terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Metrô e CPTM sobem tarifa para R$ 3,50 a partir do dia 6

29/12/2014 - O ESTADO DE S.PAULO

Governado Geraldo Alckmin (PSDB) também anuncia que enviará projeto para a Assembleia Legislativa propondo tarifa zero para estudantes de escolas e universidades públicas e de baixa renda

SÃO PAULO - O governo Geraldo Alckmin (PSDB) confirmou nesta segunda-feira, 29, o aumento de 16,67% nas tarifas de trem e metrô de São Paulo. Com o reajuste, o valor da passagem sobe de R$ 3,00 para R$ 3,50, mesmo acréscimo anunciado há três dias pela gestão Fernando Haddad (PT) para os ônibus da capital paulista. Todos os reajustes passam a valer a partir do dia 6 de janeiro.

Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, o aumento da tarifa cheia do Metrô e da CPTM está abaixo dos 17% de inflação acumulada desde o último reajuste, aplicado em fevereiro de 2012. No caso dos ônibus municipais, a tarifa estava congelada há quatro anos. Com a medida, o valor da integração entre ônibus, trem e metrô passa de R$ 4,65 para R$ 5,45 a partir da semana que vem.

A exemplo de Haddad, Alckmin anunciou nesta segunda-feira que enviará um projeto de lei à Assembleia Legislativa propondo tarifa zero no Metrô, CPTM e nos ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) para todos os estudantes de escolas públicas estaduais, incluindo universidades públicas, como a USP, e das Escolas Técnicas (Etecs) e das Faculdades de Tecnologia (Fatecs). A proposta também prevê isenção da tarifa para alunos de escolas e universidades privadas que comprovarem renda per capita de até R$ 1.550.

Também terão direito ao benefício alunos de baixa renda cadastrados em programas estaduais que dão bolsas a universitários, como o Escola da Família e o Ler e Escrever, e os federais Prouni e Fies. O governo tucano estima que cerca de 65% dos estudantes que usam CPTM e Metrô terão isenção total no preço das passagens. A Assembleia está em recesso parlamentar e só deve votar projetos a partir de março.

A medida atende parcialmente o pleito do Movimento Passe-Livre (MPL) e visa evitar uma nova onda de manifestações contra o aumento da passagem, como ocorreu em junho de 2013, após a tarifa subir de R$ 3,00 para R$ 3,20. À época, Haddad e Alckmin anunciaram juntos a revogação do reajuste após uma série de protestos de rua organizados pelo MPL.

O movimento, contudo, já havia classificado o projeto de tarifa zero anunciado por Haddad e aprovado neste mês pela Câmara Municipal como "insuficiente" porque a gratuidade não deveria valer apenas no trajeto até a escola ou universidade.

O MPL já convocou em sua página na internet a população para o "1.º Grande Ato Contra a Tarifa", marcado para o próximo dia 9, uma sexta-feira, três dias após o início do reajuste.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Nova linha do metrô impulsiona mercado de imóveis em São Paulo, diz matéria da Folha

29/12/2014 - Folha de SP

A linha 6-laranja do metrô já começa a movimentar o mercado imobiliário da região. Matéria no jornal Folha de SP mostra como uma obra com previsão de funcionamento para 2020 já provoca esse efeito:

Um trem ilustra o anúncio do Califórnia Residencial na Brasilândia, que será erguido no extremo norte de São Paulo. 'Próximo ao metrô', afirma a propaganda do empreendimento, com apartamentos de dois e três quartos e preço de até R$ 400 mil.

Na mesma área, informa a matéria, existem dois outros estandes de vendas chamam a atenção para torres de apartamentos. A Folha cita Celso Amaral, da Amaral D'Ávila Engenharia de Avaliações, para quem "é natural que ocorra o adensamento na faixa de 300 a 400 metros das estações", afirma

Na linha 4-amarela, a última a ter sido entregue do zero, a valorização imobiliária foi de 25%, segundo estudo realizado pela empresa, descontada a inflação.

A explicação de Celso Amaral é que "as estações atraem movimento e impulsionam comércio e serviços em seu entorno". Ele diz ter um cliente, cuja identidade não revela, que espera o anúncio das estações para comprar terrenos e, depois, revendê-los por um preço mais alto.

Com 15 estações e 15,3 km de extensão, a linha 6-laranja ligará o centro à zona norte da capital paulista. A obra custará R$ 9,6 bilhões. Atualmente, a linha está em fase de desapropriação e avaliação do solo para instalação de canteiros, segundo o consórcio Move São Paulo, responsável pela obra, feita em regime de PPP (Parceria Público-Privado).

Para ler a matéria na íntegra, visite o site do jornal Folha de SP

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Metrô e CPTM vão entregar apenas 2 das 9 estações prometidas para 2015

26/12/2014 -  O Estado de SP



 SÃO PAULO - O governo do Estado de São Paulo entregará, em 2015, menos estações de metrô e de trem do que neste ano e também em um número menor do que havia anunciado. Pelo cronograma da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), no próximo ano serão inauguradas duas novas estações do Metrô - Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie - e nenhuma da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Questionado, Alckmin afirmou que obras de mobilidade, "caríssimas e complexas”, não ficam prontas "em 24 horas”.

Para 2015, além das duas estações de metrô, a rede da CPTM ganhará duas estações reconstruídas (Suzano e Ferraz de Vasconcelos) e uma reformada (Poá), na Linha 11-Coral. Elas já existiam antes da requalificação. O metrô também não terá sua malha expandida, porque as paradas a serem entregues ficam no meio da Linha 4.

Neste ano, o governo inaugurou sete estações no sistema metroferroviário: Vila Aurora, na Linha 7-Rubi; Adolfo Pinheiro, na Linha 5-Lilás; Amador Bueno e Santa Rita, na Linha 8-Diamante; Fradique Coutinho, na Linha 4-Amarela; e Vila Prudente e Oratório, na Linha 15-Prata, que é um monotrilho. O secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, que deixará o cargo no fim deste mês, havia anunciado, porém, 12 paradas.

A Linha 17-Ouro, monotrilho do Metrô entre Congonhas e Morumbi, e a Linha 13-Jade da CPTM, entre Engenheiro Goulart e o Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, estavam previstas para 2015, mas não serão concluídas. Juntos, os ramais teriam nove novas estações. Tanto o trem até o aeroporto como o monotrilho da zona sul devem ser inaugurados um ano depois do previsto pelo governo estadual. Segundo o metrô, 31,2 km de vias e 26 estações estarão em construção em 2015.

A consultora de marketing Margarete de Moraes, de 45 anos, que vive no Jabaquara, na zona sul, se queixa dos prazos. "Há uns sete anos ouço falar da Linha 17 e, até agora, nada, nem sombra de obra para esses lados. Só prometem e prometem prazos, mas não cumprem.” A segunda fase da Linha 5-Lilás, na mesma região da cidade, também ficou para 2016.

Mais atraso. A Linha 15-Prata, monotrilho suspenso sobre o eixo de avenidas como a Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello e Ragueb Chohfi, na zona leste, inicialmente teria mais estações abertas em 2014 - o projeto original era que a linha estivesse operando neste ano até a região de São Mateus. Até agora, duas estações foram entregues e funcionam parcialmente. Para 2015, nenhuma nova estação deve ser inaugurada.

O contador João Sousa, de 39 anos, pede mais rapidez nas obras do Metrô na zona leste, onde mora. "É preciso mais opções na região, porque a Linha 3-Vermelha está muito cheia.”

No pacote de obras do Metrô e da CPTM há projetos que tiveram a construção iniciada há vários anos. Caso do trecho mais a oeste da Linha 4-Amarela, que compreende as futuras Estações São Paulo-Morumbi e Vila Sônia, na zona oeste. O ramal começou a ser implementado há uma década e o trecho foi prometido para 2014. Agora, a inauguração também está anunciada para algum momento de 2016 - mais provavelmente os últimos meses do ano.

Sinergia. Para o engenheiro Emiliano Affonso, presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô de São Paulo (Aeamesp), vários fatores podem adiar a entrega de obras. "O governo está tentando tirar o atraso, mas é preciso sinergia de todos, até da sociedade. Para colocar um carro rodando na cidade não tenho de respeitar nenhuma medida mitigatória. Já o Metrô tem de cumprir uma série de exigências para obras”, diz, referindo-se às demandas de órgãos como a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente.

Affonso defende que o planejamento das linhas comece mais cedo e leve em consideração a ocupação do solo. "A racionalidade de se fazer, por exemplo, uma estação virar polo de desenvolvimento em uma região afastada poderia ser pensado com antecedência.”

'Agora está tudo em obra', diz Alckmin, sobre entrega de estações do metrô

Governador afirma que entrega será feita a partir de meados de 2015 a 2018 - 'e até mais para a frente'

O governo de São Paulo deve entregar em 2015 apenas 2 das 9 estações de Metrô e da CPTM previstas. A seguir, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) fala sobre o atraso:

Como o senhor enxerga essa demora para a entrega de estações tanto do Metrô como da CPTM?

Nós vamos entregar as Estações Oscar Freire e Higienópolis (-Mackenzie). Vamos entregar muitas estações...

Mas é menos do que o previsto originalmente para o ano que vem. Qual é a razão para isso?

Olha, obras de metrô, obras enterradas, caríssimas e complexas, você não faz em 24 horas. O importante é o canteiro. Temos um canteiro de 103 quilômetros. Para colher, precisa plantar. Então, foram feitos estudos, licenciamento ambiental, projeto funcional, projeto executivo, licitação, financiamentos internacionais, desapropriações. Agora está tudo em obra. Então, vai ter obra que vamos entregar no começo do ano, no meio do ano, no fim do ano, 2016, 2017, 2018 e até mais para a frente.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Linha 18 terá R$ 520 mi em 2015

23/12/2014 - Diário do Grande ABC

Os R$ 520,3 milhões servirão para impulsionar as obras da Linha 18-Bronze no ano em que será colocada em prática a etapa física da intervenção.

Por Raphael Rocha | Diário do Grande ABC

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), reservou R$ 520,3 milhões do Orçamento de 2015 para execução de obras da Linha 18-Bronze (Tamanduateí-Djalma Dutra), a primeira a sair da Capital e que justamente chegará ao Grande ABC.

O recurso está presente na peça orçamentária aprovada na semana passada pelos deputados estaduais na Assembleia Legislativa – o montante total do Orçamento do Estado é R$ 204 bilhões para o próximo ano.

Os R$ 520,3 milhões servirão para impulsionar as obras da Linha 18-Bronze no ano em que será colocada em prática a etapa física da intervenção. Por enquanto, somente base técnica e algumas desapropriações foram acertadas entre o governo do Estado e o Consórcio ABC Integrado, vencedor da licitação e composto pelo grupo Primav (do qual fazem parte a empreiteira CR Almeida e a EcoRodovias) e pelas construtoras Cowan, Encalso e Benito Roggio.

No total, a primeira linha a sair da Capital custará R$ R$ 4,26 bilhões. A quantia é fatiada entre governo do Estado e União (R$ 1,92 bilhão) e setor privado (outro R$ 1,92 bilhão), já que o modelo escolhido de edital foi PPP (Parceria Público-Privada). Alckmin prevê R$ 407 milhões em desapropriações. A previsão de entrega é fim de 2017.

No modal de monotrilho, a Linha 18-Bronze terá 15,7 quilômetros de extensão, passando por São Paulo, São Caetano, Santo André e São Bernardo – segunda fase do plano, em estudo no governo do Estado, levaria o Metrô ao Grande Alvarenga, em São Bernardo. A fase inicial tem 13 estações, 33 trens, com previsão de atendimento de 377 mil passageiros por dia.

De acordo com a Secretaria do Estado de Planejamento, investimentos em Metrô somarão R$ 3,95 bilhões para o próximo ano, confirmando promessa de campanha de Alckmin de destinar aporte maciço ao transporte sobre trilhos na Região Metropolitana.

A Linha 6-Laranja (Brasilândia-São Joaquim) tem reservada no Orçamento R$ 488 milhões para 2015. Projeto para construção da Linha 20-Rosa (Lapa-Moema) terá aporte de R$ 2 milhões.

Ainda segundo dados da Pasta de Planejamento, a Linha 5-Lilás (Adolfo Pinheiro-Chácara Klabin) receberá R$ 1,7 bilhão, o maior volume projetado. Expansão e manutenção da Linha 2-Verde (Vila Madalena-Vila Prudente) terá R$ 698 milhões. A Linha 17-Ouro (Jabaquara-São Paulo Morumbi) abocanhará R$ 582 milhões. A Linha 4-Amarela (Luz-Butantã) conquistará R$ 280 milhões.

CPTM

Obras de modernizaçãoda Linha 10-Turquesa (Brás-Rio Grande da Serra) também estão inclusas no Orçamento de 2015. Estado prevê aportar R$ 14,9 milhões em intervenções, que englobarão obras civis, implantação de sistemas, reaparelhamento técnico e operacional, modernização das estações e inserção urbana.

Fonte: Diário do Grande ABC

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Em SP, linha de ônibus alternativa ao Metrô tem aumento de 239% na demanda

18/12/2014 - Via Trólebus

Nova linha transporta em média 44,7 mil passageiros por dia, quantidade muito maior do que os 13,2 mil registrados no ano passado

Renato Lobo

Superlotação do metrô contribuiu para aumento na d
Superlotação do metrô contribuiu para aumento na demanda
créditos: Via Trólebus
 
Desde que foi criada, a Linha 4310-10 E.T. Itaquera – Terminal Pq Dom Pedro II tem atraído usuários da Linha 3-Vermelha do Metrô, e o número de passageiros que optam pela ligação sobre pneus não para de crescer.
 
Segundo reportagem do Metro Jornal a linha tem uma média de 44,7 mil passageiros transportados por dia. A quantidade é mais do que o triplo (239%), do que os 13,2 mil registrados em setembro do ano passado.
 
Nos horários de pico, a linha opera com ônibus saindo a cada três minutos. Nas extremidades o pagamento da tarifa é feito no pré-embarque, o que agiliza a saída dos ônibus. O trajeto leva, em média, 40 minutos, bem competitivo com a linha 3-vermelha do Metrô.
 
A reportagem ouviu a superintendente de serviços da SPTrans, Rosilda Domingues, que aponta que além da superlotação do metrô, a reestruturação de linhas também colaborou com o aumento na demanda. "Fizemos uma mudança no conceito dessa linha. Dessa forma, conseguimos atender a demanda de passageiros do metrô" diz Rosilda. O eixo Itaquera-Centro é dotado de faixa exclusiva de ônibus, que colaborou para o aumento na velocidade dos coletivos.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Representantes da Concessionária do Monotrilho falam na reunião da CTC

17/12/2014 - Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo 



Presidente e diretor explicaram o projeto e como ocorrerão as desapropriações

Da Redação: Keiko Bailone | Foto: José Antonio Teixeira

A Comissão de Transportes e Comunicações (CTC), presidida pelo deputado João Caramez (PSDB), ouviu nesta terça-feira, 16/12, as explicações do presidente e diretor da Concessionária do Monotrilho da Linha 18, respectivamente Nicomedes Mafra Neto e Pedro Bernardes sobre como se dará a desapropriação de 220 moradores da região do ABC atingida pela Linha 18.

Essa concessionária, que adotou recentemente o nome de Vem ABC, foi a vencedora da licitação ocorrida em julho de 2014 para a construção de 15 quilômetros de monotrilho, que ligará as cidades de Santo André, São Bernardo e São Caetano à capital paulista.

O contrato prevê o início da concessão em 22 de fevereiro de 2015 e as obras a partir do segundo semestre desse ano, com prazo de conclusão em 2019. O engenheiro Pedro Bernardes, diretor da concessionária, disse tratar-se de uma Parceria Pública Privada (PPP) de valor vultoso, referindo-se ao investimento de cerca de R$ 5 bilhões previstos para a concessão, durante 25 anos.

Desapropriação incômoda

A reunião da Comissão de Transportes e Comunicações contou com a presença dos deputados Alencar Santana, Antonio Mentor e Gerson Bittencourt (todos do PT); Chico Sardelli e Marcos Neves (ambos do PV); Itamar Borges (PMDB); e Analice Fernandes e Orlando Morando (ambos do PSDB).

Morando foi o único parlamentar a questionar os convidados sobre a desapropriação que, segundo ele, "começou mal". O deputado criticou carta enviada aos 220 moradores que passarão pela desapropriação, comentando que, ao vê-la, pensou tratar-se de um "golpe", pois não havia timbre ou logo da empresa e nem dos órgãos oficiais que participam desse empreendimento, como o BNDES e governo do Estado.

Segundo Morando, a preocupação de moradores era a de que a desapropriação poderia se transformar num precatório. Destacou que não era contra o projeto do monotrilho e sugeriu que os critérios da desapropriação fossem divulgados num jornal de grande circulação. Cobrou, também, a instalação de um escritório da empresa para atender as demandas dos moradores que serão atingidos pelo traçado do monotrilho.

Bernardes explicou que o monotrilho se encaixa nas necessidades de transporte desses municípios, fazendo a ligação com a malha do Metrô e CPTM (Linha 2 - verde do Metrô e Linha 10 - turquesa da CPTM), com um nível de desapropriação menor do que outro tipo de modal.

Citando a legislação estadual e federal vigente sobre esse tema, observou que a indenização é calculada, levando-se em conta o valor de mercado do terreno, da construção e das benfeitorias feitas. Esclareceu que o tempo em que a pessoa habita o imóvel tem um peso relevante e que os valores, depositados judicialmente, podem ser contestados pelos expropriados. Bernardes disse entender que a desapropriação pode causar transtornos individuais, mas a prevalência é do interesse coletivo.

Antes da oitiva dos dois convidados, os membros da comissão aprovaram , em votação conclusiva, 11 projetos de lei que constavam na pauta dos trabalhos. A íntegra das proposituras constantes da pauta da reunião e sua tramitação podem ser consultadas no Portal da Assembleia - al.sp.gov.br " no link Projetos. A pauta completa da reunião está no link Comissões.

Fonte: Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo 

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Cemitério tenta barrar obra do Metrô

11/12/2014 - O Estado de SP

A administração do Cemitério do Morumby, na zona sul da capital, tenta na Justiça alterar o traçado do monotrilho da Linha 17-Ouro do Metrô. O projeto da via elevada de trens prevê a desapropriação de uma área onde, segundo os gestores do local, há 15 jazigos ocupados. Para barrar as obras e evitar futuros inconvenientes aos visitantes, o cemitério entrou com uma ação contra o Metrô. A obra terá 18 estações e atenderá 400 mil passageiros.

A empresa estatal alega que a área a ser desapropriada é parte "não edificável” do terreno. O objetivo do Metrô, que em novembro iniciou o processo desapropriatório, é obter 7,2 mil metros quadrados do local, inaugurado em 1971. De acordo com o projeto, uma faixa de 30 metros de largura do cemitério é "área necessária” para as obras.

Haverá intervenções em três quadras de jazigos. Pelo projeto do Metrô, uma parte da Quadra 1 de sepulcros passará por desapropriação. "Vários jazigos seriam afetados, já com sepultamentos. As famílias também teriam o direito de recorrer, porque essa transferência (de restos mortais) depende de autorização das famílias”, diz o advogado Rui Celso Reali Fragoso, que representa a Comunidade Religiosa João XXIII, que gerencia o cemitério, onde estão enterradas personalidades como Elis Regina e Ayrton Senna.
"Tem gente sepultada lá desde 1975. Dá uns 15 jazigos, mais ou menos”, diz o gerente administrativo do cemitério, Francisco Cláudio Raváglia de Mattos.

Lotes vazios. Por sua vez, as Quadras 1A e 22 ainda não têm túmulos ocupados. No caso da última, a comercialização dos espaços estava prevista para ter início no ano que vem. A Quadra 22 tem cerca de 4,5 mil lotes para jazigos e a 1A, um total de 1.166. Na sobreposição dos mapas do projeto do Metrô e do plano de sepulturas do cemitério, a reportagem constatou que algumas valas não usadas poderiam ser suprimidas.

Na Quadra 22, um túmulo sai por R$ 18,9 mil. Já na 1A, o jazigo está cotado em R$ 27 mil. Segundo Fragoso, o Metrô sugere, em juízo, o pagamento de R$ 1,7 milhão pela desapropriação.
A administração do cemitério pretende que a desapropriação seja extinta, porque enxerga "ilegalidade” na intenção do Estado. "Se o Metrô tivesse interesse, poderia fazer o projeto subterrâneo, ou paralelo ao cemitério. O aumento do custo não é justificativa para desobedecer a princípios elementares, como o respeito aos mortos”, diz Mattos.

Paraisópolis. Moradores do entorno protestam contra novas mudanças, temendo que elas atrasem ainda mais uma obra que vem sendo discutida desde 2008 - a inauguração do primeiro trecho era prevista para este ano e foi adiada para 2016. "É necessário o monotrilho passar aqui. Para irmos ao centro da cidade, hoje levamos duas horas só de ida”, diz Gilson Rodrigues, presidente da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis.

"A mudança do traçado inviabiliza o projeto, que já foi altamente debatido em audiências. Esse projeto é a consolidação de muitas opiniões, até mesmo contrárias. Nossa região não pode ficar sem ele”, afirma o líder comunitário. Rodrigues teme que, se a Justiça acatar o pedido do cemitério, a obra, orçada em R$ 3,2 bilhões, atrase ainda mais. "Estava prevista para a Copa”, lembra Rodrigues.

Inviabilidade. Em uma resposta enviada no mês passado por e-mail à administração do cemitério e anexada ao processo, o gerente de Concepções de Projetos Básicos Civis do Metrô, Caio Luiz de Arruda Botelho, escreveu que a companhia analisou a opção de traçado sugerida pelo cemitério e "concluiu que não há viabilidade técnica para atendimento da proposta”.

O Metrô informou, por meio de nota, que "não está prevista a desapropriação de nenhum jazigo” do Cemitério do Morumby. A empresa não informou quando as obras devem começar e terminar no local.
A construção do primeiro trecho da linha foi iniciada em 2012. O ramal vai ligar a região do Aeroporto de Congonhas e a Estação Morumbi, na Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O segundo trecho (até a Estação São Paulo-Morumbi, da Linha 4-Amarela) e o terceiro (até a Estação Jabaquara, na Linha 1-Azul) ainda não saíram do papel. O Cemitério do Morumby está inserido no segundo trecho da obra, que terá 6,5 km e cinco estações. A linha inteira terá 17,7 km.
Em junho, a queda de uma viga da obra na Avenida Washington Luís matou um operário.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Consórcio acelera projeto metroviário da Linha 18 em SP

07/12/2014 - O Estado de S. Paulo

O Consórcio ABC Integrado, que conquistou a concessão da Linha 18 (Bronze) da Rede Metroviária de São Paulo, ainda aguarda o início da vigência do contrato para começar as obras do monotrilho. Mas enquanto a declaração de início do prazo de vigência do contrato não ocorre, o grupo, liderado pela Primav, do grupo CR Almeida, e com participação da Cowan, Encalso e a argentina Benito Roggio, já encaminha processos em várias frentes, visando a acelerar a construção. Com isso, a estimativa é que as obras possam ser iniciadas ainda no primeiro semestre do ano que vem.

O diretor Financeiro da CR Almeida, João Alberto Bernacchio, informou que a companhia já iniciou os trabalhos de elaboração de projeto executivo, além de ter contratado um assessor para as desapropriações necessárias e já estar em negociações para o financiamento. "A rigor, o projeto executivo deveria ser elaborado apenas após a eficácia do contrato, mas a antecipação desse trabalho pode permitir o início das obras dois a três meses após a eficácia, enquanto o contrato prevê um ano", disse.

Conforme Bernacchio, esse é um dos primeiros contratos de concessão em que há uma cláusula de eficácia, que prevê o início da vigência do prazo apenas após uma "etapa preliminar", durante a qual poder concedente e consórcio precisam cumprir determinadas atividades formais. Essa fase tem duração prevista de seis meses, prorrogáveis por mais seis. Como o contrato foi assinado em agosto, a estimativa é de que a vigência será declarada em fevereiro. "Nos antecipamos porque acreditamos que estará tudo certo", disse.

Desde o início, o consórcio afirma que pretende antecipar a conclusão das obras que, segundo o contrato, tem prazo máximo de quatro anos. A antecipação permitiria adiantar o início das operações, e consequentemente as receitas, garantindo maior rentabilidade para a concessionária. O consórcio foi o único a apresentar proposta pelo projeto, uma concessão patrocinada (PPP), exigindo um valor de contraprestação de R$ 315,9 milhões, com um deságio de 0,27% em relação ao valor máximo permitido.

Financiamento

Entre as atividades que o consórcio precisa realizar até fevereiro para obter a eficácia está a apresentação de um plano preliminar de desapropriação e um plano de financiamento detalhado da concessão, indicando as fontes de todos os recursos, próprios e de terceiros, que suportarão os investimentos em obras civis, sistemas e material rodante, assim como demais despesas da fase de implantação da linha.

Em contrapartida, o governo paulista precisa, entre outras atividades, apresentar a estruturação financeira definida do fluxo de aportes, abrangendo os recursos provenientes do Orçamento Geral da União e a aprovação do contrato de financiamento do BNDES.

A Linha 18 tem custo estimado de R$ 4,2 bilhões, dos quais R$ 3,8 bilhões no projeto e outros R$ 406 milhões em desapropriações. Do total, R$ 2,335 bilhões serão custeados pelo Estado de São Paulo e o governo federal contribuirá com cerca de R$ 400 milhões provenientes do PAC 2, para as desapropriações.

O BNDES deverá atuar como financiador, seja do aporte público seja do investidor privado, em um valor global que não deve superar os 70% do custo do projeto. Segundo o diretor da CR Almeida, a Linha 18 está em fase final de enquadramento no banco, o que deve ser concluído ainda este ano. Bernacchio comentou que, além do empréstimo do BNDES, a intenção do consórcio é obter um empréstimo dedicado para o sistema rodante, possivelmente no mercado externo, uma vez que parte dos equipamentos deverá ser importada.

Além disso, o grupo pretende ir a mercado, com uma emissão de debêntures que pode ser feita já em 2015. Ele indicou que a captação poderia somar R$ 400 milhões. "Mas ainda estamos em conversas preliminares, não tem nada definido", salientou. O BTG Pactual atua como assessor financeiro do consórcio.

A Linha 18 terá 14,9 quilômetros de vias e 13 estações, e deve interligar os municípios de São Caetano do Sul, Santo André e São Bernardo do Campo ao sistema metroferroviário paulistano por meio de integração na Estação Tamanduateí (Linha 2 - Verde do Metrô e Linha 10 - Turquesa da CPTM).

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Alckmin nega erro em projeto do monotrilho

07/12/2014 - Folha de SP

Segundo o secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, o governo estadual já sabia do córrego mas houve uma tentativa de construir as colunas das estações mesmo com o córrego.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), negou nesta quinta-feira (4) que uma falha no projeto do monotrilho da zona leste de São Paulo tenha paralisado as obras.

Segundo o governador, o Estado já sabia que existia um córrego que passa embaixo da avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello. Alckmin afirmou que a obra não está parada e que a informação divulgada está errada. "Não há nenhum erro [no projeto]. Já se sabia da existência do rio", disse.

A Folha publicou reportagem nesta quinta que engenheiros "descobriram" galerias de águas de um córrego embaixo da avenida.

O governo, agora, fez um novo projeto e decidiu mudar o córrego de lugar. Na prática, nos locais inicialmente desapropriados e depois descampados, não há como perfurar o solo para fincar a estrutura da estação, já que as galerias estão abaixo.

"A obra está em andamento. Temos oito estações todas em obras. Devemos ter lá quase 2.000 funcionários. Nesse trecho do córrego, no qual se está aprovando o projeto do novo canal com a prefeitura, da retificação da sua localização e a questão do impacto que terá na avenida Anhaia Mello, vamos fazer isso com o menor impacto possível", completou o governador.

Segundo o secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, o governo estadual já sabia do córrego mas houve uma tentativa de construir as colunas das estações mesmo com o córrego. Como verificou-se que não era possível fazer isso, o governo decidiu desviar o curso das águas.

"Já sabíamos do córrego. Isso de fato era sabido [na fase do projeto básico]", disse. Fernandes explicou que no projeto básico da obra os engenheiros detectaram que havia o córrego mas não sabiam qual era sua dimensão, o que só foi descoberto na fase do projeto executivo, que é mais detalhado.

"O projeto básico só tinha detectado que era um córrego mas não a dimensão disso daí, e aí tomamos a seguinte atitude: não vamos mexer com as estações. Vamos mudar o córrego. Então, não há nenhuma alteração de projeto das estações e não há custos aditivos nas estações. O que vai acontecer é que estamos desviando o córrego e voltamos a fazer o corpo da estação onde já estava previsto. Mas você não pode fazer o corpo da estação hoje com o córrego embaixo porque a coluna da estação afetaria o córrego", afirmou.

A Folha apurou que a obra foi interrompida, e o Metrô, empresa do governo estadual responsável por essa linha, terá de readequar o projeto para ao menos três das oito novas estações. A última previsão da gestão tucana era entregar as estações em 2015 –agora devem ficar para 2016.

Hoje a linha funciona em fase de testes apenas no trecho de menos de 3 km entre as estações Vila Prudente e Oratório. Sob a condição de anonimato, engenheiros da obras disseram que as futuras estações de São Lucas, Camilo Haddad e Vila Tolstói foram diretamente afetadas.

Apenas em São Mateus há colunas para a futura estação, mas a obra está parada. Nas demais, nada foi construído, e os terrenos seguem vazios. Nas áreas visitadas, funcionários trabalhavam nos trilhos ou nos canteiros próximos a colunas.

Fernandes, no entanto, afirmou que as obras das três estações estão paradas devido ao desvio. "O que ficou subentendido é que a obra do corpo da estação está parado, não está sendo feita. Mas temos oito estações sendo feitas em uma linha de 28 km. As três estações não estão sendo feitas nesse momento porque estamos desviando o córrego. Mas se você considerar que o desvio do córrego faz parte de toda a obra, ela não está parada", disse.

O secretário estadual não soube explicar o montante que deverá ser despendido a mais pelo governo para readequar o projeto. "O custo vai [mudar]. Estamos vendo isso e estamos calculando. Provavelmente a gente vai conseguir fazer isso dentro do aditivo da construção das estações. Não sei, sinceramente [quanto a mais custaria]. Custo a mais é pequeno. Vai caber dentro do aditivo", afirmou.

Alckmin e Fernandes estiveram em Brasília na manhã desta quinta para participar da assinatura de dois termos de financiamento entre o governo federal e o estadual para obras de saneamente básico e mobilidade urbana em um evento no Palácio do Planalto. O governo federal destinará para o Estado R$ 3,24 bilhões.

Fonte: Folha de S. Paulo/Revista Ferroviária

Dilma libera R$ 3,2 bi para saneamento e metrô em SP

05/12/2014 - Valor Econômico

O governo federal assinou, ontem, parcerias com o governo de São Paulo para investimentos em saneamento e mobilidade urbana estimados em R$ 3,24 bilhões. Em meio à crise de abastecimento de água no Estado, um dos contratos assinados pela presidente Dilma Rousseff e pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), no Palácio do Planalto, prevê a ampliação do sistema de abastecimento de água São Lourenço para mais sete cidades da Grande São Paulo.

O governo federal participa, por meio da Caixa Econômica Federal, em uma parceria público-privada. A obra vai custar R$ 2,6 bilhões e deve ser entregue em meados de 2017. A Caixa entra com R$ 1,8 bilhão.

O sistema São Lourenço formará a oitava fonte de abastecimento de água, reforçando principalmente o Cantareira e o Guarapiranga, beneficiando diretamente sete municípios. O projeto contempla um conjunto de estações para captação e adução de água tratada, beneficiando 1,5 milhões de pessoas na zona oeste da Região Metropolitana de São Paulo.

O outro acordo é dirigido à expansão da linha 9 do metrô paulista, entre as estações Grajaú e Varginha, obra estimada em R$ 630 milhões, sendo que R$ 500 milhões são recursos federais.

Em reunião no início de novembro também no Palácio do Planalto, Dilma cobrou de Alckmin o detalhamento de propostas apresentadas pelo governador para solucionar a crise hídrica no Estado, orçadas em R$ 3,5 bilhões. O ministro das Cidades, Gilberto Occhi, presente ao ato, afirmou que os projetos apresentados pelo governador ainda estão sob análise.

Na ocasião, Alckmin apontou a necessidade de interligação dos reservatórios Atibainha e Jaguari; construção das barragens de Pedreira e Duas Pontes, sistema adutor regional para o PCJ, interligação do rio Pequeno com a represa Billings no reservatório de Rio Grande, construção da estação de produção de água de reuso para reforço do sistema Guarapiranga e outra para o sistema Baixo Cotia, a adutora emergencial Jaguari-Atibaia para reforço de captação de Campinas e a construção de 24 poços no do Aquífero Guarani.

No evento, Dilma falou do momento pós-eleição. "Essa cerimônia de hoje marca um momento importante. É fato que durante a campanha é natural divergir, criticar, disputar. Entretanto, depois de eleito, nós temos de respeitar as escolhas legítimas da população brasileira. Isso é algo extremamente necessário, essas relações republicanas e parceiras", disse.

Ela não deixou de fazer críticas ao governo do PSDB em São Paulo. "De fato, não é possível o Brasil ter uma situação ameaçando a capital do maior Estado do país e a maior cidade da América Latina". Alckmin também reforçou a necessidade de boa relação entre os entes federados, a despeito de partidos.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Falha em projeto paralisa construção de linha do monotrilho de Alckmin

04/12/2014 - Folha de S. Paulo

Uma falha no projeto do monotrilho da zona leste de São Paulo vai atrasar e encarecer a obra do governo Geraldo Alckmin (PSDB), orçada em R$ 6,4 bilhões.

Engenheiros "descobriram" galerias de águas de um córrego embaixo da av. Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello. O governo, agora, fez um novo projeto e decidiu mudar o córrego de lugar.

Na prática, nos locais inicialmente desapropriados e depois descampados, não há como perfurar o solo para fincar a estrutura da estação, já que as galerias estão abaixo.

A obra foi interrompida, e o Metrô, empresa do governo estadual responsável por essa linha, terá de readequar o projeto para ao menos três das oito novas estações.

A última previsão da gestão tucana era entregar as estações em 2015 -agora devem ficar para 2016. Hoje a linha funciona em fase de testes apenas no trecho de menos de 3 km entre as estações Vila Prudente e Oratório.

A Folha visitou as áreas das futuras estações, entre Oratório e São Mateus.

Sob a condição de anonimato, engenheiros da obras disseram que as futuras estações de São Lucas, Camilo Haddad e Vila Tolstói foram diretamente afetadas.

Apenas em São Mateus há colunas para a futura estação, mas a obra está parada. Nas demais, nada foi construído, e os terrenos seguem vazios. Nas áreas visitadas, funcionários trabalhavam nos trilhos ou nos canteiros próximos a colunas.

ADITIVOS

No ano passado, o então responsável pelo departamento de obra civil da linha 15, José Arapoty Prochino, afirmou à revista "Infraestrutura Urbana" que, devido à existência do córrego, seria preciso alterar a forma de instalar as fundações da linha. As obras da linha foram fatiadas em diversas licitações.

Um consórcio liderado pela empresa Somague foi contratado por R$ 144 milhões para erguer quatro estações -as três afetadas pelas galerias e uma quarta, Vila União.

Em outubro deste ano, o Metrô assinou o quinto aditivo nesse contrato, prorrogando o prazo de execução dos serviços para abril de 2015.

Uma concorrência de R$ 512 mil foi aberta no mês passado para a elaboração do projeto paisagístico e de engenharia do canteiro central, no trecho até São Mateus.

Prevista para ser concluída até o fim de 2015, a licitação visa contratar uma empresa para, entre outros serviços, projetar o tipo de "fundação adequado diante do comportamento do subsolo local".


Receitas não-tarifárias completam orçamento do Metrô de SP

04/12/2014 - Revista Ferroviária

As receitas provenientes de fontes não ligadas à tarifa do serviço de transporte, como publicidade, aluguel de terrenos e cessão de espaços ao varejo, entre outras, são essenciais para que o Metrô de São Paulo equilibre suas contas. Este foi um dos resultados apresentados por George Millard, gerente de negócios do Metrô paulista, no Fórum Movecidades, ontem (03/12), em São Paulo.

Segundo Millard, o Metrô de São Paulo consegue hoje captar até US$ 0,07 por passageiro em receitas não-tarifárias. O índice ainda é baixo comparado com o metrô de Hong Kong, por exemplo, o mais eficaz do mundo em receitas desse tipo, que atingem quase US$ 0,40 por passageiro. Mas, ao menos, o volume arrecadado pelo metrô paulista garante que, somado às receitas com a tarifa, as contas fechem de forma equilibrada. "Conseguimos empatar com os custos", afirmou Millard.

O Metrô de São Paulo trabalha essencialmente com quatro fontes de receitas não-tarifárias: publicidade, desenvolvimento imobiliário, varejo, e um quarto conceito denominado "inovação". Somadas essas frentes, a arrecadação não-tarifária atinge cerca de 10% do equivalente à receita com tarifas, o que representa um reforço de caixa que diminui a dependência de repasses do governo estadual.

Dessas quatro frentes de arrecadação, segundo Millard, cerca de 49% é proveniente do que a companhia denomina "desenvolvimento imobiliário". São as receitas que vêm de contratos de uso de seus terrenos, explorados por shopping centers, estacionamentos, terminais de ônibus, entre outros. O Metrô de São Paulo conta hoje com cinco shoppings junto a algumas de suas estações, e dois outros estão em construção.

O segmento do varejo, que responde por 23% das receitas não-tarifárias, é o que gera ganhos com a cessão de espaços em suas estações para lojas, quiosques, estandes e máquinas dispensadoras de produtos. Millard explicou que apenas 40% da capacidade de seu espaço é cedida a locatários varejistas. É necessário estabelecer limites para não comprometer a circulação do público.

Outros 22% são provenientes de publicidade, tanto dentro dos trens quanto nas paredes das estações. O restante vem do que a companhia chama de "inovação", que corresponde à exploração de novos serviços de modo criativo, como aplicativos de geolocalização que integram o metrô a empresas nos arredores das estações, oferencendo ao público passante serviços em tempo real, entre outras possibilidades.

George Millard concluiu sua apresentação explicando que convém planejar essas maneiras de se gerar receitas não-tarifárias antes mesmo das estações serem construídas. Atualmente, o Metrô constrói os espaços e depois procura descobrir como rentabilizar essas áreas disponíveis. O ideal é planejar isso previamente, o que aumentaria ainda mais o potencial de arrecadação com esses tipos de serviços.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Estação Higienópolis-Mackenzie terá túnel de ligação direta com universidade

01/12/2014 - Folha de São Paulo/Mobilidade Sampa


A futura estação Higienópolis-Mackenzie da linha 4-amarela do metrô de São Paulo terá um túnel com ligação direta para o campus da Universidade Mackenzie.

O acesso subterrâneo terá cerca de 30 metros e será construído pela universidade. Ele vai ligar a estação a um novo complexo com área pública e duas torres -a maior com 20 andares-, que serão erguidas depois que a estação estiver funcionando.

A previsão do Metrô é que a nova parada, a oitava da linha amarela, fique pronta no primeiro semestre de 2015.

Segundo João Batista Torres, gerente de projetos e obras da universidade, o novo complexo, chamado de "Mackenzie Século 21″, ficará ao lado da futura estação, na rua da Consolação com a Piauí.

O térreo e o subsolo -onde haverá a ligação com a estação- serão abertos à população. "Qualquer um poderá usar. Será uma grande esplanada aberta", afirma.

Valter Caldana, diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e um dos autores do projeto, diz que no espaço haverá teatro, auditório, livraria, café e galeria de arte.

"O Mackenzie nasceu na esquina oposta; no lado da Consolação havia muro. O projeto tem o lado simbólico da universidade se abrindo para a cidade", diz.

Nessa área pública, os alunos da universidade poderão entrar no campus após passar por catracas de controle.

"A ideia é facilitar. O Mackenzie tem uma demanda muito grande e a calçada é pequena. O Metrô achou a solução bem-vinda", diz Torres.

No campus circulam cerca de 40 mil pessoas diariamente, segundo a universidade.

A previsão é que as obras levem cerca de três anos. Ainda não está definido quando o túnel será construído. O Metrô diz que o projeto terá que ser aprovado por técnicos da empresa, mas deu sinal verde à ideia.

Quando projetou o complexo, em 2012, o Mackenzie estimava que os 35 mil m² de construção custariam R$ 135 milhões, seriam iniciados em 2013 e concluídos em 2015.

Nos novos prédios vão funcionar salas de aula e pesquisa, laboratórios e uma nova biblioteca, no último andar.

Conexão

De acordo com o secretário estadual Jurandir Fernandes (transportes), a estação Higienópolis vai ajudar a desafogar a conexão entre as estações Paulista (linha 4-amarela) e Consolação (2-verde).

O movimento é de cerca de 300 mil pessoas/dia, segundo a concessionária ViaQuatro. "Vai ser uma maravilha para ter um alívio naquela integração", diz o secretário.

A estação Oscar Freire deverá ser inaugurada três meses depois da Higienópolis, segundo Fernandes.

Em 2016 serão abertas as estações São Paulo-Morumbi e Vila Sônia, que deixarão a linha amarela com 12,8 km.

Fonte: Folha de São Paulo/Mobilidade Sampa