sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Indústria de fabricação investe em setor metroferroviário de passageiros

31/10/2014 - Monitor Mercantil

O valor está dividido entre 343 projetos do Plano de Transporte e Logística de 2014, que inclui a implantação de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) em cidades como Santos (SP), Cuiabá (MT), Rio de Janeiro (RJ), Goiânia (GO), entre outras.

O sistema metroferroviário tem liderado os projetos de melhoria da mobilidade urbana, que é, atualmente, considerada um dos maiores gargalos das grandes cidades. A Confederação Nacional do Transporte (CNT) estima que o país tenha que investir mais de R$ 240 bilhões para superar o déficit de mobilidade. O valor está dividido entre 343 projetos do Plano de Transporte e Logística de 2014, que inclui a implantação de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) em cidades como Santos (SP), Cuiabá (MT), Rio de Janeiro (RJ), Goiânia (GO), entre outras.

Tais aportes direcionados à problemática também fora do eixo Rio - São Paulo e a necessidade de atender a demanda reprimida de transporte público e evitar o colapso das grandes cidades com o aumento contínuo da frota de automóveis, são apontados pelo vice-presidente do setor ferroviário do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre), Luiz Fernando Ferrari, como fatores de desenvolvimento e encorajamento para a cadeia produtiva de peças e equipamentos do setor nos próximos anos.

Para o especialista, o momento favorece a indústria de fornecimento porque a envolve em programas como o PAC Mobilidade e projetos financiados pelo BNDES, que exigem um conteúdo local acima de 60% e fazem com que a indústria nacional participe mais dos investimentos.

- Todos estes projetos, somados aos que ainda serão desenvolvidos, são de fundamental importância. Nós do Simefre, junto com a Abifer, temos nos empenhado no sentido de mostrar às autoridades a significância destes projetos - afirma o vice-presidente do sindicato, que aponta duas razões para continuidade dos programas: aumento de incentivos e competitividade.

- A criação de um plano de expansão para o setor metroferroviário aumenta a capacidade de investimentos no sistema, que demanda deste estímulo, e também incita a competitividade frente ao fornecimento estrangeiro. As empresas internacionais chegam ao Brasil com medidas de incentivo dos seus países e nós concorremos com uma condição complicada de equalização fiscal, com grande custo de impostos - alerta Ferrari, ao explicar que o Governo Federal vem tentando desonerar estes tributos.

O problema é que, com os tributos somados às contribuições estaduais e municipais, o custo para a indústria ainda é muito alto.

- Nós estamos concorrendo de peito aberto. Isso exige que tenhamos competência técnica, baixo custo e capacidade industrial para entregar em prazos cada vez mais menores. Esse é o grande desafio da indústria de fornecimento hoje: manter o compromisso de fazer bem feito, rapidamente e com custo competitivo -, diz o vice-presidente do Simefre.

Fonte: Monitor Mercantil 

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Após atrasos, Estação Fradique Coutinho do Metrô abre dia 15

30/10/2014 - O Estado de SP

SÃO PAULO - A Estação Fradique Coutinho da Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo finalmente abre ao público no dia 15 de novembro, um sábado. Segundo a concessionária ViaQuatro, responsável pela administração privada do ramal, durante a primeira semana, a parada funcionará das 10h às 15h.

Somente a partir do dia 22, de acordo com a empresa, Fradique Coutinho funcionará em horário integral, ou seja, entre 4h40 e meia-noite. A estação fica na Rua dos Pinheiros, altura do número 620, na esquina com a Rua Fradique Coutinho, em Pinheiros, na zona oeste da capital paulista. A parada tem duas entradas pela Rua dos Pinheiros, mas nenhuma pela Avenida Rebouças, que fica a um quarteirão de distância e é a via mais movimentada das imediações.

Com a abertura dessa estação, nenhum quilômetro de trilhos será acrescentado à malha metroviária em São Paulo, já que a parada fica na metade do caminho entre duas já existentes: Paulista e Faria Lima, abertas em 2010. Fradique Coutinho é sétima estação da Linha 4-Amarela, que liga Luz, no centro, ao Butantã, na zona oeste.

Por ela, devem passar, inicialmente, 15 mil usuários por dia, chegando a 25 mil no futuro, conforme cálculos do Metrô de São Paulo, que construiu a obra, antes de entregá-la à ViaQuatro, que, nas últimas semanas, fez testes nos sistemas da estação. Trata-se da 66.ª estação da rede de metrô de São Paulo, que tem 75,3 km de comprimento.

Demora. A entrega de Fradique Coutinho, que está em obras desde 2005, sofreu diversos reveses ao longo de sua trajetória. Inicialmente, a abertura estava prevista para 2010, o que não se concretizou -- entre outros fatores, o Metrô creditou o atraso ao desmoronamento do canteiro de obras da Estação Pinheiros (na mesma linha), que matou sete pessoas no início de 2007.

Novas datas foram prometidas pela Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos. Chegou-se a falar no dia 25 de setembro deste ano, meta que não foi cumprida. Por meio de sua conta no Twitter, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou algumas vezes que a obra seria entregue ainda em outubro. Esse prazo, porém, tampouco será respeitado.

Na terça-feira, 28, Alckmin visitou a estação acompanhado do secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e do presidente da ViaQuatro, Luís Valença. A vistoria, no entanto, não foi comunicada à imprensa como um todo e apenas alguns veículos de comunicação participaram do passeio pelas instalações da Estação Fradique Coutinho -- o Estado não foi comunicado.

Destak Jornal

Calote em conta de luz barra obra de outra estação

O fornecimento de energia elétrica no canteiro de obras da futura estação Oscar Freire da Linha 4-Amarela foi interrompido por falta de pagamento, segundo revelou o "SPTV".

O corte pela Eletropaulo foi feito devido a um débito de três meses. A responsável pelas obras é a Isolux-Corsan, contratada pelo Metrô para fazer as das estações da segunda fase da linha, segundo a reportagem.

Ao "SPTV", a empresa informou que a ausência de pagamento ocorreu devido a um problema administrativo, já resolvido. Os trabalhos não teriam sido prejudicados pela interrupção de energia elétrica no local.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Linha 4 muda os gargalos do metrô em São Paulo

27/10/2014 - O Estado de SP

O aumento do número de passageiros em algumas estações e o decréscimo em outras paradas historicamente movimentadas se dá pela abertura gradual da Linha 4, que criou novas opções de trajeto e conexões, consequentemente redistribuindo o fluxo.

Por Caio do Valle | Estadão Conteúdo

O metrô de São Paulo, que transporta 4,6 milhões de passageiros por dia, ganhou novos gargalos. Ao mesmo tempo, antigos pontos de conexão da rede estão um pouco menos superlotados. É o que revelam estatísticas obtidas pelo jornal O Estado de s. Paulo por meio da Lei de Acesso à Informação. Nos últimos três anos, enquanto na Estação Sé a movimentação de pessoas caiu 20% em cada dia útil, a Luz e a República registraram aumentos de, respectivamente, 37% e 72%.

Essas duas paradas receberam um acréscimo de usuários depois da inauguração de estações da Linha 4-Amarela, em setembro de 2011. Até então, a Luz só atendia, no sistema metroviário, à Linha 1-Azul. Naquele ano, passavam em média pela parada 195 mil pessoas diariamente. Em 2014, o patamar subiu para 268 mil.

O corretor Milton Alves, de 63 anos, mora na zona norte da capital e trabalha em Pinheiros, na zona oeste. Ele usa as Linhas 1 e 4 do Metrô e conta que gasta mais tempo para entrar e sair das estações, no percurso completo, do que na viagem em si. "São 24 minutos efetivamente dentro dos trens e uns 26 nos acessos, já cronometrei." Ele critica o caminho que os passageiros têm de fazer entre os acessos das Linhas 1 e 4 na Luz. "É 'brava' aquela interligação, porque precisamos dar uma volta grande."

Usuária da Estação Pinheiros, a editora de livros didáticos Gabriela Alves, de 26 anos, diz que o rush da tarde é complicado, especialmente das 18 às 20 horas. "Fica um amontoado de gente nos dois primeiros andares. Felizmente, nunca deu confusão séria, porque poderia ser grave." Nessa parada, o aumento diário de passageiros foi de 253% entre 2011, quando a estação foi aberta, e este ano.

Outra parada que costuma provocar críticas dos passageiros é a Consolação, na Linha 2-Verde, que desde 2010 se conecta por um túnel à Paulista, na Linha 4. Essa interligação fica tão lotada nas horas de pico que o próprio Metrô já estudou algumas alternativas para tentar aliviar o grande fluxo, como a construção de outra passagem subterrânea entre as duas estações, mas até agora nada saiu do papel.

Conhecidas dos passageiros do Metrô como "tradicionais" pontos de superlotação, como Ana Rosa e Paraíso, que conectam as Linhas 1-Azul e 2-Verde, estão um pouco menos disputadas. Neste ano, a média diária na Ana Rosa é de 182 mil passageiros, 5% menos do que três anos atrás. A estação vizinha, Paraíso, também teve variação negativa de usuários no período. Por ali, circulam atualmente nos dias úteis 187 mil passageiros, um número 31% inferior do que o registrado em 2011.

Redistribuição

Segundo a explicação do Metrô, o aumento do número de passageiros em algumas estações e o decréscimo em outras paradas historicamente movimentadas se dá pela abertura gradual da Linha 4, que "criou novas opções de trajeto e conexões, consequentemente redistribuindo o fluxo".

O superintendente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Luiz Carlos Mantovani Néspoli, concorda com essa visão. "Por exemplo, na Luz, quem vem da zona norte e precisa ir para a oeste já transfere direto na Linha Amarela, não precisa mais ir para a Sé. Quem vem da zona leste e tem de ir à Paulista também segue direto pela Linha 3-Vermelha e desce na República."

Para ele, a inauguração da Linha 5-Lilás completa, até a Estação Chácara Klabin, o que só deve ocorrer a partir de 2016, deve fazer com que haja certo alívio em estações da Linha 4, como a Pinheiros e a Paulista. "O passageiro sempre leva em conta a lotação, a dificuldade de transferência e o tempo."

O Metrô informa que "novas opções de transferências serão criadas, redistribuindo a demanda". A empresa também divulgou que já concluiu o projeto para a construção de uma nova entrada da Estação Paulista na Rua Bela Cintra e que o processo para a locação do imóvel necessário à obra foi finalizado. A construção começa em breve. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão Conteúdo 

A tecnologia por trás dos anúncios do túnel do metrô

27/10/2014 - O Estado de SP

A tecnologia por trás dos anúncios do túnel do metrô

Quem usa a Linha 4-Amarela do metrô de São Paulo deve ter reparado, nos últimos dias, que há mais do que parede acinzentada do lado de fora do trem. Uma tecnologia de propriedade de uma empresa canadense está exibindo, especificamente entre as estações Faria Lima e Paulista, vídeos publicitários com duração de 15 segundos que acompanham o percurso do trem. Novidade não só para os passageiros, mas também para a indústria publicitária, o sistema esconde por trás uma tecnologia complexa que vem sendo desenvolvida há cerca de dez anos.

Para quem está dentro do trem, a impressão é de que há painéis eletrônicos afixados na parede. Mas a estrutura, composta por 360 colunas verticais de LED, ocupa menos de 10% da área de visualização do vídeo. Isso significa que cerca de 13 segundos do que o passageiro vê são resultado de conexões feitas por seu próprio cérebro.

"Esse é o segredo de nossa tecnologia", diz Ken Bicknell, presidente da Digital Underground Media. "Nós trabalhamos com seu olho, o nervo que fica entre seu olho e seu cérebro, mais o seu cérebro para fazer o sistema inteiro funcionar." Para entender melhor o sistema, basta imaginar 360 traços desenhados na vertical numa folha de papel. Os espaços entre eles representariam o que o cérebro preenche (veja imagem acima, à direita).

Além de São Paulo, a empresa já tem esse sistema instalado em cidades como Cingapura, Seul, Pequim e Londres. A meta da companhia é alcançar as 20 maiores cidades do mundo.

Em São Paulo, a tecnologia está em fase de testes - motivo pelo qual a Via Quatro não comenta o assunto. Mas a Digital Underground Media já pensa em instalar 20 desses sistemas entre as estações da Linha 4.

Netflix, Universal Studios, Bradesco e Vivo são as marcas que já anunciaram no túnel do metrô da Linha Amarela, por onde trafegam cerca de 700 mil pessoas diariamente. A estratégia, segundo Davi Monteiro, diretor-geral de mídia da Grey Brasil (agência que atende a Universal Studios), é aproveitar a dinâmica do meio para exibir vídeos com bastante movimento e "fazer graça" com quem está com outras preocupações na cabeça. "Se houver um momento de interação, isso será bom para o anunciante." A Universal veiculou no túnel trechos de Trash e Dracula.

Elenice Galera, diretora de mídia da VML (agência do Netflix) diz que a reação dos passageiros foi positiva. "Esse fator surpresa da mídia, que aparece de repente, é interessantíssimo, porque prende o olhar."

Anunciar dentro do túnel do metrô com essa tecnologia é novidade no meio publicitário. Num passado recente, o que havia de similar era a fixação de pôsteres nas paredes do túnel, que eram iluminados por luzes estroboscópicas.

O Rio de Janeiro até chegou a testar esse sistema em meados dos anos 2000. O fornecedor da estrutura era a Sidetrack, companhia, aliás, comprada pela própria Digital Underground Media em 2010.

A empresa diz hoje ser a única no mundo a ter essa nova tecnologia de publicidade "in-tunnel". A companhia surgiu mesmo há quatro anos. Foi nesse momento que Drew Craig, ex-dono e ex-presidente da Craig Media (que já foi a maior empresa de TV e rádio privada do Canadá), se uniu a Ken Bicknell e a asiáticos de peso para lançar o sistema. Os canadenses chamaram Toyotaro Tokimoto (o japonês que inventou a tecnologia) para atuar como conselheiro e compraram os fornecedores coreanos que descobriram a forma de comercializar o sistema. O grupo já investiu, nos últimos dez anos, cerca de R$ 30 milhões no desenvolvimento da nova tecnologia.

Segundo Bicknell, o sistema é capaz inclusive de detectar quando a velocidade do trem está inferior, para que a projeção do vídeo publicitário não seja prejudicada.

A empresa não divulga sua receita. Apenas informa que repassa uma porcentagem do dinheiro recebido dos anunciantes para pagar o aluguel dos espaços dos túneis aos operadores dos metrôs. Anunciar nessa mídia, segundo agências de publicidade, custa menos que R$ 100 mil.

Mercado. O espaço para exibir anúncios dentro do túnel do metrô é apenas um entre vários meios exteriores que estão sendo cada vez mais usados por marcas. Nessa categoria entram relógios e painéis em pontos de ônibus, por exemplo. Essas mídias passaram a ser mais explorados no país apenas no último ano. Foi quando municípios lançaram editais de concessão para mobiliário urbano.

Principalmente em São Paulo, onde a Lei da Cidade Limpa vetou os outdoors na cidade em 2007, a sensação é de que está havendo um renascimento da mídia exterior. Segundo Ângelo de Sá Júnior, presidente da Associação Brasileira de Mídia Out Of Home (ABMOOH), o setor deve movimentar R$ 1,8 bilhão em 2014 no País.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Estação Sé do Metrô conta com Wi-fi gratuito

03/10/2014 - Diário de SP

Os usuários da estação Sé podem contar com um novo serviço gratuito de internet sem fio: são as WiFi Zones implantadas pelo Metrô de São Paulo esta semana.

Ao todo, serão 75 áreas de acesso distribuídas por todas as estações da rede de metrô até dezembro 2015. No mezanino da Sé, já estão disponíveis dois locais onde os usuários podem se conectar gratuitamente. As áreas estão identificadas com adesivos e placas e ficam ao lado do vão central, atrás das escadas de embarque no sentido Jabaquara e antes das escadas de embarque no sentido Tucuruvi.

Para usar o serviço, o usuário deve pesquisar a rede "wifi_metro_sp" e cadastrar seu e-mail. Após aceitar o "Termo de Condições de Uso", estará habilitado a usar a internet. 

A conexão vai atender inicialmente 200 usuários simultaneamente, com capacidade de expansão. Cada pessoa poderá utilizar a rede por no máximo 20 minutos, com intervalos de 15 minutos.

O tempo permitido de conexão é superior, por exemplo, ao que é disponibilizado pelos metrôs do Rio de Janeiro (15 minutos, duas vezes ao dia) e de Tóquio (15 minutos, cinco vezes ao dia).

Até o final deste ano, o serviço estará disponível em mais cinco estações da rede metroviária paulista com maior movimento de passageiros. 

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Mais recursos vão para linhas de trem e metrô em SP

01/10/2014 - O Estado de S. Paulo

O Orçamento proposto pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para 2015 prevê arrecadação total de R$ 204,6 bilhões para o primeiro ano do próximo governo - valor 8,1% maior do que o previsto neste ano. Em relação aos R$ 189,1 bilhões estimados para 2014, o aumento real será de 1,5%.

Para fazer os cálculos, o Estado aplicou a inflação dos últimos 12 meses (6,51%, medidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA, a inflação oficial do País) nos valores do orçamento de 2014. Então, comparou os números com os valores que constam do Orçamento enviado à Assembleia.

A peça não traz, por exemplo, aumento real significativo de gastos nas Secretarias de Saúde e Educação. A previsão de gastos da Saúde variou 1,9% (de R$ 20 bilhões, em 2014, para R$ 20,4 bilhões no ano que vem). Na Educação, o valor foi igualado: R$ 28,4 bilhões em 2014 e 2015.
A Secretaria de Estado do Planejamento argumenta que a área social (que inclui os gastos de custeio de Saúde e Educação) é a que receberá o maior volume de recursos fiscais, equivalentes a R$ 92,5 bilhões, quantia R$ 6,4 bilhões superior ao valor inicialmente programado para este ano. Ainda segundo a secretaria, tanto na Saúde quanto na Educação a previsão é de que os gastos serão maiores do que o porcentual determinado pela Constituição Federal.

No caso da Habitação, a previsão é de queda de investimentos na comparação com este ano. Estimam-se R$ 2,4 bilhões de investimentos no ano que vem, mesmo valor reservado para a área neste ano. Com a correção de valores pela inflação, o orçamento deveria receber R$ 100 milhões a mais.

Um setor com aumento real foi o saneamento básico, que terá um crescimento nominal de 6,9% deste ano para o ano que vem. O orçamento para obras do setor vai subir de R$ 4,3 bilhões para R$ 4,6 bilhões. Só a correção da inflação do período já elevaria a previsão de gastos para R$ 4,55 bilhões.

Transportes. O setor onde foi estimado maior crescimento dos investimentos para o ano que vem foi o transporte metroferroviário, uma das áreas em que o governo enfrentou as maiores dificuldades para cumprir as promessas feitas na atual gestão.

O volume de investimentos em 2015 será 12,3% maior do que o observado neste ano, alcançando um total de R$ 8,2 bilhões (a previsão para 2014 foi de R$ 7,3 bilhões de gastos, ainda em execução). O aumento real dos gastos será de 6,5% no ano que vem.

O Orçamento prevê a destinação de R$ 1,3 bilhão para novas linhas: a 6-Laranja (que ligará o centro da cidade à zona norte) e a 18-Bronze (o monotrilho do ABC), que vão ser feitas por meio de parceria público-privada (PPP), além do trem regional que deverá interligar São Paulo e Campinas.

Entre as linhas já em construção, a 5-Lilás, em obras na zona sul, deve absorver R$ 1,1 bilhão em investimentos. Já os monotrilhos das Linhas 15-Prata (na zona leste) e 17-Ouro (que ligará o metrô ao Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital), que vêm tendo sucessivos atrasos e já deveriam estar operando, vão consumir, juntos, R$ 1,2 bilhão e serão concluídos no ano que vem.

Para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), o Orçamento prevê início das obras do trem que ligará Guarulhos, na região metropolitana, à malha metroferroviária. A previsão é de que a Linha 13-Jade, que passará pelo Aeroporto de Cumbica, tenha 12,2 quilômetros de extensão - parte do trajeto será feita em um viaduto. A obra só deverá ficar pronta em 2018.