segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Governo Tarcísio de Freitas fornece previsões mais detalhadas de inaugurações de linhas de metrô


15/10/2023 - Metrô CPTM


Obras atuais nas linhas 2-Verde, 6-Laranja, 15-Prata e 17-Ouro têm prazos de entrega entre 2025 e 2027, segundo coordenador da Secretaria dos Transportes Metropolitanos

Tatuzão da Linha 2-Verde: trabalho dividido em duas etapas (Márcia Alves/CMSP)

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) deverá perder algumas inaugurações de estações de metrô caso não decida concorrer à reeleição em São Paulo. É o que indica uma apresentação feita pelo coordenador de Planejamento e Gestão da Secretária de Transportes Metropolitanos, Alberto Epifani, durante o evento Forúm Infra 2025, organizado pela revista O Empreiteiro no final do mês passado.

Durante sua apresentação, Epifani mostrou os prazos para conclusão de trechos das linhas 2-Verde e 15-Prata e também da inauguração das novas linhas 6-Laranja e 17-Ouro.

Embora algumas datas sejam próximas às já divulgadas, em certos casos houve um detalhamento que inclui o postergamento de entrega de certos trechos. Confira:

Linha 2-Verde – extensão entre Vila Prudente e Penha

Trecho Vila Prudente-Vila Formosa – 2026
Trecho Vila Formosa-Penha – 2027

A previsão é a mesma já informada pelo governo anteriormente, com duas fases de abertura, cada uma com quatro estações. O motivo é que os dois trechos serão escavados pelo mesmo tatuzão, mas com partida de pontos diferentes. Nos próximos meses, a tuneladora sairá do Complexo Rapadura em direção à Vila Prudente, passando por Vila Formosa, Anália Franco, Santa Clara e Orfanato. Só então a máquina será levada para o final da extensão e voltará a escavar no sentido Rapadura, passando por Penha, Aricanduva, Guilherme Giorgi e Santa Isabel.

Não se sabe por que o Metrô decidu escavar de pontos à frente da Linha 2-Verde operacional e no sentido contrário da expansão, como ocorreu na Linha 5-Lilás, que pode ser aberta progressivamente. No entanto, a opção inviabiliza essa estratégia.

Previsão é ter quatro estações em 2026 e outras quatro em 2027

Linha 15-Prata – extensões Jardim Colonial-Jacú Pêssego e Vila Prudente-Ipiranga

Trecho Vila Prudente-Ipiranga – Setembro de 2026
Trecho Jardim Colonial-Boa Esperança – Setembro de 2026
Trecho Boa Esperança-Jacú-Pêssego – Setembro de 2027

Essa é uma surpresa no planejamento atual do governo já que se esperava que o trecho Jardim Colonial-Jacú Pêssego ficasse pronto antes que Ipiranga, que ainda não teve as obras iniciadas. Pela programação informada, Jacú-Pêssego acabará sendo entregue apenas no próximo mandato.

Metrô deverá fatiar entrega das novas estações da Linha 15
Linha 17-Ouro – Fase prioritária com oito estações – inauguração em 2026

Recentemente reiniciadas, as obras de conclusão do trecho com oito estações da Linha 17-Ouro deverão ser concluídas em 2025. Até lá espera-se que ocorram testes com os trens da BYD SkyRail e outros contratos também avancem. Por isso não é esperado que o governo divulgue um período claro sobre inauguração

Oito estações da Linha 17 previstas para 2026, mas mês exato ainda não é conhecido

Linha 6-Laranja – 15 estações entregues em outubro de 2025

A apresentação do coordenador traz como previsão de abertura da Linha 6-Laranja, construída em regime de Parceria Público-Privada (PPP), em outubro de 2025. É, no entanto, o prazo divulgado logo que a obra foi retomada, em outubro de 2020.

Durante a chegada do Tatuzão Sul à Perdizes, o governador Tarcísio citou outra previsão, que indica que a LinhaUni, sua futura operadora, abrirá um trecho entre Brasilândia e Água Branca em 2026 e o restante, apenas em 2027.

A opção por inauugurar o ramal parcialmente existe no contrato e só requer que esse trecho esteja conectado à malha metroferroviária. Daí a necessidade de chegar até Água Branca, onde haverá a ligação com as linhas 7-Rubi e 8-Diamante.

Data informada para abertura da Linha 6 seria desatualizada. Governo fala em entregar uma parte em 2026, e o restante em 2027

Opinião do editor

Os prazos informados por Alberto Epifani parecem factíveis, com exceção da Linha 6-Laranja. No entanto, boa parte das obras ainda se encontra em estágios em que há grande risco de imprevistos como problemas com a escavação dos tatuzões, dificuldades com áreas com artefatos arqueológicos e mesmo assuntos burocráticos, como a novela para alargar a Avenida Ragueb Chohfi, entre outros.

Portanto, datas que caem no último ano de mandato costumam ser facilmente postergadas para o próximo governo. São três anos pela frente para transformar a teoria em prática.

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Mapas

Rede Básica do Metrô de São Paulo em 1982





quinta-feira, 13 de julho de 2023

Guarulhos

Metrô inicia processo de desapropriações para a Linha 2-Verde até Guarulhos

12/07/2023 - Via Trólebus


Reprodução Metro SP

O Metrô de São Paulo deve seguir com o processo de desapropriação para implantar a extensão da Linha 2-Verde até Guarulhos.

Uma publicação no Diário Oficial do Estado aponta um aviso de licitação para “prestação de serviços técnicos especializados de arquitetura e engenharia para cadastro individual de imóveis, avaliação imobiliária individual de imóveis, busca e obtenção de documentos, análise fundiária e montagem dos processos administrativos para fins de desapropriação das áreas necessárias para a implantação da extensão Penha-Dutra da linha 2-verde.”

De acordo com a publicação, o edital e todos os seus anexos estão disponíveis gratuitamente no site da companhia do metrô, www.metro.sp.gov.br, a partir de 12/07/2023. A sessão pública de recebimento de documentos e propostas deve ocorrer em 03/08/2023 às 10h00.

Atualmente, a linha 2 está em obras da Vila Prudente até a Penha, com 40% das construções concluídas. O trecho entre a Penha e aa Dutra terá 6,2 quilômetros de extensão e cinco estações:Reprodução Metro SP

A chegada do Metrô até Guarulhos é uma das prioridades da gestão de Tarcísio de Freitas. Os novos projetos que devem levar a malha metroviária além dos limites da capital paulista podem ter seus projetos estruturados até 2025, de acordo com membros do governo estadual. Além da Linha 2-Verde, há ainda o projeto da linha 19-Celeste.

Durante o Fórum de Debates – Ferrovias em Foco, evento ocorrido em 15 de junho de 2023, Augusto Almudin – Diretor de Assuntos Corporativos da Companhia Paulista de Parcerias – CPP, disse que a administração estadual pretende estruturar os empreendimentos até 2025, incluindo também a Linha 20-Rosa, entre São Paulo e ABC.

“Também são grandes projetos greenfield que a gente pretende iniciar os estudos agora para acabar em 2024 e 2025″, afirmou.. O termo greenfield que Augusto cita, se refere a um novo empreendimento que começa do zero, com nada além de um campo verde. As duas linhas devem ser concedidas para a iniciativa privada.

domingo, 25 de junho de 2023

Planejamento

Privatizações, metrô fora da capital e linha até Guarulhos e ABC: os planos de Tarcísio para o transporte sobre trilhos

24/06/2023 - Extra, Rio de Janeiro

Governo deve iniciar nos próximos meses estudos para privatizar três linhas do metrô

Por Hyndara Freitas, São Paulo

Governo de SP deve iniciar nos próximos meses estudos para privatizar três linhas do metrô. Foto Divulgação.

Governador de São Paulo há seis meses, Tarcísio de Freitas tem apostado nas privatizações como sua grande marca, e a concessão do transporte sobre trilhos a empresas privadas está em seu radar. O governo já autorizou estudos para privatizar todas as quatro linhas da CPTM que ainda são operadas pelo poder público, mas, nas próximas semanas, já deve anunciar os estudos também para a concessão das linhas 1, 2 e 3 do metrô. Com isso, todos os ramais de metrô e trem de São Paulo poderiam ser transferidos à iniciativa privada.

Essa mudança poderia significar o fim do metrô e da CPTM como são hoje, mas a ideia do governo não é extinguir as empresas públicas e sim dar “um novo papel” a elas, que sairiam da operação diária das linhas e ficariam responsáveis pela estruturação do sistema e pelos projetos de expansões. Tarcísio ainda aposta em uma interiorização do trem, sendo que a primeira etapa para isso é o trem intercidades (TIC) da capital até Campinas, cuja licitação deve ser publicada no fim do ano.

— Nós estamos transferindo linhas já em operação, mas nada impede que as empresas possam fazer novos investimentos. A CPTM, por exemplo, é vocacionada para resolver a questão dos trens regionais. O metrô tem o papel estruturador e pode desenvolver novas linhas junto com a iniciativa privada. Nada impede o trabalho conjunto — explica Alberto Epifani, coordenador de Planejamento e Gestão da Secretaria dos Transportes Metropolitanos.

Obras por fazer

A prioridade do governo é terminar as obras de expansão já em andamento para só depois, nos últimos anos da gestão e após estudar as possibilidades de concessão, anunciar novas linhas. Estão em andamento a construção de duas novas estações na Linha 15/Prata, na Zona Leste, para levar o ramal até Jacu-Pêssego; e a expansão da Linha 2/Verde até a Penha, também na Zona Leste, que envolve a inauguração de oito novas paradas. A ideia é reduzir os custos públicos com as linhas já existentes em troca de conseguir, entre 2025 e 2026, tirar do papel projetos ambiciosos e cobrados há décadas: levar o metrô até o ABC e Guarulhos.

Uma mudança que Tarcísio pretende implementar em relação a seus antecessores é colocar as empresas privadas para investirem na infraestrutura do transporte sobre trilhos. Isso porque as linhas já concedidas foram construídas pelo poder público e as concessionárias pegaram tudo pronto. A exceção é a Linha 6/Laranja, que ligará a Brasilândia, na Zona Norte, até São Joaquim, no Centro. A obra é tocada pela Acciona e será operada pela mesma empresa quando pronta.

Tarcísio articula mudar essa lógica no que já foi concedido na Linha 4/Amarela para que a própria ViaQuatro toque a expansão até Taboão da Serra, na Zona Oeste da região metropolitana. Seria a primeira vez que o metrô sairia da capital. A obra é considerada relativamente simples, já que seriam apenas duas novas estações. O acordo para que a própria empresa arque com a obra vem sendo negociado pela Secretaria de Parcerias em Investimentos, comandada por Rafael Benini, assim como a eventual expansão da Linha 5/Lilás, operada pela ViaMobilidade, para o Jardim Ângela, na Zona Sul. A concessionária avalia as possibilidades.

Atualmente, há duas linhas de trem (8/Diamante e 9/Esmeralda) e duas de metrô (4/Amarela e 5/Lilás) concedidas à iniciativa privada. As quatro linhas são operadas pela CCR, por meio de seus braços de mobilidade ViaQuatro e ViaMobilidade. Em função de falhas constantes especialmente nos dois ramais de trem, a empresa é alvo de investigação do Ministério Público paulista, que cobrou do governo a rescisão do contrato. A concessionária apresentou um plano de redução de problemas que deve ser concluído até agosto.

Em nota, ViaMobilidade afirmou que, desde desde o início de sua operação nas linhas de trem já investiu mais de R$ 1,7 bilhão em modernização da infraestrutura e em melhorias e que está gradualmente trocando trilhos, fazendo a manutenção da rede aérea de energia e reformando estações e que já trocou 9.570 metros de trilhos.

Tarcísio recusa-se a rescindir o contrato. Pesa em sua avaliação, de acordo com fontes ouvidas pelo GLOBO, que tirar os ramais da ViaMobilidade e devolvê-las a CPTM não resolveria o problema porque são necessárias grandes reformas estruturais nas duas linhas que custariam bilhões ao governo, já que a empresa pública tem situação financeira precária — em 2022, foram R$ 432 milhões de prejuízo — e não conseguiria arcar com as obras. Por isso, tem pressionado a concessionária para fazer as reformas o mais breve possível. Da mesma forma, o governo vê dificuldade do Metrô em tocar as obras já previstas, por isso quer ampliar a atuação do privado.

No entanto, o governo sabe que não será fácil atrair o mercado para assumir os riscos de novas obras. No caso do TIC Campinas, a licitação será um pacote que incluirá a Linha 7/Rubi da CPTM, já em operação, como meio de garantir que o privado já terá alguma receita enquanto as obras não ficarem prontas. Hoje, a gestão estadual divulga que poderá financiar cerca de 50% do projeto, mas a reportagem apurou que, conforme avançam as conversas com o setor, o poder público já trabalha com a possibilidade de ter que pagar até 75% do projeto, cerca de 9,5 bilhões, valor que viria de financiamentos de bancos nacionais e internacionais.

Público ou privado?

Rafael Calabria, coordenador de Mobilidade Urbana do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), afirma que a privatização não resolve o problema de custeio do transporte público. Isso porque, tanto no caso dos ônibus quanto do metrô e trem, o padrão no país é o custeio basicamente pela tarifa paga pelo usuário. O governo entra com recursos adicionais para completar o restante necessário, já que há gratuidades para idosos e descontos para estudantes.

— A gestão privada não vai corrigir os problemas que tem no transporte público e talvez até agrave alguns. O que precisa ser feito para melhorar o metrô e o trem principalmente, que tem uma infraestrutura mais antiga, é investimento. Não importa se a gestão é pública ou privada, o problema é recurso. Basear a arrecadação só na tarifa está se mostrando insuficiente há algum tempo. A CPTM e o metrô não têm condições de fazer novos investimentos porque o recurso tem sido reduzido ao longo dos anos. A privatização não vai trazer recursos novos, o privado não vai investir mais dinheiro do que ele receber e se a receita for só a tarifa, vai ser insuficiente, a exemplo do que aconteceu na SuperVia no Rio de Janeiro — aponta Calabria.

Em abril, a SuperVia informou ao governador Claudio Castro que não tinha mais interesse em operar os trens no Rio, alegando desequilíbrio financeiro pela queda no número de passageiros. Por isso, não conseguiria mais fazer os investimentos e melhorias que estavam previstos em contratos.

Joubert Flores, presidente do conselho da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), que representa empresas públicas e privadas de mobilidade, ressalta que o problema de custeio exclusivamente pela tarifa ficou mais evidente nos últimos anos, já que a pandemia da Covid-19 provocou uma queda no número de passageiros que ainda não foi recuperada. Ele afirma que, na média nacional, hoje há 75% dos passageiros que havia pré-pandemia.

— O transporte de passageiros é uma obrigação do Estado, que pode prestar por meios próprios ou sob concessão. Em muitos lugares, o passageiro paga 100% do custo, mas se você for em outras cidades do mundo o passageiro paga entre 30 e 50% do custo da viagem integrada e outros recursos públicos fazem o resto — destaca.

Metrô no ABC e em Guarulhos

O Metrô e a CPTM têm diversos projetos sobre novas linhas e expansões, mas dois ramais que são considerados mais relevantes e prioritários para a estruturação do transporte sobre trilhos são as linhas 19/Celeste e 20/Rosa. A primeira é o projeto mais avançado do metrô, e deve ligar Guarulhos até o Anhangabaú, no Centro da capital. Guarulhos é a segunda cidade mais populosa do estado, mas foi colocada nos mapas dos trilhos em 2018 e apenas com duas estações, somente para ligar São Paulo até o aeroporto internacional. Já a Linha 20 ligaria Santo André, no ABC, até a capital. Paulo Amalfi Meca, diretor de engenharia e planejamento do Metrô, conta que “há um grande interesse” nas linhas 19 e 20.

quarta-feira, 14 de junho de 2023

Linha 22

Metrô assina contrato para anteprojeto de engenharia da Linha 22-Marron (Cotia-São Paulo)

29/05/2023 - Metrô CPTM


Consórcio SYSTRA Prime L22 foi selecionado em fevereiro, mas contrato só foi assinado na quinta-feira, 25. Serviço terá de ser executado até maio de 2026

Terminal intermunicipal de ônibus de Cotia: estação da Linha 22
Foto Google

A licitação de anteprojeto de engenharia, arquitetura e geologia da futura da Linha 22-Marrom (Cotia-São Paulo) teve seu contrato assinado em 25 de maio, divulgou o Metrô de São Paulo. O serviço será executado pelo Consórcio SYSTRA Prime L22, formado pela SYSTRA e Prime e que foi vencedor do certame realizado em janeiro.

O consórcio teve sua proposta habilitada em 14 de fevereiro, mas apenas agora os trâmites para a assinatura do contrato foram resolvidos. O SYSTRA Prime L22 terá 35 meses para executar o levantamento e produzir os documentos a partir da assinatura da ordem de serviço.

Na prática, isso deve ocorrer até o fim de junho, o que estipula que o Metrô terá de receber todas as informações contratadas até maio de 2026.

Embora a data seja distante é importante salientar que o material produzido será repassado ao Metrô durante todo esse período. Ou seja, a companhia poderá dar sequência ao desenvolvimento do empreendimento, inclusive decidindo qual será o modal a ser adotado.

Como já mostrado neste site, o Metrô ainda analisa como será o ramal que ligará o centro de Cotia e chegará até a estação Sumaré, na Zona Oeste da capital.

O mapa esquemático de estações da Linha 22-Marrom 
Divulgação CMSP

A hipótese mais provável é que seja uma linha convencional, subterrânea no trecho da maior parte de São Paulo. Já a extensão que deve correr próxima a Rodovia Raposo Tavares é uma dúvida já que pode ser viável uma estrutura elevada. Há ainda a questão de levar a linha nesse perfil até Cotia ou então dividir o projeto em dois tipos de modais.

Com o anteprojeto de engenharia e arquitetura, somado aos estudos geológicos, esse cenário será compreendido e então caberá à gestão estadual decidir quando a Linha 22 pode sair do papel.

sexta-feira, 26 de maio de 2023

Linha 16

Metrô seleciona empresa para estudos da Linha 16 até a Cidade Tiradentes

25/05/2023 - Via Trólebus


O Metrô de São Paulo escolheu empresa para prestação de serviços técnicos especializados de geologia para o acompanhamento técnico, assessoria e controle de qualidade das atividades de sondagens geológicas necessárias ao desenvolvimento do anteprojeto de engenharia da Linha 16-violeta.

O novo eixo de transporte deve ligar a Cidade Tiradentes até a estação Oscar Freire. Terá 31,9 quilômetros de extensão e 23 estações.

A operadora apontou a empresa Moretti Engenharia Consultiva como a proponente com a melhor proposta, e agora a concorrente terá que apresentar os documentos necessários para sua contratação.

Divulgação Metrô de SP


Estudos de mercado

A expansão da malha metroviária vem considerando a obtenção de receitas não tarifárias em sistemas de transportes de alta capacidade como forma de aumentar a sustentabilidade de projetos no ponto de vista financeiro. A “verba extra” viria de centros comerciais vinculados a estações de metrô, entre outros.

Além de potencializar a geração de receitas não-tarifarias, esse estudo pode possibilitar uma melhor experiência de viagem do passageiro, com serviços e conveniências, além de empreendimentos imobiliários que trazem dinâmica ao entorno da estação e geram empregos.

Segundo relatório integrado 2022 da empresa, a Companhia do Metrô contratou consultoria especializada
para prestação de serviços técnicos de elaboração de estudos mercadológicos referentes as construções da futura linhas 19-Celeste (Bosque Maia – Anhangabaú) e 20-Rosa (Santo André – Santa Marina).

De acordo com a empresa, o objetivo destes estudos é fornecer parâmetros de projeto (diretrizes de comercialização durante as fases de concepção e durante o ciclo de vida dos empreendimentos) para subsidiar a elaboração dos projetos básicos de arquitetura e civil, especificamente quanto aos seguintes segmentos:

Empreendimentos denominados “Centros Comerciais” (neighborhood retail) integrados aos acessos das futuras estações;

Empreendimentos de médio e grande porte em terrenos adjacentes às estações e pátios​;

Diretrizes de projeto civil, arquitetura e instalações para os centros comerciais, abrangendo os aspectos dedes empenhos técnico e comercial, e legislação pertinente.

O documento aponta ainda que para 2023 estão previstas as contratações de estudos similares para expansão das linhas 2-Verde e 15-Prata e futuras linhas 16-Violeta e 22-Marrom.


terça-feira, 23 de maio de 2023

Linha 22


Divulgação Metrô SP em 2023


segunda-feira, 22 de maio de 2023

Obras

Metrô rescinde contrato de obras da Linha 17 com Consórcio Monotrilho Ouro

20/05/2023 - Metrô CPTM

Ricardo Meier

Medida unilateral já havia sido anunciada pelo governo do estado meses atrás, mas apenas agora formalizada pela companhia, que procura empresa para finalizar construção de estações e pátio


Pátio Água Espraiada 
Foto iTechdrones


O Metrô de São Paulo finalmente formalizou a rescisão unilateral do contrato de obras civis remanescentes da Linha 17-Ouro junto ao Consórcio Monotrilho Ouro. O termo foi publicado pela companhia nesta sexta-feira, 19, após envio de carta à empresa em 9 de maio.

Formado pelas empresas KPE e Coesa Engenharia, o consórcio iniciou os trabalhos em dezembro de 2020 e deveria ter concluído a construção de sete estações (Aeroporto de Congonhas, Brooklin Paulista, Washington Luís, Vereador José Diniz, Campo Belo, Vila Cordeiro, Chucri Zaidan) e do Pátio Água Espraiada, além de serviços secundários.

O prazo oficial era justamente em meados de 2023, mas o que se vê ao longa das avenidas Roberto Marinho, Washington Luís e Marginal Pinheiros é um cenário para lá de conhecido: estruturas incompletas e abandonadas há mais de uma década.

A Coesa Engenharia assumiu o contrato após uma longa disputa judicial em que conseguiu desclassificar a vencedora original, a Constran, alegando que a empresa não tinha condições de executar o serviço, orçado em cerca de R$ 500 milhões.

Mas logo que assumiu, a construtora, que é parte do que sobrou da famosa da outrora gigante OAS, mostrou pouco ímpeto. Em vez de resolver situações que se prologavam há anos como instalar coberturas nas estações, a Coesa realizou acabamentos e obras menores.

Sem fôlego financeiro, a Coesa ganhou a companhia da KPE, também derivada da OAS, já em julho de 2021. A promessa era acelerar os trabalhos, porém, com exceção do lançamento de vigas-trilho no trecho da Marginal, pouco se viu desde então.


Obras da Linha 17-Ouro 
Foto Jean Carlos


O imenso Pátio Água Espraiada chegou a receber a cobertura metálica, mas que não foi concluída. O consórcio também fabricou vigas-guia no local, mas cujo serviço ficou pelo caminho.

Sem perspectivas de resolver a situação, a atual gestão decidiu rescindir o contrato. Em março, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou que o Metrô buscaria outra solução, entre elas uma nova licitação, oferecer o serviço para a ViaMobilidade (que irá operar o ramal) ou convidar outros consórcios que participaram da licitação em 2019.

Multa e suspensão em novas licitações, mas após novo contrato assinado

Trata-se do terceiro grupo a assumir as obras de estações e pátio desde o início do projeto, em 2012. Inicialmente, o serviço estava a cargo do Consórcio Monotrilho Integração, mas que foi afastado pelo Metrô. Mais tarde, outro consórcio, o TIDP, ficou à frente do empreendimento, mas também não foi muito longe.


Trecho de vigas na Marginal Pinheiros


Logo que assumiu o cargo, o ex-governador João Doria (sem partido) determinou a rescisão do contrato e lançou duas licitações, de obras civis e de sistemas – esta última, após embate judicial, segue avançando com a empresa chinesa BYD.

A ironia da rescisão anunciada pelo Metrô é que nem KPE nem Coesa Engenharia poderão participar de novas licitações nos próximos dois anos, além de terem de pagar uma multa pelo não cumprimento do contrato. Na prática, no entanto, o grupo Coesa acaba de assinar contrato de meio bilhão de reais com o mesmo Metrô para construir a estação Ipiranga, da Linha 15-Prata.

Espera-se que a história na Zona Leste tenha um desfecho diferente do monotrilho da Zona Sul.


sexta-feira, 12 de maio de 2023

Rede

Meta do Metrô prevê mais 19,9 km de linhas até 2027

11/05/2023 - Via Trólebus

Por Renato Lobo

O Metrô de São Paulo planeja até o ano de 2027, chegar a marca de 123,5 quilômetros de extensão, de acordo com seu Plano de Negócio 2023.



A atual rede conta com 104,2 quilômetros, e segundo o documento, a nova malha “corresponde ao somatório da extensão operacional das linhas que compõem a rede metroviária, incluindo Metrô, Via Quatro e Via Mobilidade”. Não é citado a Linha 6-Laranja, que está sendo construída pela Linha Uni.

Se chegar a este patamar citado no relatório, serão mais 19,3 quilômetros de linhas, que correspondem as seguintes linhas e extensões:

Linha 2-Verde: Vila Prudente a Penha: 8 quilômetros de extensão;

Linha 15-Prata: Ipiranga até Jacu-Pêssego: 4,4 quilômetros, incluído as duas extensões;

Linha 17-Ouro: Washington Luís – Aeroporto de Congonhas/Morumbi: 6,7 quilômetros.

Não estão na conta as extensões das Linhas 4-Amarela até Taboão da Serra, 5-Lilás até Jardim Ângela, além dos novos projetos, como a 16-Violeta (Oscar Freire-Cidade Tiradentes), 19-Celeste (Bosque Maia-Anhangabaú), 20-Rosa (Santa Marina-Santo André) e 22-Marrom (Cotia-Sumaré).


quinta-feira, 11 de maio de 2023

Expansão

Metrô escolhe empresa para desapropriações na Linha 20-Rosa

09/05/2023 - Via Trólebus

Por Renato Lobo




O Metrô de São Paulo escolheu um consórcio para prestação de serviços técnicos especializados para elaboração do laudo macro de avaliação de áreas prioritárias para desapropriação, necessárias para a implantação de estações da Linha 20-Rosa.

O trecho em questão contempla as futuras estações Lapa, Vila Romana, Girassol, Teodoro Sampaio, Fradique Coutinho, Tabapuã, Jesuíno Cardoso, Hélio Pellegrino, Moema, Rubem Berta, Indianópolis, Saúde, Abraão de Morais e Área do Pátio Norte e Estação Santa Marina da Linha 20.

Estações futuras da Linha 20 abordadas em artigos no Via Trolebus:

Estação Lapa;
Estação Vila Romana;
Estação Girassol;
Estação Teodoro Sampaio.
Estação Tabapuã

Foram oito propostas, mas a do KS Engenharia de Avaliações e Perícias Ltda. foi desclassificada. O Metrô argumenta que o “ofertante do menor preço total, apresentou a Planilha de Serviços e Preços com alterações nas quantidades dos itens de 1 a 14. As quantidades, considerando os preços unitários apresentados na proposta, de R$ 580,00, resultam no valor total de R$ 8.120,00 na data-base 01/03/2023.”

Já a CTA Consultoria Técnica e Assessoria Ltda apresentou a melhor proposta, e acabou sendo considerada vencedora da Licitação nº 10018221.


Fonte Metrô de São Paulo


De acordo com a operadora, “o laudo macro de avaliação deverá recair sobre os perímetros de desapropriação indicados nos desenhos a serem fornecidos para a empresa contratada. Esses perímetros, denominados de “Blocos”, serão utilizados para a implantação das estações e seus acessos, subestações primarias, ventilações e saídas de emergência e pátio de estacionamento de trens, e estarão inseridos nas diversas quadras municipais dispostas ao longo do traçado da Linha 20 – Rosa.”

Fica de fora da análise o trecho entre Abraão de Morais e Prefeito Celso Daniel-Santo André, e portanto o trecho da linha 20 que vai atender o ABC Paulista, o que indica que o segmento deve ser construído após o trecho considerado prioritário, entre as zonas oeste e sul da capital paulista.

O novo eixo metroviário é considerado uma das prioridades da gestão de Tarcísio de Freitas no governo do estado, e há a intenção de lançar uma parceria público privada para tirar a nova linha do papel.


sexta-feira, 5 de maio de 2023

Linha 16

Metrô habilita consórcio a realizar projeto básico e estudo ambiental da Linha 16-Violeta

04/05/2023 - Metrô CPTM

Por Ricardo Meier

Consórcio Projetista SP L16 fez proposta de R$ 149,9 milhões e deve assinar contrato nas próximas semanas


Projeção preliminar da estação Oscar Freire, da Linha 16-Violeta (CMSP)


Quase dois meses depois da sessão pública de abertura das propostas comerciais, o Metrô de São Paulo habilitou o Consórcio Projetista SP L16 a assinar o contrato para executar o anteprojeto de engenharia, projeto básico e estudo ambiental da Linha 16-Violeta.

Formado pelas empresas SYSTRA, GPO SISTRAN, OUTEC, Geocompany, Engenharia e Meio Ambiente, SMZ, COPEM e Prime, o consórcio propôs um valor de R$ 149.888.193, que foi reduzido para R$ 149,85 milhões após negociação.

O Metrô lançou a licitação em setembro de 2022 com uma inovação, a inclusão do projeto básico em paralelo ao desenvolvimento do anteprojeto de engenharia. Com isso, após a conclusão dos serviços, a companhia terá condições de lançar uma nova licitação, possivelmente por meio de uma concessão ou PPP para implantação do ramal, que ligará a estação Oscar Freire, no Jardim Paulista, a Cidade Tiradentes, no extremo leste da capital.

Como este site mostrou em ocasiões anteriores, a Linha 16-Violeta é um projeto pioneiro do Metrô, onde foram estudadas novas soluções para tornar sua construção mais barata e rápida.


Cronograma prévio de implantação da Linha 16 (CMSP)


Entre elas estão o uso de um tatuzão de grandes dimensões, capaz de escavar túneis que incluem plataformas e área de estacionamento de trens. Algumas estações também poderão adotar elevadores de alta capacidade para reduzir seu volume interno. Além disso, a companhia pode implantar vias mais próximas da superfície graças a uma inclinação de até 5% em vez de 4% usuais.

Essas técnicas podem impactar positivamente no custo da obra, mas ainda precisarão ser validadas pelo projeto básico a ser tocado pelo consórcio.

Ainda não há clareza quanto ao horizonte de inauguração da Linha 16, que por enquanto prevê uma extensão de 33,5 km e 23 estações. O projeto diretriz do Metrô sugere o final de 2034, mas o prazo depende do início das obras em 2028.


quarta-feira, 3 de maio de 2023

Linha 15

Metrô assina contrato para obras do monotrilho até o Ipiranga

03/05/2023 - Via Trólebus

Por Renato Lobo

O Metrô de São Paulo estabeleceu contrato com o Consórcio Expresso Ipiranga (Álya Construtora S.a. e Coesa Construção e Montagens S.a.) para execução das obras civis, vias, ciclovia e infraestrutura viária, fornecimento e implantação dos sistemas de alimentação elétrica e auxiliares, do trecho entre a Vila Prudente e Ipiranga, do monotrilho da Linha 15-Prata. O valor total do contrato é de R$ 445.147.147,81 (quatrocentos e quarenta e cinco milhões, cento e quarenta e sete mil, cento e quarenta e sete reais e oitenta e um centavos).

Segundo o documento divulgado pela operadora, os serviços envolvem, sem a eles se limitar:

Execução das Obras Civis da Estação Ipiranga, conforme projeto executivo fornecido pela Companhia do Metrô;




Elaboração do projeto executivo e execução das Obras Civis da via elevada do trecho a partir de 530(quinhentos e trinta) metros a oeste da Estação Vila Prudente até 273 (duzentos e setenta e três) metros a oeste da Estação Ipiranga;

Elaboração do projeto executivo e execução das Obras Civis da Ciclovia do trecho entre a Estação Vila Prudente até a Rua Coelho Neto;

Elaboração do projeto executivo e execução das Obras Civis da Infraestrutura viária necessárias para implantação dos pilares do Monotrilho;

Execução dos alteamentos da rede de alta tensão da Concessionária de transmissão de energia e da rede da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM;

Elaboração do projeto executivo, fornecimento e implantação dos Sistemas de Alimentação Elétrica e Auxiliares da Estação Ipiranga e trechos de via;

A execução dos remanejamentos de redes de utilidades públicas ou privadas, bem como eventuais interferências.

Os serviços têm prazo de execução de 40 (quarenta) meses, contados a partir da data de início da execução dos serviços presente na primeira Ordem de Serviço. Ou seja, se for iniciado em maio as obras podem ser finalizadas em 2026.

Com a extensão, a Linha 15 será conectada com a Linha 10-Turquesa da CPTM na estação Ipiranga. É ainda estudada a extensão da Linha 5-Lilás até o ponto de conexão entre as linhas 10 e 15.


terça-feira, 21 de março de 2023

Material Rodante

Alstom inaugura ampliação de sua fábrica de trens em Taubaté

08/11/2022 - Diário do Transporte

Por Willian Moreira

A Alstom, fabricante francesa de trens para transportes ferroviários em várias regiões do mundo, inaugurou nesta segunda-feira, 7 de novembro de 2022, a ampliação da sua fábrica de produção de composições em Taubaté, interior do estado de São Paulo.

O novo espaço pode agora receber mais de um projeto em paralelo, fruto do investimento de R$ 100 milhões na ampliação que triplicou o espaço, que agora conta com 60 mil m³.

O Diário do Transporte esteve presente no local a convite da empresa e entrevistou o presidente da Alstom no Brasil, o Sr. Michel Boccaccio.

De acordo com ele, após o término do contrato para a fabricação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) o local ficou ocioso, mas a chegada de seis novos contratos permitiu não só novo investimento no espaço industrial, mas também na geração de empregos, com 750 novos postos de trabalhos nos próximos meses. São dois contratos no Brasil, para fornecimento de trens para a ViaMobilidade e Linha 6-Laranja de metrô, ambos em São Paulo; e outros quatro internacionais, em Taiwan, Chile e Romênia, 

”O mercado de VLT acabou, as atividades se encerraram aqui, mas hoje com muito orgulho podemos retomar essa atividade pois nós ganhamos seis contratos. Quatro na exportação, no Chile, Taiwan e na Romênia e dois no Brasil, a linha 6 com a Acciona e com a ViaMobilidade linhas 8 e 9 da CCR.É uma felicidade de poder recrutar pessoas e nós vamos recrutar 750 pessoas ao longo de 2023 na nossa fábrica”, explicou Michel Boccaccio.

O líder da empresa no país também enfatizou que a chegada destes novos contratos resultará até 2028 na produção de 939 carros de passageiros, aproximadamente 20% do total produzido pela Alstom no Brasil em seu tempo de atuação local.

”No total são 939 carros e é muito importante porque na história toda no Brasil nós fabricamos 4.600 carros e só agora nós temos mais mil carros. São projetos muito grandes  que dão visibilidade e que emprego aqui até 2028”, completou o presidente da empresa.

A fábrica de Taubaté foi inaugurada no ano de 2015 e é centro de referência industrial na produção de carros em aço inoxidável, instalada perto das rodovias Presidente Dutra e Carvalho Pinto, em um ponto estratégico no interior do estado e não distante do porto de Santos, o maior da América Latina.

No complexo, além de 27 trens do VLT Rio, os carros Ns16 para o metrô de Santiago também foram produzidos no local.

Agora, para tocar os novos projetos a fábrica da Lapa também teve sua estrutura transferida para o interior, centralizando o polo produtivo em um local só.

Os projetos da Alstom em Taubaté são divididos da seguinte maneira.

- Trinta e seis trens Metropolis de oito carros cada para as linhas 8 e 9 da Rede Metropolitana de trens de São Paulo (ViaMobilidade);
- Vinte e dois trens Metropolis de seis carros para a Linha 6-Laranja de metrô em São Paulo;
- Trinta e sete trens Metropolis de cinco carros cada para a Linha 7 de metrô em Santiago, Chile;
- Treze trens com o total de 78 carros para a linha 5 do metrô de Bucareste na Romênia;
- Trinta e cinco trens Metropolis de quatro carros cada para a extensão da linha 7 do metrô em taipei, Taiwan;
- Vinte e nove trens Metropolis de quatro carros cada para a fase II da linha circular de Taipei, Taiwan.

Como mostrou o Diário do Transporte, ao menos 22 carros de passageiros dos trens novos da ViaMobilidade já foram produzidos.

Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2022/11/07/terceiro-trem-de-36-da-viamobilidade-esta-em-conclusao-pela-alstom-para-as-linhas-8-e-9/

Willian Moreira para o Diário do Transporte