sexta-feira, 22 de julho de 2022

Linha Leste-Oeste

Histórico

As obras de construção da linha Leste-Oeste, atual linha 3, foram iniciadas em março de 1975,  no vale do Anhangabaú, junto à Ladeira da Memória.
Transporte Moderno, Maio 1977, p.29
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Estação República em 1983

Inauguração da Estação Anhangabaú em novembro de 1983


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Monotrilho

Obras de extensão da Linha 15-Prata até a estação Jacu Pêssego têm início

21/07/2022 - Metrô CPTM

Por Ricardo Meier

Trecho com cerca de 3 km contará com duas novas estações além do segundo pátio de manutenção Ragueb Chohfi

O Metrô anunciou nesta quinta-feira, 21, o início das obras de extensão da Linha 15-Prata, do monotrilho, até a futura estação Jacu Pêssego. O trecho de cerca de 3 km conta ainda com a estação Boa Esperança e um segundo pátio de manutenção, batizado de Ragueb Chohfi.

Nesta fase, o Consórcio CEML realizará as fundações dos pilares de sustentação das vigas-trilho das vias localizadas no canteiro central da avenida Ragueb Chohfi. Serão implantados 106 pilares que receberão 220 vigas-guia, incluindo a ligação com o futuro pátio. A fabricação das vigas-trilho pré-moldadas teve início há poucos dias num canteiro na região próximo à obra.

Já a construção das duas estações e do pátio, responsabilidade do consórcio Boa Esperança, só deverá começar no final deste ano. No momento, a empresa está elaborando os projetos executivos antes de instalar os canteiros de obras.

Além da extensão das vias, o consórcio CEML também é responsável por fornecer mais 19 trens do modelo Innovia 300. Eles serão fabricados na China por uma parceria entre a Alstom e a CRRC. Ao todo, a Linha 15 contará com 46 monotrilhos que atenderão à nova extensão e também reforçarão o operação para reduzir os intervalos.

O Metrô afirmou ainda que está concluindo o edital para contratar as obras da extensão oeste da Linha 15, que levará o ramal da Vila Prudente até a estação Ipiranga, atendida hoje pela Linha 10-Turquesa, da CPTM.

Atualmente, a Linha 15-Prata opera numa extensão de 14,6 km e 11 estações entre Vila Prudente e Jardim Colonial, mas terá 19,8 km e 14 estações, quando os novos trechos entre Ipiranga e Jacu Pêssego forem entregues, a princípio em 2025.

sábado, 2 de julho de 2022

Linha 6

Extensão: 15,3 Km 
Ligação: São Joaquim (Linha 1) - Vila Brasilândia

Histórico

Obras iniciadas em 2015 e paralisadas em 2 de setembro de 2016, sendo retomadas em 6 de outubro de 2020.

Construção e operação em PPP – Parceira Público Privada: Concessionária “Linha Universidade Participações S.A.”, liderada pelo grupo espanhol Acciona

Antigo Consórcio: Consórcio Move São Paulo, formado pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC.

Valor do empreendimento: 15 bilhões de reais.

Frota: 22 trens

Demanda diária: 630 mil passageiros

Estações: Brasilândia, Vila Cardoso, Itaberaba, João Paulo I, Freguesia do Ó, Santa Marina, Água Branca, Pompeia, Perdizes, Cardoso de Almeida, Angélica, Pacaembu, Higienópolis-Mackenzie, 14 Bis, Bela Vista e São Joaquim.


REFERÊNCIAS:

BAZANI, Adamo. Grupos fazem manifestação em frente a obra da linha 6-Laranja onde foi encontrado sítio arqueológico. Diário do Transporte. 02 julho 2022.


segunda-feira, 6 de junho de 2022

Demanda

Após epidemia, uso de trem, ônibus e metrô cai até 34% em SP

06/06/2022 - Folha de São Paulo

A epidemia deixou sequelas no transporte público da cidade e da região metropolitana de São Paulo. Menos gente viaja agora nos trens e ônibus do que em 2019, o último ano inteiro livre do coronavírus.

Em abril deste ano, o número de passageiros que embarcaram nas linhas do Metrô estatal era 34% menor do que em abril de 2019. Nos ônibus municipais, o número de passageiros transportados era 26% menor. Nos trens da CPTM, que atravessam a região metropolitana, 11,6% menos.

Ainda não existem pesquisas sobre o motivo dessa baixa, mas dados sobre o tipo de passageiro que usa ou deixou de usar trens e ônibus dão pistas. Idosos, estudantes e trabalhadores que dependiam do vale-transporte viajam bem menos. Especulações razoáveis, baseadas em dados indiretos, indicam que a vida nas cidades mudou, com mais teletrabalho, recurso a serviços digitais e compras no comércio eletrônico.

“Ouço muita gente dizer que o medo de infecção afastou as pessoas do transporte público. Pelos dados que temos, não era um dos motivos principais nem durante o pior da epidemia e muito menos agora, quando deve ser um motivo marginal. A epidemia provocou mudanças sociais e econômicas, no comportamento das pessoas, e crise, e isso mudou o transporte público”, diz o presidente do Metrô, Silvani Pereira.

O nível de atividade econômica e da gravidade da epidemia contrastam com o esvaziamento relativo de trens e ônibus urbanos.

Quase todas as restrições oficiais a atividades econômicas e sociais devidas ao vírus foram canceladas em março. O número de mortes de Covid em abril era apenas maior do que em março de 2020, no começo da epidemia.

O número de pessoas com emprego na região metropolitana é 6% maior do que no início de 2019; as vendas do comércio e o volume de serviços no estado são também maiores. Os dados são do IBGE.

Pedro Moro, presidente da CPTM, também chama a atenção para a mudança no perfil dos passageiros. Ressalva que a empresa vai fazer apenas em agosto uma espécie de censo preciso da situação.

Entre os pagantes da CPTM, a redução do número de passageiros em relação a abril de 2019 é de pouco mais de 3%; entre os que viajam de graça, ainda de 51%, dizem as estatísticas compiladas pela Folha. No grupo da “gratuidade”, como diz o jargão, cerca de 75% são idosos e outros quase 20% são pessoas com mobilidade reduzida, explica Moro. No caso do Metrô, o número de passageiros idosos e de mobilidade reduzida baixou 61%.

Moro, da CPTM, e Silvani, do Metrô, observam que a frequência menor dos idosos em parte se deve à mudança da idade limite para viagens grátis, que baixou de 65 para 60 anos em fevereiro de 2021.

Note-se ainda que, no estado de São Paulo, pelo menos 170 mil pessoas com mais de 20 anos morreram de Covid.

Salários baixos, no pior nível em uma década, e a qualidade dos empregos parece dificultar viagens. No Metrô, o número de passageiros com “Bilhete Único-Vale Transporte” diminuiu 36%.

Caiu muito também o número de passageiros com bilhetes de estudante no Metrô: 60%, em dois anos. Parte disso talvez se deva ao aumento do número de cursos ou aulas online, diz Silvani. Para Moro, é possível que a crise tenha diminuído o número de estudantes em faculdades privadas. Não foi possível obter números recentes das instituições de ensino.

Qual o motivo da diferença grande entre CPTM (que perdeu menos de 12%) e do Metrô (queda de 34% do número de embarcados)? Moro, da CPTM, diz que quem usa os trens da empresa tem perfil diferente. São viagens mais longas e as alternativas são mais caras e demoradas. Na cidade, com viagens mais curtas, é possível recorrer a outros modos de transporte.

É uma possibilidade, diz Francisco Christovam, presidente do SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo), dos ônibus, que ainda perdem 26% do total de passageiros transportados, de abril de 2019 a 2022. A entidade faz conta diferente: compara o número de passageiros dos meses depois da epidemia com a média da primeira quinzena de março de 2020, uma perda de 20%.

Christovam diz que na periferia de São Paulo a ocupação dos ônibus voltou ao normal pré-pandemia. No centro expandido e entorno próximo, não. “Na região da cidade onde as pessoas têm mais renda e opções, pode ter havido mudança mais duradoura de comportamento”, diz.

Isto é, no centro mais rico de São Paulo haveria mais possibilidade de teletrabalho, mais recurso ao veículo próprio, à carona e mesmo a bicicleta. Muita gente teria se habituado a recorrer a reuniões, serviços e compras virtuais.

É uma hipótese também do economista Ciro Biderman, professor da FGV-SP, pesquisador do Centro de Estudos de Política e Economia do Setor Público, estudioso do assunto e que foi chefe de gabinete da Companhia de Trânsito de São Paulo (SPTrans) de 2013 a 2015.

Biderman faz a ressalva de que faltam dados de pesquisas específicas e observa que a epidemia não acabou, o que continua a afetar comportamentos. Não basta que exista alternativa de meio de transporte para que ocorram mudanças de hábitos e preferências, mas também a experiência de um novo modo de se locomover, marcha forçada pela epidemia.

“É possível que as pessoas tenham aprendido a usar outros modos [de transporte] por causa do ambiente novo da epidemia, talvez até pela redução da frequência de ônibus, o que é preciso pesquisar. Entre as pessoas de renda mais alta ou também para viagens mais curtas, pode ter havido a volta para o carro particular, uso de moto, aplicativo, carona ou bicicleta. Experimentaram a novidade e talvez não voltem [para o transporte público]”.

Lembra também “hipóteses óbvias, à espera de estudos”: mudança de comportamento de idosos, teletrabalho, mais vida digital e online.

Moro, da CPTM, diz que tem notado aumento de prestação de serviços como o Poupatempo nas cidades da região metropolitana e mais uso de serviços online do INSS, por exemplo. De fato, o número de postos do Poupatempo nas cidades da Grande São Paulo aumentou desde 2019, assim como seus serviços digitais. Lembra ainda que idosos, mais sujeitos aos perigos da Covid, podem recorrer mais a serviços e comércio próximos de casa. Conta de sua mãe, que aos 86 anos deixou de ir ao sacolão para fazer compras online.

Marcelo Solimeo, economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo, diz que a “hipótese do comércio eletrônico é plausível”, mas faltam dados. Pode haver mais vendas virtuais, o que não implica necessariamente menos gente a circular pelas lojas físicas.

A participação do valor das vendas do e-commerce no total de vendas do comércio (pelos números do IBGE) aumentou. Era de 5,1% em abril de 2019, foi a 6% em fevereiro de 2020 e chegou a 13,2% em março deste ano, dado mais recente, segundo o estudo MCC-ENET, elaborado pela parceria entre a Neotrust e a camara-e.net.







segunda-feira, 18 de abril de 2022

Monotrilho

Alstom fabricará 19 trens da Linha 15-Prata de São Paulo

18/04/2022 - Portogente

A Alstom, empresa com mais de 65 anos no Brasil e participação ativa no desenvolvimento do setor metroferroviário, confirma o fornecimento de 19 trens Innovia™ 300, com sete carros cada, para operar na Linha 15-Prata do Metrô de São Paulo (SP) entre as já existentes estações Vila Prudente até Jardim Colonial, bem como nas futuras extensões da linha. A ordem de serviço faz parte do contrato firmado em janeiro entre o Metrô São Paulo e o Consórcio Expresso Monotrilho Leste (CEML). Quando estiver completa, a linha 15-Prata será o maior sistema de monotrilho das Américas em termos de extensão e capacidade.

Alstom CPTM

A solução do monotrilho Innovia™ 300 da Alstom oferece alta confiabilidade e disponibilidade, podendo reduzir despesas operacionais em até 20%. Os trens da Linha 15-Prata são especialmente projetados para operação de mobilidade urbana flexível e eficiente, com distanciamento interior espaçoso e moderno para acomodar os passageiros.

A Alstom projetou, fabricou, instalou e entregou a frota existente na Linha 15-Prata, bem como a sinalização de bordo e via. Os novos 133 carros também serão equipados com o mesmo sistema de sinalização Cityflo™ 650, com caraterísticas similares aos 27 trens já fornecidos para a primeira fase e que estão atualmente em operação. O sistema permite flexibilidade de integração com sistemas auxiliares, como painéis de informações aos passageiros, anúncios públicos (publicidade), circuito fechado de televisão e de telecomunicações. Conta ainda com sistema de freio regenerativo, sistema inteligente de gestão de energia e iluminação LED.

De construção rápida e eficiente, a produção dos novos trens Innovia™ será feita na China pela PATS, uma joint-venture formada entre a Alstom e CRRC. A entrega dos primeiros trens está prevista para iniciar no segundo semestre de 2024.