sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Estudo de Monotrilho em 1957


05/06/1957 - Tribuna da Imprensa













sábado, 11 de novembro de 2017

Novas estações da linha 5 Lilás do Metrô terão horário ampliado a partir de segunda-feira, 13

10/11/2017 - Diário do Transporte

Estação Borba Gato da linha 5 Lilás. Operações vão ser ampliadas gradativamente Foto: Gilberto 

Marques/A2img
Ainda faltam sete estações para a linha ficar completa. TCE analisa concessão à iniciativa privada

ADAMO BAZANI

A partir desta segunda-feira, 13 de novembro de 2017, as três estações da linha 5 – Lilás do Metrô de São Paulo, Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin, que foram entregues no dia 06 de setembro deste ano, vão ter horário de funcionamento ampliado.

A operação será das 09h às 16h, de segunda-feira a sábado, inclusive feriados. Só não há funcionamento aos domingos.

Atualmente, o novo trecho funciona das 10h às 15h.

Segundo o Metrô, em nota, ainda não haverá cobrança de passagem entre estas três estações, e informa que gradativamente, como ocorre com a maioria dos sistemas metroviários do mundo, o atendimento será ampliado.



“Esta é mais uma etapa de implantação do novo trecho da Linha 5, com 2,8 km de extensão, e de maturação dos equipamentos e sistemas, como os de alimentação elétrica, sinalização, controle de tráfego e de telecomunicações. A operação nesse formato segue o padrão internacional para a abertura de novas estações de metrô. O horário será ampliado gradativamente até chegar ao funcionamento pleno, das 04h40 à meia-noite, como em toda a rede.”



A conclusão da linha 5 Lilás sofre grandes atrasos.

O primeiro anúncio do projeto da linha foi feito em 20 de junho de 1990 pelo Metrô, e havia três alternativas de trajeto: com saída da estação Paraíso, Saúde ou São Judas. Nenhuma delas se concretizou.

Em março de 1998 começou a construção do atual trajeto.

Inicialmente, as operações seriam pela CPTM – Companhia Paulista de Três Metropolitanos e o trajeto se chamaria Linha G.

Mas em 2001, o Governo do Estado de São Paulo transferiu a operação para o Metrô, passando a denominar o trajeto de linha Lilás.

O primeiro trecho, de 8,4 quilômetros de extensão, foi entregue à população em 20 de outubro de 2002, com operações das 10h às 15h.

Os horários foram prolongados muito lentamente. No dia 28 de outubro de 2002, passou a ser das 9h às 15h. Em 18 de novembro de 2002, das 8h às 15h. No dia 16 de dezembro de 2002, o horário de operação passou a ser das 7h às 16h. Somente em 5 de fevereiro de 2003, os trens passaram a operar das 6h às 20h. Em 4 de agosto de 2003, a operação passou a ser das 5h às 22h. Quase seis anos depois do início das operações, é que a linha 5 Lilás passou  a funcionar aos domingos e feriados em 10 de agosto de 2008.

A linha inteira deve ter as seguintes estações: Capão Redondo, Campo Limpo, Vila das Belezas, Giovanni Gronchi (Ligação com o futuro Pátio Guido Caloi), Santo Amaro (Acesso a Linha 9  da CPTM), Largo Treze, Adolfo Pinheiro, Alto da Boa Vista,  Borba Gato, Brooklin, Campo Belo (acesso ao previsto monotrilho Linha 17), Eucaliptos, Moema, AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz (acesso a Linha 1 Azul do Metrô) e Chácara Klabin(Acesso a Linha 2 Verde).

O governador Geraldo Alckmin prometeu entregar ainda neste ano as estações Eucaliptos, Moema, AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz e Chácara Klabin, mas agora o metrô não crava mais data e diz apenas que a entrega será “nos próximos meses”. A estação Campo Belo, pela mais recente promessa, deve começar a funcionar no “início”de 2018, sem uma previsão mais concreta.

A operação da Linha 5-Lilás deve ser concedida à iniciativa privada, juntamente com a linha 17-Ouro de monotrilho. O modelo de concessão das duas linhas seria uma espécie de “subsídio cruzado”, já que sozinho o monotrilho não se sustenta. De acordo com projeção do próprio Metrô para a concessão, o custo para transportar cada passageiro no monotrilho é de R$ 6,71 por pessoa. A tarifa hoje é de R$ 3,80. Só para comparação, para a ViaQuatro, concessionária da linha 4 Amarela, o governo transfere R$ 4,03 por passageiro, contando integrações com linhas públicas e gratuidades. Ou seja, o sistema de monotrilho terá custo de operação mais alto que a mais moderna linha de metrô de fato hoje em operação.

O atual projeto da linha 17-Ouro previa 17,7 quilômetros de extensão, com 18 estações entre Jabaquara, Aeroporto de Congonhas e região do Estádio do Morumbi ao custo de R$ 3,9 bilhões com previsão de entrega total em 2012. Agora, serão oito estações apenas. Assim, os trechos entre Jabaquara e a Aeroporto de Congonhas e entre depois da Marginal do Rio Pinheiros até a região do Estádio São Paulo-Morumbi, passando por Paraisópolis, estão momentaneamente descartados.

Mesmo que a linha fosse completa, pela característica do modal inserido na realidade operacional de São Paulo, o monotrilho continuaria dando prejuízo.

O monotrilho está menor e vai ficar mais caro.  Ainda quando era projetado para ter 18 estações em 17,7 quilômetros, custo do monotrilho do Aeroporto (como chegou a ser chamado) era de R$ 3,9 bilhões com previsão de entrega total em 2012. Agora, o orçamento ficou 41% mais caro somando R$ 5,25 bilhões com a previsão para a entrega de somente 8 estações até 2018. Em 2010, o custo do quilômetro era de R$ 177 milhões. Em 2015, o custo por quilômetro seria de R$ 310 milhões e no primeiro semestre de 2016 foi para R$ 325 milhões.

MONOTRILHO VAI PUXAR PARA BAIXO PREÇO DE CONCESSÃO:

A linha 5-Lilás de Metrô, quando completa deve transportar em torno de em torno de 855 mil passageiros por dia até 2020 e tende a ser lucrativa.

O monotrilho vai contribuir para jogar para baixo o valor da concessão por causa desse prejuízo que causará ao operador e confirmada pela própria Companhia do Metropolitano.

Pelas regras inicialmente previstas no primeiro edital, a empresa ou consórcio que quiserem operar o metrô e o monotrilho devem oferecer, no mínimo, lance de R$ 189,6 milhões.

A duração do contrato deve ser de 20 anos e os vencedores receberão a parte correspondente das tarifas à operação dos dois trajetos e também podem explorar comercialmente as estações.

O valor do contrato é de R$ 10,8 bilhões, correspondentes às receitas tarifárias de remuneração e às explorações comerciais das áreas livres das estações.

A empresa vencedora deve fazer investimentos nesse período de R$ 3 bilhões, entre modernização de espaços e frota nova.

O próprio Metrô admitiu que o sistema de monotrilho para a linha 17-Ouro é deficitário para o TCE – Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

No dia 25 de setembro, o TCE suspendeu o procedimento de concessão da linha 5 Lilás do Metrô e da 17 – Ouro do monotrilho para realizar uma série de questionamento à Companhia do Metropolitano.

O leilão deveria ocorrer no dia 28 de setembro.

POSSÍVEIS IRREGULARIDADES E OS QUESTIONAMENTOS:

O Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo – TCE/SP , Antônio Roque Citadini, acatou o pedido da bancada do PT na Assembleia Legislativa e não autorizou o andamento da concessão até que todas as dúvidas sejam esclarecidas.

Há suspeitas de que as exigências do edital podem restringir a competitividade e, assim, causar prejuízos aos cofres públicos.

Outro questionamento do TCE – Tribunal de Contas do Estado de São Paulo sobre a linha 5 Lilás tem relação com as obras e a remuneração da concessionária que vai ser responsável pela operação.

Caso as integrações com as estações nas estações Santa Cruz e Chácara Klabin, das linhas 1 e 2, respectivamente, atrasem, o Metrô assumiu pagar uma espécie de “multa” para a futura concessionária. O Metrô chamou a possibilidade de pagamento de “remuneração contingencial”.

Seria uma espécie de dinheiro que daria segurança para evitar problemas de descumprimento de cronogramas, como ocorreu com a primeira PPP – Parceria Público Privada do Metrô de São Paulo, a construção da linha 4 – Amarela. A ViaQuatro cobrou na justiça R$ 500 milhões ao Metrô porque as obras da linha 4 atrasaram e a demanda projetada não se concretizou. Entretanto, a concessionária alega que fez os investimentos para esta demanda projetada.

Para atrair a iniciativa privada no leilão, o Metrô pretende pagar R$ 1,02 por passageiro transportado nos trechos sem as conexões entregues a tempo, caso as obras de transferências entre as estações não fiquem prontas até 2020.

Seria uma espécie de compensação à futura operadora em caso de atrasos nas obras.

O secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, diz não acreditar em atrasos significativos e que não será necessário usar a compensação.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Linha 4 Amarela celebra 6 anos de operação

16/10/2017 - Via Trolebus

Em outubro, a ViaQuatro, concessionária responsável pela operação e manutenção da Linha 4-Amarela de metrô e considerada um case bem-sucedido em PPP (Parceria Público Privada), comemora seis anos de operação. 

Pesquisas recentes também mostram que a Linha 4-Amarela é campeã de satisfação entre os usuários com índices de aprovação acima de 90%. Considerada referência para o transporte público e uma importante conquista no que se refere a eficiência e sustentabilidade, a ViaQuatro celebra seu desenvolvimento e boas práticas como um legado para a mobilidade urbana. 

“Ao longo desses seis anos evoluímos na operação, disponibilizando transporte público sobre trilhos com qualidade e segurança para os usuários e não nos acomodamos, fomos além e nos empenhamos para oferecer também atividades educativas, culturais e sociais aos passageiros”, afirma Harald Zwetkoff, presidente da concessionária. 

Exposições sobre os mais variados temas, intervenções artísticas, apresentações musicais e atividades educativas são também exemplos das diversas ações que passaram pelas estações da Linha 4-Amarela, sempre com o objetivo de promover a cultura para os passageiros e, para as comunidades do entorno das estações. 

“Milhares de pessoas foram impactadas com estas iniciativas, desenvolvidas pela ViaQuatro e seus parceiros ao longo de sua trajetória. Queremos continuar acreditando e investindo no poder da cultura como instrumento de educação e transformação social”, finaliza Harald Zwetkoff, presidente da ViaQuatro. 

Desde o início da operação comercial, a concessionária atua unindo capacitação profissional a inovações tecnológicas que resultam em prestação de serviço com qualidade aos usuários. Além de ser a primeira linha de metrô da América Latina a adotar trens com o sistema driverless (sem condutor), a Linha 4-Amarela foi pioneira também a entrar em funcionamento com portas de plataforma, contribuindo de maneira expressiva para a redução de acidentes e interrupções no fluxo diário do transporte metroviário de São Paulo. 

Outro ineditismo é o simulador virtual, criado com exclusividade para a ViaQuatro para treinamento permanente dos agentes de atendimento na operação manual dos trens. O equipamento de trem possibilita manter os colaboradores aptos à atuação imediata em diferentes situações. Além do ganho em segurança, há economia de energia elétrica e eliminação do desgaste da composição, que poderiam ocorrer no treinamento in loco. 

O simulador integra o Centro de Treinamento Saber +, localizado no Pátio Vila Sônia, que dispõe de salas de capacitação, laboratório para aulas de mecânica, elétrica e eletrônica, biblioteca e área de convivência. Mais de 70 treinamentos técnicos e comportamentais, com conteúdo teórico, interativo e prático já foram desenvolvidos e aplicados. 

Outras inovações podem ser percebidas pelos passageiros nos telões das plataformas, que contam com indicadores importantes como a disponibilidade de espaço nos carros do próximo trem e quanto tempo falta para a chegada da composição. As ferramentas foram desenvolvidas pela ViaQuatro e, o indicador de lotação do trem é inédito em metrôs no mundo. 

História 

A Linha 4-Amarela começou a operar plenamente em outubro de 2011 com seis estações (Butantã, Pinheiros, Faria Lima, Paulista, República e Luz), que integram a primeira fase de operação. A segunda fase foi iniciada com a entrega da estação Fradique Coutinho, em 15 de novembro de 2014. Seguem em construção quatro novas estações (Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia). 

Quando concluída essa fase, a Linha 4 terá 12,8 quilômetros de extensão e 11 estações, ligando a região da Luz, no centro da cidade, ao bairro de Vila Sônia, na zona oeste.


quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Metrô de São Paulo pretende inaugurar mais 28 estações até 2021

06/10/2017  - Fator Brasil

Empreendimentos em andamento somam mais de R$ 35 bilhões em aportes. Executivos da companhia paulista se reúnem com fornecedores de equipamentos, tecnologia e serviços em evento em São Paulo (SP).

Após inaugurar três novas estações no início de setembro, Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin - que juntas acrescentam mais 2,8 km de trilhos à Linha 5-Lilás, na zona sul da capital paulista - o Metrô de São Paulo e o Governo do Estado planejam ainda realizar a abertura de outras 28 estações até 2021. Com as obras já em andamento, os empreendimentos somam, juntos, mais de R$ 35 bilhões de aportes até aqui.

De acordo com o chefe do núcleo de cooperação técnica do Metrô de São Paulo, Conrado Grava de Souza, o objetivo é ampliar ainda mais a malha metroviária da cidade, que já é a maior do país, com mais de 80 km de extensão. "Com a inauguração do novo trecho da Linha 5-Lilás, chegamos a 71 estações e queremos aumentar ainda mais. A meta é concluir as obras de outras 28 até 2021 e chegar a 99 estações ao total, com mais de 110 km de trilhos construídos", afirmou Souza, durante o encontro de negócios entre operadores e a cadeia de fornecedores de equipamentos e serviços, promovido pela Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros Sobre Trilhos (ANPTrilhos) e a NT Expo, recentemente, em São Paulo (SP).

Novas paradas em 2017 - O segundo trecho da ampliação da Linha 5-Lilás deve ser instaurado ainda em 2017. A previsão é que seis novas estações fiquem prontas até dezembro deste ano. São elas: Eucaliptos, Moema, AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz (ponto em que se interligará com a Linha 1-Azul) e Chácara Klabin (onde se conectará com a Linha 2-Verde).

Outro trajeto que está previsto para ser expandido ainda neste ano é o da Linha 4-Amarela, mantido em parceria com a ViaQuatro, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). A estimativa é que mais duas estações deste trecho sejam lançadas nos próximos meses: Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire.

2018 — No próximo ano, o planejamento prevê que a Linha 15-Prata, o Monotrilho, seja entregue praticamente em sua totalidade. Oito estações que contemplarão a zona leste de São Paulo serão concluídas até março de 2018: São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tosltói, Vila União, Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus.

Outra estação que também é esperada para o primeiro semestre do ano é a São Paulo-Morumbi, na zona sul da cidade, no trecho que compete a Linha 4-Amarela. "A única forma de promovermos a mobilidade urbana é por meio do sistema metroferroviário e atualmente existem muitas oportunidades de crescimento neste setor. Nossa perspectiva é muito promissora", salientou o presidente da ViaQuatro e diretor institucional e de sustentabilidade da ANPTrilhos, Harald Zwetkoff.

Já a Linha 5-Lilás deve ser finalizada, quando receberá sua última parada, Campo Belo, estimada para ser entregue no segundo semestre do ano. Com o término dessa amplificação do trajeto, que custará cerca de R$ 10 bilhões ao total, a linha, que atualmente transporta cerca de 270 mil pessoas por dia entre Capão Redondo e Adolfo Pinheiro, passará a atender 780 mil (de Capão Redondo à Chácara Klabin).

Nova Linha — Em 2019, o objetivo do Metrô e do Governo do Estado é finalizar as obras e iniciar as operações, até julho, da Linha 17-Ouro. O trajeto contará com oito estações: Morumbi (onde se conectará com a Linha 9-Esmeralda da CPTM), Chucri Zaidan, Vila Cordeiro, Campo Belo (que fará a interligação com a Linha 5-Lilás), Vereador José Diniz, Brooklin Paulista, Congonhas (fazendo conexão com o Aeroporto de Congonhas) e Jardim Aeroporto. A expectativa é que este trecho transporte, em média, 185 mil passageiros por dia e facilite o acesso a um dos aeroportos mais movimentados do país. Ao todo, a linha deve exigir investimentos no valor de, aproximadamente, R$ 3,47 bilhões.

Em 2020, a Linha 4-Amarela também deve ser concluída, ao receber sua última estação, Vila Sônia, no segundo semestre do ano. Com o trajeto completo (entre Luz e Vila Sônia), a expectativa é que este trecho atenda mais de 980 mil passageiros por dia, superando os cerca de 670 mil transportados atualmente. Para isso, os aportes nesta linha podem chegar a R$ 1,89 bilhões.

Em 2021, o planejamento deve chegar ao fim, com todas as 28 novas estações prometidas já em funcionamento. Em março, por exemplo, está prevista a inauguração da última parada da Linha 15-Prata, a Estação Iguatemi. Com o trecho completo (de Vila Prudente a Iguatemi), que pode custar em torno de R$ 4,71 bilhões, o trajeto comportará mais de 300 mil passageiros por dia.

"Fizemos grandes investimentos nos últimos anos, em que renovamos a frota de vagões, o que provocou a economia de aproximadamente 30% no consumo de energia da companhia, compramos outros 33 novos trens e realizamos melhorias nas estações", completa Conrado Grava de Souza, que também é o diretor de planejamento da ANPTrilhos.

Ponto de Encontro - Tanto o Metrô de São Paulo quanto a ViaQuatro, assim como as outras principais operadoras de trens de passageiros do país (como a CPTM, também de São Paulo; o Metrô Rio e a SuperVia, do Rio de Janeiro; o Metrô de Brasília; a Trensurb, de Porto Alegre; a CTB, da Bahia; e a CBTU, que gerencia o transporte de Belo Horizonte e de cidades do Nordeste) se encontrarão com fornecedores de equipamentos, tecnologia e serviços em São Paulo (SP), durante a 20ª edição do principal evento de negócios do setor metroferroviário da América Latina, a NT Expo - Negócios nos Trilhos. Neste ano, o evento será realizado de 07 a 09 de novembro, das 13 às 20 horas, no Expo Center Norte.

A NT Expo — 20ª Negócios nos Trilhos 2017 — Principal encontro de negócios do setor de transporte metroferroviário da América Latina, a NT Expo reúne os mais renomados fornecedores, formadores de opinião e players dos segmentos de carga e passageiro, nacionais e internacionais. O evento consolidou-se como plataforma de geração de negócios, networking e melhores práticas. Em 2016, a NT Expo reuniu cerca de 100 marcas e atraiu por volta de 5.000 profissionais do setor. Em 2017, o evento acontece de 07 a 09 de novembro, das 13 às 20 horas, no Expo Center Norte, em São Paulo (SP).| www.ntexpo.com.br/pt

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Metrô e CPTM transportaram 40 milhões de passageiros a menos nos dias úteis de 2016

05/10/2017 - R7

Plataforma do Metrô República nesta quarta-feira (04), às 18h40
Plataforma do Metrô República nesta quarta-feira (04), às 18h40
Fábio Mazzitelli / R7

Em 2016, o número médio diário de passageiros transportados pelo Metrô e pela CPTM nos dias úteis caiu 2,26% em relação a 2015, a primeira queda conjunta das duas companhias registrada nesta década nos dias de maior movimento.

Em números absolutos, foram cerca de 164 mil usuários a menos por dia útil no sistema de transporte sobre trilhos de São Paulo. Projetados no ano, os números batem 40 milhões de passageiros transportados a menos nos dias úteis de 2016, na comparação com 2015. 

Segundo os dados apresentados pelo secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, durante a audiência de prestação de contas na Assembleia Legislativa de São Paulo, a média diária de passageiros transportados nos dias úteis caiu no Metrô de 4.476.801 para 4.379.523 e na CPTM de 2.783.805 para 2.717.142 --de 2015 para 2016.

Em uma explicação breve, Clodoaldo Pelissioni culpou a "queda da atividade econômica" pelo número menor de passageiros transportados. Segundo o governo paulista, em 2017, esses números voltarão a crescer.

Ampliação da rede sobre trilhos

No mês passado, após seguidos atrasos, o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) iniciou uma série de inaugurações de novas estações do Metrô e da CPTM. Pelo cronograma atual, a interligação da Linha 5 (Lilás) do Metrô com as demais linhas do sistema metroviário deve ocorrer entre o final de 2018 e o início de 2019 --essa interligação é considerada essencial para a redistribuição do fluxo dos usuários.

A lentidão na expansão da rede de transporte sobre trilhos na região metropolitana de São Paulo é uma das principais críticas à gestão tucana.

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Grupo asiático propõe retomar obras da linha 6-Laranja do Metrô de SP, diz governo

04/10/2017 - G1 SP, São Paulo

Construção está parada há mais de um ano, após consórcio responsável por projeto não conseguir dinheiro para concluir obras. Governo espera retomada em janeiro de 2018.

Imagem mostra estações da futura linha 6-Laranja, cujas obras estão paralisadas há um ano (Foto: Foto: TV Globo/Reprodução)
Imagem mostra estações da futura linha 6-Laranja, cujas obras estão paralisadas há um ano (Foto: Foto: TV Globo/Reprodução)

A Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM) do Estado de São Paulo informou nesta quarta-feira (4) que recebeu da concessionária Move São Paulo a formalização da proposta de um grupo de empresas asiáticas para a aquisição de 100% da Linha 6-Laranja. O trecho ligará o Centro à Zona Norte, passando pela Zona Oeste, com estações próximas a diversas universidades.

As obras da linha 6-Laranja estão paradas desde setembro do ano passado porque o consórcio Move São Paulo, responsável pela construção, é formado por empresas que estão com o nome sujo, por causa da Operação Lava Jato, e não conseguem mais dinheiro para concluir o projeto.

De acordo com a Secretaria de Transportes, a proposta para aquisição do trecho, para construir e operar a futura linha, partiu do grupo chinês formado pelas empresas China Railway Capital Co. Ltd. e China Railway First Group Ltd. Esssas duas companhias se associarão a um grupo de investidores japoneses, liderados pela Mitsui, para assumir integralmente o contrato de concessão da linha 6. 

A secretaria informou que uma nova licitação não é necessária, neste caso, porque trata-se da compra do consórcio por outro grupo de empresas. Segundo a pasta, as empresas pediram prazo de 90 dias para apresentar os documentos necessários para a transferência da concessão. Elas querem a garantia de que terão, por exemplo, empréstimos de longo prazo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), documentação societária e atestado de competência técnica.

A previsão do governo é que, caso o contrato seja assinado após o prazo de 90 dias, as obras sejam retomadas em janeiro de 2018. O governo do estado já investiu na linha 6-Laranja R$ 694 milhões para pagamento de obras civis e R$ 979 milhões para pagamento das desapropriações de 371 ações.
A implantação do trecho teve início em janeiro de 2015 e, em 2 de setembro do ano passado, a Move São Paulo informou sobre a paralisação integral das obras, alegando dificuldades na obtenção de financiamento de longo prazo junto ao BNDES.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Novas estações da linha 5 do Metrô serão inauguradas em 6 de setembro

31/08/2017 - STM

As estações Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin, da linha 5-Lilás do Metrô, serão inauguradas no dia 6 de setembro. Com 2,8 km de via, beneficiarão cerca de 60 mil passageiros por dia. 

Com profundidade de 24 metros, o equivalente a um prédio de oito andares, a estação Alto da Boa Vista possui 14 escadas rolantes, 11 escadas fixas, três elevadores, plataforma central e sanitários acessíveis em seus 13.158 m² de área construída que serão utilizados por cerca de 10 mil passageiros diariamente. A estação tem mezaninos inferior e superior com amplas aberturas que permitem ventilação e iluminação natural, desde a cobertura até as plataformas. 

A estação Borba Gato tem 11.657 m² de área construída e 26 metros de profundida. Poderá ser acessada tanto por quem vem da avenida Santo Amaro como pela avenida Adolfo Pinheiro. Há ainda outros dois acessos secundários. A estimativa é que 20 mil usuários por dia circulem na estação. 

Localizada no cruzamento das avenidas Roque Petroni Júnior e Santo Amaro, a estação Brooklin tem 28 metros de profundidade e 13.151 m² de área construída. Terá dois acessos, duas plataformas laterais, 24 escadas rolantes, cinco elevadores, sanitários e bicicletário. Estima-se que 30 mil pessoas devam usem essa estação todos os dias. 

A ampliação da linha 5-Lilás foi concebida com novo conceito arquitetônico para as estações de Metrô, privilegiando a sustentabilidade e a integração da paisagem externa com os ambientes internos. Para isso, a Companhia utilizou elementos modernos, como vidros e claraboias, para levar mais conforto para os usuários e funcionários, valorizando a luz natural, o que também reduz o consumo de energia. 

Quando o restante da linha for entregue, serão transportadas cerca de 800 mil pessoas por dia. Denominada como linha da saúde, ela proporcionará ainda o acesso a importantes complexos hospitalares ao longo dos seus 20 quilômetros de extensão. As estações AACD-Servidor, Chácara Klabin, Eucaliptos, Hospital São Paulo, Moema e Santa Cruz devem ser abertas em dezembro. Somente a estação Campo Belo, no meio da linha, ficará para 2018. 

A linha 5 terá integrações com as linhas 1-Azul (na estação Santa Cruz) e 2-Verde (na Chácara Klabin) e vai oferecer aos usuários novas opções de transferências dentro do sistema, o que resultará na redistribuição da demanda de viagens. Além disso, a linha 5 também terá integração com a futura linha 17-Ouro, na estação Campo Belo.


quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Governo de SP concederá 15 terminais integrados ao Metrô por 40 anos

17/08/2017 - Istoé

Estadão Conteúdo


O governo do Estado de São Paulo lança nesta quinta-feira, 17, um edital para conceder à iniciativa privada 15 terminais de ônibus integrados a estações das Linhas 1-Azul e 3-Vermelha do Metrô. É uma transferência por 40 anos da gestão das paradas, com a autorização para o novo concessionário verticalizar as áreas dos terminais e alugar esses espaços, mas com a obrigação de que, terminado esse prazo, as melhorias retornem para o poder público.

A licitação será de lote único. Vencerá o processo empresa ou consórcio que oferecer a maior contrapartida ao Estado – a remuneração tida como base é de R$ 309 mil por mês ou 3% do faturamento bruto do concessionário que assumir os terminais. Ele ficará encarregado de arcar com custos fixos, como energia, limpeza e manutenção, e poderá explorar comercialmente os espaços.

Os terminais incluídos no edital são Parada Inglesa, Santana, Armênia e Ana Rosa, da linha 1-Azul, e Artur Alvim, Patriarca norte, Vila Matilde norte, Penha norte, Carrão norte, Carrão sul, Tatuapé norte, Tatuapé sul, Brás, Barra Funda sul e Barra Funda turístico da Linha 3-Vermelha. Em sete deles, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) prevê a construção de edifícios. Ao todo, os terminais têm uma área de 115 mil m².

As regras para a verticalização são as mesmas válidas para os terminais de ônibus da São Paulo Transporte (SPTrans), aprovadas no Plano Diretor Estratégico de São Paulo. Assim, o concessionário poderá construir uma área de até quatro vezes a metragem dos terminais.

“Essas estações poderão ter uso misto, com apartamentos residenciais locáveis nos andares mais altos, salas comerciais nos médios, lojas e espaços de convivência e alimentação nos inferiores. Nos sete terminais edificáveis, o projeto permite uma área mínima de construção de aproximadamente 85 mil metros quadrados e prevê um investimento mínimo de R$ 270 milhões”, informou a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, por nota.

Titular da pasta, o secretário Clodoaldo Pelissioni afirma que a proposta retira do Metrô os custos de operar os terminais, estimados em R$ 24 milhões por ano. Esse recurso deverá ser transferido para custear gratuidades do transporte, como o passe para idosos.

Diferença

Proposta parecida foi anunciada anteontem pela Prefeitura de São Paulo, que abriu processo para recolher estudos para a concessão de 24 terminais de ônibus. O anúncio do governo Alckmin difere porque o que está sendo lançado já é o edital para a concessão dos terminais – algo que a Prefeitura só deve fazer no fim do ano.

Outra diferença é que, no caso da Prefeitura, o concessionário terá direito de vender espaços dos prédios a serem construídos. Já o Metrô terá direito de reaver esses imóveis daqui a 40 anos, quando a concessão terminar. “Assim o poder público pode pegar a valorização vinda com esses investimentos de volta”, afirma Pelissioni. O secretário espera o fim da licitação ainda neste ano.

Para o arquiteto e urbanista Kazuo Nakano, professor da Faculdade de Belas Artes, a verticalização nos locais dos terminais é positiva para a cidade, mas precisa ser bem planejada e comandada pelo governo para que a concessão possa melhorar o desenvolvimento social da região. “Grandes cidades do mundo, como Tóquio, fazem isso há décadas, envolvendo as estações por grandes equipamentos de consumo, habitações e centros empresariais. Mas é importante ter as contrapartidas bem dimensionadas para que não vire um negócio meramente mercantil”, disse.

Segundo Nakano, a melhor forma de explorar o espaço aéreo dos terminais é combinar prédios de uso misto (residencial e comercial), como prevê o edital do governo, com equipamentos públicos como escolas e hospitais, seguindo as diretrizes do Plano Diretor. “Cabe ao poder público e não à iniciativa privada identificar o potencial de cada região.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


sábado, 12 de agosto de 2017

Metrô de SP assina concessão de publicidade por R$ 375 milhões

10/08/2017 - Exame

A multinacional JCDecaux, que atua em metrôs como o de Nova York, nos EUA, e Santiago, no Chile, ficará 10 anos com os direitos de publicidade em SP

Por Estadão Conteúdo

Metrô de SP
Metrô: o acordo faz parte de uma estratégia de arrecadação (Metrô de SP/Facebook/Divulgação)

São Paulo – O Metrô de São Paulo assina na tarde desta quinta-feira, 10, um contrato para a concessão por 10 anos nos espaços publicitários da maior parte da rede — as Linha 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha — com a empresa multinacional JCDecaux (que faz esse serviço em metrôs como o de Nova York, nos EUA, e Santiago, no Chile).

A previsão é que a empresa invista R$ 20 milhões para reformar painéis publicitários e instalar painéis eletrônicos. A empresa terá de pagar uma outorga de R$ 375 milhões ao Metrô durante o prazo de concessão.

“Ao trabalhar com a maior e mais renomada empresa mundial na gestão publicitária dos maiores metrôs do mundo, temos certeza que a oferta de mídia do Metrô de SP vai se tornar uma referência no Brasil. Nosso objetivo é melhorar a experiência dos nossos passageiros e modernizar nossas estações no que diz respeito à comunicação visual, entendendo que este contrato refletirá exatamente esta diretriz”, diz o presidente do Metrô, Paulo Menezes Figueiredo.

A multinacional venceu um pregão eletrônico realizado em 26 de junho que teve, de acordo com o Metrô, outras duas concorrentes e, ao todo, 230 lances.

“O contrato envolve a exploração de 52 das 61 estações hoje administradas pela Companhia do Metrô, englobando todas as estações das linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha.

Em paralelo, a empresa francesa também obteve uma Carta de Autorização para a comercialização da publicidade das atuais sete estações da Linha 5-Lilás, durante os próximos seis meses, até a concessão deste ramal à iniciativa privada”, diz o Metrô, em nota.

De imediato, a JCDecaux passa a administrar os painéis publicitários já existentes na rede — como o grande painel eletrônico fixado nosvãos da Estação da Sé.

“A segunda será uma fase de transição das peças atuais para as novas estruturas, com a instalação de equipamentos no tamanho padrão de mobiliário urbano ou grandes formatos, dependendo da disponibilidade nas estações e fluxo de passageiros”, afirma o Metrô. Numa terceira fase, com data ainda não informada, a empresa de publicidade fará um novo plano de mídia na rede metroviária.

A melhoria da exploração publicitária é uma das estratégias anunciadas pelo Metrô no começo do ano para enfrentar dificuldades financeiras, ocasionada pela crise econômica e pelo desemprego, que reduziu o número de passageiros no sistema.

Por causa desse cenário, em 2016 os recursos da empresa para investimento tiveram queda de 30% em relação a 2015, de R$ 3,3 bilhões para R$ 2,34 bilhões.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Pesquisa Origem e Destino do Metrô de São Paulo chega à 6ª edição

07/08/2017 - Metrô CPTM

Realizado há 50 anos, levantamento é responsável por traçar as estratégias de implantação da malha metroviária, mas vai além muito além disso

Ricardo Meier

Pesquisa OD: 32 mil domicílios visitados (Metrô)

Desde a semana passada, um verdadeiro exército de 1.200 pesquisadores está espalhado pela região metropolitana de São Paulo com uma missão, saber para onde, quando e como os moradores se deslocam pelos inúmeros municípios que compõem a macrometrópole. Parece um trabalho rotineiro, mas não é. A Pesquisa Origem e Destino realizada pela Companhia do Metropolitano de São Paulo, mais conhecida como “Metrô”, ocorre apenas pela 6ª vez em 50 anos. O intervalo estipulado pela empresa para notar mudanças na forma como as pessoas se deslocam nessa grande mancha urbana é de 10 anos, mas recentemente uma pesquisa de mobilidade, mais simples, passou a ser feita após cinco anos para alinhar alguns dados.

O desafio é imenso: o Metrô estima necessitar de 32 mil questionários válidos respondidos para que a pesquisa se torne confiável. Por isso é preciso visitar muitos domicílios afinal até mesmo crianças da família entram na conta. Com os dados tabulados, forma-se uma enorme radiografia da mobilidade na capital e nas cidades em seu entorno, além do fluxo que vem para a região oriundo de cidades do interior e litoral e também por via aérea.

A Pesquisa OD, como também é conhecida, tem uma importância fundamental no planejamento do Metrô. É graças a ela que a empresa consegue dimensionar as futuras linhas a serem construídas e saber que infraestrutura será necessária. Imagina-se o risco que seria estimar uma demanda menor do que a real quando uma linha é entregue. Por essa razão até mesmo deslocamentos a pé, de bicicleta ou por aplicativos de carona como o Uber, entram na conta, embora sejam considerados percursos com mais de 500 metros.

Mas não é apenas o Metrô que se beneficia dos dados, que são públicos, aliás. Outras empresas como a SPTrans, que administra a rede de ônibus em São Paulo, e mesmo o mercado imobiliário fazem uso dessas informações para traçar suas estratégias.

15 minutos de resposta

Trata-se, no entanto, de um assunto delicado e por isso é importante esclarecer que o teor da pesquisa é criptografado e mantido em sigilo. O Metrô, inclusive, busca se cercar de várias medidas de segurança para que o entrevistado possa responder as perguntas sem receios. Escolhidos por amostragem, os moradores são avisados por uma carta formal da empresa sobre a visita e podem agendá-la com antecedência. Nesta edição, a empresa aprimorou o sistema ao introduzir os tablets para respostas, enviadas para um servidor assim que a pesquisa é concluída. Além disso, o entrevistado recebe uma contrassenha que deverá ser respondida pelo entrevistador, como forma de garantir sua procedência.

A preocupação com a segurança tem razão de ser. Muita gente acaba evitando a pesquisa se não ter certeza que pode se tratar de alguma fraude ou golpe. Para isso, o Metrô disponibiliza um telefone para que o entrevistado possa confirmar as informações do pesquisador. O tempo de resposta para cada morador é de cerca de 15 minutos.

Basicamente, o Metrô procura saber quais e quantos são os deslocamentos, detalhando inclusive quais modais são usados para isso – exemplo, andar até o ponto de ônibus, ir até uma estação do Metrô e de lá até o trabalho. Deslocamentos oriundos de fora da região são contabilizados pelas estradas. Se o motorista tem como destino algum dos municípios da Grande São Paulo ele é parado pela Polícia num ponto seguro e convidado a responder as perguntas.

Uniforme dos pesquisadores do Metrô(Divulgação)

Espera-se que, com a adoção do tablet, o tempo gasto na pesquisa seja menor do que na edição anterior. Ainda assim, o Metrô estima precisar vistar mais do que o dobro dos 32 mil domicílios necessários para dar confiabilidade ao resultado – que tem uma margem de erro de 10% após 20 anos da sua realização.

Nesta edição, o Metrô divulgará uma campanha sobre a Pesquisa OD utlizando como símbolo um cachorro. A ideia é passar a mensagem que seu cão da casa aprova a pesquisa, o morador também deve receber bem o pesquisador. Veja a seguir alguns dados interessantes obtidos nas pesquisas anteriores:

Em 2012, foram realizadas diariamente 43,7 milhões de viagens na região metropolitana, volume 15% maior que o levantado em 2007, para um aumento de 2% na população no período.

Do total de viagens diárias, 68% foram feitas por modos motorizados e 32% por modos não-motorizados. No período 2007-2012, houve maior aumento das viagens motorizadas que cresceram 18%, do que das viagens não-motorizadas que cresceram 8%.

O índice de mobilidade passou de 1,95 para 2,18 viagens diárias por habitante, enquanto que o índice de mobilidade motorizada passou de 1,29 para 1,49 viagens diárias no período 2007-2012.

A frota de automóveis particulares cresceu 18% no período 2007-2012, resultando em uma taxa de motorização de 212 veículos por mil habitantes. As viagens de automóvel tiveram aumento expressivo nas faixas intermediárias de renda mensal familiar (entre R$ 1.244,00 e R$ 4.976,00).

Entre os modos coletivos, houve aumento da participação dos modos sobre trilhos de 12% para 15% (metrô – de 9% para 11% – e trem – de 3% para 4%) e queda na participação do modo ônibus como modo principal, de 36% para 32%. As viagens por trem aumentaram de 815 mil para 1.141 mil no período considerado, significando crescimento de 40%. As viagens de metrô cresceram 38% (de 2.223 mil para 3.219 mil). Entre os modos individuais, a participação do automóvel permaneceu estável (41% em 2007 para 42% em 2012).

As viagens de metrô com uma transferência modal aumentaram sua participação de 55% em 2007 para 58% em 2012. As viagens exclusivas de trem diminuíram a participação de 20% para 14% e as viagens com duas transferências tiveram acréscimo na participação de 29% para 37%, no mesmo período.

Em relação à flutuação horária das viagens, o pico do meio-dia superou os picos da manhã e tarde, devido às viagens a pé e bicicleta.

Ocorreram mudanças também no transporte não-motorizado: queda de participação no total de viagens entre 2007 e 2012 (de 34% para 32%), especialmente nas viagens por motivo educação (queda de 7.291 mil viagens para 6.928 mil viagens), que passaram a ser realizadas mais por transporte escolar (de 1.308 mil para 1.973 mil) e automóvel (de 2.251 mil para 2.615 mil). Consequentemente, o índice de mobilidade por modo não-motorizado entre crianças e adolescentes (de 4 a 17 anos) também caiu.

domingo, 6 de agosto de 2017

Metrô de São Paulo inicia retomada das obras da linha 6-Laranja

04/08/2017 - Metro Jornal

O governo de São Paulo afirmou nesta sexta-feira que serão retomadas as obras da linha 6-Laranja do Metrô. Parado há quase 1 ano, o projeto deve voltar a ser tocado até o fim de 2017.

Quando ficar pronta, a chamada “linha das universidades” vai ligar a Brasilândia, na zona norte, à estação São Joaquim, no centro, com integração com a linha 1-Azul. No futuro, será feita a integração com a linha 13-Jade até o aeroporto de Guarulhos.

Investigadas na Lava Jato, as empresas inicialmente responsáveis – Odebrecht, Queiróz Galvão e UTC – não conseguiram financiamento no BNDES, o que obrigou o governo do Estado a buscar uma nova parceria.

Em nota, a Secretaria dos Transportes explicou que o recebeu uma proposta de uma empresa internacional para assumir as obras da linha 6-Laranja e que aguarda o prazo de 60 dias para poder divulgar os detalhes.

Confira a nota na íntegra:

A Move São Paulo comunicou à Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos (STM), na última quinta-feira (27), que recebeu proposta de uma empresa internacional interessada em adquirir a concessão da linha 6-Laranja de metrô de São Paulo.

Caso o acordo tenha êxito, o governo não precisará relicitar e as obras serão retomadas ainda neste semestre.

“Trata-se de uma das maiores construtoras do mundo, com total capacidade para obter financiamento. Por isso, estamos confiantes de que o desfecho será favorável”, afirma o secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni.

A negociação, de caráter confidencial, tem validade de 60 dias. Por essa razão, a concessionária solicitou à STM este prazo para a conclusão das análises jurídica, financeira e técnica da oferta.

A implantação da linha 6-Laranja teve início em janeiro de 2015 e, em 2 de setembro do ano passado, por decisão unilateral, a Move São Paulo, única responsável pela implantação do trecho, informou a paralisação integral das obras civis, alegando dificuldades na obtenção de financiamento de longo prazo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Nos termos do contrato de concessão, a concessionária é a única responsável pela obtenção dos financiamentos necessários ao desenvolvimento dos serviços delegados. Não há pendências do Governo do Estado junto à concessionária que impeçam a retomada das obras, cuja execução atingiu 15%. Foram aportados pelo Governo do Estado até o momento R$ 694 milhões para pagamento de obras civis e R$ 979 milhões para pagamento das desapropriações de 371 ações.

A STM tem tomado todas as medidas legais previstas em contrato para que a Move São Paulo retome e conclua as obras da linha 6, que ligará Brasilândia, na zona norte da capital, à estação São Joaquim, na região central. Até o momento a pasta já aplicou multas que somam R$ 27,8 milhões.

Caso o atual concessionário não consiga dar prosseguimento às obras, o Governo do Estado poderá decretar a caducidade do contrato e iniciar um novo processo licitatório respeitando os devidos prazos legais.

Secretaria dos Transportes Metropolitanos – Assessoria de imprensa

sábado, 29 de julho de 2017

Consórcio negocia venda da concessão da linha 6 do Metrô de SP

28/07/2017 - Estadão Conteúdo

Com as obras paralisadas há dez meses, o consórcio responsável pela construção da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo negocia com uma empresa internacional a venda da concessão do ramal que vai ligar a zona norte ao centro da capital (Brasilândia-São Joaquim), também conhecido como “linha das universidades”.

A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 28, pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), que assinou, em dezembro de 2013, o contrato de Parceria Público-Privada (PPP) com o Consórcio Move São Paulo, composto, à época, pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão, UTC Participações e pelo Fundo Eco Realty.

As obras da Linha 6 começaram em janeiro de 2015, mas, em setembro de 2016, o consórcio paralisou integralmente a construção alegando dificuldades na obtenção de financiamento de longo prazo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Isso porque três das empresas (Odebrechet, Queiroz Galvão e UTC) estão envolvidas em escândalos de corrupção investigados pela Operação Lava Jato.

A negociação é confidencial e tem validade de 60 dias. A compra da concessão da Linha 6 por uma outra empresa é a melhor solução para o governo Alckmin, que conseguiria retomar a obra mais rápido. “Caso o acordo tenha êxito, o governo não precisará relicitar e as obras serão retomadas ainda neste semestre”, afirmou a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos.

Por causa da negociação, a Move São Paulo solicitou à pasta dois meses para a conclusão das análises jurídica, financeira e técnica da oferta. Caso o negócio não dê certo e a concessionária não consiga dar prosseguimento às obras, o governo paulista poderá decretar a caducidade do contrato e iniciar um novo processo licitatório, o que demoraria pelo menos seis meses.

Com 15 estações e 15,3 km, a Linha 6 deve transportar mais de 633 mil pessoas por dia e chegou a ter a inauguração prometida por Alckmin para 2018 – a obra, porém, aparece como promessa de campanha do tucano desde as eleições de 2010. Até agora, contudo, somente 15% foram executados. O último prazo de entrega dado pelo governador foi 2021.

O governo alega que não tem pendências junto à concessionária que impeçam a retomada das obras e que já gastou R$ 694 milhões na PPP como contrapartida de obras civis e R$ 979 milhões para pagamento das desapropriações de 371 ações. Segundo a secretaria, as multas aplicadas ao consórcio por causa da paralisação já somam R$ 27,8 milhões.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Novas estações da Linha 5-Lilás devem ser abertas incompletas

11/07/2017 - Metrô CPTM

Quem vê as obras de duas das três estações da Linha 5-Lilás prometidas pelo governador Geraldo Alckmin para agosto dificilmente acredita que elas estarão prontas a tempo de serem inauguradas. Faltando pouco mais de 50 dias para que a promessa vire realidade, as estações Alto da Boa Vista e Borba Gato ainda têm muito trabalho pela frente.

O blog percorreu o trecho de cerca de 3 km neste domingo (10) e viu alguns trabalhadores nos canteiros, uma prova que a obra está em ritmo frenético, porém, ainda longe de parecerem próximas de serem finalizadas.

A sensação de que elas serão entregues às pressas é reforçada por uma informação não oficial de que as PSDs, portas de plataforma que são item extra de segurança nas novas estações do Metrô, não serão instaladas a tempo. Prova disso é que as plataformas de Alto da Boa Vista e Borba Gato receberam o piso até a extremidade, ou seja, sem deixar um trecho de cerca de 40 cm para que sejam montadas as estruturas das PSDs.

Segundo relato de um funcionário da obra que repercutiu em redes sociais, as portas não estão prontas e ainda a caminho, vindas da Europa. Na estação Brooklin, a mais adiantada da obra, os operários finalizam a instalação de luminárias na praça do térreo além de outros detalhes menores, mas nem sinal das PSDs. Nesse caso, o “degrau” na plataforma foi mantido o que exige que ao menos as estruturas sejam montadas.

Acabamento simplório

Parte do lote 2 da expansão da Linha 5, as estações Alto da Boa Vista e Borba Gato foram iniciadas na mesma época de Brooklin e chegaram a estar mais adiantadas que ela. Mas atrasos e o encarecimento da obra, que chegou ao limite de aditivos, obrigaram o Metrô a relicitar a parte final do projeto. O consórcio Galvão-Serveng, que havia começado o trecho, deu lugar ao Contracta-Telar que assumiu a obra no ano passado.

A troca de bastão atrasou ainda mais os trabalhos que deveriam ter sido concluídos em junho. Um dos sintomas do aumento de custo e do atraso é o acabamento dos prédios técnicos, edificações que ficam na superfície. Ao contrário de Brooklin, com vidros fumês, e AACD-Servidor, com placas de alumínio, as duas estações receberam apenas pintura e serão finalizadas com brises metálicos na região das janelas.

Apesar disso, a esperada inauguração das três estações deve seguir o de praxe na estratégia do Metrô: elas funcionarão em horário restrito e com intervalos bem elevados, apenas para avaliar os diversos sistemas e sua infraestrutura até que haja condições de ampliar o serviço.


domingo, 9 de julho de 2017

Camargo cita propina de R$ 2,5 milhões no Metrô

08/07/2017 - O Estado de S.Paulo

Delação de executivos da construtora indica fraude na licitação da Linha 5-Lilás

Bruno Ribeiro e Fabio Leite

Dois executivos da Camargo Corrêa afirmaram em acordo de delação premiada feito com o Ministério Público de São Paulo que a construtora pagou R$ 2,5 milhões em propina a um ex-diretor do Metrô paulista para fraudar a licitação das obras da Linha 5-Lilás, feita em 2010. Os repasses ilícitos, segundo os delatores, favoreceram um cartel formado pelas cinco maiores empreiteiras do País.

Em depoimento aos promotores, ainda sob sigilo na Justiça, os engenheiros Jorge Yazbek e Eduardo Maghidman detalham pagamentos ilícitos ao ex-diretor de Assuntos Corporativos Sérgio Corrêa Brasil, entre 2010 e 2011, nos governos José Serra, Alberto Goldman e Geraldo Alckmin, todos do PSDB. De acordo com os delatores, a propina assegurou que os lotes mais caros da obra ficassem com Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão, chamadas de “G5”.

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Segundo delatores, construtora Camargo Corrêa pagou propina a ex-diretor do Metrô para obras da Linha 5-Lilás Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

Esta é a primeira delação obtida pelo MP paulista envolvendo obras do Metrô, mas o nome de Brasil já foi citado por quatro executivos da Odebrecht em delações da Operação Lava Jato como beneficiário de pagamentos ilícitos por vantagens em contratos da companhia envolvendo as Linhas 2-Verde, 5-Lilás e 6-Laranja, entre 2003 e 2013.

Nas planilhas da Odebrecht, Brasil aparece com os codinomes “Brasileiro” e “Encostado”. No caso da Linha 5-Lilás, executivos da Odebrecht disseram que o ex-diretor cobrou propina de 0,5% sobre os pagamentos mensais feitos pelo Metrô às construtoras. Brasil deixou a estatal em dezembro do ano passado, em um Plano de Demissão Voluntária (PDV).

As obras da Linha 5 foram divididas em oito lotes – sete contratos foram assinados em outubro de 2010 no valor total de R$ 6,2 bilhões (corrigidos pela inflação). A Camargo venceu o lote 3 em consórcio com a Andrade Gutierrez pelo valor de R$ 1,7 bilhão, e Odebrecht, OAS e Queiroz Galvão dividiram o lote 7 (R$ 1,8 bilhão).

Segundo Yazbek, diretor da Camargo até abril deste ano, foi um executivo da Andrade, em 2010, que apresentou a demanda de pagamento de propina a Brasil. De acordo com o delator, o ex-diretor do Metrô indicou que os pagamentos fossem feitos por meio da empresa AVBS, de Gilmar Alves Tavares.

Yazbek e Tavares teriam combinado dois contratos fictícios no valor de R$ 1,25 milhão cada, vinculados a uma obra da Camargo em Jundiaí, no interior, para dar aparência de legalidade ao negócio e disfarçar a propina. Os pagamentos foram feitos entre 2011 e 2012 e divididos em cinco parcelas de R$ 250 mil. Nenhum serviço foi prestado pela AVBS. 

Segundo Maghidman, os recursos pagos à empresa do suposto laranja de Brasil foram retirados das obras da Linha 2-Verde, onde a Camargo também tinha contrato. 

Acordo. As delações foram feitas na esfera criminal, onde Yazbek e Maghidman estão entre os 13 réus da ação penal movida em 2012 pelo MPE contra o cartel na Linha 5. 

Na esfera cível, em que há uma ação de improbidade contra as empresas desde 2011, a Camargo e a promotoria fizeram um acordo no qual a empreiteira deve pagar multa de R$ 24,3 milhões e desistir de uma ação contra o Metrô no valor de R$ 27 milhões, conforme revelou a Folha de S. Paulo. Pela proposta, que ainda está sob análise da Justiça, a Camargo admite o crime de cartel e continua livre para contratar com o poder público.

terça-feira, 4 de julho de 2017

Linha 6 do Metrô: Governo de SP dá mais prazo para Consórcio obter financiamento para retomada das obras

03/07/2017 - Diário do Transporte


Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Governo do Estado de SP anunciou que está analisando informações fornecidas pelo consórcio Move SP para a retomada das obras; último prazo expirou na sexta-feira (dia 30)

ALEXANDRE PELEGI

As obras da linha 6-Laranja do Metrô estão paradas desde setembro de 2016. Também chamada de Linha das Universidades, a Linha 6-laranja deve ligar a Vila Brasilândia, na região noroeste de São Paulo, ao centro da capital paulista. Considerada a linha das universidades, por atender regiões onde estão vários estabelecimentos de ensino, a linha 6-Laranja deve ter integração com a linha 1-Azul e 4-Amarela do metrô e 7-Rubi e  8-Diamante, da CPTM.

O Consórcio Move SP, responsável pelas intervenções e vencedor da licitação ocorrida em 2013, desde setembro vem postergando prazos para resolver o problema de dinheiro, motivo principal que paralisou a obra.

Conforme noticiou o Diário do Transporte, em primeira mão, no dia 08 de março de 2017, o prazo final dado pelo Governo do Estado foi 15 de junho, podendo assim, haver nova licitação. O Move São Paulo solicitou empréstimo de R$ 5,5 bilhões. Por causa da paralisação das obras, o Governo do Estado de São Paulo pediu anuência da Assembleia Legislativa e levará a solicitação ao BNDES de remanejamento de R$ 200 milhões, que estavam previstos para linha 6-Laranja, para linha 5- Lilás, prevista para se prolongar até a Chácara Klabin. A linha 5 já opera entre Capão Redondo e Adolfo Pinheiro. Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2017/03/08/alckmin-pede-remanejamento-de-r-200-milhoes-da-linha-6-laranja-para-a-linha-5-lilas/

Em 15 de junho deste ano, por exemplo, expirou o prazo dado pelo governo estadual para o Consórcio encontrar uma solução para conseguir financiamento do BNDES. O consórcio é formado pela Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC Engenharia, toda citadas na Operação Lava Jato.

Na data o governo do Estado publicou uma nota, ampliando o prazo para as empreiteiras se regularizarem junto ao BNDES até o dia 30 de junho, sexta-feira passada. E na mesma nota fez uma ameaça ao Consórcio: “Caso o atual concessionário não consiga obter financiamento junto ao BNDES, o Governo do Estado poderá ser impelido a iniciar o processo de decretação da caducidade do contrato e iniciar um novo processo licitatório respeitando os devidos prazos legais”. Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2017/06/19/consorcio-da-linha-6-laranja-tera-mais-15-dias-para-conseguir-dinheiro-e-retomar-a-obra/

Hoje (dia 3) a Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Governo do Estado de SP anunciou que está analisando informações fornecidas pelo consórcio Move SP para a retomada das obras da linha 6-laranja. Ou seja, um novo prazo foi concedido ao Consórcio, que informou ao governo que está buscando financiamento de longo prazo para retomar e finalizar a obra paralisada desde setembro de 2016.

A linha 6-laranja é uma dentre as seis obras de expansão do Metrô, sendo que todas estão atrasadas.

HISTÓRICO:

A ligação entre a região de Brasilândia, na zona noroeste, e a estação São Joaquim, na região central de São Paulo, deve atender a mais de 630 mil pessoas por dia. Quando assinado em dezembro de 2013, a linha 6-Laranja foi comemorada por ser a primeira PPP – Parceria Público Privada plena do país. O consórcio Move faria a obra e seria também o responsável pela operação da linha por 25 anos. O custo total do empreendimento era de R$ 9,6 bilhões, sendo que deste valor R$ 8,9 bilhões seriam divididos entre governo e consórcio.

A previsão inicial para inauguração da linha 6 era 2020. A data agora é uma incerteza.

Considerada a linha das universidades, por atender regiões onde estão vários estabelecimentos de ensino, a linha 6-Laranja deve ter integração com a linha 1-Azul e 4-Amarela do metrô e 7-Rubi e  8-Diamante, da CPTM.

Até o momento, foram gastos R$ 1,7 bilhão no empreendimento.

OBRAS PROMETIDAS E ATRASADAS:

Linha 2 (Extensão até a Rodovia Dutra) – prometida para 2020, está sem prazo de conclusão

Linha 4 (Trecho até Vila Sônia) – prometida para 2014, com prazo de conclusão previsto para o  2º semestre de 2019

Linha 5 (Extensão até Chácara Klabin + 11 estações) – prometida para 2014, com prazo de conclusão para o 2º semestre de 2018

Linha 6 (Brasilândia a São Joaquim) – prometida para 2020; obra paralisada, sem previsão de conclusão

Linha 15 (Trecho até São Mateus) – prometida para 2016, com prazo de conclusão para o 1º semestre de 2018

Linha 17 (Congonhas ao Morumbi) – prometida para 2014, com prazo de conclusão para o 2º semestre de 2019

Linha 18 (Tamanduateí ao ABC) – prometida para 2018, sem prazo

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transporte

terça-feira, 20 de junho de 2017

Vizinhos reclamam de invasões em imóveis desapropriados para obra parada do Metrô

19/06/2017 - TV Globo, São Paulo

Governo de SP deu mais 15 dias de prazo para consórcio resolver problema de financiamento para a obra da Linha 6-Laranja do Metrô.

Por Philipe Guedes


Obra da Linha Laranja continua parada

Terminou o prazo que o governo de São Paulo deu ao consórcio Move São Paulo para resolver o problema de financiamento da Linha 6-Laranja do Metrô. Essa obra está parada desde setembro do ano passado, porque as empresas responsáveis estão com o nome sujo por causa da Operação Lava-Jato e não conseguem mais dinheiro.

Se ficar pronta, a Linha 6-Laranja vai ligar a Brasilândia à Estação São Joaquim da Linha 1-Azul. Vai ter também conexão com a Linha 4-Amarela, e com as Linhas 7-Rubi e 8-Diamante, da CPTM. O governo dou mais 15 dias para o consórcio resolver o problema de financiamento.

Moradores da região da Brasilândia, na Zona Norte de São Paulo, que tiveram de deixar seus imóveis para as obras da Linha 6-Laranja do Metrô, reclama que terrenos e casas viraram esconderijos de bandidos.

“Eles entram na casa, através das casas pulam os telhados e invadem as casas dos outros que estão morando ainda, inclusive tentaram roubar a minha loja aqui”, diz o comerciante Saimon Seixas.

Obra da Linha 6 - Laranja do Metrô foi paralisada há 6 meses por construtora (Foto: Foto: TV Globo/Reprodução)
Obra da Linha 6 - Laranja do Metrô foi paralisada há 6 meses por construtora (Foto: Foto: TV Globo/Reprodução)

Na região da Avenida Itaberaba, na Freguesia do Ó, os terrenos cercados pelos tapumes do metrô acumulam lixo. Os moradores reclamam de assaltos.

“Eles colocaram uma consertina que é aquela espécie de serpentina para dar uma espécie de segurança, mas está bem complicado mesmo assim”, diz a jornalista Débora Freitas..

Na Pompeia, Zona Oeste, imóveis estão com tapumes na frente. Eles também foram desapropriados. Na Rua Venâncio Aires, onde funcionava um escritório de contabilidade e advocacia está tudo desapropriado. Onde havia centro comercial, posto de gasolina, está tudo vazio.

A obra da Linha 6-Laranja do Metrô começou em janeiro de 2015 e foi a primeira no esquema PPP - parceria público privada. O consórcio Move São Paulo, liderado pela Odebrecht e pela Queiroz Galvão, ganhou a licitação.

O estado pagaria metade da obra, o consórcio a outra metade e em troca iria ficar com o lucro da linha laranja por 25 anos. Mas a construção da Linha 6-Laranja parou em setembro do ano passado.

O consórcio disse que parou a obra, porque não consegue mais empréstimo no Bndes, o banco federal de financiamento.

O banco, por sua vez, disse que a construtora perdeu o crédito, por estar envolvida na operação lava jato.

"Estamos tentando encontrar uma solução, e se não encontrarmos vamos ter de rescindir o contrato", disse o secretário de Transportes Clodoaldo Pelissoni.

O governo do estado já gastou R$ 604 milhões com a Linha 6-Laranja.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Confira as promessas e previsões da Secretaria de Transportes Metropolitanos para a Grande São Paulo

16/06/2017 - Diário do Transporte

Clodoaldo Pelissioni diz em evento que até o final do ano, investimentos em mobilidade vão dobrar em relação ao que foi liberado até agora.

Prazo para consórcio da linha 6 Laranja do Metrô conseguir financiamento terminou nesta quinta sem resposta. Secretário de Alckmin diz que investimentos chegarão a R$ 20 bilhões até  o final de 2018 em diversas ações de mobilidade urbana. Todos os cronogramas de obras e entregas de trens e equipamentos novos estão atrasados. Governo do Estado responsabiliza crise econômica

ADAMO BAZANI

Praticamente todos os planos de transporte da Grande São Paulo estão em atraso.

Em relação às previsões iniciais, não foram cumpridos os cronogramas de entrega de novos trens e de novos equipamentos; modernizações de estruturas atuais; conclusão de novas linhas e novas estações de trem e metrô, além de corredores de ônibus metropolitanos.

Nesta semana, durante evento sobre tendências da mobilidade urbana no Brasil e no mundo, realizado pela UITP – União Internacional de Transportes Públicos para a América Latina no Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, na região central da capital paulista, o secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, responsabilizou principalmente a crise econômica pelos atrasos. Entretanto, citou outros problemas, como o descumprimento de prazos por parte de construtoras e empresas responsáveis pelo fornecimento de tecnologia e equipamentos.

Um dos casos mais indefinidos é o da linha 6-Laranja do Metrô. Terminou nesta quinta-feira, 15 de junho de 2017, o prazo dado pelo Governo do Estado de São Paulo para que o “Consórcio Mova-se” encontrasse uma solução para conseguir  financiamento do BNDES para a obra. E não há resposta ainda. Formado pela Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC Engenharia, toda citadas na Operação Lava Jato, o Consórcio Mova-se por causa de problemas financeiros não conseguiu ainda as condições necessárias para ter acesso a financiamentos do BNDES e de outras fontes para continuar as obras, que estão paradas desde setembro de 2016.  A ligação entre a região de Brasilândia, na zona noroeste, e a estação São Joaquim, na região central de São Paulo, deve atender a mais de 630 mil pessoas por dia.

No seminário “Tendências da Mobilidade”, que teve cobertura exclusiva do Diário do Transporte, Pelissioni disse que a intenção do Governo do Estado de São Paulo é dobrar o total de investimentos em mobilidade urbana até o final da gestão Alckmin.

“Até agora nós já empenhamos R$ 10 bilhões em investimentos [em mobilidade urbana]. Nossa intenção é dobrar este valor até o final de 2018 e chegar a R$ 20 bilhões, apesar da crise econômica e de atrasos de empreiteiras. Hoje temos 13 mil funcionários atuando nos canteiros de obras, seja metrô, trem, monotrilho e corredores de ônibus” – disse o secretário em sua apresentação.

No evento da UITP, realizado na última terça-feira, 13 de junho de 2017, o secretário relacionou algumas das previsões, umas nem tão novas assim, outras com datas diferentes das anunciadas pela última vez.

– Novos trens:  52 novos trens para a CPTM devem ser entregues até o final de 2018, 13 já foram colocados em circulação. Uma licitação de 2013, realizada pela gestão Geraldo Alckmin previa a entrega de 65 novos trens gradativamente,  até ser finalizada em junho de 2016. O valor foi de quase R$ 2 bilhões. Pela encomenda, 35 novos trens deveriam ser entregues pela espanhola CAF e 30 pela sul-coreana Hyundai Rotem.

– Modernização da frota do metrô: 98 trens devem ser modernizados até o final de 2018. O prazo inicial para esse processo era até o final de 2016.

– CBTC no Metrô: Até o final de 2018, na linha 1-Azul (Jabaquara – Tucuruvi) e, até o final de 2019, na linha 3-Vermelha (Barra Funda – Itaquera). Este novo sistema de sinalização, o chamado CBTC já deveria estar em operação em todas as linhas do metrô em 2015. Pelo sistema, é possível reduzir o intervalo entre os trens com segurança e aumentar o número de composições nas linhas, reduzindo assim a lotação. O contrato foi assinado em 2008 com a multinacional Alstom por mais de R$ 700 milhões – valor da época. Hoje o sistema está nas linhas 2 Verde (V.Prudente/V.Madalena), 5 Lilás (Adolfo Pinheiro/ Capão Redondo) e 4 Amarela (Butantã/Luz), que é particular.

Linha 4- Amarela: A entrega das estações que faltam na linha 4 Amarela, entre Vila Sônia e Luz, tem agora previsão para o final de 2019, com a conclusão da estação Vila Sônia. Já as estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi devem ser concluídas apenas no decorrer de 2018. A linha foi anunciada pela primeira vez em 1993 e as obras começaram em 2004, com a primeira promessa para 2010. As obras ficaram mais de 13 meses paradas pelo fato de o consórcio espanhol Isolux Corsán-Corviam, responsável por concluir a Linha 4-Amarela, não cumprir os cronogramas, segundo o Metrô. O contrato foi rompido. A linha 4 Amarela é a primeira PPP – Parceria Público Privada de transportes metropolitanos do Estado.

– Linha 5 Lilás – Metrô:  Até julho devem ser abertas três estações da linha 5 Lilás: Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin. Em dezembro, devem ser inauguradas as estações Eucaliptos, Moema AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz e Chácara Klabin. Em 2018, será entregue a estação Campo Belo. Em julho, a operação da linha será privatizada junto com o monotrilho da linha 17. A previsão inicial é de que todo o trecho fosse entregue em 2014. O trecho completo da Linha 5-Lilás terá 17 estações, ao longo de 20,1 quilômetros, entre o Capão Redondo e a Chácara Klabin, incluindo dois pátios para estacionamento e manutenção de trens. Com demanda estimada em 850 mil passageiros por dia, o ramal fará interligação com as linhas 1-Azul, 2-Verde e 17-Ouro, do Metrô, a Linha 9-Esmeralda, da CPTM, e três terminais integrados de ônibus.

Linha 6-Laranja Metrô: A ligação entre a região de Brasilândia e a estação São Joaquim na região central de São Paulo, que deve atender a mais de 630 mil pessoas por dia é uma das mais indefinidas. O secretário de Transportes Metropolitanos disse no evento sobre mobilidade da UITP no dia 13 de junho que “o governo está fazendo todo o esforço para a PPP [Parceria Público Privada] ser retomada”. Terminou nesta quinta-feira, 15 de junho de 2017, o prazo dado pelo Governo do Estado de São Paulo para que o “Consórcio Mova-se” encontrasse uma solução para conseguir  financiamento do BNDES para a obra. As intervenções estão paralisadas desde porque o consórcio Move São Paulo, que venceu a licitação, suspendeu os trabalhos alegando falta de recursos. O consórcio está com dificuldades de obter financiamento pelo BNDES e é formado pela Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC Engenharia, toda citadas na Operação Lava Jato. Conforme noticiou o Diário do Transporte,  em primeira mão, no dia 08 de março, o prazo final dado pelo Governo do Estado foi 15 de junho, podendo assim, haver nova licitação. O Move São Paulo solicitou empréstimo de R$ 5,5 bilhões. Por causa da paralisação das obras, o Governo do Estado de São Paulo pediu anuência da Assembleia Legislativa e levará a solicitação ao BNDES de remanejamento de R$ 200 milhões, que estavam previstos para linha 6-Laranja, para linha 5- Lilás, prevista para se prolongar até a Chácara Klabin. A linha 5 já opera entre Capão Redondo e Adolfo Pinheiro. Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2017/03/08/alckmin-pede-remanejamento-de-r-200-milhoes-da-linha-6-laranja-para-a-linha-5-lilas/

A previsão inicial para inauguração da linha 6 era 2020. A data agora é uma incerteza.

Considerada a linha das universidades, por atender regiões onde estão vários estabelecimentos de ensino, a linha 6-Laranja deve ter integração com a linha 1-Azul e 4-Amarela do metrô e 7-Rubi e  8-Diamante, da CPTM.

Até o momento, foram gastos R$ 1,7 bilhão no empreendimento.

Linha 9 CPTM: Segundo Clodoaldo Pelissioni, entre setembro e outubro, deste ano devem ser retomadas as obras de ampliação da Linha 9-Esmeralda, entre Grajaú e Varginha, um trecho de 4,5 km. O Ministério das Cidades já aprovou duas contratações por meio do PAC da Mobilidade, mas ainda não houve liberação da verba. “Estamos enrolados com o PAC”, disse Clodoaldo Pelissioni neste evento de 13 de junho de 2017. O trecho de 4,5 quilômetros deveria ter sido entregue em dezembro de 2015. O contrato com as empresas foi assinado em setembro de 2013, no valor de R$ 272 milhões, hoje R$ 328 milhões. Toda obra deve ter custo de aproximadamente de R$ 785 milhões.

Linha 13 Jade CPTM: Clodoaldo Pelissioni reforçou a promessa de que até março de 2018, a linha 13-Jade, chamada de trem do aeroporto, por ir até a região do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, deve estar em operação. Segundo o secretário, 70% da obra já estão concluídos. O governo estuda conceder a operação à iniciativa privada. A ligação por trem da capital até o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, estava prometida como obra a ser entregue antes da Copa do Mundo, em 2014. Com 12,2 quilômetros de extensão (4,3 km em superfície e 7,9 km em elevado), a linha, que fará conexão com a Linha 12-Safira (Brás-Calmon Viana) na Estação Engenheiro Goulart, na zona leste da capital, já sofreu três adiamentos.

As alterações no cronograma das obras da Linha 13- Jade aconteceram, dentre outros motivos, pela demora na obtenção das licenças ambientais, além do maior prazo que o estimado anteriormente para aprovação do projeto de transposição das rodovias Presidente Dutra e Ayrton Senna. De quebra, a CPTM teve de realizar o ajuste geométrico do traçado da linha, em função de projetos como o da ampliação do campus da USP Leste.

Linha 15-Prata – Monotrilho:  Entrega até março de 2018, com trecho menor que o projetado inicialmente. Hoje o modal tem apenas um trecho de 2,3 quilômetros em operação entre as Estações Vila Prudente e Oratório. O Governo do Estado também deve conceder à iniciativa privada, a linha 15. As obras chegaram a ficar por longo tempo paradas por causa de galerias pluviais na Avenida Ragueb Chohfi, que não foram previstas no projeto de obras para implantação das vigas dos elevados por onde vão circular os trens com pneus de borracha. Também houve problemas financeiros envolvendo as construtoras, que também paralisaram as obras. A linha 15 Prata deveria ter 26,7 quilômetros de extensão, 18 estações entre Ipiranga e Hospital Cidade Tiradentes ao custo R$ 3,5 bilhões com previsão de entrega total em 2012. Em 2015, orçamento ficou 105% mais alto, com o valor de R$ 7,2 bilhões. O custo por quilômetro sairia em 2010 por R$ 209 milhões, em 2015 por R$ 260 milhões e, no primeiro semestre de 2016, subiu para R$ 354 milhões. A previsão de 9 estações agora é para março de 2018. Está sem previsão o trecho entre Hospital Cidade Tiradentes e Iguatemi e Vila Prudente-Ipiranga. O governo do estado promete atendimento a uma demanda de 550 mil passageiros por dia

Linha 17 Ouro – Monotrilho: A nova previsão de entrega desse sistema de monotrilho que deve seguir por uma parte da zona sul de São Paulo é final de 2019, com extensão menor que o projetado. A operação deve ser privatizada em julho junto com a linha 5 Lilás do Metrô. A linha 17 Ouro do monotrilho deveria ter 17,7 quilômetros de extensão, com 18 estações entre Jabaquara, Aeroporto de Congonhas e região do Estádio do Morumbi ao custo de R$ 3,9 bilhões com previsão de entrega total em 2012. Em 2015, o orçamento ficou 41% mais caro somando R$ 5,5 bilhões e a previsão para a entrega de 8 estações passou na ocasião para 2018. Em 2010, o custo do quilômetro era de R$ 177 milhões. Em 2015, o custo por quilômetro seria de R$ 310 milhões e no primeiro semestre de 2016 foi para R$ 325 milhões. O monotrilho, se ficar pronto, não deve num primeiro momento servir as regiões mais periféricas.  Assim, os trechos entre Jabaquara e a Aeroporto de Congonhas e entre depois da Marginal do Rio Pinheiros até a região do Estádio São Paulo-Morumbi, passando por Paraisópolis, estão sem nenhuma previsão. Com este congelamento, não haverá as conexões prometidas com a linha 4 Amarela do Metrô na futura estação São Paulo – Morumbi, e nem com a estação Jabaquara e da Linha 1 Azul do Metrô e Terminal Metropolitano de Ônibus e Trólebus Jabaquara, do Corredor ABD. Segundo o site do próprio Metrô, quando estiver totalmente pronto, este sistema de monotrilho atenderá 417 mil e 500 passageiros por dia.

Linha 18 Bronze – Monotrilho: Também é um dos projetos que mais passa por indefinições e é cercado por polêmicas sobre a viabilidade ou não de um sistema de monotrilho ligando parte do ABC Paulista à estação Tamanduateí de Metrô e trens. Segundo Clodoaldo Pelissioni, o Governo do Estado busca novas possibilidades de financiamento ou reclassificação de risco junto ao Ministério do Planejamento para conseguir recursos que serão destinados às desapropriações para implantação das estações e vigas por onde devem circular os trens leves com pneus. O secretário de transportes metropolitanos disse que a gestão Alckmin vai insistir na obtenção de financiamento com o objetivo de realizar as desapropriações e começar as obras do monotrilho da linha 18 bronze.

Do ponto de vista financeiro, hoje o principal entrave para o monotrilho do ABC são as desapropriações que ainda não têm fontes de recursos.

A  Cofiex  – Comissão de Financiamento Externo, do Ministério do Planejamento, desde 2015, não dá aval para o Governo do Estado de São Paulo obter empréstimo internacional de US$ 128,7 milhões junto ao BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento.

O aval da Cofiex é necessário porque o Ministério do Planejamento entraria com uma espécie de fiador na negociação. Caso o governo do Estado de São Paulo não tenha condições de honrar o empréstimo, é o governo federal quem deve arcar com o compromisso.

O Ministério do Planejamento deu uma nota de risco C – para o Governo do Estado de São Paulo. Diante da demora e dos custos do modal, que se aproximam de R$ 5 bilhões, os prefeitos da região, reunidos no Consórcio Intermunicipal ABC, sugerem a troca de meio de transporte, com a implantação de um corredor BRT, para ônibus de maior velocidade e capacidade.

Segundo os prefeitos, para atender a mesma demanda de passageiros, o corredor BRT custaria até 10 vezes menos que o monotrilho. Os ônibus teriam também, na visão dos prefeitos, tempo de viagem apenas um “pouco maior” que dos trens que circularam em vias elevadas.

Os problemas relacionados ao monotrilho do ABC não se limitam às desapropriações e aos recursos.

Ainda não houve uma definição sobre a situação das galerias de água sob a Avenida Brigadeiro Faria Lima, no centro de São Bernardo do Campo, que podem alterar o lado de implantação das vigas para o elevado por onde passariam os trens leves com pneus.

Foram problemas de galerias pluviais na Avenida Luiz Inácio de Anhaia Melo não previstas no projeto que atrasaram as obras do monotrilho da linha 15-Prata, na zona leste de São Paulo, onde há apenas duas estações no trajeto de 2,3 quilômetros.

Também há a interpretação sobre uma cláusula no contrato que determina que o monotrilho do ABC só poderia ser inaugurado após os testes e o funcionamento da linha 17-Ouro, também de monotrilho, que está em construção, mas sem operação.

O custo do monotrilho quando foi apresentado em 2012, com previsão de ficar pronto em 2015, deveria ser de R$ 4,2 bilhões, mas diante de indefinições, demora, aditivos contratuais e agora o risco fiscal identificado neste ano, o modal terá o valor de cerca de R$ 5 bilhões. O custo do quilômetro se aproxima de metrô, que pode transportar até três vezes mais pessoas, e está dez vezes maior que de um BRT, que poderia atender os 314 mil passageiros previstos para o trajeto.

O monotrilho do ABC, previsto para passar por São Bernardo do Campo, Santo André e São Caetano do Sul, até a estação Tamanduateí, na Capital Paulista, deveria ter ficado pronto em 2015, mas depois de diversos problemas, entre financeiros e indefinições técnicas, as obras sequer foram iniciadas e vão ficar bem mais caras que o projetado inicialmente. De acordo com relatório das Parcerias Público-Privadas, obtido pelo Diário do Transporte, a obra tem riscos fiscais e deve ter um custo de mais R$ 250 milhões de reais aos cofres públicos. Com isso, o valor total dos 15,7 km passaria a ser de cerca de R$ 5 bilhões. O quilômetro se tornaria um dos mais caros do modal no mundo: R$ 318,4 milhões. A título de comparação, de acordo com dados da UITP  – União Internacional de Transporte Público, cada quilômetro de BRT – Bus Rapid Transit, corredor de ônibus que pode atender a uma demanda de cerca de 300 mil passageiros por dia, custaria em média quase 10 vezes menos, R$ 35,4 milhões. Já cada quilômetro de metrô poderia custar entre R$ 700 milhões e R$ 1 bilhão, no entanto, a demanda seria praticamente três vezes maior que do monotrilho, podendo levar até um milhão de passageiros por dia. Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2017/05/02/com-risco-fiscal-monotrilho-do-abc-deve-precisar-de-mais-de-r-250-milhoes-dos-cofres-publicos-diz-relatorio-do-governo/

Trem São Paulo-Jundiaí-Campinas- Americana: O Secretário de Transportes Metropolitanos da gestão Geraldo Alckmin, Clodoaldo Pelissioni, também disse que segue o planejamento do Governo do Estado para liberar áreas e fazer em cinco anos o trem intercidades, ligando São Paulo, Jundiaí, Campinas e Americana, em 135 km. Se não houver nenhum entrave, o modal deve ficar pronto em cinco anos. O sistema deve ser trem de média velocidade e custar R$ 5,5 bilhões. O modelo será de PPP – Parceria Público Privada e segundo Pelissioni, “1/3 deste valor será de responsabilidade do Governo do Estado de São Paulo e 2/3 da iniciativa privada”

CORREDORES DE ÔNIBUS METROPOLITANOS:

Com base em documentos oficiais da EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, o Diário do Transporte apurou que todos os corredores de ônibus metropolitanos para Grande São Paulo e parte do interior paulista estão atrasados. De acordo com a gestora dos transportes, o principal problema é a falta de verbas devido à crise econômica.

A exemplo de outras empresas do governo, a EMTU teve redução dos investimentos previstos. Em 2016, o orçamento foi de R$ 455,2 milhões. Já por causa do contingenciamento de 25% imposto pelo governador Geraldo Alckmin, diante da crise econômica,  os recursos neste ano tiveram redução. Para 2017, a EMTU só conta com R$ 359,7 milhões para investimentos.

Corredor Metropolitano Itapevi – São Paulo: O traçado do Corredor Metropolitano Itapevi – São Paulo, de 23,6 km, começa junto à Estação Itapevi, da CPTM, passando por Jandira, Barueri, Carapicuíba, Osasco e São Paulo, onde futuramente será integrado com os ônibus municipais de São Paulo no Terminal Amador Bueno (Vila Yara). O projeto foi dividido nos seguintes trechos: Trecho Itapevi – Jandira (5 km) – Inclui a construção da Estação de Transferência Itapevi, sete estações de embarque e desembarque, viaduto sobre a Rua Ameríndia e passarela sobre a via férrea. Em 2016 a EMTU/SP deu continuidade às obras no viário e nas estações com mais de 50% dos trabalhos executados no trecho. Esta ligação será entregue em 2017 e o investimento nesta ligação é de R$ 49,5 milhões.

Trecho Itapevi – Jandira (5 km) – Inclui a construção da Estação de Transferência Itapevi, sete estações de embarque e desembarque, viaduto sobre a Rua Ameríndia e passarela sobre a via férrea. Em 2016 a EMTU/SP deu continuidade às obras no viário e nas estações com mais de 50% dos trabalhos executados no trecho. Esta ligação será entregue em 2017 e o investimento nesta ligação é de R$ 49,5 milhões.

Trecho Jandira – Terminal Carapicuíba (8,8 km) – as obras neste trecho avançaram em 2016 e incluem a construção do Terminal Carapicuíba, da Estação de Transferência de Barueri e nove estações de embarque e desembarque. Neste ano teve início a construção da Estação e do Terminal Carapicuíba. No viário, mais de 90% dos trabalhos foram executados. Para cumprir os novos parâmetros definidos pelo TCE, que inviabilizaram o aditamento do contrato com o Consórcio EQUIPAV/EMPO (vencimento em janeiro de 2017), nova licitação será feita para a continuidade das obras. A publicação do edital e assinatura de novo contrato com o vencedor do certame estão previstas para em 2017. O período do contrato será de 12 meses e o valor estimado é de R$ 103,3 milhões.

Trecho Terminal Carapicuíba – Osasco km 21 (2,2 km) – Nesta ligação serão construídos o Terminal Osasco km 21, duas estações de embarque e desembarque, viaduto Carapicuíba e alças de acesso. Em 2016 a EMTU/ SP deu continuidade às obras com mais de 50% dos trabalhos terminados, envolvendo o viário e o Terminal km 21. O valor do empreendimento é de R$ 95,2 milhões.

Trecho Km21 Osasco – Terminal Vila Yara – Osasco – (7,6 km) Está prevista a reforma e ampliação do Terminal Amador Aguiar (Vila Yara) e construção de 10 estações de embarque e desembarque. Os projetos básico e executivo foram concluídos, viabilizando a publicação do edital de contratação de obras.

BRT Metropolitano Perimetral Leste (Jacu Pêssego) Este BRT terá 26,7 km de extensão. Contará com faixas exclusivas para ônibus com ultrapassagem nas 17 estações de embarque e desembarque, oito passarelas e integração com a CPTM na futura a Estação de Transferência Dom Bosco. O projeto foi dividido em três trechos: O Projeto Básico do Trecho 1, de 1,9 km de extensão, entre a Av. Monteiro Lobato e Av. Santos Dumont, em Guarulhos, tem conclusão prevista para março de 2017. Está pronto o Projeto Básico dos 5,8 km restantes que abrangem a ligação da Av. Hugo Fumagali até divisa com São Paulo e inclui a ampliação do Terminal Metropolitano CECAP. O Trecho 2, na Av. Jacu Pêssego, a partir do limite dos municípios de Guarulhos e São Paulo, com 14,4 km de extensão, está com o Projeto Básico e estudos de desapropriação concluídos. A Licença Ambiental Prévia também já foi emitida pela Cetesb. A contratação do projeto Executivo está prevista para 2017. A construção do Trecho 3, de 4,6 km, na Av. Ragueb Chohfi, aguarda nova etapa do empreendimento da Linha 15 do Monotrilho e projeto de construção de corredor pela SPTrans. O Projeto Funcional de ampliação e readequação do Terminal Metropolitano São Mateus e intervenções na região da Praça Felisberto Fernandes foi concluído pela EMTU/ SP. A contratação do Projeto Básico está prevista para 2017. A demanda estimada para esse BRT é de 175 mil passageiros/dia e o investimento previsto para o trecho prioritário (Trecho 2) é de R$ 280 milhões.

BRT Metropolitano Cajamar – Santana de Parnaíba – Barueri:  Terá 28,3km de extensão onde está prevista a construção de três terminais de integração: Polvilho, em Cajamar, um novo terminal em Santana de Parnaíba e Terminal Antonio João, em Barueri, junto à estação da CPTM, além da implantação de 33 estações de embarque e desembarque, 11,3 km de ciclovia e uma ponte de transposição sobre o Rio Tietê em Santana de Parnaíba. A previsão é de que o empreendimento de cerca de R$ 250 milhões atenda cerca de 60 mil passageiros por dia. O projeto funcional do primeiro trecho que liga Cajamar a Santana de Parnaíba, de aproximadamente 12 km de extensão, foi concluído. O segundo trecho entre Santana de Parnaíba e Barueri encontra-se em fase de consolidação do traçado e desenvolvimento dos projetos.

BRT Metropolitano Perimetral Alto Tietê (Arujá – Ferraz de Vasconcelos) Terá 20,2 km de extensão ligando Arujá a Ferraz de Vasconcelos, passando por Itaquaquecetuba e Poá. Serão construídos os Terminais Metropolitanos Arujá e Ferraz de Vasconcelos, junto à estação da CPTM, além da reforma do Terminal Cidade Kemel, em Poá. Serão implantadas 25 estações de embarque e desembarque; as Estações de Transferência Estrada do Corredor e Monte Belo; um viaduto em Arujá e outro em Ferraz de Vasconcelos; mais a abertura de 0,8 Km de viário novo. O Projeto Básico foi concluído em dezembro de 2016. O investimento total previsto é de aproximadamente R$ 400 milhões e o empreendimento deverá atender cerca de 80 mil passageiros por dia.

Transporte Rápido Intermunicipal do Vale do Paraíba – TRIVALE – Em 2016, a EMTU/SP concluiu o Projeto Funcional do Sistema de Transporte Rápido Intermunicipal da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte. O TRIVALE será formado pelo BRT Metropolitano Jacareí – São José dos Campos, de 24 km, além da construção do Terminal Multimodal em Pindamonhangaba, Estação de Transferência em Taubaté e outra em Caçapava. O traçado foi definido em conjunto com as equipes técnicas das prefeituras envolvidas. A próxima etapa deste empreendimento será a contratação dos Projetos Básico, Executivo e de licenciamentos ambientais, o que deve ocorrer em 24 meses. Está em processo de assinatura o convênio entre EMTU/SP, Prefeitura de Pindamonhangaba, Estrada de Ferro Campos do Jordão e Secretaria dos Transportes Metropolitanos para concepção conjunta do Terminal Multimodal de Pindamonhangaba.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes