sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Estação nova do metrô de SP monta estratégia contra fila e aperto

23/12/2016 - Folha de SP

EDUARDO GERAQUE
LUCIANO VERONEZI
JÚLIA BARBON

O Metrô de São Paulo decidiu apostar em estratégia diferente para evitar a segunda versão da "marcha dos pinguins" em uma das mais importantes integrações do futuro sistema sobre trilhos.

É com esse apelido que ficou conhecida a ligação entre as estações Paulista e Consolação, das linhas 4-amarela e 2-verde. Como pinguins em marcha, esses passageiros andam apertados no espaço estreito, com passos curtos e bem devagar. Mal conseguem mexer os braços, tamanha a superlotação do túnel.

Ciente do erro nesse projeto, a companhia ligada ao governo Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu fazer um projeto de construção inédito para a futura interligação das linhas 1-azul e 5-lilás, na estação Santa Cruz (zona sul).

A expectativa do Metrô é que essa baldeação receberá aproximadamente 143 mil usuários por dia em 2020, 8.000 a mais que a expectativa no túnel da Paulista.

A principal diferença entre os dois projetos está na quantidade de acessos para a interligação. Se na Paulista os usuários ficam dando encontrões em um túnel único, na estação Santa Cruz haverá duas passagens separadas.

Um caminho vai jogar os usuários da linha 5 na plataforma da linha 1, sentido Jabaquara. Outros dois túneis, com cinco metros de largura cada um, construídos por baixo do primeiro caminho, darão vazão aos usuários que se deslocam sentido Tucuruvi.

Outra mudança na construção da futura estação da linha 5, sob a atual estação Santa Cruz, da linha 1, é a posição das escadas rolantes.

Diferentemente do que existe na estação Paulista, as escadas rolantes não vão descer diretamente na plataforma dos trens. Serão recuadas, para deixar mais espaço para a multidão esperar pelo trem.

A nova Santa Cruz será a estação mais profunda de toda a linha 5, com 41,5 metros de profundidade -contra 7 m da atual, na linha 1.

Partindo da rua, serão seis lances de escadas rolantes para conseguir pegar um trem -na estação Paulista, são sete.

Hoje a linha 5 liga as estações Capão Redondo e Adolfo Pinheiro. O Metrô diz que as obras atuais de prolongamento até a Chácara Klabin estarão totalmente prontas até 2018. Isso significa um atraso de quatro anos em relação à promessa inicial.

As 10 novas estações, espalhadas por 11,5 km, serão inauguradas em três lotes.

O governo diz que em meados de 2017 vão começar a operar, em horário reduzido, as estações Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin.

No fim do mesmo ano, a expectativa é que os usuários possam usar as estações Eucaliptos, Moema, AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz e Chácara Klabin.

A estação Campo Belo, no cruzamento das avenidas Santo Amaro e Jornalista Roberto Marinho, onde no futuro deverá haver uma conexão com a linha 17 de monotrilho (outro ramal atrasado desde 2014), deve operar em 2018.

A previsão do Metrô é que, depois da conclusão dessa fase, a linha 5 transportará 800 mil passageiros diariamente -num total de 20 km de extensão e 17 estações.

O trajeto desse trecho de metrô vai percorrer, mais de um século depois, boa parte do percurso que era feito pelo bonde, entre Santo Amaro e a região central da cidade.

Desde 1995, as gestões tucanas de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin inauguraram em torno de dois quilômetros de metrô ao ano. 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Alckmin quer privatizar duas linhas do Metrô por cerca de 1% do investido na construção

14/12/2016 - Rede Brasil Atual

LIQUIDAÇÃO

As obras estão estimadas em R$ 10 bilhões, mas governador pede R$ 120 milhões pelo lance inicial, equivalente ao preço de cinco dos trens da Linha 5-Lilás, que foram comprados mas não são usados

por Rodrigo Gomes, da RBA

trem
Obras da Linha 5-Lilás estão atrasadas há anos e trens sem uso estão abandonados no sistema, como o P16

São Paulo – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pretende entregar à iniciativa privada as linhas 5-Lilás (Capão Redondo-Largo Treze) e 17-Ouro (Congonhas-Morumbi) da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) por um lance mínimo equivalente a 1,2% do valor investido para construir o sistema. Serão pedidos R$ 120 milhões aos interessados, por duas linhas que, juntas – e ainda em obras –, têm um custo total estimado de R$ 10 bilhões. Para o Sindicato dos Metroviários, trata-se de uma “verdadeira liquidação” do Metrô. O governo Alckmin abriu 30 dias de consulta pública da minuta do edital de licitação no dia 30 de novembro.

O valor cobrado pelo governo Alckmin também é equivalente a apenas cinco dos 26 novos trens da Linha 5-Lilás, que ao todo custaram R$ 630 milhões aos cofres paulistas, mas que estão sem utilização, por conta dos recorrentes atrasos nas obras (iniciadas em em 1998).

Pela concessão – que terá vigência por 30 anos – será pedida somente a outorga onerosa mínima de R$ 120 milhões, mais 1% da arrecadação tarifária e 1% da receita com publicidade e utilização de espaços comerciais. “Serão 30 anos de exploração com lucro total para as empresas”, avalia o sindicato.

Inicialmente, justificou-se a concessão para arrecadar dinheiro para a conclusão das obras. No entanto, o último aditamento – recurso que pode aumentar valores e serviços a serem realizados – feito ao contrato da Linha 5-Lilás, em julho deste ano, foi de R$ 260 milhões. Mais que o dobro do lance inicial da licitação, apenas para obras de acabamento em duas estações e num dos pátios de manutenção, o Guido Caloi. A Linha 5 ainda tem onze estações em construção, das 17 previstas.

Segundo os trabalhadores, o valor mínimo que a gestão Alckmin estabelece pelas duas linhas seria quitável com a arrecadação tarifária de apenas 100 dias de operação do sistema. Pelo edital de licitação, o Metrô pagará remuneração de R$ 1,69 por passageiro transportado à empresa que vencer a licitação. Mas seguirá cobrando R$ 3,80 da população. A concessionária será responsável apenas pela operação, manutenção e atualizações do sistema, sem praticamente nenhuma necessidade de investimentos.

A Linha 17-Ouro fazia parte das obras de infraestrutura prometidas para a Copa do Mundo do Brasil, em 2014. Após sucessivos atrasos, as obras estão paralisadas. Nenhuma estação foi aberta até hoje. A construção, em sistema de monotrilho, tem se tornado abrigo para pessoas em situação de rua na Avenida Jornalista Roberto Marinho.

A linha devia ligar a estação São Paulo-Morumbi da Linha 4-Amarela (Butantã-Luz) à estação Jabaquara da Linha 1-Azul (Tucuruvi-Jabaquara), passando pelo Aeroporto de Congonhas. Atualmente, prevê-se a ligação do Aeroporto de Congonhas com a estação Morumbi da Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Nessa alteração, onze estações foram excluídas do projeto. Ainda não há previsão de quando a obra será concluída.

As obras que faltam para completar as linhas ficarão a cargo do governo de São Paulo, já que Alckmin que se comprometeu com um cronograma de entrega para a concessionária em fases. No entanto, se os atrasos persistirem, o valor que vier a faltar em relação àquele que fora estimado em cada fase da concessão será bancado pelos cofres públicos paulistas.

A previsão é de que a licitação seja concluída no início de 2017. Certo é que os trabalhadores metroviários da Linha 5-Lilás não permanecerão no trecho após a concessão. O Metrô informou que eles serão reaproveitados nas demais linhas que permanecerão sob administração do Estado.

A demanda de passageiros estimada é de 855 mil por dia, na Linha 5-Lilás, e 185 mil por dia, na Linha 17. Além disso, se a demanda de passageiros for maior que a esperada, a concessionária poderá ficar com toda a arrecadação das linhas, até o limite de 12% acima do valor projetado.

A partir disso, o valor será dividido em 80% para a concessionária e 20% para o governo paulista. Caso a demanda fique abaixo do esperado, o limite será usado no sentido inverso. Até 12% a concessionária arcará com o prejuízo. A partir disso, será realizada uma divisão dos custos com o governo, que não foi detalhada.

O sistema de remuneração será o mesmo que hoje privilegia a Linha 4-Amarela sobre o metrô estatal: a Câmara de Compensação. Todo valor arrecadado com a tarifa é depositado na Câmara, para saque das concessionárias, do Metrô e da CPTM. Hoje, o Metrô estatal saca depois da Linha 4-Amarela. Com a nova concessão, passará a sacar depois da empresa que vencer a licitação das linhas 5 e 17. Será incluída no sistema a concessionária da Linha 6-Laranja (São Joaquim-Brasilândia), que também terá prioridade sobre as empresas estatais.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Dona da linha 6 do metrô de SP pode ficar inadimplente

06/12/2016 - Valor Econômico

A Move São Paulo, concessionária da linha 6-Laranja do Metrô, corre o risco de ficar inadimplente no pagamento de empréstimo de curto prazo de R$ 550 milhões concedido pelo Banco nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cujo vencimento está previsto para 15 de dezembro. Para evitar a inadimplência, a Move São Paulo precisa estender o vencimento da dívida, que conta com fiança de bancos comerciais. Mas para ganhar mais prazo terá que apresentar garantias adicionais ao contrato de financiamento. A contar de hoje, a concessionária - cujos sócios são Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC - tem dez dias para chegar a um acordo com o BNDES.

O cenário de dificuldades financeiras da Move São Paulo é agravado por possíveis ações judiciais que começam a ser analisadas por parte das empresas japonesas sócias da Odebrecht Mobilidade, que é acionista da concessionária da linha 6. A hipótese de processo é considerada em cenário extremo, em que a Move São Paulo seja levada à recuperação judicial ou à falência. O Valor apurou que uma eventual ação judicial pode ter como alvo a Odebrecht e a Queiroz Galvão, envolvidas em casos de corrupção investigados pela Operação Lava-Jato. As denúncias foram determinantes para o BNDES não liberar o empréstimo de longo prazo para o projeto da linha 6.

Em nota, a Move São Paulo disse não haver "fundamento" uma possível ação judicial dos japoneses. "A concessionária Move São Paulo desconhece completamente essa informação." Afirmou ainda que não há animosidade entre as empresas. A Mitsui, que lidera os investidores japoneses, não quis comentar a possibilidade de inadimplência da concessionária, nem o cenário de abertura de ações judiciais pelos japoneses. A Mitsui disse que tem interesse em investir no Brasil em novos projetos de infraestrutura, mas que sua prioridade é encontrar uma saída para o impasse que cerca a construção da linha 6 do metrô.

As empresas japonesas ligadas ao projeto da linha 6 estão reunidas na Gumi, subsidiária controlada pela trading Mitsui que investe no negócio de trens de passageiros no Brasil. Em dezembro do ano passado, a Mitsui vendeu participações acionárias na Gumi para a operadora ferroviária West Japan Railway (JRW) e para a JOIN, a Corporação Japonesa para Investimento em Infraestrutura, Transporte e Desenvolvimento Urbano no Exterior. A Gumi tem 40% da Odebrecht Mobilidade e os 60% restantes pertencem à Odebrecht Transport (OTP). A JRW dá os primeiros passos no Brasil.

De acordo com a Move São Paulo, a não efetivação do financiamento de longo prazo pelo BNDES foi o principal fator que determinou a paralisação das obras da linha 6, em setembro deste ano. No total, a concessionária havia pleiteado ao BNDES financiamento de R$ 5,5 bilhões para o projeto.

Nos contratos do BNDES, é comum que financiamentos de longo prazo, quando contratados, sirvam para repagar empréstimos-ponte (de curto prazo), além de permitir a continuidade do investimento. O empréstimo de curto prazo concedido pelo banco à Move São Paulo conta com carta de fiança dos bancos BTG Pactual, Crédit Agricole, Santander e ABC. Para estender o vencimento do empréstimo por um ano, as cartas de fiança precisam ser renovadas. Procurados, os bancos não se pronunciaram sobre o assunto.

Segundo apurou o Valor, a Move São Paulo e o BNDES assinaram, em outubro, aditivo ao contrato de financiamento que reduziu o valor do empréstimo de curto prazo para R$ 550 milhões, com base em janeiro de 2015, ante um número originalmente previsto de R$ 1,6 bilhão. A Move São Paulo afirmou em nota que as discussões para se chegar a um acordo continuam: "As negociações junto ao BNDES e aos bancos credores seguem o cronograma previsto e ocorrem dentro da absoluta normalidade."

Também em nota, a Move São Paulo afirmou: "A retomada [das obras do projeto] depende do avanço das negociações junto ao BNDES e ao Governo do Estado de São Paulo". Afirmou ainda que o retorno das obras envolve efetivar o financiamento de longo prazo e mitigar os efeitos causados pelos atrasos na liberação de áreas públicas e na "imissão" na posse de imóveis expropriados.

A Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) disse que o governo do Estado aportou, desde 2015, R$ 694 milhões para pagamento de eventos e R$ 979 milhões em desapropriações de 370 imóveis privados. "Cerca de 95% das áreas necessárias à implantação da Linha 6 já se encontram liberadas. Não há pendências do governo do Estado junto à concessionária que impeçam a retomada das obras", disse a STM. A secretaria afirmou que o plano de financiamento do parceiro privado, apresentado em 2014, prevê três operações de crédito junto ao BNDES: empréstimo-ponte, capital de giro e empréstimo de longo prazo. "As duas primeiras operações já foram contratadas." E concluiu: "A obtenção do financiamento junto ao BNDES é responsabilidade exclusiva do parceiro privado e é condição para a continuidade do contrato de concessão da Linha 6-Laranja. O Governo do Estado trabalha junto ao BNDES para que a questão da financiabilidade seja resolvida."

O BNDES justificou a decisão de não liberar empréstimos adicionais à Move São Paulo: "Em virtude da deterioração da situação cadastral e creditícia dos principais patrocinadores do projeto, estes [os acionistas da Move SP] estão com dificuldades em apresentar as garantias necessárias na fase de obras." Segundo o BNDES, a concessionária Move São Paulo pediu prazo para que sejam apresentadas as garantias necessárias ou seja negociada a entrada de novos patrocinadores capazes de prestá-las ao banco, bem como de aportar recursos próprios no montante requerido pelo projeto.

Há informações de que se cogitou a possibilidade de a JOIN financiar a obra junto com a Mitsui como fonte alternativa ao BNDES. Na nota, o BNDES afirmou que a entrada de novos financiadores reduziria a exposição do banco e as garantias necessárias para o equacionamento do financiamento de longo prazo. "O BNDES está comprometido com o sucesso do projeto e tem apoiado a Mitsui e o governo de São Paulo na busca da solução que permita a continuidade das obras", declarou o banco

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Começam as obras da Estação João Paulo I do Metrô

22/06/16 - Governo SP

Linha 6-Laranja terá 15,3 km de extensão e 15 estações, totalmente integradas à rede metroferroviária e terminais de ônibus; 633 mil pessoas serão beneficiadas

Começaram as escavações da Estação João Paulo I da Linha 6-Laranja de Metrô de São Paulo. As obras foram iniciadas pelo governador Geraldo Alckmin nesta quarta-feira (22) por meio da Concessionária Move São Paulo. A João Paulo será uma das 15 estações que irão compor a Linha 6.

"Estamos dando mais um passo numa das principais obras do Metrô, que é a Linha 6, que começa na Brasilândia, passa aqui pela Joao Paulo I, pela Freguesia do Ó, debaixo do Rio Tietê, pelas universidades PUC, Faap, Mackenzie, e vai até São Joaquim, na Liberdade, integrando com a Linha 1 do Metrô", explicou Alckmin. 

O trabalho de escavação e contenção do poço da João Paulo I segue cronograma vigente no contrato. Após a conclusão dessa etapa, a estação estará pronta para receber a passagem do shield, também conhecido como tatuzão, que irá construir a parte norte dos túneis da Linha 6-Laranja. A tecnologia é específica para escavar em solo rochoso.

A João Paulo I é a segunda estação do trecho Norte a receber o tatuzão que partirá do VSE Tietê e seguirá até o Pátio Morro Grande, perfazendo cerca de 4,5 quilômetros de túneis.

Com área total construída de 16,9 mil m², o empreendimento possuirá cinco pavimentos subterrâneos e profundidade máxima de 44 metros. A estação também contará com um novo terminal de ônibus integrado.

A Linha 6-Laranja, que terá 15,3 km de extensão e 15 estações, será totalmente integrada à rede metroferroviária e terminais de ônibus, beneficiando mais de 633 mil pessoas por dia em um trajeto que vai economizar até 1h30 o tempo gasto atualmente de carro ou ônibus, reforçando o compromisso do Governo do Estado de São Paulo de contribuir para melhorar a mobilidade urbana na cidade.

A expectativa é que mais de 31 mil pessoas sejam beneficiadas com os serviços oferecidos pela nova estação. No pico da obra da Linha 6-Laranja devem ser criados nove mil novos postos de trabalho.

"Estamos hoje com 1.800 trabalhadores e deveremos chegar até o final do ano com mais de quatro mil colaboradores nessa obra. Três estacões já foram iniciadas: Santa Marina, na beira da Marginal Tietê, Freguesia do Ó, e agora João Paulo I. Estamos com 12 frentes de trabalho. Só essa estação terá capacidade para 31 mil passageiros por dia", acrescentou o governador.

Status das obras

Cerca de 700 profissionais do Consórcio CEL6 e subcontratados atuam em 9 frentes de trabalho nas obras da Linha 6-Laranja de metrô. O canteiro central localizado dentro do VSE Tietê, que tem entre suas funções apoiar as obras e receber os dois tatuzões que vão construir cerca de 15 quilômetros de túneis da nova linha, está concluído.  

Sobre a Concessionária

A Concessionária Move São Paulo é a empresa responsável pela construção, operação e manutenção da Linha 6, que ligará a região noroeste da cidade ao centro (Brasilândia - São Joaquim).

Sobre o Consórcio Construtor

Contratado pela Concessionária Move São Paulo, o Consórcio Expresso Linha 6 é responsável pela construção da Linha 6-Laranja de metrô.

Do Portal do Governo do Estado

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo terá a estação mais profunda da América Latina

04/05/2016 – Portal PINIweb


Estação Higienópolis-Mackenzie, que também terá ligação com a Linha 4-Amarela, ficará 69 metros abaixo do solo
Estação Higienópolis-Mackenzie, que também terá ligação com a Linha 4-Amarela, ficará 69 metros abaixo do solo

A Linha 6-Laranja do metrô de São Paulo contará com a estação mais profunda da América Latina, segundo o consórcio construtor Move São Paulo. A Higienópolis-Mackenzie terá 69 metros de profundidade, e terá ligação também com a Linha 4-Amarela.

Além disso, a profundidade média das estações da linha será de 40 metros, com acesso por meio de 87 elevadores e 310 escadas rolantes por suas 15 estações.

A Linha 6-Laranja será totalmente subterrânea e passará por baixo do Rio Tietê. Com 15,3 km de extensão, terá 15 estações: Brasilândia, Vila Cardoso, Itaberaba, João Paulo I, Freguesia do Ó, Santa Marina, Água Branca, Sesc Pompeia, Perdizes, PUC-Cardoso de Almeida, Angélica/Pacaembu, Higienópolis/Mackenzie, 14 Bis, Bela Vista e São Joaquim.

Haverá a integração com as Linhas 7-Rubi e 8-Diamante da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e com as Linhas 4-Amarela e 1-Azul do Metrô. A estimativa é que transporte cerca de 633 mil pessoas por dia.

O projeto está orçado em R$ 9,6 bilhões e é executado pelo consórcio Move São Paulo, formado pelas construtoras Norberto Odebrecht, Queiroz Galvão e Constran.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Faiveley fornecerá portas de plataforma para a Linha 6 – Laranja

02/05/2016 – Estação Ferroviária

A empresa francesa Faiveley Transport foi subcontratada no final de abril pela Mitsubishi Heavy Industries para o fornecimento de portas de plataforma destinadas a futura Linha 6 – Laranja do metrô de São Paulo.

De acordo com a nota oficial, o grupo será responsável em desenvolver estudos, design, fabricação, entrega e instalação das portas para 30 plataformas, que juntas somam 3960 metros de fachada para prevenir acidentes com os passageiros e assegurar viagens de trem mais seguras.

Algumas subsidiárias do grupo estão envolvidas no processo: a engenharia ficará a cargo da planta de Saint Pierre des Corps (França) e a fabricação acontecerá em Xangai (China), com o apoio da fábrica de Hong Kong. O gerenciamento do projeto, interface do cliente, instalação, teste e comissionamento acontecerá em São Paulo, capital.

Todas as portas de plataforma deverão ser entregues até 2020. A Linha 6 – Laranja é uma PPP, que vai da estação São Joaquim (Linha 1 – Azul) até Brasilândia, com 15,3 km de extensão e 15 estações. O estudo de demanda estima 630 mil usuários/dia.

A construção, operação e manutenção da Linha 6 – Laranja está sob responsabilidade da concessionária Move São Paulo.



segunda-feira, 2 de maio de 2016

Metrô lança edital para instalar máquinas de bilhetes unitários em estações


29/04/2016 – IG

O Metrô de Sã Paulo lançou, nesta sexta-feira (29), edital de licitação para comprar 150 máquinas de bilhetes unitários – tíquetes impressos que valem apenas para uma viagem.A intenção, segundo a empresa, é desafogar as filas nas bilheterias.Os equipamentos serão instalados em estações das linhas1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 5-Lilás – a linha 4-Amarela é gerida pelo consórcio ViaQuatro.

As máquinas de autoatendimento funcionarão de maneira semelhante às de recarga do Bilhete Único – nas quais o usuário realiza todas as operações no totem, inclusive pagamento, e não precisa interagir com os atendentes – mas fazendo apenas a emissão de bilhetes unitários de Metrô. Elas aceitarão quatro tipos de cédulas, além de moedas, e serão capazesde devolver troco.

De acordo com o Metrô, só ostotens custarão cerca deR$ 197,2 mil por unidade e o preço de todos os equipamentos chega a R$ 30milhões, incluindo três máquinas de reserva. No total, considerando também treinamento, compra e instalação de outros equipamentos necessários, a empresa espera gastar R$ 34 milhões com o projeto.As propostas serão abertas no dia 20 de junho.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Tomadas do Metrô 'salvam' celulares

17/04/2016  - O Estado de SP

Na maioria das estações, os passageiros se valem de tomadas que ficam em algum pavimento após as catracas e antes das plataformas de embarque e desembarque. De acordo com o Metrô, os dispositivos foram instalados para atividades operacionais e servem, por exemplo, para ligar equipamentos usados na limpeza. Com o tempo, no entanto, passaram a atrair a atenção dos passageiros.

Não raro, é possível encontrar grupos sentados no chão, alheios à correria da chegada e partida dos trens, esperando o aparelho ganhar uns pontinhos de carga. “Para mim, carregar o celular no Metrô é algo supernovo”, disse o passageiro Felipe Mathiello, de 23 anos, que espetou o carregador do smartphone em uma tomada da Estação República, conexão entre as Linhas 3-Vermelha e 4-Amarela, no centro, ao notar que a bateria estava em 11%.

Mathiello contou que foi “salvo” pela primeira vez na Estação Sé, integração das Linha 1-Azul e 3-Vermelha, no centro. “Comecei a ‘caçar’ uma tomada e vi um monte de gente no chão”, afirmou. Além de ser a mais movimentada da capital, a Sé é uma das poucas que oferecem Wi-Fi livre aos passageiros. “Outro dia um rapaz pediu a outro para colocar um ‘T’ (extensão), porque também queria carregar o celular”, contou.

Foi na Sé que o açougueiro Emerson Arcanjo, de 43 anos, tentou dar um reforço na bateria, mas não encontrou nenhuma tomada desocupada. “Essa aqui não funciona”, disse, apontando para um dispositivo atrás de uma pilastra. Ainda assim, resolveu esticar o tempo na estação, para aproveitar a internet.

“Hoje, não é mais um luxo, é uma necessidade”, disse Arcanjo. Absorto em um jogo de celular, quase não deu atenção a dois seguranças do Metrô que imobilizaram um rapaz a poucos metros de distância. O homem era detido após tirar foto sem permissão de uma passageira dentro do trem.

O auxiliar administrativo Brando Chiquinelli, de 21 anos, disse que nunca teve problema para aproveitar as tomadas. “Uso mais para serviço, para falar com cliente ou com o chefe”, disse o jovem, que passou cerca de 15 minutos na Sé. “É tranquilo, mas, se colocassem mais opções, seria melhor”, afirmou.

O Metrô informou que não impede os passageiros de usar as tomadas, mas ressaltou que elas não foram instaladas para essa finalidade. Em nota, a empresa afirmou que está atenta “às necessidades de seus usuários e estuda formas de fornecer pontos para recarga de bateria de celulares”. A ideia contemplaria a ampliação dos pontos de Wi-Fi, atualmente disponíveis também nas Estações Paraíso, Ana Rosa, Jabaquara, Tamanduateí e Vila Prudente.

Pontos de recarga. Neste ano, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) implementou o primeiro ponto de apoio para carregadores de celular, equipado com seis tomadas e uma bancada de suporte, na Estação Pinheiros, na zona oeste, por onde circulam 200 mil pessoas diariamente. Em 2014, a companhia havia instalado pontos com duas tomadas nas Estações Tatuapé e Corinthians-Itaquera.

“A gente está sempre mandando e-mail ou mensagem. E a bateria cai muito rápido”, disse o publicitário Filipe Rodrigues, que usou o equipamento da CPTM. Na sua opinião, é preciso investir mais. “Existe essa deficiência. Deveria ter mais estações de trem, metrô e terminais de ônibus equipados.”

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Monitor informa tempo de chegada dos trens na Linha 4

18/04/2016 - Via Trólebus

RENATO LOBO 

Passageiros da Linha 4-Amarela [Luz-Butantã] contam com uma nova funcionalidade. Monitores instalados nas plataformas mostram o intervalo das composições.

De acordo com o perfil no twitter @Linha4Amarela, televisores nestas configurações foram registrados nas estações Luz e Pinheiros. Nos terminais, o equipamento mostra a partida do próximo trem, e nas paradas a chegada das composições.

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Monitor mostra intervalo de Trens na Linha4-Amarela. Foto: perfil @Linha4Amarela no twitter, do Grupo Diário

Demais linhas

Em 2010, segundo comunicado do Governo Estadual, o Metrô previa que suas linhas tivessem a funcionalidade. Foram adquiridos 900 monitores multimídia LCD, com a finalidade de informar dados como tempo de chegada dos trens na plataforma, além de avisos institucionais e informações gerais ao público em estações das Linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha.

Na época, o governo informou que as informações poderia ser transmitidas aos usuários graças à interface tecnológica com os novos sistemas de sinalização, telecomunicações e controle de tráfego.

No entanto, a medida ainda depende da conclusão da instalação do CBTC (Controle de Trens Baseado em Comunicações) que esta em fase de ajustes na Linha 2-Verde. De acordo com reunião entre blogueiros e atuantes das redes sociais junto ao Metrô, somente após a finalização da implantação na ligação entre a Vila Madalena e a Vila Prudente, a tecnologia será levada para as linhas 1-Azul e 3-vermelha.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Obras da Linha 6-Laranja abrirão dez frentes de trabalho até o fim deste ano

 29/03/2016 – Move São Paulo

A construção da Linha 6-Laranja de metrô já emprega mais de 2 mil pessoas. Atualmente, o Consórcio Expresso Linha 6 – contratado pela Move São Paulo para construir a nova linha – já abriu 11 frentes de trabalho. Até o final de 2016 serão 20 frentes e mais de 5,5 mil novos postos de trabalho. Todos trabalhando na construção dessa importante obra de mobilidade que vai ligar Brasilândia (zona noroeste) a região central da cidade.

A Concessionária Move São Paulo, responsável pela construção, operação e manutenção da Linha 6-Laranja de metrô assumiu o compromisso de contribuir com a mobilidade urbana na cidade de São Paulo. Quando entrar em operação a nova linha vai beneficiar mais de 633 mil passageiros por dia e reduzir significativamente o tempo de deslocamento das pessoas.


quinta-feira, 24 de março de 2016

Trens modernizados passam a integrar frota da Linha 2 Verde


23/03/2016 – Via Trolebus

Com a operação do sistema de sinalização CBTC (Controle de Trens Baseado em Comunicação) em dias úteis e horário integral na Linha 2-Verde [Vila Madalena – Vila Prudente] do Metrô de São Paulo, trens recém modernizados foram incorporados à frota.

Atualmente 9 trens reformados das frotas I e J operam na ligação metroviária entre as zonas oeste e leste. Dois deles iniciaram a operação nos últimos dias: as composições I05 e I20. Parte destes trens permaneciam em testes nos pátios, sem o transporte de passageiro, por portarem apenas equipamentos compatíveis ao novo sistema de sinalização.

Diante deste cenário, a Linha 3-Vermelha [Palmeiras Barra Funda – Corinthians Itaquera] ganhou o reforço de mais um trem da frota G, a composição G13, com portas mais largas, que ajudam na demanda alta e pendular da linha.

Modernização

O projeto de reforma de 98 trens do Metrô de São Paulo passou a marca de 75% de conclusão. Atualmente 14 trens das frotas A e D operam na Linha 1-Azul.

Outros 12 trens estão nos pátios da Companhia em testes, antes de serem reincorporados à frota operante. Os trens modernizados passam a contar com ar refrigerado, nova motorização e sistemas de som.

quinta-feira, 10 de março de 2016

Novo túnel vai aliviar trecho de ligação entre linhas 2 e 4 do Metrô de SP

 Local que recebe hoje 22,5 mil passageiros/hora, pode chegar a 35 mil em 2019. Obra quer desafogar o trajeto dos que transitam entre o metrô Paulista/Consolação

10/03/2016 - Via Trolebus 

Renato Lobo 

Passagem sempre lotada entre linhas 4 e 2 do Metrô 
Passagem sempre lotada entre linhas 4 e 2 do Metrô
créditos: Via Trolebus

Quem passa pela ligação entre as estações Consolação (linha 2-Verde) e a Paulista (linha 4-Amarela) do Metrô de São Paulo, sabe que pode encontra uma multidão em trânsito pelo caminho. Agora, dá para imaginar o que seria se o local ganhasse um volume de pelo menos 50% a mais de usuários?!

E é esta mesma a expectativa. Um cenário assim está previsto, e onde atualmente passam pela estrutura 22,5 mil passageiros por hora, em 2019 esse número pode chegar a 35 mil, segundo disse o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, para a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

Novo túnel

Prevendo este aumento de passageiros no local, a concessionária ViaQuatro, que administra a Linha 4-Amarela, anunciou que vai construir mais um túnel para desafogar esta passagem. Segundo a empresa, a previsão é que o tempo caia de 8 minutos e 20 segundos, em média, para 4 minutos e 40 segundos.

A nova passagem ligaria o final das escadas rolantes, próximo ao contador de acessos entre os dois sistemas, até o mezanino da estação Paulista.

A obra já havia sido anunciada no ano passado, e agora a nova previsão é que a construção comece até o início do próximo ano.

De acordo ainda com o secretário, o aumento na malha metroviária, com a entrega de estações das linhas 6-Laranja, 5-Lilás e 4-Amarela devem atrair novos usuários.

O túnel seria uma alternativa à construção de uma saída para a Rua Bela Cintra. “A concessionária privada (ViaQuatro) vai fazer o projeto. Eu aprovo tecnicamente, com a ajuda da equipe técnica do Metrô; eles me apresentam os valores e podemos negociar se o pagamento será em dinheiro ou ampliando o prazo da concessão (hoje de 30 anos)”, declarou Pelissioni.

quarta-feira, 9 de março de 2016

Metrô encosta cinco trens para servirem de 'estoque' de peças


09/03/2016 07:00 - Folha de SP

RODRIGO RUSSO

Pelo menos cinco trens do Metrô de SP foram retirados de operação para servir de "estoque" de peças de reposição para outros trens da companhia do governo paulista.

A Folha teve acesso a uma série de fotos dessas composições paradas no pátio de manutenção e estacionamento de Itaquera, na zona leste da cidade, onde trabalhadores "canibalizam" esses trens em ritmo praticamente diário.

Itens essenciais, como vidros de janelas e portas, fechaduras, lâmpadas, faróis, bancos de passageiros e painéis de console já foram retirados e recolocados nos trens em operação na capital.

A companhia tem 155 trens, que operam em quatro linhas, em situação de superlotação nos horários de pico –são 4,7 milhões de passageiros todos os dias.

Na visão dos metroviários, esse sistema de manutenção que deixa os vagões "depenados" ocorre porque, com o congelamento da verba repassada pelo governo do Estado ao Metrô, a empresa tem economizado na aquisição de novas peças de reposição.

O sindicato da categoria diz ainda que outros seis trens estão em situação similar, mas parados em outros dois pátios de manutenção.

Como a Folha revelou na semana passada, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) deu um calote de R$ 66 milhões na companhia em 2015. Esse dinheiro seria usado para cobrir os custos das gratuidades concedidas pelo governo a desempregados, idosos com mais de 60 anos e passageiros com deficiência, além de subsídios aos estudantes.

Sem receber recursos devidos pelo Estado, o Metrô se vê forçado a abrir mão de investimentos e a cortar custos em outras áreas de operação para arcar com uma obrigação que deveria ser do governo.

Tais problemas provavelmente continuarão a acontecer ao longo deste ano, pois Alckmin já informou ao Metrô que haverá novo contingenciamento de recursos.

"Além dos problemas com a falta de repasse das gratuidades, foram milhões de reais gastos com diversos trens novos que estão parados na linha 5-lilás e na linha 15-prata [monotrilho]. Enquanto isso, faltam mais de 3.000 itens de reposição no almoxarifado, deixando trens sem condições", afirma Alex Rodrigues, secretário-geral do sindicato dos metroviários.

No caso dos cinco "trens fantasmas", que já haviam sido modernizados ou pertenciam às linhas novas da frota, eles ficam estacionados no exterior do pátio, em área energizada, ao lado de uma placa que informa sobre o risco de morte naquele local.

Segundo funcionários da companhia, a retirada de equipamentos desses trens, inclusive da parte mecânica, tem sido mais frequente desde o início deste ano.

"Infelizmente esse está sendo o nosso almoxarifado", afirma um empregado do Metrô que atua na manutenção e preferiu não se identificar. Uma comissão interna tem questionado se a segurança dos trabalhadores está em risco nesse local.

O estoque de alguns dos itens dessas cinco composições que estão paradas em Itaquera já estaria limitado: faltam portas, e as lâmpadas estão perto do fim.

EMPRESA ALEGA MANUTENÇÃO

A reportagem questionou a assessoria de imprensa do Metrô sobre a situação específica de cada um dos cinco trens atualmente estacionados no pátio de manutenção da empresa em Itaquera, informando seu número e a frota a que pertencem.

Em nota, a companhia afirmou que todos eles estão passando por manutenção corretiva, e que as operações não são de forma alguma afetadas pelo fato de esses cinco trens não estarem prestando serviços atualmente.

"Os cinco trens citados pela reportagem estão passando por uma manutenção periódica e encontram-se dentro da reserva técnica de 10% da frota para a operação do sistema", diz a nota.

O Metrô tem atualmente uma frota total de 155 trens, que circulam nas quatro linhas operadas diretamente pela companhia. Assim, podem ficar nessa reserva técnica 15 trens. A linha 4-amarela, operada pela ViaQuatro, tem outros 14 trens.

Na nota enviada em resposta à Folha, o Metrô informa ainda que "as atividades de manutenção em todo o sistema operacional acompanham rígidos padrões de qualidade, adotados internacionalmente".

Por fim, a estatal afirma que o "Sindicato dos Metroviários manipula e divulga de maneira leviana informações técnicas que nada interferem na operação do sistema, tampouco na segurança dos usuários".

Não foram fornecidas, no entanto, respostas específicas sobre a situação de cada um dos trens, conforme solicitado pela reportagem, tampouco foi informado o prazo em que essas composições voltarão a funcionar no sistema metropolitano de trilhos. O Metrô é usado diariamente por 4,7 milhões de pessoas. 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Tuneladora “Lina” conclui mais um túnel na extensão da Linha 5-Lilás

19/02/2016 - Portal do Governo do Estado de São Paulo

"Hoje é um dia histórico para os toneleiros e para a construção da obra da Linha 5 do Metrô", destacou o governador Geraldo Alckmin nesta sexta-feira (19) durante a chegada da tuneladora “Lina” ao poço de serviço Bandeirantes. Com o término das escavações, este será o segundo túnel de 4,9 quilômetros do prolongamento da Linha 5-Lilás do Metrô concluído entre as estações Adolfo Pinheiro (em operação desde agosto de 2014) e Campo Belo (em construção). 

"É uma grande obra que vai beneficiar muito a população de São Paulo, 5.600 empregos diretos e para cada emprego direto dois a três empregos indiretos. É uma grande conquista para a cidade de São Paulo e a gente fica feliz de ver o entusiasmo daqueles que estão construindo essa grande obra", disse Alckmin. 

A tuneladora “Lina” – apelido dado em homenagem a arquiteta modernista Lina Bo Bardi - começou a escavar um dos túneis da Linha 5 em dezembro de 2013 e, ao longo de seu trajeto, passou sob as avenidas Vereador José Diniz e Santo Amaro. Já a tuneladora “Tarsila” - homenagem à Tarsila do Amaral – fez o mesmo trajeto em paralelo e concluiu as escavações em novembro de 2015. 

Ao longo de dois anos, à medida que cada uma das máquinas escavava cerca de 10 metros por dia a uma profundidade média de 25 metros, simultaneamente, instalavam os anéis de revestimento de concreto, deixando os túneis preparados para a montagem dos trilhos e instalação dos sistemas de alimentação elétrica, sinalização e de telecomunicações. 

Para construir os 4,9 quilômetros de cada um dos túneis foram escavados cerca de 160 mil metros cúbicos de terra e utilizados cerca de 2.800 anéis de concreto, com 22,5 toneladas cada. O túnel feito pela tuneladora Lina, corresponde à Via 1, sentido estação Capão Redondo. Já Tarsila iniciou a escavação dois meses antes e fez o túnel da Via 2, que segue rumo à Chácara Klabin. 

Com roda de corte de 6,90 metros de diâmetro e 108 metros de comprimento, a supermáquina que pesa 720 toneladas conta com: câmara de compressão; motores hidráulicos; parafuso sem fim (que faz a retirada do material escavado); esteira para o transporte do solo; eretor (equipamento que faz a montagem dos anéis de concreto) e o backup com cabine de comando, painéis de controle, transformador de energia, tanque hidráulico, sanitários, refeitório e além de trailers para o movimento de materiais. Aproximadamente 112 pessoas trabalham em sua operação. 

O poço Bandeirantes é o canteiro de obras onde as duas tuneladoras encerrarão suas atividades e também o local de onde partiu o Megatatuzão, que constrói o túnel até o final do prolongamento da linha. Este equipamento já passou a estação Santa Cruz e segue com destino à Chacara Klabin. 

Expansão do Metrô 
A expansão da Linha 5-Lilás, entre o Largo Treze e a Chácara Klabin, terá 11,5 km de extensão e 11 estações (Adolfo Pinheiro, Alto da Boa Vista, Borba Gato, Brooklin, Campo Belo, Eucaliptos, Moema, AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz e Chácara Klabin). A estação Adolfo Pinheiro já foi entregue à população, e sua operação comercial teve início em agosto de 2014. 

Após a conclusão das obras, a Linha 5-Lilás passará a funcionar de Capão Redondo à Chácara Klabin, com 20 km de extensão e 17 estações. A previsão de demanda diária de passageiros para a linha completa é de cerca de 781 mil. 

"Esta é uma das oito obras metroferroviárias que estamos fazendo em São Paulo", finalizou o governador. 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Alckmin anuncia uso de 'tatuzões' em obras do Metrô de São Paulo

16/02/2016 -  iG Último Segundo 

As obras da Linha 6-Laranja do Metrô terão o uso simultâneo de dois Shields, equipamento conhecido popularmente como tatuzão, anunciou o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, nesta segunda-feira (15). O anúncio foi feito na fábrica das peças que serão usadas na construção de túneis, localizada no bairro de Perus, na zona norte da capital paulista.

"Em setembro começará a operar o Shield da Linha 6-Laranja, um ‘mega- tatuzação’, com 10,20 metros de largura, que desembarcará no porto de São Sebastião em maio, chega em junho e vai direto para a estação São Joaquim”, disse o governador, salientando que o outro equipamento chegará no mesmo mês, mas só começará a operar em 2017. "Serão dois ‘mega-tatuzões’ simultâneos, um para Brasilândia, na zona norte, e o outro vai para São Joaquim, zona sul."

Em obras desde o ano passado, a Linha 6 está sendo construída pela concessionária Move São Paulo e pretende ser uma das maiores da capital paulista, com 15 estações e 15,3 km de extensão. O governo afirma que seus trens transportarão mais de 633 mil pessoas por dia, ligando a região noroeste ao centro da cidade – de Brasilândia a São Joaquim. É a primeira Parceria Público Privada plena do metrô paulistano.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Governo dá aval para contratos do Estado de SP para Linha 6-Laranja do Metrô


02/02/2016 – Estadão Conteúdo

O Ministério da Fazenda ratificou a garantia e a contragarantia de dois contratos entre União e Estado de São Paulo, com a interveniência da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, conforme despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU).

Os contratos referem-se a financiamento celebrado entre o Estado e a Caixa Econômica Federal no valor de R$ 690 milhões. O recurso é destinado ao financiamento de plano de investimento (Finisa) para aplicação no projeto Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo.

Alagoinhas

A Fazenda ainda autorizou a concessão de garantia da União para o município de Alagoinhas (BA) em operação de crédito externo a ser celebrada com a Corporação Andina de Fomento (CAF), no valor de até US$ 11,500 milhões. O montante irá financiar parcialmente o “Programa de Requalificação Urbana, Ambiental e Promoção Social”. O aval também consta de despacho no DOU.


segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Governo e especialistas preveem SP com trem e metrô integrados

25/01/2016 - Folha de SP 

Leia: Presa no trânsito, São Paulo chega aos 462 anos voltada aos trilhos - Folha de SP

RAFAEL BALAGO

Tanto nos planos oficiais quanto para especialistas em trânsito e ambiente, há um consenso: o espaço para os carros precisa ser reduzido.

"Não cabem mais carros em São Paulo. Nos dias de pior congestionamento, há 1 milhão de veículos na rua", diz Marcos Kiyoto, mestre em planejamento urbano.

Uma das previsões é que São Paulo terá, além do Rodoanel, outros dois círculos em torno da cidade, mas para o transporte sobre trilhos.

O metrô planeja criar uma espécie de anel ao redor do centro expandido, ao somar a extensão da linha 2-verde (Vila Prudente-Dutra) às futuras linhas 23-magenta (Dutra-Lapa) e 20 (Lapa-Moema).

No papel, essa seria a realidade de 2030. Pelo ritmo atual, no entanto, o anel metroviário deve ficar para bem depois disso. Hoje, há outras três linhas do metrô em construção (6-laranja, 15-prata e 17-ouro), três em ampliação (2-verde, 4-amarela e 5-lilás) e atrasos acumulados. O mais recente deve-se à suspensão do contrato de construção do ramal 17-ouro, de monotrilho.

O outro arco, previsto pela CPTM, é mais amplo e ligará Alphaville a Guarulhos, passando pelo ABC.

"As linhas circulares colaboram para reduzir o movimento na região central", destaca o plano Atualização de Rede Metropolitana, de 2013, que serve como referência para a expansão dos trilhos na Grande São Paulo.

GARAGEM

Para tentar facilitar a opção da população pelo transporte público, a construção de garagens próximas a terminais e estações é incentivada pelo Plano Diretor.

Nas áreas centrais, porém, o plano propõe o oposto: estipula que os novos prédios tenham menos pontos de estacionamento e que o espaço das vagas na rua seja transformado em ciclovias ou usado para ampliar calçadas.

Formas de restrição mais contundentes, como pedágio urbano e ampliação do rodízio, não são citadas. "O projeto é investir pesado em ciclovia e transporte público. O uso do carro vai sendo desestimulado pelo custo de ficar no congestionamento, cuja tendência é piorar", avalia Jilmar Tatto, secretário municipal de Transportes.

Para os ônibus, a proposta é continuar a cortar linhas diretas entre bairro e centro. Nesse modelo, veículos menores levam passageiros até pontos de transferência, de onde seguem viagem em ônibus maiores por corredores.

Mais uma vez, o futuro deve chegar com certo atraso: a licitação que fará um rearranjo no sistema de ônibus foi suspensa pelo Tribunal de Contas do Município e está sendo reelaborada.

Para José Bento Ferreira, professor de engenharia civil da Unesp, contratos e projetos de má qualidade são os principais motivos da demora na expansão da rede de transporte público.

"Parte-se de premissas otimistas e mal detalhadas. Durante a obra, surgem imprevistos que geram atrasos e conflitos entre Estado e construtoras sobre quem arcará com os custos extras", diz.

Por meio de políticas de uso do solo, os governos estadual e municipal planejam aproximar trabalho e moradia, o que diminuiria a necessidade de transporte.

Uma das metas do plano SP 2040, lançado na gestão Gilberto Kassab (2006-2012), é que o tempo médio de deslocamento na cidade seja de 30 minutos. Em 2007, quando foi feita a última pesquisa Origem e Destino, as viagens de ônibus duravam em média 68 minutos e as de carro, 37. 

ESTADO PLANEJA CEDER TERRENOS DO METRÔ PARA MORADIA

Os planos municipais para os próximos anos projetam uma cidade com mais pessoas de baixa renda vivendo em áreas centrais e menos habitantes em favelas irregulares.

Há dificuldade, porém, em criar um modelo financeiramente viável para que essa população, que ganha até seis salários mínimos (R$ 5.280), se estabeleça em regiões mais valorizadas e com melhor infraestrutura.

O desafio é zerar o deficit habitacional, atualmente em 500 mil casas. Segundo o Plano Municipal de Habitação, de 2009 até 2024 serão necessários mais 772 mil domicílios, sendo 60% deles para baixa renda.

Embora o Plano Diretor reserve áreas para casas populares em áreas centrais, o mercado imobiliário considera que o modelo precisa de subsídios para ser economicamente viável.

"Com a regra atual, a iniciativa privada sai do processo e o Estado terá de assumir. Precisa ter lucro para as empresas se interessarem", afirma Claudio Bernardes, presidente do Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário) e colunista da Folha.

A aposta do governo estadual são as PPPs (parcerias público-privadas). Nelas, o Estado cede o terreno para a construtora, que usa parte da área em casas para fins sociais e no resto ergue imóveis com venda livre. Nenhum projeto no modelo foi finalizado ainda.

"O Metrô cederá terrenos para moradias na Radial Leste", conta Rodrigo Garcia, secretário estadual da Habitação. Os projetos, ainda em elaboração, ficarão em bairros como Brás, Belém e Tatuapé. O terreno da Usina de Asfalto, na Barra Funda, foi doado pela prefeitura para a mesma finalidade.

Já João Whitaker, secretário municipal de Habitação, diz que a cidade busca diversificar as fontes de recurso para investir mais em moradia.

"A PPP é desastrosa, pois exclui os mais pobres. É voltada para quem tem renda de três a seis salários mínimos e ignora quem ganha menos", diz Guilherme Boulos, líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) e colunista da Folha.

FACHADAS ATIVAS

Perto de estações de metrô e corredores de ônibus, o Plano Diretor prevê prédios residenciais de uso misto, com lojas no nível da rua e partes do térreo abertas ao público.

"Parte da classe média está procurando bairros com fachadas ativas e ruas mais vivas", afirma Renato Cymbalista, do Instituto Pólis.

Já Bernardes, do Secovi, vê dificuldades na proposta, como a falta de segurança. "O mercado terá de sair da caixinha para criar um produto palatável ao consumidor."

A regularização de favelas e de áreas invadidas, prevista nos planos, também é difícil. "Os recursos estão direcionados para unidades novas", diz Cymbalista.  

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Alckmin diz que Metrô reduziu tarifa por falta de fabricação de moedas

20/01/2016 - O Estado de SP

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta terça-feira, 19, que a redução da tarifa em algumas estações de Metrô para facilitar o troco se deve à dificuldade para conseguir moedas em circulação. Nesta segunda-feira, 18, as estações República (Linha 3- Vermelha) e Santa Cruz (Linha 1 - Azul) vendiam bilhetes a R$ R$ 3,75.

"O Metrô tentou em todos os bancos e não conseguiu. Aliás, não é só o Metrô que está com dificuldade de conseguir moedas. Vamos tentar agora na Casa da Moeda. Agora, é preciso fabricar mais moeda”, disse.

Desde que o reajuste entrou em vigor, em 9 de janeiro, aumentando o valor da tarifa de R$3,50 para R$3,80, são frequentes anúncios no sistema de som pedindo ao passageiro que facilite o troco.

De acordo com a Casa da Moeda do Brasil, no ano passado foram fabricadas 776 milhões de moedas. O número é superior à emissão de 2014 (400.496 milhões), mas três vezes inferior à de 2013 (2,3 bilhões).

Em nota, o Banco Central do Brasil explicou que a produção foi impactada em 2014 "por necessidade de redução da despesa pública no âmbito federal”. "A área técnica do BCB tem envidado esforços para administrar os estoques disponíveis com a finalidade de atender de forma mais equânime possível às demandas”, afirmou a instituição.

Em 2015, o Banco Central do Brasil disponibilizou 685 milhões de unidades de novas moedas, alcançando 116 moedas por habitante. De acordo com o banco, existem em circulação 23,829 bilhões de unidades de moedas ou R$ 5,96 bilhões em valor, o que corresponde a uma disponibilidade per capita de R$ 29 em moedas e 118 moedas por habitante.

O BC informou ainda que não é a única fonte de moedas metálicas. "Bancos e o comércio também podem captar depósitos em moedas com seus clientes, que poderão então ser disponibilizadas para recirculação”.