quarta-feira, 30 de março de 2016

Obras da Linha 6-Laranja abrirão dez frentes de trabalho até o fim deste ano

 29/03/2016 – Move São Paulo

A construção da Linha 6-Laranja de metrô já emprega mais de 2 mil pessoas. Atualmente, o Consórcio Expresso Linha 6 – contratado pela Move São Paulo para construir a nova linha – já abriu 11 frentes de trabalho. Até o final de 2016 serão 20 frentes e mais de 5,5 mil novos postos de trabalho. Todos trabalhando na construção dessa importante obra de mobilidade que vai ligar Brasilândia (zona noroeste) a região central da cidade.

A Concessionária Move São Paulo, responsável pela construção, operação e manutenção da Linha 6-Laranja de metrô assumiu o compromisso de contribuir com a mobilidade urbana na cidade de São Paulo. Quando entrar em operação a nova linha vai beneficiar mais de 633 mil passageiros por dia e reduzir significativamente o tempo de deslocamento das pessoas.


quinta-feira, 24 de março de 2016

Trens modernizados passam a integrar frota da Linha 2 Verde


23/03/2016 – Via Trolebus

Com a operação do sistema de sinalização CBTC (Controle de Trens Baseado em Comunicação) em dias úteis e horário integral na Linha 2-Verde [Vila Madalena – Vila Prudente] do Metrô de São Paulo, trens recém modernizados foram incorporados à frota.

Atualmente 9 trens reformados das frotas I e J operam na ligação metroviária entre as zonas oeste e leste. Dois deles iniciaram a operação nos últimos dias: as composições I05 e I20. Parte destes trens permaneciam em testes nos pátios, sem o transporte de passageiro, por portarem apenas equipamentos compatíveis ao novo sistema de sinalização.

Diante deste cenário, a Linha 3-Vermelha [Palmeiras Barra Funda – Corinthians Itaquera] ganhou o reforço de mais um trem da frota G, a composição G13, com portas mais largas, que ajudam na demanda alta e pendular da linha.

Modernização

O projeto de reforma de 98 trens do Metrô de São Paulo passou a marca de 75% de conclusão. Atualmente 14 trens das frotas A e D operam na Linha 1-Azul.

Outros 12 trens estão nos pátios da Companhia em testes, antes de serem reincorporados à frota operante. Os trens modernizados passam a contar com ar refrigerado, nova motorização e sistemas de som.

quinta-feira, 10 de março de 2016

Novo túnel vai aliviar trecho de ligação entre linhas 2 e 4 do Metrô de SP

 Local que recebe hoje 22,5 mil passageiros/hora, pode chegar a 35 mil em 2019. Obra quer desafogar o trajeto dos que transitam entre o metrô Paulista/Consolação

10/03/2016 - Via Trolebus 

Renato Lobo 

Passagem sempre lotada entre linhas 4 e 2 do Metrô 
Passagem sempre lotada entre linhas 4 e 2 do Metrô
créditos: Via Trolebus

Quem passa pela ligação entre as estações Consolação (linha 2-Verde) e a Paulista (linha 4-Amarela) do Metrô de São Paulo, sabe que pode encontra uma multidão em trânsito pelo caminho. Agora, dá para imaginar o que seria se o local ganhasse um volume de pelo menos 50% a mais de usuários?!

E é esta mesma a expectativa. Um cenário assim está previsto, e onde atualmente passam pela estrutura 22,5 mil passageiros por hora, em 2019 esse número pode chegar a 35 mil, segundo disse o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, para a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

Novo túnel

Prevendo este aumento de passageiros no local, a concessionária ViaQuatro, que administra a Linha 4-Amarela, anunciou que vai construir mais um túnel para desafogar esta passagem. Segundo a empresa, a previsão é que o tempo caia de 8 minutos e 20 segundos, em média, para 4 minutos e 40 segundos.

A nova passagem ligaria o final das escadas rolantes, próximo ao contador de acessos entre os dois sistemas, até o mezanino da estação Paulista.

A obra já havia sido anunciada no ano passado, e agora a nova previsão é que a construção comece até o início do próximo ano.

De acordo ainda com o secretário, o aumento na malha metroviária, com a entrega de estações das linhas 6-Laranja, 5-Lilás e 4-Amarela devem atrair novos usuários.

O túnel seria uma alternativa à construção de uma saída para a Rua Bela Cintra. “A concessionária privada (ViaQuatro) vai fazer o projeto. Eu aprovo tecnicamente, com a ajuda da equipe técnica do Metrô; eles me apresentam os valores e podemos negociar se o pagamento será em dinheiro ou ampliando o prazo da concessão (hoje de 30 anos)”, declarou Pelissioni.

quarta-feira, 9 de março de 2016

Metrô encosta cinco trens para servirem de 'estoque' de peças


09/03/2016 07:00 - Folha de SP

RODRIGO RUSSO

Pelo menos cinco trens do Metrô de SP foram retirados de operação para servir de "estoque" de peças de reposição para outros trens da companhia do governo paulista.

A Folha teve acesso a uma série de fotos dessas composições paradas no pátio de manutenção e estacionamento de Itaquera, na zona leste da cidade, onde trabalhadores "canibalizam" esses trens em ritmo praticamente diário.

Itens essenciais, como vidros de janelas e portas, fechaduras, lâmpadas, faróis, bancos de passageiros e painéis de console já foram retirados e recolocados nos trens em operação na capital.

A companhia tem 155 trens, que operam em quatro linhas, em situação de superlotação nos horários de pico –são 4,7 milhões de passageiros todos os dias.

Na visão dos metroviários, esse sistema de manutenção que deixa os vagões "depenados" ocorre porque, com o congelamento da verba repassada pelo governo do Estado ao Metrô, a empresa tem economizado na aquisição de novas peças de reposição.

O sindicato da categoria diz ainda que outros seis trens estão em situação similar, mas parados em outros dois pátios de manutenção.

Como a Folha revelou na semana passada, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) deu um calote de R$ 66 milhões na companhia em 2015. Esse dinheiro seria usado para cobrir os custos das gratuidades concedidas pelo governo a desempregados, idosos com mais de 60 anos e passageiros com deficiência, além de subsídios aos estudantes.

Sem receber recursos devidos pelo Estado, o Metrô se vê forçado a abrir mão de investimentos e a cortar custos em outras áreas de operação para arcar com uma obrigação que deveria ser do governo.

Tais problemas provavelmente continuarão a acontecer ao longo deste ano, pois Alckmin já informou ao Metrô que haverá novo contingenciamento de recursos.

"Além dos problemas com a falta de repasse das gratuidades, foram milhões de reais gastos com diversos trens novos que estão parados na linha 5-lilás e na linha 15-prata [monotrilho]. Enquanto isso, faltam mais de 3.000 itens de reposição no almoxarifado, deixando trens sem condições", afirma Alex Rodrigues, secretário-geral do sindicato dos metroviários.

No caso dos cinco "trens fantasmas", que já haviam sido modernizados ou pertenciam às linhas novas da frota, eles ficam estacionados no exterior do pátio, em área energizada, ao lado de uma placa que informa sobre o risco de morte naquele local.

Segundo funcionários da companhia, a retirada de equipamentos desses trens, inclusive da parte mecânica, tem sido mais frequente desde o início deste ano.

"Infelizmente esse está sendo o nosso almoxarifado", afirma um empregado do Metrô que atua na manutenção e preferiu não se identificar. Uma comissão interna tem questionado se a segurança dos trabalhadores está em risco nesse local.

O estoque de alguns dos itens dessas cinco composições que estão paradas em Itaquera já estaria limitado: faltam portas, e as lâmpadas estão perto do fim.

EMPRESA ALEGA MANUTENÇÃO

A reportagem questionou a assessoria de imprensa do Metrô sobre a situação específica de cada um dos cinco trens atualmente estacionados no pátio de manutenção da empresa em Itaquera, informando seu número e a frota a que pertencem.

Em nota, a companhia afirmou que todos eles estão passando por manutenção corretiva, e que as operações não são de forma alguma afetadas pelo fato de esses cinco trens não estarem prestando serviços atualmente.

"Os cinco trens citados pela reportagem estão passando por uma manutenção periódica e encontram-se dentro da reserva técnica de 10% da frota para a operação do sistema", diz a nota.

O Metrô tem atualmente uma frota total de 155 trens, que circulam nas quatro linhas operadas diretamente pela companhia. Assim, podem ficar nessa reserva técnica 15 trens. A linha 4-amarela, operada pela ViaQuatro, tem outros 14 trens.

Na nota enviada em resposta à Folha, o Metrô informa ainda que "as atividades de manutenção em todo o sistema operacional acompanham rígidos padrões de qualidade, adotados internacionalmente".

Por fim, a estatal afirma que o "Sindicato dos Metroviários manipula e divulga de maneira leviana informações técnicas que nada interferem na operação do sistema, tampouco na segurança dos usuários".

Não foram fornecidas, no entanto, respostas específicas sobre a situação de cada um dos trens, conforme solicitado pela reportagem, tampouco foi informado o prazo em que essas composições voltarão a funcionar no sistema metropolitano de trilhos. O Metrô é usado diariamente por 4,7 milhões de pessoas.