domingo, 27 de maio de 2012

Preço de imóveis em SP triplica no entorno das estações

22/05/2012 - Revista Ferroviária

“O mercado imobiliário acaba empurrando as pessoas para longe”. Foi com essas palavras que o coordenador de Relações Institucionais da Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, Francisco Arantes Filho, definiu a questão da supervalorização dos imóveis no entorno das estações metroviárias de São Paulo. De acordo com Arantes, o preço do metro quadrado dos imóveis chega a triplicar com o anúncio de obras de novas estações, dificultando o acesso a essas regiões e levando as pessoas a morarem cada vez mais longe de seus locais de trabalho.

O secretário afirmou que o uso e ocupação do solo é de competência do município, o que impossibilita o Governo do Estado de criar alguma proteção para a inflação imobiliária nessas regiões. “Nós discutimos os projetos de expansão da malha ferroviária com a prefeitura, mas não temos instrumental para fazer essa proteção”, afirmou em sua palestra no 7º Encontro de Logística e Transportes, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Para o arquiteto e urbanista da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Nabil Bonduki, a maneira mais eficiente de controlar a valorização exacerbada dos imóveis próximos a estações metroviárias é ter uma rede de transportes mais uniforme. “É natural isso acontecer em uma cidade que tem déficit de mobilidade; a vantagem de morar perto do metrô vai refletir na indústria imobiliária. Por isso precisamos de uma rede uniforme, para que um não tenha mais vantagens que o outro”.

Bonduki também salientou que uma alternativa seria utilizar os recursos da própria valorização imobiliária para financiar o transporte coletivo, ou aumentar o adensamento ao longo das linhas, dividindo os custos com um número maior de moradores. “O entorno das linhas ferroviárias ainda tem um potencial grande de utilização. Assim podemos aproximar as pessoas do sistema”.

Alckmin confirma nova estação do metrô para 2013

27/05/2012 - Agência Estado

A linha 5-Lilás, com início no Capão Redondo até o Largo Treze, passa por processo de expansão e deve ganhar mais 11 estações até 2015.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, confirmou ontem que a inauguração da estação de metrô Adolfo Pinheiro deverá ocorrer no segundo semestre de 2013. A previsão foi feita durante visita do governador ao canteiro de obras da estação, que integra a linha 5-Lilás do metrô, na zona sul da capital paulista. Até então, o Metrô informava uma previsão de inauguração da estação Adolfo Pinheiro para o ano de 2013. Conforme as obras avançam, explica a assessoria, é possível prever o período mais provável de inauguração.

A linha 5-Lilás, com início no Capão Redondo até o Largo Treze, passa por processo de expansão e deve ganhar mais 11 estações até 2015. Adolfo Pinheiro é a primeira no processo até a Chácara Klabin. Neste sábado, operários que iniciaram os trabalhos de expansão no extremo sul chegaram à futura estação.

O governador admitiu atrasos no cronograma das obras da Linha-5 do metrô, mas avaliou que agora estão "em ritmo intenso". De acordo com ele, tanto os canteiros de obras já existentes quanto as desapropriações a serem feitas estão caminhando dentro do planejado. Além disso, o governador afirmou que já estão sendo comprados 26 novos trens para a linha Lilás, com seis vagões cada um, que começarão a ser entregues a partir do ano que vem.

O presidente do Metrô de São Paulo, Peter Walker, afirmou que o projeto da linha Lilás (Capão Redondo-Chácara Klabin), deve contribuir para desafogar a linha 4-Amarela (Butantã-Estação da Luz). Segundo ele, hoje a linha Lilás transporta 38 mil passageiros por dia, que têm de utilizar trens da CPTM até Pinheiros e a linha Amarela para acessar o centro da cidade. "Depois do projeto concluído, os passageiros da zona sul acessarão o centro da cidade sem precisar recorrer à linha Amarela", reduzindo o tempo de viagem.

A visita do governador a um canteiro de obra do metrô ocorre na mesma semana em que os metroviários realizaram uma greve, prejudicando cerca de quatro milhões de usuários diários do metrô e trens da CPTM. A greve ganhou contornos políticos porque, segundo Geraldo Alckmin, a paralisação teve caráter eleitoral. Na visita de ontem, estava prevista a participação do pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB e ex-governador do Estado, José Serra. Na última hora, a assessoria do governo de São Paulo informou que o tucano cancelou a participação no evento. Alckmin foi acompanhado pela vice-prefeita de São Paulo, Alda Marco Antonio.
 

Alckmin diz que obras da linha 5-lilás estão com bom ritmo

27/05/2012 - Folha de São Paulo

Durante vistoria das obras da linha 5-lilás do Metrô, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que a obra está com bom ritmo e que já foi realizada a compra de trens.

O Metrô de São Paulo concluiu a primeira etapa da ampliação da linha 5-lilás no sábado com a chegada de túneis a futura estação Adolfo Pinheiro. A estação está prevista para ser entregue em 2013.

Trens da CPTM não circulam entre Júlio Prestes e Presidente Altino
Metrô de SP fecha 3 estações da linha 2-verde para testes hoje

O trecho é o primeiro da ampliação a partir da estação do Largo 13. A ligação tem 400 metros de extensão e está a aproximadamente a 25 metros de profundidade.

"As obras estão andando bem. Nós temos a obra física em bom ritmo e a compra de trens também já ocorrendo", disse o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, durante vistoria das obras ontem.

Cris Castello Branco-26.mai.2012/Divulgação

Geraldo Alckmin visita obras da linha 5-lilás em São Paulo
Segundo Alckmin, "essa obra é uma via integradora, que passa por 10 hospitais. Na Água Espraiada ela interliga com o monotrilho da linha 17-ouro, no bairro Morumbi. Em Santa Cruz interliga com a linha 1-azul e na Chácara Klabin interliga com a linha 2-verde. É muito importante para a região sul de São Paulo".

A linha 5-lilás liga as estações Largo Treze ao Capão Redondo e está em operação desde 2002. A ampliação do sistema prevê ligação com a estação Chácara Klabin, da linha 2-verde.

A expansão da linha 5-lilás terá 11,5 km de extensão e 11 estações: Adolfo Pinheiro, Alto da Boa Vista, Borba Gato, Brooklin, Campo Belo, Eucaliptos, Moema, AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz e Chácara Klabin.

A previsão é que quando estiver totalmente concluída, a linha 5-lilás transporte 650 mil pessoas por dia, tenha 20 km de extensão e 17 estações entre Capão Redondo e Chacara Klabin.

LICITAÇÕES

A linha 5-lilás tem sido alvo de denúncias no Ministério Público por suspeitas de fraudes nas licitações.

A Folha revelou, em outubro de 2010, que sabia, com seis meses de antecedência, quem seriam os vencedores da concorrência principal dos lotes de 3 a 8 da linha 5.

O resultado só foi divulgado em novembro, mas o jornal já havia registrado o nome dos ganhadores em vídeo e em cartório em abril de 2010.

Em abril deste ano, o Metrô revogou uma concorrência internacional estimada em R$ 325 milhões em mais um incidente ligado ao prolongamento da linha 5-lilás.

A licitação cancelada era para serviços "extras", ou seja, que não fazem parte da obra de construção em si, como elevadores, escadas rolantes e sistemas de ventilação.

Na ocasião, o Metrô disse, em nota, que a revogação ocorreu para "ajuste em decorrência de revisão de norma técnica", mas não informou qual era a norma.

Em novembro do ano passado, a 9ª Vara da Fazenda Pública afastou do cargo o então presidente do Metrô de São Paulo Sérgio Aveleda por suspeita de fraude na concorrência.

Quatro dias depois, o Tribunal de Justiça liberou as obras e, uma semana mais tarde, reconduziu Avelleda ao cargo. Aveleda pediu demissão do cargo em abril deste ano.

domingo, 20 de maio de 2012

Falha mecânica faz Metrô de SP ter 1º choque de trens

17/05/2012 - O Estado de São Paulo

Pela primeira vez em 38 anos de operação, dois trens da Linha 3-Vermelha do Metrô de São Paulo bateram durante o horário comercial. Ao todo, 106 passageiros foram atendidos em sete hospitais públicos - e pelo menos 49 deles tiveram ferimentos, na maioria escoriações, segundo o Samu e os bombeiros.

O acidente aconteceu a 600 metros da Estação Carrão, na zona leste da capital paulista, pouco depois do horário de pico, às 9h50. Parte da linha, que é a mais importante da cidade e chega a transportar 1,1 milhão de pessoas por dia, ficou fechada até as 14h20. Os reflexos se espalharam pelo restante da rede.

Três horas após a batida entre os trens, nos hospitais da zona leste, as vítimas ainda estavam em pânico. Os passageiros foram arremessados ao chão e uns contra os outros. Depois, tiveram dificuldades para sair das composições, alegando que algumas das portas não se abriram. A saída foi arrebentar os vidros das composições. "O pessoal começou a quebrar a janela e se desesperar, faltava ar lá dentro", disse a dona de casa Cristiane Campos, de 45 anos.

Ambos os trens seguiam no sentido Palmeiras-Barra Funda. O trem da frente, um modelo da empresa espanhola CAF adquirido na última gestão, estava parado quando foi atingido pela outra composição, que estava cheia. Segundo o governo do Estado, o trem estava entre 9 km/h e 12 km/h.

Os bombeiros tiveram de usar escadas para vencer os muros que separam a linha férrea da Radial Leste e prestar socorro. De imediato, 33 pessoas foram socorridas. Parte dos feridos procurou os hospitais por conta própria. Ambulâncias formaram uma fila na Radial e a ciclovia foi usada como centro de triagem de feridos - apenas dois foram classificados como "graves".
Quem escapou ileso caminhou sobre os trilhos e pela Radial até a Estação Carrão. E quem depende de transporte público sofreu na manhã de ontem. O esquema de emergência com uso de ônibus quase não deu conta da demanda.

Causas. O governo deu poucas explicações para a pane. O secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, afirmou que uma comissão vai apurar as causas da batida, que seria decorrente de uma falha mecânica do sistema de controle dos trens. Ao SPTV, da Rede Globo, disse que o Metrô iria avaliar se a falha foi em algum dispositivo ou se foi no circuito que secciona as linhas. "Detectando essa falha, vamos fazer a correção, se necessário for, em todas as placas do Metrô de São Paulo."

O sindicato que representa os metroviários - que faria, ainda na noite de ontem, uma assembleia para definir paralisação - apresentou uma série de detalhes extras confirmados pela companhia. O presidente, Altino Bezerra dos Prazeres, afirmou que a linha já havia apresentado uma falha pela manhã, antes da batida, e o trem só parou porque o operador acionou os freios de emergência. O trem que estava parado seria pertencente à Linha 1-Azul, e estava voltando de um serviço de manutenção. "Acho irresponsabilidade colocar veredictos do que aconteceu", rebateu o secretário Fernandes.

Operador aciona freio e evita tragédia

Uma falha mecânica provocou o choque entre os trens do metrô na manhã de ontem, em São Paulo. Segundo relato à polícia do maquinista da composição que colidiu com outra parada, na Linha 3-Vermelha, houve oscilações atípicas no painel de controle do trem, momentos antes do acidente. O sistema indicava para o veículo acelerar - quando deveria parar.

Na versão do operador, o acidente só não tomou proporções mais graves porque ele soube reconhecer a falha a tempo de acionar o freio de emergência, que desacelerou o trem de forma gradativa. Quando houve o choque, a velocidade da composição estava entre 10 km/h e 12 km/h.

Em depoimento, o funcionário de 29 anos de idade disse também que, até constatar a falha, a composição era operada automaticamente, como determina o sistema de segurança do Metrô. Nesse modo, a função do condutor é apenas a de fiscalizar as funções, sem intervir nos processos de aceleração e desaceleração, por exemplo. A mudança só teria ocorrido porque o maquinista viu um trem parado à frente.

"Ele agiu como um herói. Tomou a decisão certa para evitar uma tragédia maior. Mais um metro de distância nem haveria a batida", afirmou o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, responsável pela investigação.

Minutos antes da batida, outra falha foi identificada na linha. Segundo o diretor do Sindicato dos Metroviários Alex Fernandes, o operador de outra composição relatou ao Centro de Controle Operacional do Metrô um problema no sistema automático dos trens no trecho do acidente. O maquinista teria alterado o controle para manual e evitado a colisão. "Foi por volta das 9 horas", disse. O Metrô confirmou a informação.

O motivo da suposta falha mecânica não foi divulgado. A companhia afirmou que a análise das caixas-pretas de ambos os trens é que determinará o que aconteceu. Os equipamentos foram resgatados pela equipe da Comissão Permanente de Segurança (Copese), responsável pela investigação interna.

Uma das hipóteses levantadas pela polícia é de que um sensor do sistema não funcionou. Sem a leitura automática, a desaceleração programada não ocorreu e o maquinista acionou o freio de emergência só quando viu o trem à frente - a máquina seguiria para a Linha 1- Azul após manutenção.

Os sensores registram a passagem dos trens e promovem, automaticamente, uma redução de velocidade nas composições em circuitos anteriores. Há uma leitura a cada 200 metros, mesma distância considerada ideal entre as máquinas.

Segundo especialistas ouvidos pelo Estado, a Linha 3-Vermelha é segura. Apesar de não ter o CBTC, sistema de segurança utilizado nas linhas 2-Verde e 4-Amarela, o ramal não oferece risco aos passageiros.

"O que vimos hoje (ontem) foi uma grande surpresa. Nunca se imaginou uma batida de trens do metrô, exatamente por esse cuidado com a segurança. Agora, é preciso estudar essa falha para evitar novos casos", disse o engenheiro Horácio Augusto Figueira, especialista em tráfego. O caso foi assumido pela Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom), que investigará lesão corporal culposa. O Ministério Público também vai investigar o acidente.

Metrô diz que vai trocar sistema; falha surpreende especialistas

17/05/2012 - Folha de São Paulo

 A tecnologia usada no sistema de operação automática da maioria dos trens do Metrô deve começar a ser trocada a partir de junho. A grande diferença dele, com o que existe hoje, é que será permitido operar com mais trens em um mesmo ramal.

Presidente do Metrô diz que houve falha mecânica
Laudo sobre acidente do metrô deve demorar 30 dias
Passageiro diz que trens trafegavam próximos

A informação é de reportagem publicada nesta quinta-feira na Folha. A reportagem completa está disponível a assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.

O novo mecanismo está em teste na linha 2-verde. Em tese, por ser uma tecnologia mais moderna, ela controla melhor a distância entre as composições. Apesar disso, tanto o sistema novo como o que está em uso atualmente não estão livres de panes.

Ontem, dois trens bateram na linha 3-vermelha e deixaram 49 feridos. A falha apontada como causa da batida é considerada como mais do que improvável por especialistas e funcionários. A versão oficial do governo de São Paulo é que um processador, instalado entre as estações Penha e Carrão, enviou informações erradas para o sistema.

Segundo o diretor do sindicato Alex Fernandes, uma hora antes do acidente, um maquinista de outro trem percebeu a mesma falha e avisou o metrô, por volta das 9h. À noite, o Metrô disse que não falaria mais sobre o assunto.

Digicon instala bloqueios na Linha 4

10/05/2012 - Revista Ferroviária

A empresa está instalando 60 bloqueios motorizados
A gaúcha Digicon iniciou a instalação de equipamentos de controle de arrecadação de passageiros nas cinco estações que compõem a segunda fase de obras da Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo.

Para esta fase, a empresa está fornecendo 60 bloqueios motorizados - que acionam através de sensores de presença as portas de vidro deslizantes; Dispositivos de Contagem Eletrônica (DCE), sem barreiras físicas, utilizados nas integrações com outras linhas; e Módulos de Controle de Acesso (MCA), nas portas de salas técnicas e áreas restritas. Os equipamentos serão instalados nas estações Fradique Coutinho, São Paulo-Morumbi, Oscar Freire, Higienópolis-Mackenzie e Vila Sônia.

A empresa venceu licitação de aproximadamente R$ 15 milhões para desenvolver e implantar o sistema até 2013 nas 11 estações da nova linha.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Metrô SP licita projetos de novo trecho da Linha 4

18/05/2012 - Revista Ferroviária

A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô de São Paulo) receberá no dia 21 de junho os documentos e as propostas técnicas e comerciais para a elaboração dos projetos funcional e básico de arquitetura, de engenharia civil (lote 2) e de superestrutura da via permanente (lote 3) da ligação entre a Vila Sônia e Taboão da Serra, da Linha 4- Amarela.

A licitação é do tipo técnica e preço. Os serviços serão executados sob o regime de empreitada por preço unitário. O edital completo pode ser adquirido gratuitamente no site do Metrô - www.metro.sp.gov.br - ou retirada no protocolo da gerência de contratações e compras, na Rua Boa Vista, 175, 2º andar, em São Paulo, até o dia 20 de junho.

O anúncio da expansão da Linha 4 até Taboão da Serra foi anunciada pelo secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, no começo deste mês, durante visita às obras do pátio de manobras da Vila Sônia.

Os projetos devem apresentar as características do trecho, por onde a linha passará, número de estações e demanda. O governo paulista avalia a possibilidade do novo trecho também ser uma Parceria Público-Privada (PPP).

Metrô SP troca controle de distância em três linhas

18/05/2012 - O Estado de São Paulo

A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) afirmou ontem ter achado a peça defeituosa que provocou, anteontem, a primeira batida entre dois trens de passageiros da história da companhia, com 49 feridos. A empresa também anunciou a substituição de todos os equipamentos parecidos existentes na rede metroviária. São 12 placas eletrônicas, chamadas registradores de deslocamento, que detectam a presença de um trem e indicam se os outros trens podem acelerar ou frear.

As placas estão nas linhas mais antigas: 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha - onde ocorreu o acidente. Segundo o Metrô, a placa defeituosa da Linha 3-Vermelha foi trocada ainda anteontem e as outras 11 placas foram substituídas ontem por precaução. Segundo sua assessoria de imprensa, essas peças não passam por manutenção preventiva - são como placas de computador e acabam trocadas ao apresentar algum defeito.

O Metrô, no entanto, ainda não esclareceu quando o problema com a placa da Linha 3 foi detectado - antes do acidente, outro operador de trem havia relatado problemas na via e informado o Centro de Controle Operacional. O Metrô disse ter enviado agentes de manutenção até o local, mas não deixou claro porque o trem C-20, que transportava todas as pessoas feridas, avançou por aquele trecho.

Em entrevista ao SPTV, da TV Globo, o diretor de operações do Metrô, Mário Fioratti, disse que os procedimentos da companhia serão mudados. Se houver indicativo de falha parecida, o controle dos trens será feito pelos maquinistas.

Para o Sindicato dos Metroviários, o acidente decorreu do processo de "sucateamento" que o Metrô tem enfrentado. "Há muita terceirização, os sistemas são muito diferentes, isso causa problemas", diz o presidente da entidade, Altino dos Prazeres.

O Metrô rebate afirmando que os gastos de custeio com manutenção crescem ano a ano: em 2008, foram R$ 336,6 milhões para esses serviços. No ano passado, foram R$ 529 milhões. E a previsão para este ano é de R$ 614 ,6 milhões, segundo a empresa.

'Fiz meu serviço. Eu estava ali para fazer isso'

"Quando era para o trem iniciar a frenagem, pegou um código mais alto e acelerou, acelerou sozinho. Nesse momento, eu assustei e apliquei o freio de emergência e aí houve o deslizamento." Esse é o relato da inédita colisão de trens no metrô paulistano do ponto de vista do operador Rogério Fornaza, que impediu uma tragédia maior, ao notar os problemas na composição.

Ele admitiu ter recebido minutos antes um informe, por rádio, de que existiria algum problema na Linha Vermelha, mas não foi informado sobre qual trecho. Ao perceber a aproximação rápida da composição à frente, que seguia da Linha Azul e estava vazia, acionou a alavanca de emergência. Chegou a acreditar que não ocorreria a colisão. "Em um certo momento, eu achei que ele iria parar, mas quando chegou bem perto, e estava a uma velocidade de 10 km/h, eu vi que não (ia impedir a batida)."

Em entrevista ao SPTV, da TV Globo, Fornaza rejeitou o título de herói. "Eu fiz o meu serviço. Eu estava ali para fazer isso. Na emergência, a gente está ali para atuar. Essa é a nossa função."

Operador de metrô há poucos mais de um ano - assumiu a função no início de 2011 -, o funcionário de 29 anos relatou já ter evitado outra morte. Um suicida havia se jogado nos trilhos e ele parou a composição a poucos centímetros de distância. "Todos os funcionários de linha do Metrô ficam mal quando algo assim acontece."

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Linha 6 do Metrô SP vai desapropriar 406 imóveis

09/05/2012 - O Estado de São Paulo

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) publicou ontem decreto que declara de utilidade pública 406 imóveis para a construção da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo. O ramal ligará a Brasilândia, na zona norte, ao centro. Ao todo, uma área de 407,4 mil metros quadrados - equivalente a quase 58 campos como o do Estádio do Pacaembu - poderá ser desapropriada, "por via amigável ou judicial". As ações de desapropriação devem ter início no segundo semestre.

Pontos de Freguesia do Ó, na zona norte, Lapa e Perdizes, na zona oeste, e Higienópolis e Bela Vista, no centro, serão afetados. Proprietários ouvidos pela reportagem relataram terem sido surpreendidos. É o caso do empresário Lúcio Sallowicz Filho, de 48 anos, que abriu, no sábado, um posto de gasolina cujo terreno será utilizado para a construção da Estação Perdizes, na esquina da Avenida Sumaré com a Rua Apiacás.

Na tarde de ontem, o estabelecimento, de 900 m², passava por ajustes finais. "É uma coisa absurda, não dá para entender", reagiu Sallowicz, que investiu R$ 3 milhões no negócio. Ele conta que na época em que começou o empreendimento, em julho de 2010, contratou um advogado especialista em desapropriações e pediu informações ao Metrô sobre a Linha 6-Laranja. Foi informado de que não havia nenhuma definição sobre o traçado do ramal e resolveu seguir em frente.

Depois disso, ainda gastou um ano reformando o local. "Obtive autorização da Prefeitura e de todos os órgãos competentes. Achei que não corria mais risco", disse Sallowicz.

A pediatra Mina Spilberg Karpovas também reclama do tratamento dispensado pelo Metrô aos possíveis desapropriados. Ela é dona, com os filhos, de um consultório médico na esquina das Ruas Bahia e Sergipe, em Higienópolis. Ali ficará uma das entradas da polêmica Estação Angélica-Pacaembu. "Ninguém disse nada oficialmente. Acho falta de respeito. Merecemos satisfação, explicação", disse Mina.

Outros moradores cobraram explicações do Metrô ontem à noite, em audiência pública no Auditório da Universidade Nove de Julho (Uninove), na Barra Funda. Um deles foi o motorista Gilson Bueno, conselheiro do Clube da Cidade (CDC) Agostinho Vieira, que fica na Brasilândia, zona norte. A sede do clube, onde funciona uma escola de futebol para 300 alunos, poderá ceder espaço a um terminal de ônibus. "Fazemos um trabalho social muito forte", lamentou,Maria Cecília Martino, coordenadora de atendimento à comunidade do Metrô, disse ontem que pretende, até a semana que vem, começar a distribuir as cartas para os proprietários, inquilinos e comerciantes afetados pelas desapropriações. Os imóveis também passarão por perícia judicial.

Mais endereços. A maioria - 214 - dos imóveis declarados de utilidade pública ontem é residencial. Os comerciais somam 140 e os terrenos baldios, 52. A Companhia do Metropolitano de São Paulo foi questionada pela reportagem, mas não informou se novos decretos devem ser publicados para incluir mais imóveis na lista. No caso do monotrilho da Linha 17-Ouro, que está em construção na zona sul, três lotes já foram publicados, somando 161 propriedades.

Presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (Aeamesp), o engenheiro José Geraldo Baião explica que parte dos terrenos desapropriados pode acabar não sendo incorporada aos projetos das estações e dos poços de ventilação. "Às vezes, é preciso ocupar uma área de superfície maior do que a das futuras entradas." Ele diz ainda que, no geral, os espaços usados atualmente são menores do que em obras antigas do metrô.

A Linha 6-Laranja, cuja entrega do trecho inicial pode ocorrer em 2016, será toda subterrânea e deverá ter 15 estações. O governo Alckmin espera construir e operar a linha por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). Propostas de seis consórcios estão sendo analisadas atualmente.

Prédios tombados perto do novo ramal foram poupados

O Metrô informou em janeiro que 26 bens tombados próximos do trajeto da Linha 6-Laranja, entre escolas, antigas fábricas e bairros, fizeram com que o traçado do ramal passasse por algumas alterações.

Uma das mudanças foi a revisão das entradas das futuras Estações Bela Vista e São Joaquim. Alguns imóveis nas imediações das duas paradas foram poupados dos projetos de demolição.

No caso dos sobrados do início do século 20 nos números 1.512 e 1.523 da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, na região central, eles acabaram sendo incorporados ao projeto e deverão se transformar nas entradas da Estação Bela Vista. Os elementos arquitetônicos das fachadas dessas construções serão preservados, segundo os arquitetos do Metrô.

Na Estação São Joaquim, que estará conectada à parada de mesmo nome da Linha 1-Azul, um conjunto de habitações antigas e tombadas nos números 34, 36, 44 e 46 da Rua Pirapitingui fez com que a empresa alterasse a entrada de lugar. O objetivo, alega o governo do Estado, é poupar o casario.

No região do Pacaembu, houve preocupação com a preservação do visual do Estádio. Isso porque, perto da Praça Charles Miller, que fica na frente da arena de futebol, será construído um respiro da Linha 6-Laranja. A construção deverá ser feita de maneira que não interfira muito a paisagem. Outros bens tombados próximos de onde passará a linha incluem o Cemitério da Consolação e o câmpus do Mackenzie.

Metrô SP licita projeto de trecho da Linha 15

08/05/2012 - Revista Ferroviária

O Metrô de São Paulo está com licitação aberta para a prestação de serviços técnicos especializados para a elaboração do projeto básico de arquitetura, de engenharia civil e de superestrutura da via permanente do trecho Ticoatira – Dutra, da Linha 15-Branca, e para o projeto básico de arquitetura e de engenharia civil da estação Nova Manchester.

A concorrência é internacional, do tipo técnica e preço, e os serviços serão executados sob o regime de empreitada por preço unitário. Os documentos e propostas técnicas e comerciais serão recebidos no dia 12 de junho, às 9h, durante a sessão pública de recebimento e abertura dos projetos.

O edital pode ser obtido até o dia 11 de junho, gratuitamente, através do site www.metro.sp.gov.br, ou retirado no protocolo da Gerência de Contratações e Compras, na Rua Boa Vista, 175, 2º Andar, em São Paulo, pagando R$ 10,00 pelo CD.

A Linha 15-Branca terá 14,4 km de extensão, ligando a Vila Prudente (Linha 2-Verde) a Dutra (futura linha 19-Celeste), passando pela Linha 3-Vermelha (estação Penha), e pelas futuras Linhas 6-Laranja do Metrô e 13-Jade e 14-Ônix da CPTM.

Metrô de São Paulo já transporta 812 milhões ao ano

07/05/2012 - O Estado de São Paulo

Segundo o Relatório da Administração de 2011 do Metrô de São Paulo, publicado neste mês, a companhia aumentou em 7,7% o total de passageiros transportados, chegando a 812 milhões de pessoas por ano.

Nos dias úteis, o aumento médio foi de 7%. Aos domingos, chegou a 6,8%. E, aos sábados, a média de usuários subiu 7,8% em um ano. Atualmente, cerca de 1,5 milhão de pessoas andam de metrô no sábado.

O relatório do Metrô não apontou uma explicação para o crescimento maior aos sábados. Ele cita apenas o aumento das conexões entre as estações da empresa e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e o início da operação da Linha 4-Amarela para explicar o crescimento como um todo.

domingo, 6 de maio de 2012

Secretário promete metrô para Taboão em 2017

04/05/2012 - jornalnanet.com.br 

Jurandir Fernandes relatou que cada km construído de metrô custa R$ 350 milhões.

Prometido inicialmente para 2015, o metrô deverá chegar à Taboão da Serra em 2017.  O local ainda não está definido, mas a previsão inicial é de que seja nas imediações da praça Nicola Vivilechio. A garantia é do secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes e foi dada numa reunião com quase 100 pessoas na nesta quinta-feira, dia 3, no pátio de manobras da Vila Sônia. Entre os participantes estavam o ex-prefeito e pré-candidato pelo PSDB a sucessão municipal de Taboão, Fernando Fernandes, a deputada Analice Fernandes, os vereadores Olívio Nóbrega, Cido e vários pré-candidatos a vereador na cidade.

O secretário disse que os estudos preliminares para a instalação do metrô já foram realizados. Ele explicou que o projeto funcional já está em fase de elaboração e deve ser concluído em até seis meses. Jurandir Fernandes garantiu haver disposição política para realizar a obra e criticou quem não acredita na disposição do governo de melhorar o transporte.

Otimista o secretário garantiu que o sonho do metrô chegar à cidade está mais perto de virar realidade. Ele antecipou que não haverá problemas com licenças ambientais e nem falta de recursos já que o governador Geraldo Alckimin já se alocou a verba necessária para a expansão do metrô até Taboão. Para Jurandir Fernandes somente se houver impasse nas desapropriações é que a obra pode sofrer atrasos.

“Já passamos do sonho para o planejamento. Eu diria,  para não me chamarem de mentiroso, que é melhor falar em 2017, no primeiro semestre. Até dá para ser em 2016, se a gente conseguir os contratos rápidos, mas 2017 é certeza”, garante Jurandir Fernandes.

O secretário disse que a estação Vila Sônia que vai chegar até a cidade,  dentre as que estão sendo construídas atualmente,  é  a única que sofre o risco de não ser finalizada em 2014. Segundo ele, do atual pátio até Taboão da Serra são apenas 3,5 km.

Jurandir Fernandes relatou que cada km construído de metrô custa R$ 350 milhões. Ele observa que até 2015 o governo estadual pretende investir na construção de metrôs R$ 30 bilhões.

Durante a reunião Fernando Fernandes afirmou que ele vem discutindo outros projetos na área de transporte público na secretaria, inclusive a implantação de um VLT córrego Pirajuçara.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Governo de SP anuncia Metrô até Taboão da Serra

03/05/2012 - Portal O Taboense

O Secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Jurandir Fernandes, visitou nesta quarta-feira, dia 2, o pátio de manobras do Metrô na Vila Sônia e anunciou a expansão da linha 4 até Taboão da Serra.

Em dezembro, durante evento em Juquitiba, o governador Geraldo Alckmin disse em entrevista exclusiva ao Portal O Taboanense que ele havia determinado a contratação de dois projetos, essenciais para detalhar por onde a linha irá passar, o número e locais das estações e também o número de usuários atendidos.

“Nós já determinamos a contratação do projeto funcional e do projeto executivo, que é a primeira etapa e vamos fazer isso imediatamente”, afirmou o governador em dezembro do ano passado.

Na ocasião, Alckmin afirmou que a estação em Taboão da Serra não estava prevista no projeto inicial, mas que com a expansão até a Vila Sônia, a cidade seria contemplada com o Metrô. A expectativa agora é em relação ao contrato de licitação. “Se for possível fazer no próprio contrato da linha 4, fica mais fácil. Senão nós vamos relicitar e fazer esse pedaço, mas é nosso compromisso fazê-lo. Por isso nós vamos, pra ganhar tempo, fazer o projeto funcional e projeto executivo da Vila Sônia até Taboão”, garantiu Alckmin.

A construção do trecho pode ser feita através de uma Parceria Público-Privada (PPP). “O que nós estamos fazendo agora é o funcional para saber realmente qual o traçado dela, como ela vai chegar a Taboão da Serra e quantas estações nós vamos fazer”, disse Fernandes.

Linha moderna

A linha 4 do Metrô que irá atender, no futuro, os moradores de Taboão da Serra, é uma das mais modernas. A primeira novidade é que os trens circulam sem operadores, todas as manobras são controladas do pátio Vila Sônia. Todos os vagões têm passagens livre entre os trens, possibilitando mais conforto e evitando aglomerações nos horários mais movimentados. Os trens possuem também ar-condicionado, som ambiente e painéis informativos eletrônicos.

No terminal Paulista esteiras facilitam a movimentação dos passageiros. A tendência é que outras estações da linha também sigam o mesmo padrão. Outra boa novidade é que cada parada terá pontos de conexão a internet wi-fi (sem fio) gratuitamente para os usuários do Metrô. Já dá pra navegar enquanto se espera o próximo trem, que o Governo do Estado promete que será bem curto entre as viagens.

Outra novidade já implantada nas novas estações do Metrô é o moderno sistema de segurança. Paredes de vidro vão impedir que os usuários sofram acidentes nas plataformas. Essas paredes se abrem apenas com a chegada dos trens. (Fonte: Portal O Taboanense)