a maior com 20 andares-, que serão erguidas depois que a estação estiver funcionando.

A previsão do Metrô é que a nova parada, a oitava da linha amarela, fique pronta no primeiro semestre de 2015.

Segundo João Batista Torres, gerente de projetos e obras da universidade, o novo complexo, chamado de "Mackenzie Século 21″, ficará ao lado da futura estação, na rua da Consolação com a Piauí.

O térreo e o subsolo -onde haverá a ligação com a estação- serão abertos à população. "Qualquer um poderá usar. Será uma grande esplanada aberta", afirma.

Valter Caldana, diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e um dos autores do projeto, diz que no espaço haverá teatro, auditório, livraria, café e galeria de arte.

"O Mackenzie nasceu na esquina oposta; no lado da Consolação havia muro. O projeto tem o lado simbólico da universidade se abrindo para a cidade", diz.

Nessa área pública, os alunos da universidade poderão entrar no campus após passar por catracas de controle.

"A ideia é facilitar. O Mackenzie tem uma demanda muito grande e a calçada é pequena. O Metrô achou a solução bem-vinda", diz Torres.

No campus circulam cerca de 40 mil pessoas diariamente, segundo a universidade.

A previsão é que as obras levem cerca de três anos. Ainda não está definido quando o túnel será construído. O Metrô diz que o projeto terá que ser aprovado por técnicos da empresa, mas deu sinal verde à ideia.

Quando projetou o complexo, em 2012, o Mackenzie estimava que os 35 mil m² de construção custariam R$ 135 milhões, seriam iniciados em 2013 e concluídos em 2015.

Nos novos prédios vão funcionar salas de aula e pesquisa, laboratórios e uma nova biblioteca, no último andar.

Conexão

De acordo com o secretário estadual Jurandir Fernandes (transportes), a estação Higienópolis vai ajudar a desafogar a conexão entre as estações Paulista (linha 4-amarela) e Consolação (2-verde).

O movimento é de cerca de 300 mil pessoas/dia, segundo a concessionária ViaQuatro. "Vai ser uma maravilha para ter um alívio naquela integração", diz o secretário.

A estação Oscar Freire deverá ser inaugurada três meses depois da Higienópolis, segundo Fernandes.

Em 2016 serão abertas as estações São Paulo-Morumbi e Vila Sônia, que deixarão a linha amarela com 12,8 km.

Fonte: Folha de São Paulo/Mobilidade Sampa 

domingo, 30 de novembro de 2014

Novas estações do Metrô recebem conexão WiFi

30/11/2014 - Diário de SP

Paraíso, Vila Prudente e Tamanduateí do Metrô receberam o benefício, que já foi instalada na Sé

Nesta sexta-feira (28), as estações Paraíso - da Linha 1-Azul também, Vila Prudente e Tamanduateí, da Linha 2-Verde do Metrô, ganharam áreas com WiFi gratuito. Em outubro, a estação Sé, da Linha 3-Vermelha, já tinha recebido o benefício.

Na estação Paraíso, a conexão gratuita com a internet fica próximo da Sala de Segurança Operacional (SSO), na plataforma 1, sentido Tucuruvi. Na Vila Prudente, os sinais estão no piso da futura integração com o monotrilho. Enquanto na Tamanduateí, o WiFi está na área de integração do Metrô com a CPTM.

As áreas estão identificadas com placas e o usuário deve pesquisar a rede "wifi_metro_sp" para se conectar. Cada pessoa pode utilizar a rede por até 20 minutos com intervalo de 15 minutos.

A conexão englobará 200 usuários simultaneamente.

Fonte: Diário de São Paulo

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Chegada do Metrô na região anima 70% dos comerciantes

19/11/2014 - Diário do Grande ABC

Renato Gerbelli 

Especial para o Diário
Celso Luiz/DGABC 


Celso Luiz/DGABC
As cidades do Grande ABC já projetam o impacto que a Linha 18-Bronze do Metrô, monotrilho que ligará a Capital a São Bernardo, passando também por São Caetano e Santo André em 2018. vai trazer aos comércios da região. Pesquisa realizada pela Educa, empresa da Universidade Metodista de São Paulo, a pedido da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, mostra que 70% dos lojistas esperam crescimento de seus negócios com a chegada do Metrô. Reforçam a perspectiva positiva a atração de consumidores, competitividade dos estabelecimentos e diversificação dos produtos.

Ao mesmo tempo, o levantamento apresenta dado preocupante: 65,7% dos consumidores disseram estar dispostos a ampliar a frequência que realizam compras na Capital. Em 2009, com o início das operações da Estação Tamanduateí, a mais próxima da região, 30% das pessoas afirmaram ter aumentado o hábito de consumir em São Paulo.

Segundo o secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Giovanni Rocco Neto, o objetivo é, primeiro, fazer com que os consumidores da região não migrem para a Capital. "O cliente vai para São Paulo buscando liquidação. preço e variedade. Se tivermos isso aqui, aquele comprador corriqueiro vai pesquisar e não vai para a Capital", afirmou.

Para o professor de Economia da Metodista Sandro Maskio, o Metrô trará grande oportunidade, e os comerciantes precisam se antecipar. "É importante se preparar para enfrentar ambiente de maior competição e diversificação de estabelecimentos. Então, os empreendedores devem oferecer estrutura que faça frente à essa nova realidade que deve assumir o comércio", disse.

Já as perspectivas do presidente da Aciscs (Associação Comercial e Industrial de São Caetano), Mauro Vincenzi Laranjeira, ainda são incertas. "O impacto para o comércio em São Caetano é preocupante. Precisamos manter nosso consumidor e tentar atrair outros para a cidade. Nosso atrativo não é o preço, mas a qualidade do produto. Temos que oferecer ainda maneira de chegar aos centros comerciais da cidade, que ficam longe das estações", declarou, preocupado. "Sem dúvida também serão formados novos centros comerciais perto das estações. E São Caetano terá cinco. É um ótimo número", reconheceu Laranjeira.

Outro ponto a ser explorado com a chegada do Metrô no Grande ABC é a atração dos paulistanos, que já estão próximos dos principais pontos de comércio, como a Rua 25 de Março e o Brás. "Com o incentivo do turismo na região, teremos atrativo para trazer pessoas diferentes e fazê-las consumir aqui. No caso dos lugares mais afastados das estações, como a Rota dos Restaurantes e a Represa Billings, em São Bernardo, a ideia é a Prefeitura criar linhas específicas (de ônibus) para levar os turistas", destacou Rocco. 

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Horário do monotrilho será expandido em dezembro

17/11/2014 - O Estado de S. Paulo

Inaugurada parcialmente no fim de agosto, a Linha 15-Prata, o primeiro monotrilho da capital paulista, terá o seu funcionamento expandido no dia 19 de dezembro, uma sexta-feira. Em vez de funcionar só aos sábados e domingos, a abertura ocorrerá todos os dias da semana. A informação foi confirmada pelo Metrô de São Paulo nesta segunda-feira, 17.

Contudo, o ramal, que, por enquanto, conta com apenas duas estações em um trajeto de 2,9 km, ainda continuará aberto ao público apenas das 10h às 15h.

A Linha 15-Prata tem duas estações, Vila Prudente e Oratório. Quando houver expansão do atendimento em 19 de dezembro, também haverá integração com a Linha 2-Verde do Metrô na Vila Prudente.

Quando estiver pronta, a Linha 15 conectará a região da Vila Prudente a Cidade Tiradentes, ambas na zona leste paulistana.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Estação Eucaliptos do Metrô tem 30% da obra bruta concluída

13/11/2014 - Governo SP

A estação Eucaliptos, da Linha 5-Lilás do Metrô, está com 30% da obra civil bruta concluída. A plataforma está localizada no bairro de Moema, no eixo entre as avenidas Ibirapuera, Cotovia e a rua Professor Levy de Azevedo Sodré. A previsão é que passem por essa estação, diariamente, 18 mil pessoas. Os usuários terão dois acessos à plataforma, um deles na avenida Cotovia e o outro na avenida dos Imarés.

O governador em exercício, Samuel Moreira, visitou o local, nesta quinta-feira, 13, para verificar o andamento das obras. Parte está sendo construída a 30 metros de profundidade, o equivalente a um prédio de dez andares. Ao todo, são 9.325 m² de área em construção.

A estação Eucaliptos figurará entre as mais modernas plataformas do sistema metroviário da cidade de São Paulo. Terá o sistema de portas de plataforma, cinco elevadores, 13 escadas rolantes, câmeras de vigilância e outros recursos.

Fonte: Portal do Governo do Estado de SP
Publicada em:: 13/11/2014

Estação Fradique Coutinho é inaugurada em SP

17/11/2014 - Revista Ferroviária

Foi inaugurada no sábado (15/11) a estação Fradique Coutinho da Linha 4-Amarela, de São Paulo. Essa é a sétima estação da Linha 4 a entrar em operação e a 68ª estação do Metrô de São Paulo.

"Essa é uma das mais modernas estações de metrô e a mais moderna linha do País. E a maior linha do Mundo, ela vai chegar a 900 mil passageiros/dia, totalmente operada por sistema. Ela não tem o operador do metrô", destacou o governador Geraldo Alckmin, na inauguração da estação.

Já o secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, enfatizou que a Linha 4 é a linha integradora. "O impacto grande desta estação é nessa área e conseguir aliviar o movimento da Paulista. Você dá uma redistribuição melhor da área comercial da Faria Lima e Paulista", disse o secretário.

O secretário destacou ainda a diversidade de público da Linha Amarela. "A Linha 4 é a mais democrática que nós temos hoje no sistema. Ela pega o pessoal de mais baixa renda do Grajau, como do Capão Redondo, e esse pessoal se integra com o pessoal de classe B e A aqui da região dos Jardins. Nossas pesquisas estão nos dando que aqui temos uma diversidade completa por ser um caráter muito democrático dessa linha", declarou Fernandes. 

Nesta primeira semana de operação, a estação Fradique Coutinho funcionará das 10h às 15h para adaptação e ajustes dos sistemas.  A partir do próximo sábado, 22 de novembro, a linha funcionará no horário comercial das demais linhas.

A estação Fradique Coutinho contará com dois acessos, um na Rua dos Pinheiros e outro na Rua Fradique Coutinho.  A estação tem 14,2 mil metros quadrados de área e está a 16 metros de profundidade. Ela tem a mesma estrutura das demais estações da Linha 4 com bloqueios de vidro (catracas) e portas de plataforma.

Essa estação é a primeira da segunda fase da Linha 4-Amarela, que inclui as estações Higienópolis- Mackenzie , Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia. Nas duas primeiras fases da Linha 4 foram investidos pelo Governo do Estado de São Paulo R$ 5,4 bilhões, sendo somente a fase 2 R$ 1,7 bilhão. Os sistemas e trens foram adquiridos pela ViaQuatro, responsável pela operação da Linha 4.

Alckmin anunciou que no primeiro semestre de 2015 será entregue a estação Higienópolis- Mackenzie e três meses depois a estação Oscar Freire. E em 2016 serão entregues as estações Morumbi e Vila Sônia.

A terceira fase da Linha 4-Amarela é a ligação entre Vila Sônia e Taboão da Serra. O projeto funcional já esta concluído e o projeto básico deve ser iniciado em 2015.

O governador também anunciou que a partir de partir de 19 de novembro o monotrilho da Linha 15-Prata começa a opera todos os dias das 10h às 15hs, atualmente essa operação é aos finais de semana, e será integrado com a Linha 2-Verde do metrô. A operação comercial está prevista para 1º de março.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Taboão da Serra terá duas estações de Metrô

13/03/2013 - O Taboense

O projeto consiste em uma estação entre o Pátio Vila Sônia (que tem sua entrega prevista para 2015) e Taboão (com previsão de entrega para 2016)

A moderna linha 4 do Metrô chegará até Taboão da S
A moderna linha 4 do Metrô chegará até Taboão da Serra
créditos: Divulgação
 
O prefeito Fernando Fernandes detalhou pela primeira vez, nesta terça-feira, dia 12, durante entrevista com a imprensa regional, o projeto para a chegada do Metrô em Taboão da Serra, que prevê duas estações na cidade e não apenas uma como estava sendo planejada. A novidade, anunciada como "realidade e não promessa" está dentro do planejamento do Governo do Estado.
 
Segundo Fernandes, há cerca de 20 dias, técnicos do Metrô vieram realizar estudo de impacto de vizinhança e de trânsito nas proximidades de onde as estações que serão instaladas. Fernandes garantiu que Taboão da Serra será beneficiada com duas estações, uma no Centro e outra na região do Shopping Taboão. 
 
"Existe uma previsão de estação no centro de Taboão e outra mais próxima ao Shopping, que é a que mais me agrada, porque aí o pessoal que vier de Embu e Itapecerica já não vão mais passar pelo centro de Taboão. Já seria uma forma de deter esse trânsito, descongestionando a passagem que é outra expectativa muito grande que nós temos", declarou Fernandes.
 
Uma empresa foi contratada para analisar o local, existem várias questões a serem levadas em consideração, como a desapropriação de área para a construção do terminal de ônibus e o impacto que as obras podem causar no entorno. Contrataram uma empresa para fazer todo o impacto nesses locais, não é só a estação, tem que desapropriar uma área para um terminal", falou o prefeito Fernando Fernandes.
 
Em entrevista ao Portal O Taboanense a deputada Analice Fernandes disse que a chegada do Metrô em Taboão da Serra é uma conquista da população. "O governador Geraldo Alckmin atendeu as nossas reivindicações, Taboão da Serra será a primeira cidade da Grande São Paulo a receber uma estação do Metrô, essa é uma vitória de todos nós taboanenses", afirmou.
 
O projeto consiste em uma estação entre o Pátio Vila Sônia (que tem sua entrega prevista para 2015) e Taboão (com previsão de entrega para 2016). A estação São Paulo Morumbi tem entrega prevista para 2014. O Governo do Estado garantiu que o Metrô até Taboão da Serra será todo feito de forma subterrânea. A expectativa é que a linha siga o traçado da avenida Dr. Francisco Morato e da Rodovia Régis Bittencourt.
 
A tendência é que as estações sigam o padrão da estação Paulista, que possui esteiras que facilitam a movimentação dos passageiros. Portas de vidros que contribuem para a segurança, os trens vão circular sem operadores, todas as manobras serão controladas do pátio Vila Sônia, como acontece atualmente na Linha Amarela. Todos os vagões com passagens livres entre os trens, possibilitando mais conforto e evitando aglomerações. É previsto pontos de conexão de internet sem fio (wi-fi).

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Linha 4 irá operar com 13 minutos entre Barra e Ipanema, e 34 minutos entre Barra e Centro

10/112014 - O Globo

Nesta segunda-feira foi detonado último trecho de rocha que separava São Conrado da Gávea

POR ISABELA BASTOS

Operários caminham em trecho do túnel da Linha 4 do metrô - Márcia Foletto / Agência O Globo

RIO - Foi detonado, nesta segunda-feira, o último trecho de dois metros de rocha que separava os bairros de São Conrado e da Gávea nas obras de perfuração dos túneis da Linha 4 do Metrô (Barra da Tijuca-Ipanema), sob o maciço do Morro Dois Irmãos. Os explosivos - cerca de 250 quilos - foram acionados pelo governador Luiz Fernando Pezão. O material serviu para botar abaixo a parede na chamada Via 2. De acordo com o planejamento, a Linha 4 irá operar com um tempo de 13 minutos entre a Barra e Ipanema, e 34 minutos entre a Barra e o Centro da cidade. Com 16 quilômetros de extensão, ela deverá transportar cerca de 300 mil pessoas por dia e retirar das ruas aproximadamente dois mil veículos por hora, nos horários de pico.

A detonação durou poucos segundos e, por medida de segurança, foi exibida em um telão instaldo a um quilômetro de distância, para uma plateia que incluía o governador, o senador Francisco Dornelles (vice de Pezão no segundo mandato), secretários de estado, funcionários do consórcio Rio Barra e jornalistas. Com a detonação, agora fica faltando a perfuração de um trecho de 213 metros na chegada à estação da Gávea e de outro trecho de 600 metros (dois túneis de 300 metros) entre São Conrado e o Leblon, sob o maciço.

Depois da cerimônia, o governador comentou a volta da operação do tatuzão no subsolo de Ipanema, na Zona Sul, ocorrida na manhã desta segunda. Segundo Pezão, embora a perfuratriz tenha ficado parada por seis meses, desde o afundamento de parte do solo da Rua Barão da Torre, o governo está tranquilo quanto ao prazo de entrega das obras, no primeiro semestre de 2016, a tempo das Olimpíadas.

— Dá tempo. Tudo está no cronograma e será entregue se Deus quiser. Estava previsto que, na mudança de solo (na Zona Sul), poderia haver problemas. O consórcio garante que teremos metrô nas Olimpíadas — disse.

PROJETO BÁSICO DA LINHA 5 TERÁ LICITAÇÃO

O governador anunciou ainda que, nas próximas semanas, será divulgado o resultado da licitação para o projeto básico da chamada Linha 5 (Gávea-Carioca). O Estado conclui ainda os termos de referência que irão sustentar as licitações para os projetos básicos de outros três trechos metroviários: Uruguai-Méier (Engenhão), Carioca-Estácio e Jardim Oceânico-Alvorada-Recreio dos Bandeirantes.

— A linha Carioca-Gávea é a que está mais avançada. Já fizemos a licitação do projeto básico e o licenciamento ambiental. A gente teve muito problema (na Linha 4) porque foi preciso aproveitar uma licitação antiga e fazer todo licenciamento ambiental. E isso demorou muito. Essa próxima linha (Gávea-Carioca) começa com tudo feito, projeto e licenciamento.

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A ideia, disse Pezão, é aproveitar o tatuzão nas outras obras, uma vez que o equipamento já está no Rio, caso os projetos de cada linha apontem que a perfuratriz seria o melhor método construtivo das futuras linhas:

— Queremos dar muito trabalho ao tatuzão. Acho que a gente não pode perder a oportunidade de usar essa máquina, que já está aqui e pode ir para o Centro da cidade ou outra linha que fizermos. Preferimos a Gávea-Carioca. Mas eu quero mexer em todas.

O secretário de estado da Casa Civil, Leonardo Espíndola, disse que três empresas participam da licitação para o projeto básico da Linha Gávea-Carioca. O projeto básico foi orçado em R$ 35 milhões, mas a expectativa é que as propostas técnicas que serão apresentadas pelas empresas venham com deságio. O vencedor terá oito meses para fazer detalhar o projeto básico e fazer o licenciamento ambiental da obra. O valor não inclui o projeto executivo e as obras propriamente ditas.

— A ideia é aproveitar o tatuzão, mas será o projeto básico quem vai definir o melhor traçado e o melhor método construtivo, se com o tatuzão ou detonações em rocha. Depois licitamos o projeto executivo e as obras.

Ainda de acordo com Espíndola, os projetos básicos dos outros três trechos de linhas metroviárias deverão custar entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões. O governo estadual negocia agora como BNDES a melhor forma de financiamento desses trabalhos.

— Deverá haver aporte federal para esses projetos e obras. Existe uma linha segregada de financiamento que pode viabilizar essas expansões.

TATUZÃO SERÁ USADO NA LINHA 4 ATÉ 2016

Segundo o subsecretário de Projetos Especiais da Casa Civil, Rodrigo Vieira, seria possível equacionar o uso do tatuzão em novas frente de obras por conta do tempo do detalhamento do projeto básico da linha Gávea-Carioca.

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— O tatuzão será usado na Linha 4 até o início de 2016, quando ele desemboca na Gávea vindo da Zona Sul. Ele será desmontado ali e poderá ser usado, se o método de escavação escolhido for esse.

Ele disse ainda que o primeiro dos 15 trens da Linha 4 já foi embarcado na China e deverá chegar ao Rio no início do ano que vem. Os demais 14 trens deverão chegar até o meados de 2015 e serão colocados em teste na malha metroviária existente no Rio. No início de 2016, os trens serão transferidos para a Linha 4, para os testes finais. Rodrigo Vieira garantiu ainda que o cronograma da Linha 4 não será prejudicado com a parada de operação do tatuzão nos últimos seis meses.

— As obras nas estações, que eram o ponto mais crítico, nunca pararam. Temos frentes simultâneas de obras e o cronograma está mantido. O tatuzão pode ser acelerado ou não, de forma a compatibilizar com o avanço das estações. O tempo que ele ficou parado foi ganho com as obras nas estações.

domingo, 2 de novembro de 2014

Os principais desafios envolvidos na implementação do CBTC em linhas operacionais de metrô

25/07/2014 - Digital Assessoria

As colocações são do engenheiro, Fábio Siqueira Netto durante palestra com o tema "Os desafios da implementação do CBTC – Communication Based Train Control" realizada durante encontro AEAMESP Tecnologia, na terça-feira, 15 de julho de 2014, no Auditório G2 da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô, em São Paulo (SP).

Durante o encontro, coordenado pelo engenheiro Antonio Luciano Videira Costa, diretor da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP), Siqueira Netto discorreu sobre a complexidade da substituição de sistemas anteriores de controle pelo CTBC em linhas que estejam em operação, considerando aspectos como as expectativas iniciais de ganhos de desempenho com o novo sistema, especificações contratuais e o tempo necessário para que a implementação aconteça e seja assimilada pelas equipes.

Segundo Siqueira Netto, a implantação do CBTC não acarreta apenas uma mudança de tecnologia, pois também afeta significativamente a filosofia de operação e de manutenção da operadora exigindo mudanças comportamentais das equipes.

A substituição de sistemas anteriores por CBTC – ainda mais em linhas que já estejam em operação – é um processo que demanda tempo e não pode ser feito com pressa. "Os melhores resultados observados em outros países indicam seis anos para a implantação, mas há casos em que aconteceu em oito ou 10 anos", frisou.

Histórico – O desenvolvimento da tecnologia teve início em meados dos anos 1980, passando por modificações na década de 90 para se consolidar em 2003, na linha do metrô de São Francisco (EUA).

Expectativas iniciais do CBTC – De acordo com o engenheiro, as expectativas iniciais da nova tecnologia eram de obter o aumento da capacidade de transporte das operadoras: menor distância entre trens e menor headway com mais disponibilidade e confiabilidade; redução do tempo e do custo de implantação; incremento de segurança – safety e security; novas funções operacionais e ferramentas de manutenção; interoperabilidade entre plataformas diferentes e menor consumo de energia.

Segundo Siqueira Netto, desde 2009, o Metrô-SP vem trocando experiências com outras operadoras sobre a implantação do CBTC. Nesse período a empresa fez contato (por meio de visitas, reuniões, fóruns técnicos, congressos e testes em fábricas) com os metrôs de Milão, Madri, Barcelona, Panamá e Londres, que já contam com sistemas CBTC em operação, e com os metrôs de Santiago do Chile, Bruxelas e Toronto, que estão implantando esse tipo de sistema, além do metrô de Viena, que não conta com CBTC, mas vem estudando o assunto.

Visões gerais das demais operadoras – Nenhuma operadora tem a demanda e a estrutura de trabalho do Metrô-SP; os cenários operacionais e de manutenção são muito diferentes, gerando perspectivas também diferentes sobre o CBTC; para as operadoras mais antigas, o CBTC representa uma grande evolução e isso faz com que exista maior tolerância com eventuais pendências, etc.

Siqueira Netto discorreu sobre a estratégia de implantação do CBTC em linhas operacionais e apontou as lições aprendidas pelo Metrô-SP até aqui. Como um aspecto relacionado com a implantação do CBTC, fez considerações sobre a utilização de softwares em sistemas metroferroviários, destacando o impacto desses novos sistemas em seus requisitos de segurança e qualidade. Assinalou que de 1970 até hoje, o metrô possui 15 frotas diferentes, sendo que 10 frotas possuem números significativos de software. O engenheiro estima que o Metrô-SP utiliza aproximadamente 900 softwares em seus trens, dos quais cerca de 500 correspondentes a aplicativos embarcados e outros 400 utilizados para manutenção.

Para Siqueira Netto, a percepção do CBTC para boa parte das operadoras mais antigas é de evolução, pois elas partem de sistemas simples de sinalização. Tal percepção favorece o aceite do CBTC com pendências funcionais, pois há ganhos mesmo com essas pendências. A implementação ou modernização de sistemas em linhas operacionais não são atividades triviais. Para que as atividades de operação e manutenção não sejam prejudicadas, o planejamento dessas implementações deve ser feito em conjunto entre operadora e contratado.

Segundo o engenheiro, a figura do integrador geral tem forte relação com o sucesso na logística de implantação ou modernização de sistemas em linhas operacionais. "Novos sistemas exigem novas culturas de operação e manutenção. A transformação é grande e leva tempo para acontecer", finaliza.

Fonte: Digital Assessoria Comunicação Integrada
Publicada em:: 25/07/2014

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Indústria de fabricação investe em setor metroferroviário de passageiros

31/10/2014 - Monitor Mercantil

O valor está dividido entre 343 projetos do Plano de Transporte e Logística de 2014, que inclui a implantação de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) em cidades como Santos (SP), Cuiabá (MT), Rio de Janeiro (RJ), Goiânia (GO), entre outras.

O sistema metroferroviário tem liderado os projetos de melhoria da mobilidade urbana, que é, atualmente, considerada um dos maiores gargalos das grandes cidades. A Confederação Nacional do Transporte (CNT) estima que o país tenha que investir mais de R$ 240 bilhões para superar o déficit de mobilidade. O valor está dividido entre 343 projetos do Plano de Transporte e Logística de 2014, que inclui a implantação de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) em cidades como Santos (SP), Cuiabá (MT), Rio de Janeiro (RJ), Goiânia (GO), entre outras.

Tais aportes direcionados à problemática também fora do eixo Rio - São Paulo e a necessidade de atender a demanda reprimida de transporte público e evitar o colapso das grandes cidades com o aumento contínuo da frota de automóveis, são apontados pelo vice-presidente do setor ferroviário do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre), Luiz Fernando Ferrari, como fatores de desenvolvimento e encorajamento para a cadeia produtiva de peças e equipamentos do setor nos próximos anos.

Para o especialista, o momento favorece a indústria de fornecimento porque a envolve em programas como o PAC Mobilidade e projetos financiados pelo BNDES, que exigem um conteúdo local acima de 60% e fazem com que a indústria nacional participe mais dos investimentos.

- Todos estes projetos, somados aos que ainda serão desenvolvidos, são de fundamental importância. Nós do Simefre, junto com a Abifer, temos nos empenhado no sentido de mostrar às autoridades a significância destes projetos - afirma o vice-presidente do sindicato, que aponta duas razões para continuidade dos programas: aumento de incentivos e competitividade.

- A criação de um plano de expansão para o setor metroferroviário aumenta a capacidade de investimentos no sistema, que demanda deste estímulo, e também incita a competitividade frente ao fornecimento estrangeiro. As empresas internacionais chegam ao Brasil com medidas de incentivo dos seus países e nós concorremos com uma condição complicada de equalização fiscal, com grande custo de impostos - alerta Ferrari, ao explicar que o Governo Federal vem tentando desonerar estes tributos.

O problema é que, com os tributos somados às contribuições estaduais e municipais, o custo para a indústria ainda é muito alto.

- Nós estamos concorrendo de peito aberto. Isso exige que tenhamos competência técnica, baixo custo e capacidade industrial para entregar em prazos cada vez mais menores. Esse é o grande desafio da indústria de fornecimento hoje: manter o compromisso de fazer bem feito, rapidamente e com custo competitivo -, diz o vice-presidente do Simefre.

Fonte: Monitor Mercantil 

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Após atrasos, Estação Fradique Coutinho do Metrô abre dia 15

30/10/2014 - O Estado de SP

SÃO PAULO - A Estação Fradique Coutinho da Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo finalmente abre ao público no dia 15 de novembro, um sábado. Segundo a concessionária ViaQuatro, responsável pela administração privada do ramal, durante a primeira semana, a parada funcionará das 10h às 15h.

Somente a partir do dia 22, de acordo com a empresa, Fradique Coutinho funcionará em horário integral, ou seja, entre 4h40 e meia-noite. A estação fica na Rua dos Pinheiros, altura do número 620, na esquina com a Rua Fradique Coutinho, em Pinheiros, na zona oeste da capital paulista. A parada tem duas entradas pela Rua dos Pinheiros, mas nenhuma pela Avenida Rebouças, que fica a um quarteirão de distância e é a via mais movimentada das imediações.

Com a abertura dessa estação, nenhum quilômetro de trilhos será acrescentado à malha metroviária em São Paulo, já que a parada fica na metade do caminho entre duas já existentes: Paulista e Faria Lima, abertas em 2010. Fradique Coutinho é sétima estação da Linha 4-Amarela, que liga Luz, no centro, ao Butantã, na zona oeste.

Por ela, devem passar, inicialmente, 15 mil usuários por dia, chegando a 25 mil no futuro, conforme cálculos do Metrô de São Paulo, que construiu a obra, antes de entregá-la à ViaQuatro, que, nas últimas semanas, fez testes nos sistemas da estação. Trata-se da 66.ª estação da rede de metrô de São Paulo, que tem 75,3 km de comprimento.

Demora. A entrega de Fradique Coutinho, que está em obras desde 2005, sofreu diversos reveses ao longo de sua trajetória. Inicialmente, a abertura estava prevista para 2010, o que não se concretizou -- entre outros fatores, o Metrô creditou o atraso ao desmoronamento do canteiro de obras da Estação Pinheiros (na mesma linha), que matou sete pessoas no início de 2007.

Novas datas foram prometidas pela Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos. Chegou-se a falar no dia 25 de setembro deste ano, meta que não foi cumprida. Por meio de sua conta no Twitter, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou algumas vezes que a obra seria entregue ainda em outubro. Esse prazo, porém, tampouco será respeitado.

Na terça-feira, 28, Alckmin visitou a estação acompanhado do secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e do presidente da ViaQuatro, Luís Valença. A vistoria, no entanto, não foi comunicada à imprensa como um todo e apenas alguns veículos de comunicação participaram do passeio pelas instalações da Estação Fradique Coutinho -- o Estado não foi comunicado.

Destak Jornal

Calote em conta de luz barra obra de outra estação

O fornecimento de energia elétrica no canteiro de obras da futura estação Oscar Freire da Linha 4-Amarela foi interrompido por falta de pagamento, segundo revelou o "SPTV".

O corte pela Eletropaulo foi feito devido a um débito de três meses. A responsável pelas obras é a Isolux-Corsan, contratada pelo Metrô para fazer as das estações da segunda fase da linha, segundo a reportagem.

Ao "SPTV", a empresa informou que a ausência de pagamento ocorreu devido a um problema administrativo, já resolvido. Os trabalhos não teriam sido prejudicados pela interrupção de energia elétrica no local.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Linha 4 muda os gargalos do metrô em São Paulo

27/10/2014 - O Estado de SP

O aumento do número de passageiros em algumas estações e o decréscimo em outras paradas historicamente movimentadas se dá pela abertura gradual da Linha 4, que criou novas opções de trajeto e conexões, consequentemente redistribuindo o fluxo.

Por Caio do Valle | Estadão Conteúdo

O metrô de São Paulo, que transporta 4,6 milhões de passageiros por dia, ganhou novos gargalos. Ao mesmo tempo, antigos pontos de conexão da rede estão um pouco menos superlotados. É o que revelam estatísticas obtidas pelo jornal O Estado de s. Paulo por meio da Lei de Acesso à Informação. Nos últimos três anos, enquanto na Estação Sé a movimentação de pessoas caiu 20% em cada dia útil, a Luz e a República registraram aumentos de, respectivamente, 37% e 72%.

Essas duas paradas receberam um acréscimo de usuários depois da inauguração de estações da Linha 4-Amarela, em setembro de 2011. Até então, a Luz só atendia, no sistema metroviário, à Linha 1-Azul. Naquele ano, passavam em média pela parada 195 mil pessoas diariamente. Em 2014, o patamar subiu para 268 mil.

O corretor Milton Alves, de 63 anos, mora na zona norte da capital e trabalha em Pinheiros, na zona oeste. Ele usa as Linhas 1 e 4 do Metrô e conta que gasta mais tempo para entrar e sair das estações, no percurso completo, do que na viagem em si. "São 24 minutos efetivamente dentro dos trens e uns 26 nos acessos, já cronometrei." Ele critica o caminho que os passageiros têm de fazer entre os acessos das Linhas 1 e 4 na Luz. "É 'brava' aquela interligação, porque precisamos dar uma volta grande."

Usuária da Estação Pinheiros, a editora de livros didáticos Gabriela Alves, de 26 anos, diz que o rush da tarde é complicado, especialmente das 18 às 20 horas. "Fica um amontoado de gente nos dois primeiros andares. Felizmente, nunca deu confusão séria, porque poderia ser grave." Nessa parada, o aumento diário de passageiros foi de 253% entre 2011, quando a estação foi aberta, e este ano.

Outra parada que costuma provocar críticas dos passageiros é a Consolação, na Linha 2-Verde, que desde 2010 se conecta por um túnel à Paulista, na Linha 4. Essa interligação fica tão lotada nas horas de pico que o próprio Metrô já estudou algumas alternativas para tentar aliviar o grande fluxo, como a construção de outra passagem subterrânea entre as duas estações, mas até agora nada saiu do papel.

Conhecidas dos passageiros do Metrô como "tradicionais" pontos de superlotação, como Ana Rosa e Paraíso, que conectam as Linhas 1-Azul e 2-Verde, estão um pouco menos disputadas. Neste ano, a média diária na Ana Rosa é de 182 mil passageiros, 5% menos do que três anos atrás. A estação vizinha, Paraíso, também teve variação negativa de usuários no período. Por ali, circulam atualmente nos dias úteis 187 mil passageiros, um número 31% inferior do que o registrado em 2011.

Redistribuição

Segundo a explicação do Metrô, o aumento do número de passageiros em algumas estações e o decréscimo em outras paradas historicamente movimentadas se dá pela abertura gradual da Linha 4, que "criou novas opções de trajeto e conexões, consequentemente redistribuindo o fluxo".

O superintendente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Luiz Carlos Mantovani Néspoli, concorda com essa visão. "Por exemplo, na Luz, quem vem da zona norte e precisa ir para a oeste já transfere direto na Linha Amarela, não precisa mais ir para a Sé. Quem vem da zona leste e tem de ir à Paulista também segue direto pela Linha 3-Vermelha e desce na República."

Para ele, a inauguração da Linha 5-Lilás completa, até a Estação Chácara Klabin, o que só deve ocorrer a partir de 2016, deve fazer com que haja certo alívio em estações da Linha 4, como a Pinheiros e a Paulista. "O passageiro sempre leva em conta a lotação, a dificuldade de transferência e o tempo."

O Metrô informa que "novas opções de transferências serão criadas, redistribuindo a demanda". A empresa também divulgou que já concluiu o projeto para a construção de uma nova entrada da Estação Paulista na Rua Bela Cintra e que o processo para a locação do imóvel necessário à obra foi finalizado. A construção começa em breve. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão Conteúdo