segunda-feira, 26 de abril de 2010

SP deixa de investir 1,3 bilhão no metrô



26/04/2010 - O Estado de S.Paulo / Jornal da Tarde

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Escavação de túnel da Linha 4-Amarela. Trecho recebeu 20% menos verba do que o estimado.Foto: Paulo Liebert/AE

O governo do Estado deixou de investir R$ 1,3 bilhão na expansão da rede de metrô de São Paulo no ano passado. Ao todo, estava previsto um gasto de R$ 3,3 bilhões, mas foram aplicados R$ 2 bilhões. Segundo o Metrô, não houve falta de recursos nas obras de expansão do sistema. A redução dos investimentos ocorreu principalmente pelo atraso na Linha 5-Lilás, cujas obras deveriam ter começado no início do ano passado, mas só foram iniciadas em agosto.
O trecho deixou de receber R$ 1 bilhão, o equivalente a 80% da verba prevista. Com isso, as Estações Adolfo Pinheiro e Brooklin-Campo Belo, que seriam inauguradas este ano, são prometidas agora só para 2011 pela empresa. O prolongamento prevê ampliação do ramal até a Chácara Klabin, interligando com a Linha 2-Verde e a Linha 1-Azul, na Estação Santa Cruz, até 2013.
Também houve atraso na Linha 4-Amarela, que recebeu investimento de R$ 699 milhões, 20% a menos do que estava estimado. As duas primeiras estações, Faria Lima e Paulista, deveriam ter entrado em operação em março, mas não foram abertas ao público. Já a Linha 6-Laranja não recebeu R$ 70 milhões que estavam no orçamento.
A Linha 2-Verde foi a única a receber toda a verba prevista. Do R$ 1,1 bilhão orçado, foi aplicado R$ 1,08 bilhão. Ainda assim, o cronograma atrasou. As Estações Tamanduateí e Vila Prudente deveriam ter sido inauguradas em março, mas a abertura foi adiada para junho. Já a extensão da linha até Cidade Tiradentes, por monotrilho, recebeu apenas R$ 50 milhões dos R$ 228 milhões reservados.
O Metrô afirmou, em nota, que as obras não podem ser tratadas de forma pontual e o cronograma pode variar em aproximadamente cinco meses para mais e um para menos sem que isso caracterize o descumprimento da entrega. A companhia informou ainda que o investimento no plano de expansão chegará a R$ 23 bilhões, entre 2007 e 2011. No ano passado, o investimento em rede e expansão chegou a R$ 2,539 milhões. O dinheiro está sendo aplicado tanto em obras civis quanto sistemas, novos trens, sinalização, reforma de vagões e outros serviços.
Dificuldades. A ampliação da Linha 5-Lilás, porém, tem enfrentado problemas desde o início. Começou com a demora para fazer as desapropriações nas áreas dos canteiros de obras. O último entrave aconteceu no mês passado, quando as obras de prolongamento romperam cabos de fibra ótica da Telefônica em Santo Amaro. Os trabalhos na linha devem deslanchar este ano com a liberação de empréstimos no valor de US$ 1,13 bilhão. Foram US$ 650,4 milhões do Banco Mundial (Bird) e US$ 481 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Segundo José Geraldo Baião, presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (Aeamesp), problemas como esse não podem ser previstos. Há entraves burocráticos e dificuldades no processo de licitação que alteram a previsão orçamentária. Já para o engenheiro e especialista em transportes Horácio Figueira, a redução no investimento é um indicativo de falta de verba ou de falha de planejamento. Ou não havia dinheiro para a obra ou o cronograma foi mal planejado.
Para lembrar
Prefeitura deu R$ 325 mi, em vez de R$ 1,2 bi
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) deixou de repassar R$ 903 milhões ao Metrô nos últimos dois anos. A Prefeitura deveria ter investido R$ 1,228 bilhão até o ano passado, mas só depositou R$ 325 milhões na conta da empresa. Em 2008, dois meses antes das eleições, Kassab prometeu investir R$ 1 bilhão no Metrô naquele ano e outro R$ 1 bilhão nos quatro anos seguintes, caso fosse eleito.
No ano em que fez a promessa, porém, o prefeito repassou apenas R$ 275 milhões. Outros R$ 198 milhões foram dados em Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs). O orçamento municipal previa o repasse de mais R$ 228 milhões em 2009 para a expansão da malha metroviária da capital, mas só R$ 50 milhões foram recebidos pelo Metrô. A Prefeitura diz que o corte foi motivado pela crise.

Metrô cresce, mas expansão não atende demanda



26/04/2010 - Valor Econômico

Mesmo que nos próximos quatro anos o governo paulista consiga cumprir o plano de investimento no metrô, que prevê acelerar em quase sete vezes o ritmo atual de expansão na capital e chegar a uma malha de 140 quilômetros (km), a cidade ainda não contará com uma estrutura comparável à de outras grandes metrópoles, como a Cidade do México (200 km de metrô) e Paris (213 km), por exemplo.
Segundo os planos da administração estadual, a malha de metrô paulistano, hoje com 62,3 km, chegará a 140 km em 2014. Isso corresponde a uma média de 13 km construídos por ano, frente a uma média histórica de 2 km/ano. O governo não informa valores do investimento necessário.
O paulistano, cansado da lotação do transporte público nos horários de pico, quando melhora a sua renda, compra um carro. Ele resolve o problema da falta de conforto, mas fica parado no trânsito das ruas. Sem uma solução para o transporte coletivo, a situação caótica do trânsito só tende a piorar. Dados mostram que a motorização em São Paulo cresce cada vez mais. Metade dos domicílios na capital paulista tem um carro, dos quais 30% foram adquiridos nos últimos 12 meses. Além da melhoria da renda, esse consumo foi impulsionado pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros no começo do ano passado.
Segundo Carlos Henrique Ribeiro de Carvalho, técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o metrô é o único veículo que nunca perde demanda. Sempre que cresce, absorve, e ganha a disputa com o carro. Por isso deve ser tratado como protagonista. "O metrô tem que assumir o papel de protagonista, enquanto os outros sistemas são complementares."
Olhando o passado do investimento em metrô em São Paulo, é possível concluir que o plano do Estado até 2014 é importante e um verdadeiro desafio. Ele equivale à construção de uma linha 4-Amarela (12,8 km da Luz à Vila Sônia) por ano até lá, obra com custo de mais de US$ 1 bilhão, que está há seis anos em execução e só deve entrar completamente em operação em 2012. Seguindo este ritmo, um cálculo simples usando regra de três nos leva a crer que seriam necessários, na verdade, cerca de 30 anos para que o metrô chegue aos 140 km pretendidos.
A seu favor, porém, o governo conta com um programa já em andamento de investimento no sistema metroferroviário - de 2007 a 2011, o governo pretende ter investido R$ 23 bilhões no sistema metropolitanos de transportes, o que inclui as linhas de trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) -, além de incentivos como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), federal, e a aproximação da Copa do Mundo em 2014, evento que deve alavancar mais recursos.
A realização do plano estadual de expansão do metrô poderá trazer um alívio considerável aos moradores e trabalhadores da cidade de São Paulo, reduzindo o uso de automóveis e o trânsito nas ruas. Poderá no mínimo dobrar o número de usuários do metrô, hoje em 3,3 milhões nos dias úteis.
Mesmo assim, a medida ficaria aquém dos 200 km desejáveis para uma metrópole de seu porte, segundo Carvalho, do Ipea. "O metrô tem um limite para ser viável economicamente, e a experiência de outras metrópoles, como a Cidade do México, mostra que 200 km é uma extensão factível", diz.
A experiência em São Paulo mostra, porém, que a tarefa não é simples. Comparada a grandes municípios como a Cidade do México (200 km de metrô), Paris (213 km) e Madri (283,8 km), São Paulo fica tímida com seus 62,3 km de linhas. Enquanto a capital mexicana construiu 200 km de metrô de 1967 a 2000, a São Paulo fez 62,3 km de 1968 até hoje, com mais 12,8 km prestes a serem entregues.
Os investimentos mais fortes foram concentrados nos primeiros 20 anos, com a entrega das linhas 1-Azul e 3-Vermelha, um total de 38,7 km. De 1989 para cá, mais 20 anos, foram construídos 23,6 km. Dessa forma, além da necessidade de manutenção e modernização da rede, a cidade tem que correr atrás do prejuízo do baixo investimento feito até então.
É preciso, por exemplo, ir além do que foi feito na Linha 4. Sua construção começou em 2004, na administração do governador Geraldo Alckmin (PSDB), e passou por várias mudanças no cronograma. No início, a intenção era inaugurar a primeira fase da linha (Luz - Butantã) em 2006, data prorrogada até a última mudança recentemente, que lançou para o segundo semestre deste ano a entrada em operação das primeiras estações.
O governo não considera que há atraso em relação à previsão de entrega das estações a partir de fevereiro, justificando que neste tipo de investimento são utilizadas "bandas", ou períodos que podem variar em aproximadamente cinco meses para mais e um para menos. Via assessoria de imprensa, a Secretaria de Transportes Metropolitanos diz que "variações dentro dessa banda não caracterizam o descumprimento da entrega".
O governo não fixa data para a inauguração da linha. As informações oficiais são de que as estações só serão entregues depois da conclusão de um protocolo de testes em andamento nas estações Paulista e Faria Lima que garantirá segurança e eficiência na operação.
Questionada sobre a razão dos atrasos sobre o cronograma inicial, a secretaria diz que "estruturas complexas, como novas linhas metro-ferroviárias, trabalham com prazos estimados que não podem ser tratados de maneira pontual", e que "fatos externos precisam ser levados em consideração".
No meio do caminho, a Linha 4 sofreu atrasos na licitação e a suspensão das obras no canteiro da estação Pinheiro após acidente em 2007 que matou sete pessoas. A Justiça acusou 13 pessoas, entre elas engenheiros e projetistas do Consórcio Via Amarela, responsável pela obra, e gerentes do Metrô. O processo está em andamento.
Segundo a concessionária Via Quatro, que operará a linha, o cronograma foi ajustado entre as partes e por isso não será aplicada multa ao Estado pelo atraso.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Metrô SP completa 42 anos de fundação



23/04/2010 - Metrô SP / RF

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Linha 2 (Verde) está recebendo novos trens

O Metrô de São Paulo completa amanhã (24), 42 anos de fundação. A previsão é que na data a companhia alcance a marca de 19,6 bilhões de passageiros transportados, desde o início da operação comercial em setembro de 1974.
O Metrô foi fundado como empresa municipal há 41 anos (em 24 de abril de 1968), em assembléia realizada no gabinete do então prefeito brigadeiro José Vicente de Faria Lima, no parque do Ibirapuera. A histórica sessão formalizou a constituição da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô, cujo capital inicial era de NCr$ 10.000.000,00 (dez milhões de cruzeiros novos).
Em 14 de dezembro de 1968, um ato simbólico marcou o início das obras da Linha Norte-Sul, atual Linha 1-Azul. No dia 6 de setembro de 1972, uma composição-protótipo realizou a primeira viagem do metrô paulistano entre as estações Jabaquara e Saúde.
Em 14 de setembro de 1974, depois de intenso programa de treinamento com a população, o Metrô colocava em funcionamento o primeiro trecho, de sete quilômetros de linha, entre as estações Jabaquara e Vila Mariana, estabelecendo, a partir de então, um novo conceito de transporte na cidade de São Paulo.
O Metrô da capital paulista, que opera hoje uma rede de 62,3 quilômetros de linhas e 56 estações (contando apenas uma vez as estações interligadas em duas linhas), está entre os mais utilizados do mundo em densidade operacional, com 11,6 milhões de passageiros transportados por quilômetro de linha.
No início de sua operação comercial, o metrô funcionava de segunda a sexta-feira, das 9h às 13h, e fechava ao público nos fins de semana. Na época, a média diária de passageiros era de apenas 2.548 pessoas.
Hoje, nos horários de pico, das 7h às 8h e das 17h30 às 18h30, o intervalo entre trens (headway) é um dos menores do mundo. Na Linha 3-Vermelha, é de apenas 101 segundos; na Linha 1-Azul, 109 segundos; na Linha 2-Verde, 137 segundos. A Linha 5-Lilás opera com intervalo de 262 segundos. Apenas dois metrôs no mundo programam intervalo entre trens inferior a 101 segundos: o de Moscou e o de Paris.
Com uma frota total de 134 composições (cada uma possui seis carros), a rede opera com 108 trens nos horários de maior movimento. No ano passado, foi iniciada a reforma de 98 trens, que circulavam desde o início das operações nas Linhas 1 e 3.
Em março deste ano, o Metrô paulistano foi escolhido o Melhor das Américas (Best Metro Américas) de acordo com a The Metros, principal premiação do setor metroviário do mundo. O anúncio foi feito durante a Conferência MetroRail 2010, que reuniu, de 22 a 25 de março, em Londres (ING), 250 executivos e representantes de 70 companhias de metrô de 40 países.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Expansão do Metrô tem apoio do Bird



Metrô SP Notícias - 22/04/2010

O Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD aprovou, nesta terça-feira, dia 20, um empréstimo de US$ 650,4 milhões que apoia o Governo do Estado de São Paulo na expansão da Linha 5 - Lilás do Metrô. As melhorias beneficiarão um grande número de moradores de baixa renda da área sul da cidade. Em 2013, quando a linha estiver plenamente operacional, de Capão Redondo à Chácara Klabin, o número de passageiros da Linha Lilás passará de 170 para 628 mil.
O financiamento do BIRD proporcionará a compra de 26 novos trens e a implantação de um novo sistema de sinalização (CBTC- controle de trens baseado em comunicações), e de portas de plataforma, o que garantirá ainda mais segurança aos usuários.
A incorporação de novos sistemas digitais de sinalização e controle de tráfego ajudará a reduzir o tempo de espera entre os trens, possibilitando o transporte de mais usuários com maior conforto. As plataformas das estações contarão com portas de segurança de vidro que abrirão apenas para embarque e desembarque. Todos os trens contarão com sistema de emergência contra incêndios, ar-condicionado e passagem livre entre os vagões.
O montante foi financiado pelo BIRD pelo prazo total de 30 anos, com período de carência de 5 anos e taxas de juros baseada na Libor.
Extensão da Linha 5
A extensão da Linha 5 - Lilás ligará a Estação terminal atual Largo Treze à Chácara Klabin (Linha 2 – Verde). Atualmente a Linha 5 – Lilás opera no trecho entre as estações Capão Redondo e Largo Treze, com seis estações, extensão de 8,4 km e oito trens, atendendo hoje 170 mil passageiros dia/útil. A expansão até Chácara Klabin prevê um aumento de 11,7 Km em vias operacionais e mais 11 estações, construção de um pátio de manutenção e estacionamento de trens.
A Linha 5 – Lilás, quando totalmente concluída, contará com uma extensão de cerca de 20 km e 17 estações, de Capão Redondo a Chácara Klabin (Linha 2 – Verde) com previsão de demanda de 628 mil passageiros/dia. Também será integrada à Linha 1-Azul, na estação Santa Cruz.
Essa expansão reduzirá em aproximadamente 54 minutos o tempo de deslocamento até o centro para usuários de baixa renda da zona sul da cidade. Também facilitará o acesso a oito grandes hospitais, tornando os serviços públicos básicos mais acessíveis a um grupo maior da sociedade.
Plano de Expansão
“O plano de expansão do transporte de passageiros sobre trilhos é uma absoluta prioridade para o Governo de São Paulo, e a extensão da Linha 5 – Lilás é fundamental para a integração de toda a zona sul a esse sistema, melhorando a qualidade de vida das pessoas na mais populosa região da capital”, afirma Alberto Goldman, Governador do Estado de São Paulo.
Até o final de 2010 a rede com qualidade de metrô será quadruplicada, passando de 60 km para 240 km. Desse total, 162 km são linhas da CPTM. O Plano de Expansão também reaqueceu a indústria ferroviária, com a compra de 107 trens. Trata-se do maior investimento já feito no setor.

terça-feira, 20 de abril de 2010

No início, Linha 4 vai operar só das 9h às 15h



Primeiro trecho, entre Estações Paulista e Faria Lima, funcionará fora de horários de pico

20 de abril de 2010 | 0h 00
Renato Machado - O Estado de S.Paulo
Os paulistanos vão ter de esperar um pouco mais para usufruir em período integral da futura Linha 4-Amarela do Metrô. O primeiro trecho a ser inaugurado ? que terá apenas as estações Paulista e Faria Lima ? vai funcionar inicialmente somente das 9h às 15h, ou seja, fora do horário de pico. Apesar de já ter definido o horário de operação, a data de inauguração da linha ainda não foi estabelecida pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos.
O horário de operação reduzido é comum durante o início de operação de linhas novas do Metrô. Quando a Linha 5-Lilás foi inaugurada em 2002, por exemplo, funcionou das 10h às 15h e somente em dias úteis, sendo expandido gradativamente (leia mais ao lado). A mesma situação aconteceu no início do funcionamento da Linha 2-Verde, na década de 1990.
No caso da Linha 4-Amarela, ainda não há previsão de como será a expansão do horário de funcionamento. No entanto, o consórcio ViaQuatro, que vai operar a nova linha, afirma que a previsão é que o trecho entre as duas estações funcione em período integral ? das 4h40 à 0h ? até o fim deste ano.
Prazo. Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, o contrato de concessão prevê que a Linha 4 pode funcionar em dias e horários reduzidos por um período de seis meses a partir do início das operações comerciais. Esse tempo é necessários para "permitir ajustes operacionais, treinamento de pessoal e também para habituar o público", afirmou a pasta ontem, por meio de nota.
A secretaria e o consórcio ainda não definiram se haverá cobrança dos passageiros nesse primeiro momento ou se as viagens na linha serão gratuitas.
O consórcio ViaQuatro estima que mil pessoas por sentido de circulação devem utilizar o trecho entre as estações Paulista e Faria Lima nas seis horas de funcionamento. Desse total, 95% dos usuários devem vir ou seguir pelo restante da rede de Metrô, enquanto o restante devem acessar a Linha Amarela através das novas estações.
Trens. Inicialmente, apenas três trens vão operar o trecho entre as estações Paulista e Faria Lima, quantia considera suficiente pelo consórcio ViaQuatro. A previsão é que o intervalo entre eles seja de aproximadamente quatro minutos.
A informação de que no início a Linha 4 vai funcionar em horário reduzido pegou futuros passageiros de surpresa. "Eu achava que (a obra) estava atrasada, mas que seria só inaugurar e já poderia utilizar para trabalhar", disse o técnico administrativo Auro de Moraes, de 42 anos. Morador de São Miguel Paulista, na zona leste da capital, todos os dias ele enfrenta uma maratona de ônibus, metrô e ônibus novamente para chegar à Avenida Brigadeiro Faria Lima, onde trabalha. "Vou ter que esperar, porque venho para cá de manhã, no horário de pico."

Bird concede empréstimo de US$ 650 milhões para ampliar metrô de São Paulo




France Presse
Publicação: 20/04/2010 21:07
O Banco Mundial (Bird) anunciou, nesta terça-feira (20/4), a liberação de um empréstimo de 650 milhões de dólares para ampliar a linha 5 do metrô de São Paulo, o que melhorará a qualidade de vida de quase 20 milhões de pessoas.

O crédito servirá para financiar trens e material de sinalização ao metrô, cuja renovação está sendo antecipada pelo governo de São Paulo a um custo total de 2,2 bilhões de dólares, indicou um comunicado.

"O plano de expansão do sistema de transporte de passageiros é uma prioridade absoluta para o governo de São Paulo e a extensão da linha 5 é fundamental para integrar a zona sul da cidade ao sistema, melhorando a qualidade de vida da parte mais populosa da cidade", disse o governador de São Paulo, Alberto Goldman.

A nova linha ajudará a aliviar o pesado trânsito da megalópole brasileira e reduzirá o custo do transporte para a população mais carente.

"Espera-se que o projeto melhore significativamente o bem-estar dos pobres de São Paulo", disse o diretor do Bird para o Brasil, Makhtar Diop.

A primeira fase da linha 5 opera desde 2002, e agora será ampliada em 11,7 km, permitindo transportar 630.000 pessoas a mais por dia, acrescentou o Bird.

Chega novo lote de trens da Linha 4 – Amarela



20/04/2010 - A Tribuna

Chegou ao Porto de Santos no último sábado um novo lote com três composições da Linha 4 - Amarela do Metrô de São Paulo. Os trens, compostos de seis carros, vieram a bordo do navio SCL Ben, que partiu do Porto de Masan, na Coreia do Sul, no dia 3 de março.
Segundo a Via Quatro, concessionária que administra a Linha, 13 vagões foram descarregados no complexo no final de semana e levados ao terminal marítimo da Deicmar, no Saboó. Já os cinco restantes estão sendo desembarcados nesta segunda-feira, no armazém 27.
Outros dois lotes, com a mesma quantidade de trens, estão previstos para chegar até o início de julho. Ao todo, com esse novo lote, oito trens já foram descarregados no Porto desde janeiro.
O primeiro saiu do Porto de Masan no dia 28 de outubro de 2009 e desembarcou na Deicmar no primeiro dia do ano. O carregamento veio a bordo do cargueiro Thor Spirit. Já o segundo, que saiu em 5 de dezembro da Coreia, foi transportado pelo S. Partner e foi deixado no Porto em meados de janeiro.
No dia 27 do mesmo mês, outros dois trens chegaram ao cais santista. As composições vieram no navio S. Fighter. O quinto foi desembarcado no último dia 3 de fevereiro. A composição partiu da Coreia, no dia 27 de dezembro, a bordo do Scan Atlantic.
Após o desembarque, os carros são levados em carretas para a capital. Em São Paulo, eles ficam no Pátio da Vila Sônia, onde são feitos os testes, a lavagem e a adesivagem dos vagões.
Os trens da Linha 4 foram construídos na Coreia por um consórcio formado pelas empresas Siemens e Hyunday Rotem. Ao todo, a primeira fase do projeto do Metrô terá 14 trens (84 carros).
Com a expansão da linha, São Paulo terá mais 74 quilômetros de metrô. Com 12,8 quilômetros de extensão, a Linha 4 ligará a Estação da Luz (Centro) à Vila Sônia (Zona Sul).

Alstom implantará novo 3º trilho na Linha 3





20/04/2010 - Revista Ferroviária

O consórcio Tração 3, composto pela Alstom e Tejofran, foi selecionado para elaborar o projeto, fornecer e implantar o novo sistema de terceiro trilho da Linha 3 (Vermelha) do Metrô de São Paulo.
O consórcio selecionado concorreu com outros dois: Tiisa/Monteiro de Castro/Ina/Engefel e Siemens-Façon.  A definição cabe recurso e os grupos inabilitados podem apresentá-lo até sexta-feira (23).
A Linha 3 conta com 22 km de extensão e 18 estações, que ligam a Barra Funda a Corinthians – Itaquera. A Linha transporta cerca de 310 milhões de passageiros por ano.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Encontrados Resquícios da última linha de bonde nas obras de expansão do Metrô em Santo Amaro





Durante os trabalhos de monitoramento e prospecção arqueológica das obras de prolongamento da Linha 5-Lilás do Metrô, no trecho entre Largo Treze e a Rua Conde de Itu, foram encontrados trilhos remanescentes da linha de bonde que fazia a ligação entre o Largo Treze (que fazia parte do antigo município de Santo Amaro, atual bairro homônimo) e o centro. A via estava preservada sob o pavimento asfáltico, bem próximo à superfície.

As estruturas e materiais estão sendo resgatados e preservados, visando sua posterior divulgação para as comunidades, dentro do chamado “Programa de Educação Patrimonial”, a ser desenvolvido pelo Metrô.

A empresa responsável pelos trabalhos, a ALasca Arqueologia, contratada pelo Metrô, está ainda no início dos trabalhos, que deverão ocorrer concomitantemente às obras de implantação do Metrô.

De acordo com os pesquisadores, a área possui relevância arqueológica, pois sua primeira ocupação se deu possivelmente no início da urbanização da região (séculos XVI a XVIII). À medida que as escavações avançam, materiais estão sendo retirados para que seja feita uma análise mais apurada.

O último bonde

Os resquícios encontrados fazem parte do último ramal de bonde que foi desativado em São Paulo, em 1968. A linha passava por importantes eixos de deslocamento: Sé, Liberdade, Vergueiro, Domingos de Morais, seguindo em linha reta pelas Avenidas Ibirapuera, Vereador José Diniz e Adolfo Pinheiro.

Sua origem remonta à antiga “Companhia Carris de Ferro São Paulo a Santo Amaro”, inaugurada em 1885, cujo trajeto original seguia pela Avenida da Liberdade, Rua Vergueiro, Avenida Domingos de Morais e Avenida Jabaquara (o trajeto da atual Linha 1 do Metrô), passando por onde, mais tarde, seria construído o Aeroporto de Congonhas, e daí seguindo até Santo Amaro.

A bitola dessa linha era de 1,05m, a mesma que era utilizada para as linhas da capital. Os bondes eram movidos a vapor, com locomotivas alemãs da indústria Krauss. Posteriormente, em 1913, já operada pela Light, ocorreu a inauguração de nova linha para Santo Amaro, com bondes eletrificados, que se tornaram a principal ligação entre a capital e Santo Amaro.

Ao mesmo tempo, está sendo desenvolvida pesquisa intensiva nos arquivos e bibliotecas públicas para levantar dados e imagens associadas à história da linha de bonde São Paulo – Santo Amaro e sua influência na evolução desses núcleos urbanos.


Metrô SP - 16/04/2010

Siemens estreia no Brasil trem sem condutor



16/04/2010 - Brasil Econômico

O início da operação da Linha 4 do Metrô paulistano terá para a Siemens o efeito da inauguração de um showroom. A companhia é a fornecedora do sistema de automação que permitirá que os trens do novo trecho rodem sem a necessidade de condutor. Será o primeiro do gênero a funcionar no Brasil e dará novo impulso à companhia alemã na disputa por este mercado no país.
Uma de suas principais rivais, a Alstom venceu em 2008 a concorrência para a atualização dos sistemas de sinalização e controle das linhas 1, 2 e 3 do Metrô paulistano, que já funcionam. O contrato, de 280 milhões de euros, está em implantação e, pelas previsões iniciais, deverá ficar pronto ainda neste ano. Quando estiver em funcionamento, a tecnologia da Alstom também dispensará condutores. O que significa que a companhia francesa terá também o que mostrar, em breve.
Na disputa com a Alstom, a Siemens quer mostrar, entre outras coisas, que a autonomia de seus trens pode ser maior que a dos concorrentes. Em especial, quando ocorrerem problemas. “Em caso de pane, nosso sistema se autoavalia e é capaz de levar o trem até a garagem sozinho”, diz o executivo.
Razão de ser
O volume de negócios na área ainda em aberto no país é significativo. “Este é um mercado com potencial de R$ 1,5 bilhão, nos próximos quatro anos”, diz Paulo Alvarenga, diretor executivo da divisão de mobilidade da Siemens. E está concentrado basicamente no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde há adensamento urbano que justifique o investimento. “Pela redução de custo com pessoal, não valeria a pena”, afirma o executivo.
Segundo estimativas do mercado, o investimento médio necessário para a adaptação ou implantação de sistemas automatizados de sinalização e controle, é atualmente, de aproximadamente R$ 300 milhões. O valor de cada projeto varia de acordo com o comprimento e a densidade das linhas.
Apertem os cintos
A imagem de um veículo sem condutor costuma amedrontar a maioria das pessoas. Não à toa, há uma comédia cujo título em português é “Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu”. A justificativa para a adoção de sistemas de controle totalmente automatizados, que dispensam condutor, porém, é justamente a segurança. Pelo menos em tese, as máquinas são as mais precisas e rápidas que os seres humanos na hora de reagir a um imprevisto e evitar o choque entre trens.
Com mais segurança, mais trens podem rodar ao mesmo tempo nas linhas, respeitando intervalos menos de espera nas estações e atingindo maior volume de pessoas a serem transportadas. “A Linha 2 (Verde) do Metrô paulistano é provavelmente uma das mais densas do mundo”, diz Alvarenga. “Você colocar um trem a cada minuto e meio em vez de um trem a cada 2 minutos faz muita diferença. É uma composição a mais, num intervalo de seis minutos”, diz o executivo.
De acordo com a Secretaria de Transportes Metropolitanos, quando o novo sistema de sinalização do Metrô entrar em funcionamento, os atuais intervalos serão reduzidos de 109 para 87 segundos, na Linha 1 – Azul; de 137 para 97 segundos, na Linha 2 – Verde; e de 101 para 82 segundos, na Linha 3 – Vermelha. O aumento da frequência depende também da conclusão das reformas de 98 trens e da entrega de outros 33 novos. Na linha 4, a expectativa é de que circulem diariamente 900 mil pessoas. A espera entre os trens deverá ser de 90 segundos

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Na Rua dos Pinheiros, dobra valor de imóvel



O Estado de São Paulo, Mariana Lenharo, 15/abr
Sempre que ocorre a implementação de uma nova infraestrutura pública, como é o caso da Linha 4-Amarela da Companhia do Metropolitano de São Paulo, ela se torna um fator adicional de atratividade, o que faz o preço dos imóveis se elevar naturalmente.
Essa é a opinião do diretor de Planejamento e Expansão dos Transportes Metropolitanos, Marcos Kassab. "O que não pode é deixar de instalar essa infraestrutura", alerta. Ele associa esse aumento excepcional do preço dos imóveis a um aquecimento geral do mercado imobiliário no último ano.
Segundo ele, a população do centro expandido está estabilizada como um todo e isso não tem necessariamente a ver com o Metrô. Outros fatores poderiam explicar a queda da densidade populacional nessas regiões, como a mudança do perfil das famílias, que passaram a ter menos filhos.
Variável única. Para ele, a dinâmica populacional abordada no estudo "Distribuição da População na Região Metropolitana de São Paulo", do engenheiro Carlos Eduardo de Paiva Cardoso, é muito complexa e não pode ser analisada diante de uma única variável: a instalação do metrô numa determinada área. "A linha é indutora de crescimento, qualidade de vida e aumento de serviços, mas isso se mistura com outras variáveis que podem contribuir para esse processo populacional."
Na prática, porém, os aumentos já são visíveis. Na Rua dos Pinheiros, os moradores de um prédio na frente da Estação Faria Lima, que será inaugurado em breve, viram o aluguel saltar de R$ 700 para R$ 1 mil em poucos meses. O valor de um apartamento de dois quartos, que era de cerca de R$ 150 mil, hoje alcança os R$ 300 mil.
Batata. A região do Largo da Batata, onde fica a nova estação, é uma aposta dos especialistas do mercado imobiliário. "O comércio da região sempre foi forte, mas as lojas tinham um padrão mais baixo", afirma Kathia Raucci, especialista da consultoria de imóveis Saramandona. Ela acrescenta que "só a notícia da vinda do metrô já fez várias construtoras começarem empreendimentos na região e os próprios lojistas estão melhorando seus estabelecimentos".
Segundo Kathia, a região servirá como uma alternativa à Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini para a instalação de prédios de escritório.
Vila Sônia. Para o diretor de atendimento da Lopes Imobiliária, Cyro Naufel Filho, já é possível perceber uma atividade intensa de compra e venda de imóveis também na Vila Sônia, onde se instalará outra estação da Linha Amarela. "É uma região bastante receptiva tanto para quem mora na zona sul, como na zona oeste", avalia.
Três perguntas para... Benedito de Toledo (historiador, autor do livro "São Paulo, três cidades em um século".
1. Virou tendência a expulsão de antigos moradores pelo Metrô?
Todo tipo de transporte de massa altera o entorno. Desde a instalação do trenzinho da Cantareira. Outro bom exemplo é a construção da antiga rodoviária no centro da cidade, que agora está sendo demolida. Foi uma desgraça para a região, pela saturação que causou.
2. Por esse aspecto, a expansão do Metrô pode ser negativa?
O Metrô é a solução para São Paulo, que não pode mais pensar em transporte individual. Mas atrai um comércio improvisado, prejudicial ao entorno, que não é o que os moradores desejam.
3. O que fazer então para diminuir os prejuízos trazidos pelas estações?
É preciso disciplina na hora de pensar o desenvolvimento da cidade. São Paulo tem de ter mais áreas livres. E mais infraestrutura de transporte público por todas as suas regiões.

terça-feira, 13 de abril de 2010

AeS fornecerá sistema de portas para Metrô



13/04/2010

A AeS, empresa especializada em sistemas de alta tecnologia para controle, automação e segurança de aplicações metroferroviárias, foi contratada pela Faiveley para fornecer o novo sistema de controle de portas para todos os trens das Linhas 1 (Azul) e 3 (Vermelha) do Metrô de São Paulo.  O contrato é de R$ 4,5 milhões.
Os carros estão sendo modernizados por quatro consórcios: MTTrens (MPE, T´Trans e Temoinsa), Reformas Metrô (Alstom e Iesa), Modertrem (Alstom e Siemens) e BTT Linha Azul (Bombardier, Tejofran e Temoinsa). Dos quatro consórcios, somente o BTT Linha Azul, chefiado pela Bombardier, não dispõe da tecnologia da AeS.
De acordo com Aryldo G. Russo Jr., gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da AeS, o sistema de portas é semelhante ao já utilizado. Cada porta possui um controlador, que recebe os comandos. O que difere o produto da AeS das outras empresas é a inclusão de um controlador geral de porta, ou seja, um comando central, que auxilia na segurança de todas as portas.
A AeS também é responsável, em conjunto com a  companhia francesa Clearsy, pelo desenvolvimento da solução implantada para o controle das portas de plataforma (portas de vidro que separam a plataforma dos trilhos) da estação Sacomã, da Linha 2, inaugurada em janeiro deste ano. A mesma solução será implantada em toda expansão da Linha 2 e também nas 12 estações da Linha 3.
“Estamos investindo na criação do software e também do hardware. Isso reforça a tese de que as empresas brasileiras têm condições reais de competir com o mercado internacional. Além disso, mostra que o Metrô de São Paulo caminha para ser um dos mais modernos e seguros do mundo”, comenda Russo.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Alto do Ipiranga é destaque internacional



12/04/2010 - Revista Ferroviária

A revista World Tunneling, especializada em túneis, teve como matéria de capa da edição de abril um artigo escrito pelos brasileiros Marco Aurélio Peixoto da Silva, Hugo Cássio Rocha e Francisco Ribeiro Neto, referente às obras da estação Alto do Ipiranga, da Linha 2 (Verde) do Metrô de São Paulo.
No texto, os autores dão os detalhes técnicos de como foram construídos os túneis da referida estação, como por exemplo, o fato do eixo central possuir 32 metros de diâmetro por 37 metros de profundidade, além de dois túneis de plataforma com 260 m² e 300 m² cada.
Todos os túneis foram escavados pela metodologia NATM (New Austrian Tunneling Method), utilizada no mundo todo, com apenas alguns casos de abrandamento. As plataformas de túnel, por exemplo, são as maiores já construídas no Brasil, em terra fofa, e talvez uma das maiores do mundo devido a este tipo de aplicação.
Os engenheiros afirmam ainda que, ao construírem os túneis da estação Alto do Ipiranga, o trabalho não ocasionou grandes impactos ambientais ou sociais na região.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Linha 3 quer mais trens com ar-condicionado



05/04/2010 - R7

Os usuários da linha 3 – Vermelha do Metrô (Palmeiras/Barra Funda – Corinthians/Itaquera) ganharam dois novos trens com ar-condicionado e gostaram da novidade. A reportagem do R7 conversou com alguns passageiros na tarde de domingo (4) e ouviu elogios e algumas reclamações sobre a nova composição.
A dona de casa Ana Paula Arjonas fez percurso com a família toda da estação Artur Alvim, na zona leste, até a Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. Ela contou que o ar-condicionado certamente fez a diferença, mas notou que o novo trem tem menos assentos.
- Acho que deveria ter mais bancos. Mas o resto melhorou muito. Parece até ser mais rápido.
O marido dela, Ademir Arjonas, só lamentou ter que sair do novo trem para pegar um outro “velho” da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) para chegar a Barueri.
- Não tem nem o que comparar.
A vendedora Sueli Almeida de Oliveira Barbosa, que todos os dias passa por três linhas do metrô, aprovou a nova composição. Diariamente ela sai do bairro da Saúde, na zona sul, pega a linha 2 – Verde (Sacomã – Vila Madalena), depois troca para a linha 1- Azul (Tucuruvi – Jabaquara), no Paraíso, e, na Sé, pega a linha Vermelha até a estação Marechal Deodoro.
- Seria bom que tivesse mais desses. Também é mais espaçoso e som [que anuncia as estações] parece mais claro.
A babá Suseli Ferreira Fermino lembrou que o ar-condicionado será muito útil nos horários de pico, quando os trens ficam lotados. Em sua primeira viagem na nova composição, ela disse que achou os bancos confortáveis.
No total, a linha 3 vai receber 10 novos trens. Os dois primeiros foram entregues no dia 28 de março. Além do ar condicionado, eles têm portas mais largas e câmeras de segurança internas e duas externas, nas extremidades da composição. O sistema de freios também é diferente, com controle de patinagem e deslizamento, que melhora o aproveitamento do freio em condições de baixa aderência, como quando há chuva.
Também foram compradas novas composições para as linhas Azul e Verde. A primeira terá sete e a segunda, 16. Conforme elas vão chegando, o Metrô retira os antigos trens e os manda para a reforma, que inclui a instalação de ar-condicionado. Quatro já foram retirados da linha Vermelha e pelo menos um deles deve voltar a circular até o final deste ano.
Intervalos menores
Até o final de 2010, com os novos trens em todas as linhas e também com a mudança do sistema de comunicação entre as composições, o tempo de espera nas plataformas no horário de pico deve cair dos atuais 101 segundos para cerca de 85 segundos.
Essa alteração só será possível porque o novo sistema, o CBTC (Communication Based Train Control), permite que os trens cheguem a 15 metros um do outro com segurança. Atualmente, os trens começam a frear quando ficam a 150 metros.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Monotrilho do M´Boi Mirim recebe 4 propostas



05/04/2010 - Notícias Revista Ferroviária


Quatro propostas foram apresentadas na concorrência, do tipo técnica e preço, do monotrilho do M´Boi Mirim da prefeitura de São Paulo, na segunda-feira passada, 29 de março.
A diretoria de Infraestrutura da SPTrans, gestora do transporte coletivo da cidade, está analisando as propostas para o monotrilho que interligará o Jardim Ângela, Santo Amaro, Vila Olímpia, Capão Redondo, Campo Limpo e Vila Sônia.  Os nomes das empresas concorrentes serão divulgados após essa avaliação.
Os próximos passos da licitação serão a abertura das propostas comerciais e divulgação do vencedor da concorrência para o projeto básico de obras civis e sistemas. A SPTrans não tem previsão de quando esse processo será finalizado. A licitação das obras, sistemas e trens devem ocorrer em seguida.
A linha de 34 km de extensão está estimada em R$ 3,4 bilhões (obras civil e material rodante, que inclui as vigas de concreto), com 13 estações.
A idéia é licitar o primeiro trecho entre o Jardim Ângela e Santo Amaro, com 11 km, e a obra ser custeada pela prefeitura, com início em 2011 e conclusão em dezembro de 2012. Os outros trechos seriam executados por uma parceria público privada (PPP), fazendo uma concessão de toda a estrutura. A finalização dos 34 km está prevista para 2014, para atender a Copa do Mundo.
O relevo acidentado da região onde sistema será instalado definiu a escolha da tecnologia do monotrilho, que tem rodas de borracha, o que permite vencer grandes declividades, se adequando ao relevo. Além disso, o sistema é considerado de baixo impacto pela leve estrutura de sustentação (vigas), interagindo com a paisagem e amenizado visual da região, que conta com corredor de ônibus sobrecarregado e diversas moradias irregulares.



http://www.revistaferroviaria.com.br/index.asp?InCdNewsletter=5263&InCdUsuario=3307&InCdMateria=10142&InCdEditoria=1