quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Metrô de SP já transportou o equivalente a 111 Brasis

Metrô de SP já transportou o equivalente a 111 Brasis

25/09/2012 - Revista Ferroviária

Nesta sexta-feira (14), o Metrô paulistano completa 38 anos com a marca de já ter transportado 22,1 bilhões de pessoas - o equivalente a 111 Brasis ou três vezes a população mundial - e percorrido, em quilômetros, o mesmo que 463 viagens de ida e volta à lua.

Nessa data, em 1974, foi inaugurado o primeiro trecho metroviário da cidade, entre as estações Vila Mariana e Jabaquara, na linha 1-azul. A companhia havia sido fundada seis anos antes.

Nos próximos dois anos, os atuais 74 km de linhas devem ser complementados pela extensão da linha 5-lilás, na zona sul, além do monotrilho que deve ligar a estação Vila Prudente, da linha 2-verde, ao bairro de Cidade Tiradentes, na zona leste.

Também devem ficar prontas as próximas estações da linha 4-amarela: Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, Fradique Coutinho e São Paulo-Morumbi.

Na quinta-feira (6/9), o Metrô registrou seu recorde de usuários, quando 4,7 milhões de usuários passaram por alguma de suas 64 estações. Dentre as cinco linhas do Metrô, três já apresentam superlotação, como mostrou a São Paulo, em abril.

Segundo Mauro Biazotti, diretor de planejamento do Metrô, o problema tende a ser contornado com a inauguração das novas estações e dos novos trechos. "Vai distribuir a oferta de lugares ao longo da linha e desafogar a rede", diz.


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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Inauguração da Linha 4 do Metrô reduziu em 30% o fluxo de passageiros entre Sé e Paraíso

26/09/2012 - Via Trólebus

Depois de 2 anos da sua inauguração, a linha 4 – Amarela trouxe reflexos a malha do Metrô paulistano. De acordo com dados da própria empresa houve redução de 30% na quantidade de transferências entre a Sé e o Paraíso: agora, os passageiros que estão na zona Norte desembarcam na Luz e, graças à Linha Amarela, chegam à zona Oeste, ou à Avenida Paulista.
Segundo o diretor de Operações do Metrô, Mario Fioratti, em entrevista a rádio Jovem Pan, haverá situações parecidas quando novas expansões forem inauguradas. Além de mexer com a Linha Azul, a Linha 4 – Amarela também impulsionou crescimento de 50% na demanda da Linha 5 – Lilás, que é interligada à Linha 9 – Esmeralda na CPTM. Com esta nova configuração, o passageiro que esta no extremo da zona Sul pode seguir para a região das avenidas Berrini, Faria Lima e Paulista. Em breve, a Linha 5 será ampliada: a Estação Adolfo Pinheiro ficará pronta em 2013, e em 2015 haverá interligação com a própria Linha Azul, na Estação Santa Cruz e na Linha 2 – Verde no parada Chacará Klabin.
Mas, por outro lado a sensação de superlotação continua. O sistema bateu recorde de passageiros transportados com as novas ofertas: "(Foram) 7,5 milhões de passageiros transportados…Mas em estado de regime (ou seja, nos dias de movimento normal), já estamos em 7,2 milhões.", diz o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes.

Por Renato Lobo
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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Painel discute PPP e novas concessões

17/09/2012 - Segs.com.br - Portal Nacional

Fausto Bernardes, representante da Secretaria de Transportes Metropolitanos, disse que todas as obras tocadas pelo Estado atrasam em troca de multas por isso defende cada vez mais a intervenção privada nas obras públicas.

Por Katia Siqueira

A experiência da operação privada da linha 4 Amarela, pela ViaQuatro do Metrô de São Paulo e do sistema de trens e metrô no Rio de Janeiro, os conceitos e as dificuldades de implantação dos sistemas privados causaram hoje (14/09) um dos debates mais polêmicos da 18ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, promovida pela Associação de Engenheiros e Arquitetos de Metrô. Em São Paulo – AEAMESP, no Centro de Convenções Frei Caneca em São Paulo – SP.

As críticas à participação maior da Cia. do Metrô nos recursos para a linha 4 e menor pelos investidores privados, que chegaria a 90% dos recursos contra apenas 10% dos investidores privados, foi contestada por Marcos José Botelho Bicalho, diretor da Odebrecht Transport, um dos investidores, que disse estar em 30% contra 70% do Metrô. O atraso na execução da fase dois da obra, que já deveria estar funcionando e possibilitando o transporte de 750 mil passageiros por dia, foi justificada por Luiz Valença de Oliveira, presidente da ViaQuatro, pelo acidente na estação Pinheiros em janeiro de 2007, embargada pela Justiça. Ele afirmou que o recorde de passageiros na linha amarela foi batido na véspera do feriado de 7 de setembro, com 666 mil pessoas transportadas.

Fausto Bernardes Morey Filho, representante da Secretaria de Transportes Metropolitanos, disse que todas as obras tocadas pelo Estado atrasam em troca de multas por isso defende cada vez mais a intervenção privada nas obras públicas. Bicalho propõe uma PPP integral, com licitação única em uma parceria com as melhores práticas. Sugere um rearranjo contratual que permita ao poder concedente obter maior eficiência do setor privado; maior celeridade na implantação do empreendimento; incentivo para participação e possibilidade de introdução de soluções tecnológicas de engenharia, de forma integrada.

Jorge M. Rebelo, consultor do Banco Mundial que financiou a linha amarela, fez um histórico da participação estatal e privada nos sistemas de metrô e de trens de subúrbio no Rio de Janeiro, que começou com a descentralização dos trens da CBTU, e o papel do governador do Rio na melhoria dos sistemas.

Rebelo defende a criação de uma autoridade metropolitana, que cuide do plano integrado de transporte urbano combinado com outro de qualidade do ar e de uso de solo, como existem em Madri e Barcelona. Segundo Rebelo, essa proposta tem encontrado resistência na Prefeitura de São Paulo, embora tenha no secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes um defensor. Ele prega também maiores investimentos em equipamentos com recursos privados. Ele disse que em Paris, as empresas contribuem com 0,2% da folha de pagamento para melhorias no transporte público. No Brasil, esses recursos poderiam subsidiar as viagens da periferia para o centro, que tem tarifa única: o passageiro que viaja 60 km paga o mesmo daquele que viaja cinco.

METROFERR 2011

A Metroferr 2012 que acontece em paralelo a 18ª Semana de Tecnologia Metroferroviária reune em um único local as principais empresas e entidades do setor como: Alstom, Altus, ANPTrilhos, Abifer, Bombardier, CPTM, Crea, EMTU, Gerb do Brasil, GRA, Ieme Brasil, Metrô-SP, Ruf, Siemens e Simefre.

Serviço
18ª Semana de Tecnologia Metroferroviária
Data: 11 a 14 de setembro de 2012
Horário: 1º dia – 12 às 17h00
Horário: 2º ao 4º dia – 8h30 às 17h00
Local: Centro de Convenções Frei Caneca
Endereço: Rua Frei Caneca, 596, 4ª andar – São Paulo – SP

Mais informações: even...@aeamesp.org.br - www.aeamesp.org.br



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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Peixe grande no shopping subterrâneo

24/09/2012 - O Estado de S. Paulo

As estações de metrô de São Paulo e do Rio de Janeiro estão cada vez mais parecidas com um shopping center. As empresas que administram o serviço têm se esforçado para substituir as lojas de pequenos comerciantes por pontos de venda de grandes marcas e empresas, como Havaianas, TAM, O Boticário e TIM. O movimento está só no começo. A ideia é fazer com que o cliente possa comprar de tudo - de medicamentos a vestido de noiva - no subterrâneo das estações.


As áreas destinadas a lojas passaram a ficar mais atrativas à medida que o interesse das grandes empresas pelo consumidor da classe C foi crescendo. Ao mesmo tempo, as concessionárias do serviço de metrô aprimoraram suas estratégias comerciais para atrair varejistas de mais peso.

O metrô de São Paulo, por exemplo, tem uma licitação aberta para alugar cerca de 100 lojas em 2013. Hoje, há aproximadamente 200 lojas disponíveis nas estações, mas só metade está ocupada. A concessão será feita em lotes e não individualmente, formato que favorece as grandes redes. "Queremos atrair as grandes empresas para o metrô porque é melhor até para os consumidores. Fizemos pesquisas e vimos que isso é um desejo do passageiro", disse o gerente de negócios do Metrô, Aluizio Gibson. A empresa definiu também a que segmentos se destinam cada lote -há espaço para redes de calçados, drogarias, cosméticos e até roupas de noiva.

O Metrô Rio também passa por um movimento similar. Na metade do ano passado, a empresa começou a reformular seu departamento comercial e contratou profissionais da área de shopping center. "Fizemos um planejamento comercial do espaço e passamos a visitar os grandes nomes do varejo", disse a gerente comercial e de marketing do Metrô Rio, Eliza Santos. "Estamos em uma fase de qualificação do mix. As grandes empresas vão ocupar o espaço dos pequenos varejistas aos poucos."

A alto fluxo de pessoas é o atrativo do espaço para o varejo. Todos os dias passam pelas estações paulistanas 4,2 milhões de passageiros. No metro carioca, são 700 mil pessoas diariamente. A intenção das empresas é fazer com que eles parem para comprar seus produtos no caminho de casa ou do trabalho.

Promoções As operadoras de telefonia móvel foram pioneiras, entre as grandes empresas, nas estações de metrô. Elas fincaram os pés nesse espaço quando lançaram seus planos de chamadas ilimitadas, em 2009. "Procuramos locais com grande acumulação de pessoas para chegar perto dos consumidores, principalmente das classes C e D, e divulgar nossas promoções", disse Érika Cascão, diretora de vendas da TIM em São Paulo.

Como o cliente que passa pelas estações é mais apressado do que o que está nas ruas ou nos shoppings, as empresas tiveram que adaptar suas lojas para atendê-lo. A TIM, por exemplo, contrata vendedores que sejam mais dinâmicos e "descolados", pois o atendimento precisa ser rápido. A operadora também abriu mão da venda de celulares no metrô e oferece apenas recarga e chips nos seus 16 quiosques no Metrô paulistano. "A venda de celular é consultiva. O passageiro está com pressa e não dá tempo de parar, escolher, perguntar e comprar", disse Érika.

A Claro mantém a oferta de celulares nos seus 12 quiosques no metrô e trem paulistas. "Queremos captar a compra por impulso", disse diretor da regional São Paulo, Marcio Nunes. Ele admite que a venda de aparelhos é menor nesses espaços do que em outras lojas, mas avalia que a estratégia vale a pena mesmo assim. "Estar no metrô é mais uma questão de marketing do que de vendas. Queremos mostrar que o produto está disponível para o cliente onde ele estiver", disse.

As teles ficaram pouco tempo sozinhas no "comércio subterrâneo". As companhias aéreas TAM e Gol também abriram lojas no metrô em 2011 para vender passagens, principalmente, a clientes que ainda têm restrições em relação às compras online. "Em um setor com margens baixas, como a aviação, não dá pra ter uma exposição só por marketing", disse o diretor de vendas diretas da TAM, Rodrigo Trevizan. A TAM testou as lojas populares em 2010, quando lançou quiosques dentro da Casas Bahia. Cerca de 45% dos clientes das lojas físicas, segundo ele, viajam de avião pela primeira vez. "É uma porta de entrada para esse novo público. Depois da primeira viagem, muitos começam a comprar na internet."

Publicidade Não é só com lojas que as grandes empresas tentam chamar a atenção dos consumidores que transitam pelo metrô. Os anúncios nas estações ainda são a mídia mais requisitada. Tanto que é a principal fonte de receita do Metrô paulista depois da venda de passagens. No ano passado, a publicidade respondeu por 28% dos R$ 145 milhões que o Metrô de São Paulo faturou com serviços que não incluíam a venda de bilhetes.

"O metrô é um meio de transporte, mas pode ser explorado como meio de comunicação", disse o publicitário Juca Ferraz, sócio da Mídia e Metrô Brasil, empresa que assessora as agências em campanhas nesse ambiente. O segmento, segundo ele, sofreu um "boom" principalmente após a Lei Cidade Limpa, criada em 2006, na cidade de São Paulo. "Muitos anunciantes entraram no metrô depois das restrições a outdoors em São Paulo", diz Ferraz.

O volume de anúncios e de lojas de grandes empresas nas estações são só a ponta do iceberg da entrada do varejo neste espaço. Todas as receitas não tarifárias são só 7,9% do que o Metrô de São Paulo faturou em 2011.

Por isso, projetos de novas linhas já preveem um peso maior para esses negócios, que, em alguns casos, devem chegar a 16% da receita com bilhetes. Isso fará com que as novas estações tenham ainda mais cara de shopping.





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O nó do transporte público

23/09/2012 -
Editorial do Jornal O Estado de S.Paulo

O poder público recorre outra vez a paliativos para enfrentar o grave problema do transporte na cidade de São Paulo. O governo paulista anunciou que pagará a passagem de quem pegar ônibus no Terminal Santo Amaro (zona sul) depois de desembarcar na Estação Largo Treze da Linha 5-Lilás do metrô. O objetivo da medida é incentivar o uso do ônibus e desafogar a Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a Linha 4-Amarela do metrô, que têm servido para que os passageiros da zona sul cheguem ao centro, já que a Linha 5 ainda passa por ampliação - ela termina no Largo Treze. A operação deve durar até a conclusão do prolongamento da Linha 5, prevista para 2015, e evidencia o cobertor curto do transporte público paulistano - para reduzir o número de passageiros num sistema metroviário ainda minúsculo para uma cidade como São Paulo, o governo transfere o fluxo de usuários para o sistema de ônibus, cuja ineficiência é patente.

A necessidade da medida era evidente. Segundo a Secretaria de Transportes Metropolitanos, a Estação Santo Amaro, onde descem os passageiros que fazem a baldeação para a Linha 9, recebia 8 mil passageiros por dia há dois anos. Agora, são 160 mil. Esse crescimento se deve à abertura da Linha 4, em 2011. A Estação Pinheiros, da Linha 4, que recebe o fluxo de passageiros vindos de Santo Amaro, também ficou superlotada. Outra medida é a concessão de um desconto de R$ 0,50 na passagem de quem usar a Linha 5 ou a Linha 9 entre 9 e 10 horas, de segunda a sexta-feira. O objetivo é incentivar os passageiros a pegar o metrô ou o trem mais tarde, fora do horário de pico, que é das 7 às 9 horas. "Estamos aumentando a oferta (de linhas de metrô). Mas precisamos gerenciar a demanda", explicou o governador Geraldo Alckmin.

Além de investimento na ampliação do metrô, a melhoria do transporte passa necessariamente pela modernização do serviço de ônibus. Mais da metade dos passageiros de transporte coletivo em São Paulo usa esse meio, mas só 40% deles o aprovam, segundo a última pesquisa da SPTrans. Em 2010, 59% tinham essa opinião. A SPTrans argumenta que renovou 80% da frota desde 2005 e que esses novos ônibus são melhores e maiores.

Embora seja imprescindível oferecer ônibus modernos e confortáveis aos usuários - para que os passageiros não sejam transportados como gado, como acontece hoje -, o problema é também o da ineficiência do sistema, medida pela falta de integração entre suas linhas, pelos itinerários irracionais e pela velocidade média dos ônibus, que se arrastam pela cidade. O total de passageiros cresceu 7,6% entre 2007 e 2011, mas a frota de ônibus permaneceu praticamente a mesma no período - cerca de 15 mil veículos. Esse número seria suficiente para atender à demanda se a velocidade do deslocamento aumentasse, permitindo que os ônibus fizessem mais viagens. Para que isso acontecesse numa cidade como São Paulo, cuja saturação viária é evidente, seria necessário cumprir as reiteradas promessas de construir mais corredores de ônibus, dando a esse meio de transporte o necessário privilégio na renhida disputa por espaço nas avenidas.

Até agora, a Prefeitura de São Paulo não entregou nenhum dos 66 km de corredores de ônibus projetados para este ano. Em vez disso, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) vai criando faixas exclusivas de ônibus, que não podem ser comparadas aos corredores porque não são do lado esquerdo, que fica sempre livre. Desde 2011, foram pintados 62 km dessas faixas, e a CET anunciou que fará mais 66,45 km nos próximos três meses. Já ajuda, mas está longe de ser o ideal, para um sistema que só no ano passado transportou 2,94 bilhões de passageiros.

A ampliação do metrô é certamente um projeto inadiável, mas não pode ser vista neste momento como a panaceia do transporte público de São Paulo, porque, no ritmo em que é realizada, vai demorar muito tempo para conseguir acompanhar o vertiginoso crescimento da demanda. Desse modo, como mostrou o caso do Terminal Santo Amaro, é na melhoria da eficiência do sistema de ônibus que pode estar a chave para ajudar os demais sistemas de transporte.

Fonte: O Estado de S.Paulo


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Nunca se andou tanto de trem na capital

24/09/2012 - Diário de São Paulo

Metrô e CPTM ganharam 1,2 milhão de passageiros em um ano e tiveram recorde histórico no último dia 6

Por Fernando Granato

Nunca se andou tanto de metrô e de trem na cidade de São Paulo. No dia 6 deste mês os dois sistemas de transporte sobre trilhos registraram recorde histórico de passageiros transportados. No caso do Metrô, foram 4,7 milhões de pessoas. Na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), 2,8 milhões viajaram em seus trens na véspera do feriado de 7 de setembro.

O curioso é que o aumento de passageiros acontece sem que tenham ocorrido inaugurações recentes de linhas e estações. Já faz quase um ano que os mais novos pontos de parada do Metrô foram abertos e não houve acréscimo nos últimos meses. Mesmo assim o salto foi de 1,2 milhão de pessoas no sistema que integra Metrô e CPTM, comparando-se com o ano passado. Como é possível viajar na rede de trilhos com a mesma passagem, não se sabe exatamente quantos passageiros foram para cada sistema.

O reflexo imediato dessa quantidade crescente de usuários em uma rede com o mesmo tamanho é a superlotação, principalmente nos horários de pico (início da manhã e final da tarde).

A doméstica Sônia Soares disse que já se acostumou ao empurra-empurra na hora de voltar para casa. Ela pega o Metrô na Estação Sé e depois um ônibus até chegar em sua casa, na Penha, Zona Leste. "Cada ano que passa está pior", afirmou. "Vai chegar uma hora que não vai dar mais. Vão ter de fazer alguma coisa."

Para a estudante Jenifer Naiane, o governo já está fazendo o que pode para melhorar o sistema. "Sinto que os trens estão passando com mais frequência. É só aguardar um pouco que a gente consegue entrar."

A estudante está parcialmente certa. De fato os investimentos estão acontecendo, mas não na velocidade necessária. O governo estadual, responsável pelos dois sistemas, pretende investir R$ 45 bilhões em transporte de massa sobre trilhos no período 2012-2015. Mas não há qualquer garantia que essa quantia será suficiente.

Na visão do assessor técnico da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), Marcos Bicalho, a superlotação do Metrô é consequência da eficiência do sistema.

"No ônibus vai haver a mesma superlotação, só que a pessoa vai ficar presa no trânsito", disse. "Com a economia aquecida as pessoas vão demandar cada vez mais por um sistema rápido de transporte e os investimentos para aumentar a rede são altíssimos, mas sempre insuficientes. Portanto, a superlotação é um efeito disso e as pessoas têm de conviver com ela no curto prazo."

Outro especialista, o urbanista Flamínio Fichmann, consultor em transportes, costuma dizer que a demanda vai ser sempre maior do que a oferta. "Apesar das ofertas de transporte público, qualquer investimento feito nessa área tem abrangência finita", afirmou.

O maior problema é que a superlotação não é a única consequência dessa demanda reprimida. Dados do governo revelam que nos últimos anos a quantidade de panes na rede vem aumentando. Nos primeiros oito meses deste ano foram 46 no Metrô e 24 na CPTM. No ano passado inteiro foram 59 panes no Metrô e 35 na CPTM.

Governo testa medidas para reduzir lotação

A superlotação no Metrô e na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) tem atormentado o governo do estado de São Paulo que, na semana passada, anunciou um pacote de medidas para minimizar o problema. Na quinta-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) confirmou a redução no valor das tarifas das linhas 5-Lilás do Metrô e 9-Esmeralda da CPTM , entre 9h e 10h. A partir de 15 de outubro, o desconto será de R$ 0,50 no valor da passagem, que custa R$ 3, ou seja, a tarifa custará R$ 2,50 entre 9h e 10h, de segunda à sexta. No período de um ano o usuário economizará R$ 132.

O objetivo da iniciativa é melhorar a distribuição do fluxo de passageiros, principalmente nas estações de integração Santo Amaro e Pinheiros. Diariamente, pela manhã, 75,7 mil passageiros utilizam a Linha 5 do Metrô, que vai do Capão Redondo ao Largo Treze. No mesmo período, 132 mil passageiros passam pela Linha 9 da CPTM, que liga o Grajaú ao município de Osasco.

O governo anunciou ainda que a integração com os ônibus na Estação Largo Treze, da Linha 5-Lilás do Metrô, passará a ser gratuita em outubro.

Entrevista com Jurandir Fernandes - Secretário Estadual de Transportes Metropolitanos

DIÁRIO_ Neste mês de setembro o Metrô e a CPTM bateram recordes de passageiros. Qual a explicação para isso?

JURANDIR FERNANDES_ Foi uma véspera de feriado que nós atingimos 7,5 milhões de passageiros. Todas as linhas se superaram. Foram 350 mil passageiros a mais na rede. O importante é que os trilhos deram conta do recado.

Apesar desse dia atípico, a demanda tem aumentado?

Sim. Houve a inauguração da Linha 4-Amarela (parte em 2010 e parte em 2011) que trouxe para o sistema cerca de 600 mil passageiros próprios, mais aqueles que vem de outras linhas para ela. Muitos passageiros migraram para os trilhos e deixaram os ônibus porque ganharam tempo e passaram a ter menos despesas. Reduziram custos ficando dentro da rede, de R$ 4,65 (bilhete único) para R$ 3. Em toda a rede o acréscimo foi de 1,2 milhão de passageiros em um ano.

E o sistema atual está preparado para isso?

A gente levou um solavanco. Tivemos um tsunami de passageiros. Sofremos muito em março, abril e maio. Tivemos sabotagens, descarrilamentos, panes de caráter elétrico. Mas com todas essas dificuldades demos conta do recado.

E a expansão da rede? O que está sendo feito?

Ao mesmo tempo estamos fazendo quanto novas obras de Metrô e vamos começar no ano que vem mais três. Serão sete obras do Metrô, além de uma extensão da CPTM e o Expresso ABC. São R$ 45 bilhões de investimentos até 2015. Desse total, R$ 30 bilhões do próprio tesouro e R$ 15 bilhões de capital privado com as parcerias público privadas.



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Pequenas lojas instaladas no metrô agora enfrentam concorrentes de peso pelo cliente

24/09/2012 - O Estado de São Paulo

Lojinhas de bijuterias, butiques de bairro e outros pontos comerciais perdem espaço para grandes marcas como TAM e O Boticário

MARIANA GAZZONI, NEGÓCIOS

André Lessa/AE
Quiosque da TAM em estação do metrô em SP

As estações de metrô de São Paulo e do Rio de Janeiro estão cada vez mais parecidas com um shopping center. As empresas que administram o serviço têm se esforçado para substituir as lojas de pequenos comerciantes por pontos de venda de grandes marcas e empresas, como Havaianas, TAM, O Boticário e TIM.

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O movimento está só no começo. A ideia é fazer com que o cliente possa comprar de tudo – de medicamentos a vestido de noiva – no subterrâneo das estações.As áreas destinadas a lojas passaram a ficar mais atrativas à medida que o interesse das grandes empresas pelo consumidor da classe C foi crescendo. Ao mesmo tempo, as concessionárias do serviço de metrô aprimoraram suas estratégias comerciais para atrair varejistas de mais peso.

O metrô de São Paulo, por exemplo, tem uma licitação aberta para alugar cerca de 100 lojas em 2013. Hoje, há aproximadamente 200 lojas disponíveis nas estações, mas só metade está ocupada. A concessão será feita em lotes e não individualmente, formato que favorece as grandes redes.

"Queremos atrair as grandes empresas para o metrô porque é melhor até para os consumidores. Fizemos pesquisas e vimos que isso é um desejo do passageiro", disse o gerente de negócios do Metrô, Aluizio Gibson. A empresa definiu também a que segmentos se destinam cada lote –há espaço para redes de calçados, drogarias, cosméticos e até roupas de noiva.

O Metrô Rio também passa por um movimento similar. Na metade do ano passado, a empresa começou a reformular seu departamento comercial e contratou profissionais da área de shopping center. "Fizemos um planejamento comercial do espaço e passamos a visitar os grandes nomes do varejo", disse a gerente comercial e de marketing do Metrô Rio, Eliza Santos. "Estamos em uma fase de qualificação do mix. As grandes empresas vão ocupar o espaço dos pequenos varejistas aos poucos."

A alto fluxo de pessoas é o atrativo do espaço para o varejo. Todos os dias passam pelas estações paulistanas 4,2 milhões de passageiros. No metro carioca, são 700 mil pessoas diariamente. A intenção das empresas é fazer com que eles parem para comprar seus produtos no caminho de casa ou do trabalho.

Promoções. As operadoras de telefonia móvel foram pioneiras, entre as grandes empresas, nas estações de metrô. Elas fincaram os pés nesse espaço quando lançaram seus planos de chamadas ilimitadas, em 2009. "Procuramos locais com grande acumulação de pessoas para chegar perto dos consumidores, principalmente das classes C e D, e divulgar nossas promoções", disse Érika Cascão, diretora de vendas da TIM em São Paulo.

Como o cliente que passa pelas estações é mais apressado do que o que está nas ruas ou nos shoppings, as empresas tiveram que adaptar suas lojas para atendê-lo. A TIM, por exemplo, contrata vendedores que sejam mais dinâmicos e "descolados", pois o atendimento precisa ser rápido. A operadora também abriu mão da venda de celulares no metrô e oferece apenas recarga e chips nos seus 16 quiosques no Metrô paulistano. "A venda de celular é consultiva. O passageiro está com pressa e não dá tempo de parar, escolher, perguntar e comprar", disse Érika.

A Claro mantém a oferta de celulares nos seus 12 quiosques no metrô e trem paulistas. "Queremos captar a compra por impulso", disse diretor da regional São Paulo, Marcio Nunes. Ele admite que a venda de aparelhos é menor nesses espaços do que em outras lojas, mas avalia que a estratégia vale a pena mesmo assim. "Estar no metrô é mais uma questão de marketing do que de vendas. Queremos mostrar que o produto está disponível para o cliente onde ele estiver", disse.

As teles ficaram pouco tempo sozinhas no "comércio subterrâneo". As companhias aéreas TAM e Gol também abriram lojas no metrô em 2011 para vender passagens, principalmente, a clientes que ainda têm restrições em relação às compras online. "Em um setor com margens baixas, como a aviação, não dá pra ter uma exposição só por marketing", disse o diretor de vendas diretas da TAM, Rodrigo Trevizan. A TAM testou as lojas populares em 2010, quando lançou quiosques dentro da Casas Bahia. Cerca de 45% dos clientes das lojas físicas, segundo ele, viajam de avião pela primeira vez. "É uma porta de entrada para esse novo público. Depois da primeira viagem, muitos começam a comprar na internet."

Publicidade. Não é só com lojas que as grandes empresas tentam chamar a atenção dos consumidores que transitam pelo metrô. Os anúncios nas estações ainda são a mídia mais requisitada. Tanto que é a principal fonte de receita do Metrô paulista depois da venda de passagens. No ano passado, a publicidade respondeu por 28% dos R$ 145 milhões que o Metrô de São Paulo faturou com serviços que não incluíam a venda de bilhetes.

"O metrô é um meio de transporte, mas pode ser explorado como meio de comunicação", disse o publicitário Juca Ferraz, sócio da Mídia e Metrô Brasil, empresa que assessora as agências em campanhas nesse ambiente. O segmento, segundo ele, sofreu um "boom" principalmente após a Lei Cidade Limpa, criada em 2006, na cidade de São Paulo. "Muitos anunciantes entraram no metrô depois das restrições a outdoors em São Paulo", diz Ferraz.

O volume de anúncios e de lojas de grandes empresas nas estações são só a ponta do iceberg da entrada do varejo neste espaço. Todas as receitas não tarifárias são só 7,9% do que o Metrô de São Paulo faturou em 2011.

Por isso, projetos de novas linhas já preveem um peso maior para esses negócios, que, em alguns casos, devem chegar a 16% da receita com bilhetes. Isso fará com que as novas estações tenham ainda mais cara de shopping.




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Trens são 4 vezes mais rápidos que os carros em SP

23/09/2012 - Estado de S.Paulo

Os trens da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) circulam com velocidade média até quatro vezes maior do que a dos carros nas ruas da metrópole. No horário de pico da noite, entre 17 e 20 horas, os usuários do transporte público sobre trilhos deslocam-se a 32,4 quilômetros por hora, em média. Enquanto isso, os paulistanos que estão atrás do volante trafegam a 7,6 km/h, quase no ritmo de um pedestre.

Na manhã, entre 7h e 10h, os números sofrem algumas alterações. O carro melhora seu desempenho e atinge a velocidade de uma bicicleta, 20,6 km/h. O metrô mantém os 32,4 km/h, conforme mostram os dados obtidos pelo Estado por meio da Lei de Acesso à Informação. As velocidades dos carros foram medidas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) no corredor modelo da cidade - Avenidas Eusébio Matoso e Rebouças e Rua da Consolação.

Circulam diariamente pela cidade 4,2 milhões de carros. O metrô paulistano recebe 4,7 milhões de passageiros, provenientes de toda a Região Metropolitana. Embora o metrô seja mais rápido, muitos paulistanos preferem usar carro.

O metrô sairá "vitorioso" dessa "briga" quando mais estações forem construídas perto das casas dos que hoje são motoristas e se converterão em usuários. Essa é a aposta do secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. "Tem uma questão, porém, a ser levada em conta: é que o usuário do carro entra no veículo na garagem e só sai dele no seu destino final. No metrô isso não acontece. A meu ver, as coisas vão mudar conforme a rede for aumentando", diz o secretário.

A operadora de loja Daiane Santos, de 29 anos, é um exemplo dessa resistência. Ela tem carro e usa metrô - mas só adere ao transporte público porque é obrigada. De carro, Daiane gasta meia hora no trajeto de casa, em Pirituba, ao trabalho, no Tucuruvi, ambos na zona norte. "Pego trem e metrô e demoro 1h30", compara.

Essa demora e a falta de qualidade dos demais meios de transporte integrados ao metrô são responsáveis por garantir a fidelidade de muitos usuários ao carro, afirma o engenheiro de tráfego Horácio Figueira. "O metrô é eficiente, mas quando há a integração com o ônibus a eficiência vai para o ralo", diz.

Uma solução para atrair os fiéis aos carros são ônibus fretados, diz Figueira. "Há privacidade, conforto, sistema porta em porta", diz. A Prefeitura, no entanto, impôs desde 2009 uma série de restrições ao serviço. O principal foi a criação da Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF), uma área de 70 km² onde esses ônibus estão proibidos de circular das 5h às 21h, de segunda a sexta-feira.

Na Radial, o trilho é campeão

O Estado resolveu fazer seu próprio "desafio intermodal" na região mais populosa da cidade de São Paulo, a zona leste. Foram testados o metrô, a bicicleta e o carro - que, preso nos engarrafamentos, perdeu de lavada (veja quadro ao lado). Mas a reportagem não se limitou a testar o tempo: analisou também o sufoco de cada meio de transporte.

O ponto de partida do desafio foi a Estação Corinthians-Itaquera, última parada da Linha 3-Vermelha do Metrô. O destino foi a Estação Sé, no centro. A distância entre os dois pontos é de 19 quilômetros. O desafio aconteceu na última quinta-feira e começou às 7h48.

Quem mora em Itaquera e escolhe o metrô tem de passar por 12 estações até chegar à Sé. Mas também tem a possibilidade de fazer a viagem toda sentado, o que faz toda a diferença. Alguns leem seus livros, outros se divertem com jogos no telefone celular e a maioria dorme.

Enquanto isso, os que estão de pé têm poucos minutos de conforto. Conforme o trem vai seguindo, vai ficando cada vez mais difícil esticar o braço, pegar algo no bolso ou mexer no telefone celular. Chega uma hora em que segurar nas barras de apoio torna-se totalmente desnecessário, já que a lotação é tanta que os corpos ao redor não deixam o passageiro nem se mexer, ainda mais cair. Os que entram nas estações mais perto da Sé têm de abrir o caminho à força. Alguns entram de costas, colocam a mão no teto e empurram o corpo para trás, antes que a porta feche rente ao rosto.

No Brás e no Tatuapé, estações em que há integração com os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), a massa de novos usuários faz com que passageiros que estão perto de uma porta sejam empurrados até atravessar o vagão e acabar perto da outra. As constantes paradas "para aguardar a movimentação do trem à frente", mesmo que curtas, irritam a todos.

Quando se chega à Sé, o alívio é grande para quem sai. Os demais continuam apertados até a Estação República, onde há a ligação com a Linha 4-Amarela.

Durante a viagem de metrô, mesmo no aperto, muitos agradecem por não ter de enfrentar o intenso congestionamento da Radial Leste.

Duas rodas. Mas lá na Radial também há um jeito de escapar do congestionamento, embora exija esforço: a bicicleta. E, embora tenha falhas, como ondulações no piso de concreto, a ciclovia é uma opção rápida e segura para quem quer ir de Itaquera em direção ao centro. No entanto, isso só vale até o Tatuapé. Ali, a rota exclusiva de bicicletas termina do nada, sem aviso - e pior, direto em um ponto de ônibus. O ciclista tem de tomar muito cuidado para não se deixar levar pelo embalo da pista e atropelar quem espera ônibus.

A partir daí, o ciclista é obrigado a pedalar entre os carros e ônibus da Radial Leste e da Avenida Alcântara Machado por mais 7 quilômetros até a Sé.

O tempo gasto pela bicicleta também poderia ser menor se um trecho anterior, de 400 metros da ciclovia, a partir da Estação Penha, não estivesse interditado e em obras. O ciclista é obrigado a subir uma escada com a bike e atravessar a pé a estação, até o outro lado da Radial e então continuar pela rota.

Parando. Mas se o carro tem alguma preferência na estrutura viária da Radial, isso não ajuda muito no caminho durante o horário de pico. A viagem foi uma sequência de anda e para que consumiu quase 40 minutos do percurso, mas começou com a certeza de que o único concorrente sério na disputa seria o metrô, uma vez que pedalar 19 km exige um preparo físico que a maioria dos jornalistas simplesmente não tem.

Mas o congestionamento ficou angustiante ainda nos primeiros 10 minutos da viagem, no trecho em que a Radial se chama Avenida Doutor Luís Aires e tem só duas faixas. Os semáforos abriam e fechavam antes que fosse possível percorrer 10 metros. A maior parte dos motoristas dos carros vizinhos deixava transparecer o tédio, enquanto era possível ver mulheres aproveitando a lentidão para passar batom e lixar as unhas. E, a exemplo do que acontece no metrô, muitos procuravam entretenimento no celular, apesar da proibição.

A situação só melhorou depois do Viaduto Engenheiro Alberto Badra, quando começa a faixa reversível da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Mas nem isso ajudou. Antes de chegar ao Tatuapé, o repórter soube, por telefone, que havia perdido a disputa para os dois colegas.


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sábado, 22 de setembro de 2012

Painel discute PPP e novas concessões

17/09/2012 - Segs.com.br - Portal Nacional

Fausto Bernardes, representante da Secretaria de Transportes Metropolitanos, disse que todas as obras tocadas pelo Estado atrasam em troca de multas por isso defende cada vez mais a intervenção privada nas obras públicas.

Por Katia Siqueira

A experiência da operação privada da linha 4 Amarela, pela ViaQuatro do Metrô de São Paulo e do sistema de trens e metrô no Rio de Janeiro, os conceitos e as dificuldades de implantação dos sistemas privados causaram hoje (14/09) um dos debates mais polêmicos da 18ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, promovida pela Associação de Engenheiros e Arquitetos de Metrô. Em São Paulo – AEAMESP, no Centro de Convenções Frei Caneca em São Paulo – SP.

As críticas à participação maior da Cia. do Metrô nos recursos para a linha 4 e menor pelos investidores privados, que chegaria a 90% dos recursos contra apenas 10% dos investidores privados, foi contestada por Marcos José Botelho Bicalho, diretor da Odebrecht Transport, um dos investidores, que disse estar em 30% contra 70% do Metrô. O atraso na execução da fase dois da obra, que já deveria estar funcionando e possibilitando o transporte de 750 mil passageiros por dia, foi justificada por Luiz Valença de Oliveira, presidente da ViaQuatro, pelo acidente na estação Pinheiros em janeiro de 2007, embargada pela Justiça. Ele afirmou que o recorde de passageiros na linha amarela foi batido na véspera do feriado de 7 de setembro, com 666 mil pessoas transportadas.

Fausto Bernardes Morey Filho, representante da Secretaria de Transportes Metropolitanos, disse que todas as obras tocadas pelo Estado atrasam em troca de multas por isso defende cada vez mais a intervenção privada nas obras públicas. Bicalho propõe uma PPP integral, com licitação única em uma parceria com as melhores práticas. Sugere um rearranjo contratual que permita ao poder concedente obter maior eficiência do setor privado; maior celeridade na implantação do empreendimento; incentivo para participação e possibilidade de introdução de soluções tecnológicas de engenharia, de forma integrada.

Jorge M. Rebelo, consultor do Banco Mundial que financiou a linha amarela, fez um histórico da participação estatal e privada nos sistemas de metrô e de trens de subúrbio no Rio de Janeiro, que começou com a descentralização dos trens da CBTU, e o papel do governador do Rio na melhoria dos sistemas.

Rebelo defende a criação de uma autoridade metropolitana, que cuide do plano integrado de transporte urbano combinado com outro de qualidade do ar e de uso de solo, como existem em Madri e Barcelona. Segundo Rebelo, essa proposta tem encontrado resistência na Prefeitura de São Paulo, embora tenha no secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes um defensor. Ele prega também maiores investimentos em equipamentos com recursos privados. Ele disse que em Paris, as empresas contribuem com 0,2% da folha de pagamento para melhorias no transporte público. No Brasil, esses recursos poderiam subsidiar as viagens da periferia para o centro, que tem tarifa única: o passageiro que viaja 60 km paga o mesmo daquele que viaja cinco.

METROFERR 2011

A Metroferr 2012 que acontece em paralelo a 18ª Semana de Tecnologia Metroferroviária reune em um único local as principais empresas e entidades do setor como: Alstom, Altus, ANPTrilhos, Abifer, Bombardier, CPTM, Crea, EMTU, Gerb do Brasil, GRA, Ieme Brasil, Metrô-SP, Ruf, Siemens e Simefre.

Serviço
18ª Semana de Tecnologia Metroferroviária
Data: 11 a 14 de setembro de 2012
Horário: 1º dia – 12 às 17h00
Horário: 2º ao 4º dia – 8h30 às 17h00
Local: Centro de Convenções Frei Caneca
Endereço: Rua Frei Caneca, 596, 4ª andar – São Paulo – SP

Mais informações: even...@aeamesp.org.br - www.aeamesp.org.br

SP terá integração gratuita de ônibus na linha 5-lilás do metrô

19/09/2012 - Folha de São Paulo

JULIA BOARINI

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou nesta quarta-feira que a integração de ônibus na estação Largo Treze, da linha 5-lilás do metrô, passará a ser gratuita no próximo mês. O anúncio acontece em plena campanha eleitoral pela Prefeitura de São Paulo.

Tarifa da linha 5 do metrô vai ter desconto de até R$ 0,50
Metrô e trem criam 'cotas' para levar bicicletas em vagões
Secretário de Transportes de SP diz que empresas estão atrasando obras

Atualmente, os usuários que saem do metrô ou do do trem pagam uma taxa de R$ 1,65 para embarcar em um ônibus, com direito a pegar mais dois ônibus sem pagar outra tarifa pelas próximas três horas. A tarifa também é cobrada quando o passageiro embarca no metrô ou na CPTM até duas horas após pagar a passagem de um ônibus. O sistema só é válido para os usuários do Bilhete Único. Quem não possui o cartão magnético deve pagar o preço integral de cada tarifa (R$ 3 para ônibus, metrô e trem).

A partir do dia 15 de outubro, quem descer na estação Largo Treze poderá utilizar uma das 55 linhas de ônibus que saem do local gratuitamente, sem pagar a integração. O benefício também é válido para quem vai de ônibus até a estação e acessa o metrô.

A medida visa reduzir a lotação nas estações Pinheiros e Santo Amaro, na linha 9-esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que fazem integração com as linhas 4-amarela e 5-lilás do metrô.

Para o governador, "as pessoas hoje preferem descer nas estações Pinheiros e Santo Amaro, que são um entroncamento do metrô e o do trem, para economizar. Com a integração gratuita no Largo Treze, os usuários podem continuar economizando, mas com mais conforto".

O desconto será valido por, pelo menos, três anos, quando a linha 5-lilás do metrô deve ser concluída.

Também para reduzir a grande demanda nas estações Pinheiros e Santo Amaro no horário de pico --das 7h as 9h-- o governo passará a cobrar R$ 0,50 a menos na tarifa de quem utilizar a linha 5-lilás entre as 9h e as 10h. Também para garantir o desconto, é preciso usar o Bilhete Único.

Linha 2-Verde será a maior e mais carregada linha

20/09/2012 - Metrô em Foco

Diego Silva

Em reunião no auditório Vergueiro, ocorrida na última terça-feira, o diretor de operações Mário Fioratti informou aos blogueiros e líderes de redes sociais que o Metrô espera por uma explosão de demanda na Linha 2-Verde. Recentemente, saiu na mídia que a então Linha 15-Branca (projeto que iria sair da estação Vila Prudente até a futura estação Dutra) após decisão unânime, passou a ser uma continuação da Linha 2-Verde. A explicação era óbvia: a Linha 15 sairia da estação Vila Prudente pelo mesmo túnel, pelo mesmo sistema de trem e alimentação. O então Monotrilho da Linha 2-Verde, considerado a continuação desta, em outro tipo de modal, foi rebatizado como Monotrilho da Linha 15-Prata.

Atualmente, a Linha 2-Verde liga Vila Madalena à Vila Prudente, integrando a Linha 1-Azul (nas estações Paraíso e Ana Rosa) e a Linha 10-Turquesa da CPTM (na estação Tamanduateí). Somente esta última agregou um salto de demanda que fez com que a Linha 2 se tornasse uma das mais carregadas do sistema. Agora, com a incorporação de mais um trecho que será construído, espera-se que a Linha 2-Verde seja ainda mais carregada em demanda que a Linha 3-Vermelha (Leste-Oeste), que atualmente transporta mais de um milhão de usuários por dia. A notícia veio como uma afirmação àquilo que outras pessoas já disseram: ''toda e qualquer linha de Metrô que seja construída hoje, já nascerá saturada''.

A necessidade de transporte em SP é urgente, ou seja, a citação acima não deixará de ser unânime. Os investimentos no Metrô demoraram muito a chegar. Agora que chegaram, a Companhia vai trabalhar forte para garantir ainda mais linhas e ainda mais rapidez e conforto nos deslocamentos. Espera-se que essa continuação da Linha 2-Verde esteja concluída em cerca de 8 anos. Em contrapartida, quando finalizada, a Linha 2-Verde poderá perder esse 'título' para a futura Linha 6-Laranja, que deverá ter mais de 33 km de extensão (quando estiver totalmente concluída, partindo de Pirituba até Cídade Líder).

Estações do Metrô vão ganhar 110 lojas até 2013

19/09/2012 - Bol

O metrô de São Paulo deve ganhar 110 lojas até o fim de 2013. Será possível comprar nas estações remédios, pacotes turísticos, perfumes e até vestido de noiva. O número de pontos de venda será mais do que o dobro do registrado hoje. Atualmente, a rede tem 98 lojas, considerando a Linha 4-Amarela, administrada pela iniciativa privada.

Os editais que vão permitir a concessão de espaços para interessados em administrar cinco lojas de calçados e de moda praia ou um pacote de cinco empreendimentos que venderão roupas de casamento foram publicados na segunda-feira. Até dezembro, devem ser divulgados editais para mais 28 lojas e um minishopping com 42 pontos de venda.

Os passageiros encontrarão o novo comércio de tênis, sandálias e chinelos nas Estações Ana Rosa, Palmeiras-Barra Funda, Brás, Santana e Sé. "O objetivo é atrair empresas já consolidadas e de grande porte no setor de calçados esportivos e sandálias tipo moda praia", diz a companhia, no texto do edital. O mezanino da Estação São Bento deve receber mais 42 lojas - hoje, só há três funcionando ali. A ideia do Metrô é que o centro comercial seja administrado por um único empreendedor, responsável por escolher os tipos de lojas.

As cinco lojas de noivas também devem ser administradas por um único grupo. A diferença é que ficarão todas no mesmo lugar: a saída da Avenida Prestes Maia, na Estação Luz, próximo da Rua São Caetano, também conhecida como "rua das noivas" por causa da concentração de lojas do ramo.

domingo, 16 de setembro de 2012

Monotrilho da Linha 15

Linhas de Monotrilho

Plano de Expansão em 2012

Linha 20


Histórico

Em 3 de janeiro de 2022, o Metrô de São Paulo assina com o Consórcio Logit - Queiroz Maluf - Almeida & Fleury - EGT o contrato para elaboração do estudo do modelo econômico-financeiro e jurídico, também conhecido como financial advisory, para implantação da Linha 20 (Lapa - ABC Paulista), a ser entregue em até 9 meses.


Divulgação em julho de 2021


REFERÊNCIAS:

MARQUES, Jessica. Metrô de São Paulo assina contrato para estudo de modelagem financeira para implantar a Linha 20-Rosa. Diário do Transporte. 03 janeiro 2022.






sábado, 15 de setembro de 2012

Metrô de SP vai reformar 20 estações para a Copa do Mundo de 2014

15/09/2012  - Valor, Guilherme Soares Dias

O Metrô de São Paulo vai reformar 20 estações das linhas 1, 2 e 3 – as mais antigas – para a Copa do Mundo de 2014. Estão previstas pintura e troca de piso, de forro e da identificação dos prédios, alguns deles projetados e construídos há mais de 30 anos. As obras ainda não foram licitadas e o custo do projeto não é revelado pela Companhia do Metropolitano de São Paulo.

A previsão para o início das intervenções é 2013, com término previsto para o primeiro semestre de 2014. “Haverá a requalificação por conta do tempo de utilização”, afirma o técnico da gerência de manutenção do Metrô paulista, Edgard El Khouri, lembrando que as estações não serão ampliadas.

As estações que serão modernizadas são as que ficam próximas da Arena Corinthians (Itaquerão) e aquelas que fazem integração com outros meios de transporte (CPTM e ônibus) e com demais linhas do metrô. Entre elas estão Barra Funda; Marechal Deodoro; República; Sé; Brás; Tatuapé; Arthur Alvim; Itaquera; Brigadeiro; Trianon-Masp; Consolação; Sumaré; Jabaquara; Santa Cruz; Ana Rosa; Paraíso; Luz e Tietê. As estações Anhangabaú e São Bento, no centro de São Paulo, também sofrerão modificações e devem receber espaços para exposições. “Serão instalados telões no Vale do Anhangabaú para a exibição dos jogos. É o chamado ‘fanfest’, que também será instalado no Anhembi”, lembra Khouri.

Já as obras para expansão do Metrô devem avançar pouco. Em 2013 serão inauguradas a estação Adolfo Pinheiro, na região sul (Linha 5-Lilás) e a ligação entre Vila Prudente e Oratório, na zona leste, por meio de monotrilho. Para 2014 está previsto o monotrilho da linha 17, que vai ligar o Aeroporto de Congonhas ao Morumbi. Também serão entregues as estações da Linha 4-Amarela Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, Vila Sônia e Morumbi. “Elas ficam prontas ao longo de 2014”, diz o diretor de operações do Metrô, Mario Fioratti Filho.

Ele lembra que o transporte de passageiros até o Itaquerão será garantido pelas atuais linhas de trem e de metrô que levam até o bairro de Itaquera, na zona leste da cidade. “Estamos modernizando as linhas para que haja intervalo menor entre os trens e aumento da capacidade do transporte de passageiros.”

Centro de Memória do Metrô reúne 38 anos de histórias

15/09/2012 - Metrô

Ontem, a Companhia do Metrô completou 38 anos de operação e as histórias do primeiro metrô do país estão reunidas no Centro de Memória do Metrô-SP. O espaço foi criado em 2004 e está aberto para consulta pública.

Atualmente, o acervo da Companhia reúne mais de 150.000 itens dos mais variados tipos. São mais de 100.000 iconográficos (aquarelas, negativos, diapositivos, cromos, ampliações fotográficas e mapas), 1.500 documentos textuais (folhetos, folders, cartazes, convites e matérias jornalísticas), 1.000 horas de material audiovisual (películas, VHS, U-Matic), mais de 100 horas de material sonoro (depoimentos de funcionários e discursos) e objetos tridimensionais (miniaturas, prêmios e moldes).

O Centro de Memória é organizado fisicamente em 18 grupos, divididos por suporte utilizado e tamanho. A recuperação é feita através de um banco de dados que utiliza referência cruzada para encontrar eventos, atividades, locais e personalidades em comum.

Os itens mais antigos do acervo são ampliações fotográficas contendo imagens da Avenida Paulista e do centro de São Paulo entre 1910 e 1920. Já entre as peças mais interessantes estão miniaturas de trens, miniaturas de obras de arte, mais de 200 filmes em película das décadas de 60 e 70 sobre a criação e construção do Metrô e mais de 500 aquarelas da artista Diana Dorothèa Danon retratando as obras das linhas de 1972 até os dias de hoje.

Consultas

Os itens mais consultados são aqueles que retratam a mudança urbanística que o Metrô trouxe para a cidade de São Paulo. Os pesquisadores procuram negativos, diapositivos, ampliações fotográficas e filmes.

O Centro de Memória registra em média 10 consultas presenciais por mês. Os usuários são, na maioria, engenheiros, arquitetos, urbanistas, historiadores, historiadores da arte e interessados em geral.

O atendimento ao público acontece na rua Augusta 1626 - Edifício Metro I, térreo, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h00.

Site Metrô Memória

Além do Centro de Memória, o Metrô disponibiliza para os interessados, em sua história institucional, o portal Metrô Memória, www.metromemoria.com.br.

Por meio das seções "Linha do Tempo", "História em Temas", "Fotos" e "Vídeos" é possível fazer uma viagem no tempo e verificar como se formou a rede metroviária de São Paulo. Desde a criação do site, já foram registrados mais de 35 mil acessos.

Início Operação Comercial

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Fotos Antigas


 Início dos testes com o trem protótipo. Galpão provisório do Pátio Jabaquara em setembro de 1972. Coleção Metrô Memória


Comemorando a inauguração, em 14 de setembro de 1974

Visita assistida em 1978


Cartão Postal, sem data


Inauguração do trecho Sé-Brás em 1979, o primeiro trecho da Linha Leste-Oeste 




Marcelo Almirante
Página lançada em 6 de maio de 2018





Início da Operação Comercial

14/09/1974

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Governo confirma plano de fechar estação próxima à Arena Corinthians

13/09/2012 - G1

Segundo secretário Gilmar Tadeu, local receberá apenas usuários dos trens da CPTM durante os jogos

Estação Corinthians-Itaquera: rampa de acesso ao lado do estádio (crédito: Odebrecht/Divulgação)

O governo paulistano confirmou hoje (10) que a estação de metrô Corinthians-Itaquera deve mesmo ser fechada durante os dias de jogos da Copa do Mundo 2014. Segundo o secretário Especial de Articulação da Copa do Mundo, Gilmar Tadeu, a estação receberia apenas passageiros dos trens da CPTM.

Assim, os torcedores que forem à Arena Corinthians nos seis confrontos do Mundial terão que utilizar a estação Artur Alvim, localizada a um quilômetro do estádio.  

"Haverá passarelas das estações ao estádio, de no máximo 800 metros. Para isso, podemos até alongar um pouco o percurso da estação de Itaquera, porque as pessoas precisam caminhar antes de chegar ao estádio, para que haja fluidez", disse Tadeu à reportagem da "Globo.com" durante a visita semestral da Fifa e o COL (Comitê Organizador Local) ao canteiro de obras. 

A recomendação é da Fifa. Para a entidade, o fato da estação Corinthians-Itaquera estar muito próxima a entrada da Arena Corinthians pode causar problemas com a aglomeração das torcidas. Com a alteração, o público seria dividido entre as catracas das duas estações.

O estádio corintiano, 49% concluído, receberá seis partidas da Copa do Mundo. Além da abertura no dia 12 de junho de 2014, o local será palco de mais três jogos da primeira fase, e de duas disputas de mata-mata, nas oitavas de final e da semifinal.

Monotrilho da Zona Leste de SP agora é Linha 15-Prata

11/09/2012 - O Estado de S. Paulo 

Em construção desde 2009 na Vila Prudente, a linha deixou de ser chamada 2-Verde.

O monotrilho da zona leste ainda vai demorar para ser entregue, mas seu nome já foi trocado pela Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). Em construção desde 2009 na Vila Prudente, a linha deixou de ser chamada 2-Verde. Agora, oficialmente, virou 15-Prata.

A mudança de cor e número, que vinha sendo especulada há meses, foi anunciada na semana passada pelo presidente da empresa, Peter Walker, em um comunicado interno. De acordo com a empresa, a alteração ocorreu porque a futura extensão da Linha 2-Verde - que hoje liga a Vila Madalena, na zona oeste, à Vila Prudente, na leste - até as imediações da Via Dutra "funcionará nos mesmos moldes e sistemas" atuais a partir da Vila Prudente. Portanto, esse "rabicho" também será Linha 2. Anteriormente, no entanto, esse trecho havia sido identificado como Linha 15-Branca pelo Metrô.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Nove empresas mostram interesse em projeto da Linha 20 – Rosa do Metrô

10/09/2012 - Via Trólebus

Nove empresas mostraram interesse para desenvolvimento dos estudos de viabilidade do projeto e modelagem para a Linha 20 Rosa do Metrô, que vai ligar a Lapa até São Bernardo do Campo. Os estudos envolvem: projeto de engenharia; estudos de demanda; estimativas de receitas; estimativas de custos e despesas; análise de viabilidade econômico-financeira; modelo de remuneração da SPE; análise dos aspectos legais; e modelo de contratação.
O Chamamento Público nº 2/2012 teve origem com a Manifestação de Interesse da Iniciativa Privada (MIP) apresentada pela Investimentos e Participações em Infra-estrutura S.A. – INVEPAR. A previsão de investimento no projeto é de sete bilhões e quinhentos milhões de reais)
As empresas cadastradas são: Constran S.A.- Construções e Comércio; Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A. – INVEPAR; Constran S.A.- Construções e Comércio e UTC Participações S.A.; Enejota Cavalieri Engenharia; Construtora Andrade Gutierrez S.A.; Construcap-CCPS Engenharia e Comércio S.A.; EGP-Empresa Global de Projetos; Proficenter- Planejamento de Obras Ltda.; e Construtora Queiroz Galvão SA.
O valor total do ressarcimento aos autores dos estudos selecionados pelo Governo do Estado será de R$ 5 milhões de reais e o prazo para a preparação dos estudos encerra-se em 01/04/2013.

Por Renato Lobo
 

Expansão de linhas de metrô e trem em SP está abaixo da meta, diz Afif

10/09/2012 - Valor Econômico

Com média histórica de construção de dois quilômetros por ano de metrô e de cinco quilômetros de linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), o governo do Estado de São Paulo precisa atingir ritmo produtivo de oito quilômetros de metrô e de 10 quilômetros de linhas de trem anualmente para alcançar a meta prevista para o intervalo entre 2012 e 2015. Para esse período o Estado previa a construção de 32 quilômetros de metrô e de 40 quilômetros de linhas de trem.

“Em 2012 não vamos conseguir, se quiser alcançar a meta será necessário correr”, admite o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, que preside o Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas (PPPs).

Segundo ele, PPPs como as que estão previstas para a Linha 6-Laranja (Pirituba-São Joaquim) do Metrô devem acelerar esse processo. “As PPPs aumentam a capacidade de investimento e diminuem os obstáculos.” Com a entrada de novas empresas na administração do transporte público – hoje somente a Linha 4-Amarela é gerida pelo setor privado –, Afif defende a criação de agência reguladora de transportes metropolitanos. “Há estudos para isso. Com novos players seria necessário fiscalizar e ordenar se estão cumprindo seus contratos”, diz, lembrando que quem cumpre esse papel atualmente é a Secretaria de Transportes Metropolitanos.

A entrada da iniciativa privada no setor, segundo o vice-governador, também torna necessária a reestruturação da Companhia do Metropolitano (Metrô) e da CPTM. “Ambas precisam de melhor aparelhamento para esse momento.”

Metrô realiza nova audiência pública para a Linha 6-Laranja amanhã

10/09/2012 - Metrô SP

A Companhia do Metrô realiza nesta terça-feira, dia 11/9, nova Audiência Pública para a Linha 6-Laranja (Brasilândia-São Joaquim). O evento terá início às 9h30, no Instituto de Engenharia, Av. Dr. Dante Pazzanese, 120, Vila Mariana. Como uma reunião aberta, na Audiência Pública qualquer cidadão pode participar.

O evento tem como finalidade apresentar o projeto básico e a modelagem da Parceria Público-Privada (PPP) da futura Linha 6-Laranja. Nos meses seguintes, acontecerá a apresentação do projeto em âmbito nacional e também no exterior, pois a concorrência será internacional e deverá ocorrer em dezembro deste ano. A expectativa é de que as obras da nova linha metroviária sejam iniciadas no segundo semestre do ano que vem.

A última Audiência Pública dessa linha foi realizada no dia 8 de maio, no Auditório da UNINOVE, na Barra Funda e constituiu um dos passos legais para se obter a Licença Ambiental do empreendimento.  Na ocasião, foram expostas e esclarecidas questões sobre o Estudo de Impacto Ambiental da Linha 6. 

O Conselho Gestor do Programa Estadual de Parcerias Público-Privadas definiu em 12 de julho a modelagem da futura Linha 6-Laranja do Metrô, que será construída e operada pela iniciativa privada, por meio de uma PPP. 

A modelagem foi baseada em propostas apresentadas por três interessados: Odebebrecht Transport, Construtora Queiroz Galvão e Consórcio Galvão-Somague Engenharia. 

A Linha 6-Laranja abrange o trecho de Vila Brasilândia a São Joaquim, com 13,5 quilômetros de extensão e 15 estações (Brasilândia, Vila Cardoso, Itaberaba-Hospital Vila Penteado, João Paulo I, Santa Marina, Água Branca, Sesc Pompeia, Perdizes, PUC-Cardoso de Almeida, Angélica-Pacaembu, Higienópolis-Mackenzie, 14 Bis, Bela Vista e São Joaquim). O investimento para esta linha está estimado em R$ 8 bilhões.

A Linha 6- Laranja será integrada às Linhas 7-Rubi e 8-Diamante da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) na estação Água Branca; à Linha 4-Amarela, na estação Higienópolis-Mackenzie; e à Linha 1-Azul do Metrô, na estação São Joaquim. A demanda prevista é de aproximadamente 640 mil passageiros/dia e a operação comercial entre Vila Brasilândia e São Joaquim contará com uma frota de 29 trens.

A linha atenderá os bairros Brasilândia, Freguesia do Ó, Pompeia, Perdizes, Sumaré, Bela Vista e Liberdade e beneficiará grandes centros educacionais, como Unip (Universidade Paulista), PUC (Pontifícia Universidade Católica), Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), Mackenzie e FMU (Faculdade Metropolitanas Unidas).

Metrô e CPTM têm recorde de passageiros

12/09/2012 - Boa Informação

No caso específico do metrô, o salto foi de 1 milhão de pessoas no comparativo com a média de passageiros transportados por dia útil no início de 2011.

São Paulo – Já faz quase um ano que as mais recentes estações do metrô foram abertas. Mesmo sem o acréscimo de paradas, o movimento na rede não para de subir. Na quinta-feira, as linhas do sistema registraram um recorde histórico de passageiros transportados: 4,7 milhões. Na véspera do 7 de Setembro, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também registrou recorde: 2,8 milhões de passageiros transportados.

Os dados foram anunciados nesta terça-feira, 11, pelo secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, durante uma audiência pública sobre a futura Linha 6-Laranja na zona sul. “(Foram) 7,5 milhões de passageiros transportados, se bem que em um dia de pico. Mas em estado de regime (ou seja, nos dias de movimento normal), já estamos em 7,2 milhões.” O secretário se referia aos dois sistemas combinados.

No caso específico do metrô, o salto foi de 1 milhão de pessoas no comparativo com a média de passageiros transportados por dia útil no início de 2011. Essa quantidade crescente de usuários em um sistema sobre trilhos com o mesmo tamanho se reflete na superlotação, especialmente nas horas do rush.

Afastada do trabalho  por uma doença e passageira diária, a ajudante de limpeza Maria Carmelita dos Santos, de 56 anos, reclama do invariável empurra-empurra para entrar nos vagões nos momentos mais cheios. Ela diz já ter caído uma vez em uma situação dessas. “Só vai melhorar quando decidirem construir mais linhas.”

O próprio Fernandes admite essa necessidade e afirma que o governo do Estado já começou a trabalhar. “A população quer mais, quer trilhos. E para resolver isso, estamos fazendo quatro linhas de metrô ao mesmo tempo (obras nas linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 15-Prata e 17-Ouro), e também fazendo extensão na CPTM (na Linha 8-Diamante, em Itapevi).”

Além disso, o secretário garante que há mais por vir, como o prolongamento da Linha 2-Verde até a Via Dutra, e a construção das Linhas 6-Laranja, entre Brasilândia e a região central, e 18-Bronze (o monotrilho do ABC). Já o assessor técnico da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) Marcos Bicalho diz que a superlotação do metrô é consequência da eficiência do sistema. “Se a pessoa optar pelos ônibus vai enfrentar igualmente a superlotação e vai ficar presa no trânsito.”
 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Metrô realiza nova audiência pública para a Linha 6-Laranja amanhã

10/09/2012 - Metrô SP

A Companhia do Metrô realiza nesta terça-feira, dia 11/9, nova Audiência Pública para a Linha 6-Laranja (Brasilândia-São Joaquim). O evento terá início às 9h30, no Instituto de Engenharia, Av. Dr. Dante Pazzanese, 120, Vila Mariana. Como uma reunião aberta, na Audiência Pública qualquer cidadão pode participar.

O evento tem como finalidade apresentar o projeto básico e a modelagem da Parceria Público-Privada (PPP) da futura Linha 6-Laranja. Nos meses seguintes, acontecerá a apresentação do projeto em âmbito nacional e também no exterior, pois a concorrência será internacional e deverá ocorrer em dezembro deste ano. A expectativa é de que as obras da nova linha metroviária sejam iniciadas no segundo semestre do ano que vem.

A última Audiência Pública dessa linha foi realizada no dia 8 de maio, no Auditório da UNINOVE, na Barra Funda e constituiu um dos passos legais para se obter a Licença Ambiental do empreendimento.  Na ocasião, foram expostas e esclarecidas questões sobre o Estudo de Impacto Ambiental da Linha 6. 

O Conselho Gestor do Programa Estadual de Parcerias Público-Privadas definiu em 12 de julho a modelagem da futura Linha 6-Laranja do Metrô, que será construída e operada pela iniciativa privada, por meio de uma PPP. 

A modelagem foi baseada em propostas apresentadas por três interessados: Odebebrecht Transport, Construtora Queiroz Galvão e Consórcio Galvão-Somague Engenharia. 

A Linha 6-Laranja abrange o trecho de Vila Brasilândia a São Joaquim, com 13,5 quilômetros de extensão e 15 estações (Brasilândia, Vila Cardoso, Itaberaba-Hospital Vila Penteado, João Paulo I, Santa Marina, Água Branca, Sesc Pompeia, Perdizes, PUC-Cardoso de Almeida, Angélica-Pacaembu, Higienópolis-Mackenzie, 14 Bis, Bela Vista e São Joaquim). O investimento para esta linha está estimado em R$ 8 bilhões.

A Linha 6- Laranja será integrada às Linhas 7-Rubi e 8-Diamante da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) na estação Água Branca; à Linha 4-Amarela, na estação Higienópolis-Mackenzie; e à Linha 1-Azul do Metrô, na estação São Joaquim. A demanda prevista é de aproximadamente 640 mil passageiros/dia e a operação comercial entre Vila Brasilândia e São Joaquim contará com uma frota de 29 trens.

A linha atenderá os bairros Brasilândia, Freguesia do Ó, Pompeia, Perdizes, Sumaré, Bela Vista e Liberdade e beneficiará grandes centros educacionais, como Unip (Universidade Paulista), PUC (Pontifícia Universidade Católica), Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), Mackenzie e FMU (Faculdade Metropolitanas Unidas).

Metrô apresenta projeto da Linha 6-Laranja nesta 3ª

10/09/2012 - Governo SP

Audiência Pública acontece no Instituto de Engenharia, na Vila Mariana, e será aberta ao público

A Companhia do Metrô realiza nesta terça-feira, 11, nova Audiência Pública para a Linha 6-Laranja (Brasilândia-São Joaquim). O evento terá início às 9h30, no Instituto de Engenharia (Av. Dr. Dante Pazzanese, 120, Vila Mariana, São Paulo). Como uma reunião aberta, qualquer cidadão pode participar.

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A finalidade da Audiência Pública é apresentar o projeto básico e a modelagem da Parceria Público-Privada (PPP) da futura Linha 6-Laranja. Nos meses seguintes, acontecerá a apresentação do projeto em âmbito nacional e também no exterior, pois a concorrência será internacional e deverá ocorrer em dezembro deste ano.

A expectativa é que as obras comecem no segundo semestre de 2013. A Linha 6-Laranja liga a Vila Brasilândia a São Joaquim, com 13,5 quilômetros de extensão e 15 estações (Brasilândia, Vila Cardoso, Itaberaba-Hospital Vila Penteado, João Paulo I, Santa Marina, Freguesia do Ó, Água Branca, Sesc Pompeia, Perdizes, PUC-Cardoso de Almeida, Angélica-Pacaembu, Higienópolis-Mackenzie, 14 Bis, Bela Vista e São Joaquim). O investimento para esta linha está estimado em R$ 8 bilhões.

sábado, 8 de setembro de 2012

Há 40 anos, o metrô - enfim - começava a operar

02/09/2012 - O Estado de São Paulo

As projeções dos órgãos que planejam o transporte público da cidade são de que, antes de 2020, a maior parte das viagens realizadas na cidade será feita por metrô.

Por Bruno Ribeiro e Edison Veiga

Espanto. Empolgação. Otimismo. E um pouco de medo. Foi assim que São Paulo viu nascer seu metrô, em 6 de setembro de 1972. Nessa data ocorreu o primeiro teste de um trem da companhia, em evento que contou com a presença de autoridades municipais, estaduais e federais.

O transporte rápido sobre trilhos só começaria a operar comercialmente dois anos mais tarde, mas o teste foi considerado uma inauguração: afinal, ainda que por poucos metros, era a primeira vez que um metrô andava em São Paulo.

“Naquele tempo, uma coisa dessas era novidade para todo mundo”, comenta Antonio Aparecido Lazarini, que teve o privilégio de ser o condutor desse primeiro teste (leia mais abaixo). “Tinha gente que perguntava se, por andar debaixo da terra, dava para ver o subsolo. E muitos tinham medo, diziam que podia ser perigoso, que jamais andariam em um negócio desses. Alguns imaginavam que andar de metrô seria como entrar em uma caverna.”

Os funcionários mais antigos da companhia também se recordam que muitos paulistanos não aprovavam as obras. Reclamavam dos transtornos na região, da demora em concluir tudo e, principalmente, do alto valor investido.

Evolução. Autoridades, urbanistas e as pessoas mais esclarecidas, por outro lado, viam a novidade com extremo otimismo. Em 25 de janeiro de 1972, o Estado publicou uma reportagem em que especialistas previam que, dentro de 20 anos, a cidade contaria com “dezenas de linhas de metrô”. Quarenta anos se passaram e as linhas são apenas cinco. Quando o metrô entrou em operação, seus trens percorriam, diariamente, 353 km. Hoje, o total percorrido é de cerca de 67 mil km.

Outro fato importante é que o metrô já nasceu atrasado em São Paulo. Para se ter uma ideia, Londres, a primeira cidade do mundo a contar com um sistema de transporte assim, fez essa inauguração em 10 de janeiro de 1863. Isso mesmo: 111 anos antes da inauguração comercial do sistema em São Paulo.

Resultado: enquanto a malha metroviária da capital britânica é de 400 km, os paulistanos têm apenas 78,1 km à disposição (veja mais dados no infográfico acima).

Otimismo. O secretário de Estado de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, diz que a marcha lenta da criação de novas linhas ficou no passado. “A expectativa hoje é muito mais segura. Você tem quatro linhas em construção e, até março, poderemos ter cinco obras ao mesmo tempo. É inevitável que vamos partir para um patamar de 10 km de linhas construídas por ano.” O que se viu até agora, no entanto, foi um número muito menor. Na história do metrô, a média tem sido de 2 quilômetros de linha a cada 12 meses.

Com mais linhas abertas, a promessa da atual gestão da Companhia do Metropolitano é de uma cidade integrada. “Certamente vai mudar o perfil. Será uma rede que ultrapassará os 100 km em 2014 e os 200 km no final da década”, afirma o secretário.

As projeções dos órgãos que planejam o transporte público da cidade são de que, antes de 2020, a maior parte das viagens realizadas na cidade será feita por metrô.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Construtoras estão atrasando obras de Metrô e Trem, diz secretário

06/09/2012 - Via Trólebus

Jurandi Fernandes, Secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, afirmou que construtoras contratadas pelo governo são as responsáveis pela lentidão das obras de trem e de Metrô. Jurandir disse que a percepção de lentidão dos projetos por responsabilidade das construtoras começou a ocorrer há alguns meses, depois que foram solucionados problemas ambientais que atrapalhavam o desenvolvimento dos projetos. O secretário informou que exigirá, nos contratos futuros, que o risco de paralisação das obras seja compartilhado entre o governo e as empresas.

Jurandir diz ainda que as empresas reclamam de falta de mão de obra para desenvolver os projetos e obras, e alegam falta de equipamentos para fazer o trabalho. Jurandir citou um exemplo, sem citar o nome da companhia, de uma empresa que participa de uma obra do metrô em São Paulo, que teria a receber R$ 50 milhões mas que só conseguiu R$ 10 milhões.
“Uma empresa chegou a me pedir 30 dias para começar uma obra. Eu fui perguntar o motivo e a resposta foi que eles não conseguiam alugar furadeiras para fazer as fundações porque todas do país estavam alugadas. Isso não pode acontecer. A empresa ganhar um contrato e ficar com ele em estoque. Não pode enrolar. Se não tem capacidade, tem que investir“, contou Jurandir durante encontro V Brasil nos Trilhos, que reúne empresas da área de ferrovias e construtoras.
O secretário diz ainda que a área de projetos está sofrendo de carência de mão de obra. Ele sugeriu às empresas nacionais para que contratem novos engenheiros projetistas desempregados nos países ibéricos para dar conta da quantidade de projetos para as obras que serão realizadas. Segundo ele, SP tem um programa de investimento ferroviário que soma R$ 45 bilhões com a implantação até 2020 de quase 300 km de linhas de trens e metrôs.
“Vamos começar a fazer pressão nas empresas. Mostrar que o rei está nu. Vamos começar a cobrar multas pesadas e cobrar o cumprimento dos prazos“, afirmou o secretário que administra 155 contratos de obras e projetos.

Edital das obras da Linha 15 de SP será publicado dia 11

03/09/2012 - Revista Ferroviária

O Metrô de São Paulo publicará no dia 11 de setembro o edital para contratar as obras da Linha 15-Branca, que ligará a Vila Prudente à Dutra.  A nova linha terá 13,5 km de extensão e 12 estações , com interligações com as 2-Verde e 3-Vermelha do Metrô e com as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da CPTM.

As propostas deverão ser apresentadas em aproximadamente 40 dias pelas empresas interessadas. E depois da análise das propostas, a companhia divulgará o vencedor. A expectativa é que as obras sejam iniciadas no segundo semestre de 2013. Com a Linha 15-Branca em obras, a cidade de São Paulo terá cinco linhas de metrô e monotrilho em construção simultânea.

Governo faz Audiência Pública para apresentar modelo de PPP da Linha 6 – Laranja

05/09/2012 - Via Trólebus

O Governo do Estado deve realizar no próximo dia 11, uma audiência pública para apresentar o modelo de PPP que será adotado na futura Linha 6 – Laranja, que vai ligar a rodovia dos Bandeirantes até a Cidade Líder na zona leste de São Paulo. A empresa ou consórcio que vencer a licitação deve tocar as obras, implantação, operação e manutenção da linha. Nesta audiência pública  a Secretaria dos Transportes Metropolitanos – STM em linhas gerais, deve esclarecer e colher contribuições para a elaboração do futuro edital. A Audiência será realizada no dia 11 de setembro de 2012, às 9:00 horas, na sede do Instituto de Engenharia de São Paulo, sito à Rua Dante Pazzanese, nº 120 – São Paulo – SP.
O Governo espera que a primeira etapa da Linha, da Brasilândia até a estação São Joaquim esteja pronta ante do final da década.

Metrô SP: plataformas terão vão reduzido

03/09/2012 - Band

O Metrô vai instalar nos próximos meses dispositivos para reduzir o vão entre as plataformas e os trens nas estações das linhas Azul, Verde e Vermelha. O objetivo da medida é evitar acidentes.

Uma licitação para a compra dos equipamentos foi aberta pela companhia. O dispositivo, chamado “elastômetro”, tem formato de pente e evita que os usuários coloquem o pé no vão entre o trem e a plataforma. Os equipamentos devem ser instalados ainda em 2012.

Segurança

O Metrô concluiu no final de semana mais uma etapa de testes do sistema CBTC (Controle de Trens Baseado em Comunicação) na Linha 2- Verde (Vila Prudente-Vila Madalena). No último domingo as estações Vila Prudente, Tamanduateí e Sacomã ficaram fechadas ao público de 4h40 ao meio-dia.

O CBTC é considerado o sistema de controle de trens mais moderno do mundo e está em operação em linhas de metrôs nas cidades de Nova York, Londres e Paris, entre outras. Quando esse sistema estiver funcionando plenamente, o intervalo entre um trem e outro será reduzido e a capacidade de transporte ampliada em cerca de 20%.

Prefeitura vistoria obras do Terminal Intermodal

04/09/2012 - Prefeitura de São Paulo

O Terminal de Transporte Intermodal Jornalista Victor Civita, na Rua Sumidouro, ao lado da estação Pinheiros do Metrô, receberá 36 linhas da SPTrans com a expectativa de que saiam seis ônibus por minuto. Diariamente, deverão passar pelo local 120 mil passageiros.

A Prefeitura de São Paulo vistoriou nesta terça-feira (04) as obras do Terminal de Transporte Intermodal Jornalista Victor Civita, na Rua Sumidouro, ao lado da estação Pinheiros do Metrô. Com o objetivo de melhorar a integração entre ônibus, metrô e trem, o terminal, que tem previsão de entrega para este ano, receberá 36 linhas da SPTrans com a expectativa de que saiam seis ônibus por minuto. Diariamente, deverão passar pelo local 120 mil passageiros. 
 
Executado pela SPObras, órgão vinculado à Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb), o projeto compreende seis plataformas, sinalização horizontal, edifícios administrativo e de apoio, iluminação, gradis, além de um reservatório de água com capacidade de 60 mil litros. Usuários terão disponível garagem subterrânea com 403 vagas para automóveis, 12 vagas para portadores de necessidades especiais e 81 vagas para motos.
 
O terminal integra o Projeto de Reconversão Urbana do Largo da Batata e Entorno, uma série de intervenções com o objetivo de melhorar a fluidez do trânsito e o deslocamento de pedestres pela região. Para isso, é realizado o alargamento de ruas e calçadas, enterramento de fios e cabos, implantação de redes de esgoto e de distribuição de água, além da substituição do sistema de iluminação pública. Também está prevista a recuperação ambiental e urbana da região do Largo de Pinheiros com a preservação e o plantio de árvores.
 

 

Metrô planeja primeiro minishopping dentro de estação

02/09/2012 - Folha de S. Paulo

Os lojistas da 25 de Março, na região central, ganharão um concorrente no ano que vem. Dentro da estação São Bento, vizinha ao principal ponto de comércio de rua paulistano, o Metrô instalará seu primeiro minishopping. 

A ideia é a mais ambiciosa do plano de expansão de lojas iniciado pela companhia na semana passada. No intervalo de um ano, a expectativa é elevar o total de pontos de venda nas estações de 68 para 148. O anúncio do projeto representa a retomada do comércio nas quatro linhas controladas pela empresa --exceção, a 4-amarela é administrada pela ViaQuatro. 

As primeiras lojinhas, como o Metrô costuma chamá-las, surgiram na década de 1970, quando foram inauguradas as linhas 1-azul e 3-vermelha. Elas se disseminaram ao longo das décadas e, em 2009, somavam cem. A partir daí, entraram em processo de decadência. Em meio a problemas com lojistas e queixas de passageiros, a companhia passou a não renovar os contratos que permitiam as vendas nas estações. 

"As lojinhas eram feias, não tinham um padrão visual nem produtos interessantes", afirma Dóris Lemos de Castro Vasconcelos, assistente da Gerência de Negócios do Metrô. "Os usuários às vezes reclamavam, mas não podíamos fazer nada." 

Agora, segundo a companhia, as lojas terão de acompanhar um "nível um pouco mais alto", com melhores produtos. Ou seja, vão ter jeito e cara de loja de shopping.

A maior mudança prevista no pacote ocorrerá na São Bento, que dá acesso para a rua 25 de Março. Está prevista ali a instalação de um centro comercial com 42 lojas, com custo inicial estimado em R$ 3 milhões. "Tem lugar até para um restaurante grande, com vista para o Anhangabaú", afirma Dóris. 

Caberá ao futuro sócio do Metrô definir quais marcas atuarão ali. Nas demais estações, a intenção é oferecer de remédios a vestidos de noiva. Completam a lista sapatos e chinelos, perfumes, passagens aéreas e pacotes de viagem. 

TUDO PARA ELAS 

Tudo para atrair o principal alvo: as passageiras. "Elas são a maioria dos usuários [no sistema] e as que mais compram", conta a assistente. A base da empolgação é uma pesquisa feita em março deste ano com 600 passageiros, na qual elas apareceram entre os consumidores mais ávidos. "Homem compra lanche, toma café, passa rápido. Já as mulheres preferem os acessórios." 

As marcas que funcionarão nas estações serão escolhidas por meio de licitação. As lojas terão de pagar mensalmente uma espécie de aluguel --o preço do metro quadrado varia de R$ 283 a R$ 894. 

No minishopping da São Bento, o Metrô poderá ficar com parte dos lucros. Ao todo, a companhia prevê a arrecadação de cerca de R$ 4 milhões por ano com o negócio. 

Segundo Dóris Lemos, as novas lojas não atrapalharão o fluxo de passageiros no sistema, que apresenta superlotação em três das cinco linhas. "Evitamos os principais corredores de acesso e todos os espaços estão combinados com a operação." 

Na linha 4-amarela, da ViaQuatro, a expansão do comércio deverá ser concluída até o início de 2013. As estações receberão, ao todo, 60 lojas. Metade já está instalada. 

"Para nossa surpresa, elas têm tido um bom desempenho", afirma Donato Ponzio, gerente comercial da concessionária. De acordo com ele, fatores como a expansão da renda dos paulistanos nos últimos anos e o longo tempo que eles gastam para se deslocar na metrópole ajudam a impulsionar as vendas nas estações. 

    

Peter Alouche: Metrô de São Paulo, sempre na vanguarda da tecnologia

03/09/2012 - Jornal Instituto de Engenharia

O Metrô de São Paulo sempre acompanhou, na sua tecnologia, o estado da arte do que havia de mais avançado no mundo o que, em grande parte, explica o seu sucesso operacional. É graças à sua tecnologia que o Metrô pode ter uma capacidade de oferta de transporte, considerada uma das mais elevadas do mundo (quase 4,5 milhões de passageiros transportados por dia, numa rede de 75 km com 5 linhas – incluindo a Linha 4-Amarela). 

De fato, é com sua tecnologia avançada que o Metrô consegue atender tantos usuários com um serviço de qualidade e a um preço acessível, garantindo um nível máximo de segurança, tanto no que se refere à segurança operacional do transporte quanto à segurança pública contra o vandalismo e criminalidade. Qualidade do transporte se traduz em regularidade da oferta, com um intervalo entre composições (headway) que chega a 90 segundos ou menos nas horas de pico e com uma velocidade comercial (30 a 40 km/h) e tempo de viagem assegurados. Isto requer uma alta confiabilidade e disponibilidade dos equipamentos (material rodante, subestações, equipamentos fixos, bilhetagem, escadas rolantes, etc.) exigindo uma manutenção rigorosa, de primeira classe, tanto preventiva quanto corretiva e uma rapidez na atuação e restabelecimento da normalidade em situações de falhas, incidentes ou emergências. 

Uma tecnologia que respeita ao máximo o meio ambiente quanto à poluição ambiental, ruído, vibrações e economia de energia, além de atender a todas as pessoas, independente de suas limitações de mobilidade, garantindo total acessibilidade para idosos ou com alguma deficiência física. Qualidade de transporte significa também conforto na integração física, operacional e tarifária com os outros modos de transporte e um sistema de informações “on line” ao usuário, amplo e atrativo, nos trens, estações e terminais. Sem falar da limpeza e de elementos complementares importantes como “arte” para tornar os ambientes agradáveis e culturalmente atrativos. Esses conceitos de serviço não existiam no Brasil na década de 70, quando São Paulo iniciou sua grande aventura de construir o seu Metrô. 

Essa aventura teve marcos significativos e pioneiros na engenharia, como a utilização já nos anos 70, de tecnologias avançadas de construção civil. Graças ao Metrô a Engenharia brasileira domina com perfeição os métodos construtivos de trincheira, túneis mineiros e escavação mecanizada com uso de “tuneladoras” (máquinas shield). A memorável implosão do Mendes Caldeira é fato histórico do passado. 

Mas foi no seu material rodante e nos seus sistemas operacionais que o Metrô mostrou sua ousadia e muita coragem. Foi um dos primeiros do mundo a adotar a condução e supervisão automática dos trens com um Centro de Controle totalmente informatizado, inédito para a época. A evolução desses sistemas acompanhou o estado da arte ao longo dos anos na renovação das linhas mais antigas, mas foi a partir da especificação da Linha 4-Amarela com a adoção da operação com automatismo integral, sem condutor nos trens, é que o Metrô de São Paulo se coloca na vanguarda tecnológica mundial nos seus sistemas de automação. Adota o modo de condução “Unattended Operation” –UTO -, aplica na sinalização o sistema a bloco móvel, o CBTC, com comunicação por rádio e instala nas plataformas, portas automáticas, que dão total segurança aos usuários. Na especificação de seu material rodante e equipamentos fixos, para sua garantia operacional, segue as tecnologias aeroespaciais RAMSI*. 

A população acompanha esse desenvolvimento com muito entusiasmo. Basta observar, evidentemente quando a lotação não está no seu máximo, as pessoas circularem admiradas nas novas estações, contemplarem as belíssimas obras de arte e ao chegar nas plataformas, esperarem com tranqüilidade frente às magníficas portas automáticas, o trem chegar. 

Todo sucesso tem seu preço e as tecnologias avançadas seus grandes desafios. O preço que o Metrô está pagando pelo seu sucesso é a super lotação. Vítima de ser, para muitos, a única alternativa boa de transporte e de ter atraído para suas estações milhares de usuários provindos de outros modos ou incluídos no sistema, graças ao bilhete único, a rede metroviária se tornou rapidamente absolutamente insuficiente face à demanda. E apesar da tecnologia fazer milagres, inclusive com o aumento da oferta pela diminuição do intervalo entre composições, só uma rede integrada, com mais linhas de metrô, implantação de linhas de monotrilhos, VLTs e de um sistema de corredores de ônibus bem estruturados, poderá aliviar essa situação. 

Quanto à tecnologia moderna e avançada, esta tem seus grandes desafios. Uma vez bem escolhida e implantada, ela exige uma boa gestão operacional, uma rigorosa manutenção e uma contínua renovação. A tecnologia que, cada vez mais se baseia na informática e nas telecomunicações, supostamente considerada infalível – no mínimo “fail-safe”, tem seus momentos de fraqueza (que costumo chamar, de acidente tipo AVC). Uma boa gestão das ocorrências, ágil e competente, é elemento fundamental para que as falhas “normais” ou “imprevistas” que ocorrem em qualquer sistema não se tornem no Metrô fator de catástrofe. O domínio perfeito das tecnologias, principalmente as novas, com todos seus meandros e suas “caixas pretas”, por equipes preparadas e atualizadas e constantemente recicladas, é talvez hoje o grande desafio do Metrô. Porque Tecnologia requer conhecimento, muita coragem e muita humildade. 

(*) (R) Reliability – Confiabilidade : Corresponde à continuidade o serviço 
(A) Availability – Disponibilidade : Aptidão do sistema a estar apto a fornecer o serviço para o qual foi concebido 
(M) Maintainability – Manutibilidade : Aptidão do sistema a ser mantido condição operacional 
(S) Safety – Segurança : garantia contra acidentes operacionais 
(I) Immunity – Imunidade : Resistência do sistema às agressões externas