sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Ônibus perde usuário para trem e metrô

26/08/2012 - Blog Estadão

Jornal da Tarde

BRUNO RIBEIRO
JULIANA DEODORO

O número de viagens feitas nos ônibus de São Paulo caiu pela primeira vez desde que o bilhete único foi criado, em 2004. Em vez de achar isso um problema, a São Paulo Transportes (SPTrans), empresa que gerencia a frota municipal, diz que o movimento é uma tendência: vão ocorrer quedas ainda maiores e, antes do fim da década, haverá mais gente no trem e no metrô do que nos ônibus.
A mudança é uma troca histórica na matriz do transporte público da cidade. Há décadas o ônibus é o principal meio de transporte de São Paulo. Agora, um estudo inédito da SPTrans obtido pelo JT mostra que, quando as obras em execução e em planejamento do Metrô estiverem prontas, haverá uma migração de passageiros: as viagens são mais rápidas e previsíveis no metrô e, por isso, o passageiro vai trocar de transporte. O número de viagens nos coletivos vai cair até 27%.
Embora pequena, a queda de 0,6% nas viagens de ônibus na comparação dos sete primeiros meses deste ano com o ano passado mostra o rompimento de um crescimento médio de 2% que vinha ocorrendo desde 2005. Segundo o assessor técnico Silvio Rogério Torres, da Superintendência de Planejamento de Transporte da SPTrans, a redução já é reflexo da entrega da Linha 4-Amarela, que foi ocorrendo em parcelas entre 2010 e o ano passado.
Alternativa
O músico Sydney Valle, de 58 anos, morador do Rio Pequeno, zona oeste, é uma das pessoas que já fez a migração. O trajeto que antes fazia de ônibus entre sua casa e o trabalho agora tem a Linha 4-Amarela como alternativa. “Só de fugir do trânsito da Rebouças economizo 25 minutos.” Para chegar ao Metrô Butantã, no entanto, o músico precisa pegar ônibus. “É o único jeito, né? Tive carro por anos, mas além de ser caro, era muita dor de cabeça.”
Já Márcia Guarnieri, de 42 anos, e sua filha, Amanda, de 15, estão economizando 30 minutos com a mudança. Três vezes por semana, elas saem de Guarulhos para gravações de um seriado de televisão em que Amanda trabalha. A mãe-empresária e a filha atriz trocaram o ônibus pelo metrô em parte do trajeto. Mas essa não é a principal vantagem da troca na opinião delas. “Era impossível chegar bonita depois de tanto tempo no ônibus”, conta Amanda. “Agora ela nem precisa retocar a maquiagem”, completa a mãe.
Torres, da SPTrans, lembra que essa migração do ônibus para os trilhos é possível graças à política tarifária que garante descontos na viagem conjunta. “Os estudos são feitos pensando que não haverá mudança no modelo de hoje.”
Existe a possibilidade de o crescimento do Metrô e da CPTM provocar mudanças no modelo de gestão das tarifas. O bilhete único foi criado e é gerenciado pela SPTrans, que tem a maioria dos usuários. Até o fim da década, o uso dos cartões vai ser maior no Metrô.
Atualmente, 9,8 milhões de viagens são feitas de ônibus e 7 milhões de trens e metrô. Em 2020, serão 16,5 milhões nos trilhos e 7,8 milhões nos ônibus. A virada deve ocorrer a partir de 2015, quando as obras em execução terminarem.
    

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Metrô vai dobrar número de lojas

29/08/2012 - Jornal da Tarde

TIAGO DANTAS

O Metrô deve ganhar mais 110 lojas até o fim do ano que vem – 30 delas na Linha 4-Amarela. Será possível comprar nas estações remédios, pacotes turísticos, perfumes e até vestidos de noiva. Em 2013, o número de pontos de venda poderá ser mais que o dobro do que é hoje. Atualmente, as cinco linhas da companhia têm 98 lojas.

Editais que vão permitir a concessão de espaço para interessados em administrar cinco lojas de calçados e moda praia ou um pacote de cinco empreendimentos que venderão roupas de casamento foram publicados nesta segunda-feira. Até dezembro, devem ser publicados editais para mais 28 lojas e um minishopping com 42 pontos de venda.

Os passageiros encontrarão as novas lojas de tênis, sandálias e chinelos nas estações Ana Rosa, Palmeiras-Barra Funda, Brás, Santana e Sé. “O objetivo é atrair empresas já consolidadas e de grande porte no setor”, diz o edital.

A expectativa do Metrô é que grandes marcas se interessem pelo novo pacote de lojas. “Temos um desejo de atrair marcas conhecidas”, afirma a assessora executiva da Gerência de Negócios da companhia, Dóris Lemos Vasconcelos. “Mas nada impede que um pequeno empreendedor também participe dos editais.”
As cinco novas lojas de noivas também devem ser administradas por um único grupo. A diferença é que ficarão no mesmo lugar: a saída da Avenida Prestes Maia da Estação da Luz, próximo à Rua São Caetano, também conhecida como “rua das noivas” devido à concentração de lojas do ramo.

O espaço hoje é ocupado por um empreendimento do tipo, cujo contrato com a companhia está perto de expirar. “Bastante gente que vai para a Rua São Caetano para aqui antes para ver vestido. O movimento é bem grande”, diz uma funcionária que não quis se identificar. “Não sei se compraria roupa de casamento, mas blusinhas para o dia a dia compro quase todo mês”, afirma a contadora Angela Castro de Souza, de 55 anos.

Angela diz que sempre para na mesma loja do Metrô São Bento para ver quais são as novidades da vitrine. “O bom de ter um ponto aqui é que o pessoal é obrigado a passar em frente pelo menos duas vezes por dia, quando vai e volta do trabalho. Uma hora acaba comprando algo”, avalia a comerciante Ivone Costa de Souza, de 34 anos, que vende roupas.

O mezanino da Estação São Bento deve receber 42 lojas até o ano que vem – hoje só há três funcionando. A ideia do Metrô é que o centro comercial seja administrado por um único empreendedor. Pesquisa feita pelo Metrô mostra que 60% dos passageiros do sistema já compraram alguma coisa dentro das estações. Alimentação é o item mais citado no estudo.

Na Linha 4-Amarela, a expectativa é aumentar o número de lojas de 30 para 60, segundo Donato Ponzio, gerente comercial da ViaQuatro, responsável por administrar o ramal. Neste caso, não é preciso lançar edital. “Já temos interessados para praticamente todos os novos pontos de venda”, diz Ponzio. Segundo ele, é possível que haja até um salão de beleza em uma das estações. Uma lavanderia chegou a sondar um espaço, mas, como o projeto exigiria um consumo de energia muito grande, foi descartado.


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Metrô de SP é normalizado após falha; estações foram fechadas

23/08/2012 - Folha de São Paulo

O Metrô de São Paulo informou que a falha em um trem que causou problemas em quase todas as linhas da cidade na noite desta quinta-feira foi solucionada por volta das 19h30.

Segundo a empresa, porém, a circulação dos trens foi sendo restabelecida gradativamente.

Uma falha em um trem na estação da Luz, na região central, provocou um efeito cascata em quase todas as linhas. Segundo o Metrô, o trem seguia no sentido da Tucuruvi da linha 1-azul quando apresentou falha no sistema de tração, às 17h40.

Veja fotos

A composição ficou parada por cerca de 40 minutos na plataforma. Funcionários tentaram rebocá-lo com a ajuda de outro trem, mas eles só conseguiram leva-lo até a próxima estação, Tiradentes.

Um outro trem chegou na Luz perto das 18h30, mas teve que ficar parado. Cerca de 20 minutos depois, seguiu em direção ao Tucuruvi, usando a linha contrária.

As quase duas horas em que o metrô enfrentou problemas foram suficientes para afetar, além da linha 1, as linhas 2-verde e 3-vermelha. Os trens circularam com velocidade reduzida e maior tempo de parada, o que lotou estações. Usuários disseram que o problema também lotou a linha 4-amarela.

Segundo o Metrô, algumas estações fecharam catracas para restringir o número de passageiros na entrada, para garantir a segurança dos usuários.

A companhia diz que informou o problema pelo sistema de som das estações e trens e pelas redes sociais.

SP lança edital para obras em linha do metrô

23/08/2012 - Band.com.br

A Linha 15-Branca do Metrô, vai ligar a Vila Prudente, na zona Leste, à via Dutra

Da Redação com Rádio Bandeirantes noticias@band.com.br

O governo paulista lança na próxima semana o edital das obras da Linha 15-Branca do Metrô, que vai ligar a Vila Prudente, na zona Leste, à via Dutra. As 17 estações serão um prolongamento da Linha 2-Verde.

O percurso passa por bairros como Jardim Anália Franco, Vila Formosa, Penha e Tiquatira, servindo de conexão para os passageiros da zona leste de São Paulo. As obras devem ser iniciadas no primeiro semestre do ano que vem, afirmou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

O custo total da construção e compra da frota da Linha 15- Branca do Metrô será de R$ 4,5 bilhões e a previsão é de que a primeira fase, até Anália Franco, seja concluída até 2016.

O anúncio foi feito pelo governador durante a entrega de três novos trens da Linha 8- Diamante da CPTM, que liga a estação Júlio Prestes, no Centro, à Itapevi.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

SP quer encerrar mandato com R$ 8 bi em metrô e trens

22/08/2012 - Diário do Grande ABC

O governo do Estado de São Paulo pretende chegar ao último ano de mandato (2014) com investimentos de pelo menos R$ 8 bilhões no metrô da capital e no sistema de trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
No ano passado, os recursos somaram R$ 2,9 bilhões e neste ano devem ficar próximos de R$ 5 bilhões. As afirmações foram feitas nesta quarta-feira pelo secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Jurandir Fernandes, que participou de evento no Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (SEEP). "É um desafio enorme, mas tem de ser feito", disse.
Fernandes disse que hoje o Estado já possui financiamentos contratados de cerca de R$ 14 bilhões para projetos no setor e que até dezembro esse número deve subir para R$ 18 bilhões.
Durante palestra, ele fez uma ressalva sobre o sistema de tarifa integrada para os usuários do metrô e da CPTM. De acordo com ele, no começo da década, 64,2% dos usuários da CPTM eram pagantes diretos do sistema. Hoje, devido à integração com as estações do metrô, esse porcentual recuou para 55,7%. "Há de se rever com muito cuidado a política tarifária", afirmou.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

MetrôSP licita projeto da extensão da Linha 5 até Jardim Ângela

16/08/2012 - Via Trólebus

O Metrô abriu licitação para contratação da empresa que fará o projeto funcional da extensão da Linha 5 Lilás, da estação Capão Redondo até o bairro do Jardim Ângela, atendendo áreas com reconhecida deficiência de transporte. A partir do terminal Capão Redondo, a linha desenvolvendo-se paralelamente ao eixo da Avenida Ellis Maas, passando pela Praça Salvador Correia, Avenida Com. Sant’anna, Praça Prof. Mário dos Santos, Avenida Visconde do Rio Grande, Ruas Tobias Stimmer e Serafim Alvarez, prosseguindo até o Terminal Jardim Ângela, com o qual se integrará. Essa diretriz mostra-se como uma das alternativas mais curtas para se chegar ao Jardim Ângela. Ela permitirá interligar entre outros, Jardim Piracema, Parque Santana, Jardim Sagrado Coração de Jesus, Jardim São José e Jardim Copacabana, bairros que não dispõem de conexões viárias eficientes.
Serão acrescentados aproximadamente 3,7 km de linha e 3 estações: jardim Ângela, Parque Santo Dias e São José.
Estação Santo Amaro poderá ser reformada
Segundo o edital, deverá ser avaliada a necessidade de pátio adicional com respectivo acesso, cuja pesquisa de alternativas de localização também fará parte do projeto. Também deverá ser reavaliada a configuração da estação Santo Amaro do Metrô e da CPTM, em função do aumento das transferências previstas com a operação do novo trecho. O projeto funcional deverá propor modificações nessas estações, se necessárias.
Não existe previsão para o início das obras.
Por Renato Lobo

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Com juro menor, CCR lucra 37% mais

14/08/2012 - Valor Econômico

A CCR, especializada em concessões de infraestrutura de transportes, registrou um lucro líquido de R$ 224,2 milhões no segundo trimestre do ano - número 37% maior quando comparado a um ano antes. O resultado foi influenciado por maiores receitas com a operação de uma linha de metrô em São Paulo e por uma retração do prejuízo financeiro, decorrente dos juros em baixa. A companhia ainda afirmou que irá distribuir mais de R$ 1 bilhão em dividendos neste ano.

A receita líquida da companhia foi de R$ 1,31 bilhão no trimestre, número 10,6% maior que no mesmo período do ano passado. Dentro desse item, a receita de pedágio (principal gerador de caixa) teve crescimento moderado, de 7,8%. Demais receitas subiram 45% - pesou nesse item a subsidiária ViaQuatro, que opera uma linha do metrô paulistano e que conta agora com mais estações no portfólio. O faturamento dessa controlada foi de R$ 39,4 milhões no trimestre (frente a R$ 2,6 milhões um ano antes).

Na parte financeira, o prejuízo apresentou retração de 3,1% (para R$ 202,8 milhões). O destaque foram as despesas com juros, que sofreram um corte de R$ 70 milhões (a queda foi de 30%, para R$ 277 milhões no segundo trimestre de 2012). Ao Valor, Arthur Piotto, diretor financeiro, disse que a queda da Selic influenciou diretamente esse item.

Piotto também ressaltou que a companhia está propondo aos acionistas a distribuição de dividendos de R$ 0,54 por ação. Ao todo, serão R$ 953,4 milhões distribuídos. Neste ano, a companhia já havia pago um adiantamento de R$ 100,7 milhões. Somando os dois montantes, a companhia fará a distribuição de R$ 1,05 bilhão. "Pela primeira vez, os dividendos ultrapassam um bilhão", disse o executivo.

Piotto comentou que a CCR está na "expectativa" do pacote de concessões a ser feito pelo governo federal. Questionado sobre aeroportos, disse que a companhia mantém o interesse no segmento e que a ideia de uma parceria público-privada (PPP) para esses projetos "não assusta" a CCR. "Estamos na expectativa e absolutamente confiantes."

São Paulo to study five new metro lines

14/08/2012 - IRJ

Written by  Gustavo Ferrari
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THE government of São Paulo state has issued six tenders worth a total of Reais 22.8m ($US 11.3m) for feasibility studies into the construction of five new metro lines in the north of São Paulo city. The projects would add a total of 101.8km to the network, and would be implemented between 2016 and 2030.

All of the new lines will serve areas which currently have no direct rail access. Line 19 will link Campo Belo with the suburb of Guarulhos, a distance of 26.3km. Line 23 will run for 16.6km from Lapa to the Presdiente Dutra highway, while the 17.2km Line 16 will run from Ipiranga to Cachoeirinha. Line 20 from Lapa to Rudge Ramos would be 25km long and will be constructed as a PPP.

A further monorail, Line 22, is also proposed to link Cotia with São Paulo.

Metrô SP contrata estudos para cinco novas linhas

12/08/2012 - G1

O Metrô de São Paulo abriu seis processos licitatórios nas últimas semanas para contratar estudos para cinco novas linhas e ampliações em projetos já em execução, totalizando 101,8 novos km. Os novos trajetos fazem parte do programa de desenvolvimento e crescimento do Metrô entre os anos de 2016 e 2030 e contemplam especialmente a Zona Norte da cidade com três linhas além da 6-Laranja, cuja execução já começou.

Se toda essa quantidade de linhas realmente sair do papel, o Metrô poderá dobrar os 100 km de rede que imagina ter em 2014, com inaugurações como a Linha 17-Ouro, na Avenida Jornalista Roberto Marinho - hoje são 74,3 km de linhas na capital.

Os projetos funcionais custarão R$ 22,8 milhões. Eles servem para determinar, por exemplo, o real trajeto da linha e a localização das estações. Durante os estudos, porém, podem ocorrer várias alterações de projeto.

Os novos estudos contemplam regiões que hoje não dispõem de serviços de transporte sobre trilhos. Uma das linhas, a Celeste-19, está prevista para sair de Guarulhos, passar por bairros da Zona Norte como a Vila Maria e chegar até o Campo Belo, na Zona Sul de São Paulo.

A linha servirá à população de Guarulhos e não especificamente aos usuários do aeroporto de Cumbica. Para isso, o governo do Estado mantém em projeto a criação de duas linhas de trem. Uma delas terá poucas paradas e se chamará Expresso Aeroporto, que deverá ser construído em parceria com a iniciativa privada. Segundo o governo do Estado, é preciso primeiro ver como ficará o projeto do trem bala, da União, para saber a viabilidade do projeto estadual.

A Zona Norte de São Paulo poderá receber também a Linha 23, que vai cruzar toda a Zona Norte paralelamente à Marginal Tietê, ligando a Lapa à Rodovia Presidente Dutra. E ainda a Linha 16, que deverá ligar a região do Ipiranga à Cachoeirinha.

O bairro do Ipiranga também deverá ser contemplado mais de uma vez. Isso porque um dos estudos a serem contratados se refere à expansão do monotrilho da Zona Leste até a Estação Ipiranga da CPTM. A previsão anterior era de que terminasse na Estação Vila Prudente, da Linha 2-Verde.

Proximidade

Se as licitações abertas são para linhas que ainda podem demorar para sair, outros projetos do Metrô são mais factíveis e estão mais próximos de sair do papel. É o caso da Linha 6-Laranja, a primeira que passará pela Zona Norte da cidade antes da construção das demais previstas. O governo do estado já decretou diversas desapropriações para a execução dessa obra. A primeira fase da Linha 6-Laranja contempla o trecho de Vila Brasilândia a São Joaquim e tem previsão para entrega após 2014.

O governo do estado já constrói também a Linha 17-Ouro em formato de monotrilho, na Avenida Jornalista Roberto Marinho. O primeiro trecho, ligando a Marginal Pinheiros ao aeroporto de Congonhas, está previsto para ficar pronto em 2014.

sábado, 11 de agosto de 2012

Governo abre inscrições para empresas construírem metrô na Faria Lima

03/08/2012 - Zero Hora

A Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos publicou nesta sexta-feira, 3, um edital abrindo inscrições para empresas apresentarem projetos para a futura Linha 20-Rosa do Metrô, que sairá da Lapa, na zona oeste, a vai até Moema, na zona sul. É um projeto que só deve estar concluído daqui a oito anos. 

As interessadas terão 30 dias para responder ao chamamento feito pelo governo. Depois, vão ter um prazo de 240 dias para apresentar as propostas de modelagem para a linha, que vão ser analisadas pelo Metrô, segundo edital publicado no Diário Oficial do Estado. O vencedor do processo só deve estar concluído no ano que vem, mas ainda não há data para início das obras. 

A ideia é que a linha seja inteiramente planejada, construída e operada pela iniciativa privada, na forma de uma Parceria Público-Privada (PPP). 

A previsão é que a linha tenha 14 estações e 12,3 quilômetros. Terá conexão com três linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), e com as Linhas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô. Será um metrô convencional, construído inteiramente com túneis no subterrâneo da capital paulista. 

O fato de ela passar pela região mais valorizada da cidade, a Avenida Brigadeiro Faria Lima, é tido pelo governo como principal fator de atração do mercado na linha: "Queremos que os espaços (das estações) sejam aproveitados, com shoppings, lojas e outras funções, como ocorre por exemplo no Canadá", disse o secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. "A linha já nasce com uma expectativa de demanda de 600 mil pessoas por dia", completou Fernandes. 

    

União libera R$ 10 bilhões para SP elevar investimento

07/08/2012 - Valor Econômico

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciaram ontem que o limite fiscal do Estado para contrair novas dívidas será ampliado em R$ 10 bilhões neste ano. Esse novo limite de endividamento de um governo estadual foi o primeiro da rodada de negociações apresentada em 15 de junho pelo governo e é adicional aos valores negociados no ano passado. Em novembro de 2011, São Paulo assinou com o governo federal um limite extra de R$ 7 bilhões para contratar empréstimos.

Em junho deste ano, quando o governo federal anunciou uma linha de crédito de R$ 20 bilhões para os Estados por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), informou também que estava aberta uma nova rodada de negociação para ampliar o limite de endividamento dos Estados, dentro do Programa de Ajuste Fiscal (PAF).

Mantega afirmou que nesta quinta-feira reunirá os governadores em Brasília e novos PAFs serão assinados, além do de São Paulo. Os valores para cada Estado e quais unidades da Federação serão contempladas agora não foram informados pelo ministro.

Em 2011, a União ampliou o limite dos Estados em quase R$ 40 bilhões, dos quais R$ 7 bilhões correspondiam a São Paulo.

Mantega ainda destacou ontem que a ampliação reflete o bom resultado apresentado pelo Estado e permitirá o aumento dos investimentos em setores como mobilidade urbana e no metrô. "São Paulo vai exercer uma função anticíclica no momento em que a crise afeta o crescimento do Brasil." Do total de R$ 10 bilhões liberados agora, R$ 2 bilhões correspondem à parcela que São Paulo receberá dentro da nova linha do BNDES de R$ 20 bilhões.

"Esse plano abre espaço para investimentos em trem, metrô, veículos leves sobre trilhos, infraestrutura, o que atrai novos investimentos, e também para o melhor acesso ao litoral e ao porto de São Sebastião", disse Alckmin. Ele também afirmou que esse montante - de mais R$ 10 bilhões - não será todo usado neste ano, e que o próximo passo é buscar entidades que possam garantir esses financiamentos. Ele citou o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Agência Francesa de Desenvolvimento e o Banco Mundial.

O ministro da Fazenda voltou a afirmar que o governo federal vai anunciar novas e "importantes" medidas de estímulo ao investimento e à atividade econômica nas próximas semanas. Sem dar detalhes, ele destacou que a atividade está tendo desempenho melhor neste terceiro trimestre e que o quarto trimestre será ainda mais favorável. Mantega argumentou que foi necessário um tempo para que as medidas já anunciadas surtissem efeito. "A redução dos juros (Selic), por exemplo, demora de oito a nove meses para ser sentida", comentou.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Governo do Estado de São Paulo abre licitação para Metrô até Cotia

09/08/2012 - Web Diário

O governo do Estado de São Paulo lançou, em 2 de agosto, edital de licitação para o projeto funcional de uma linha de Metrô ligando São Paulo a Cotia. A empresa vencedora ficará responsável por elaborar o projeto que vai indicar toda a viabilidade técnica da já chamada Linha 22 do Metrô, além de custos e traçado. 

O edital fica disponível para consulta no site www.metro.sp.gov.br até o dia 13 de setembro. Já no dia seguinte serão abertas as propostas. A partir do anúncio, a empresa vencedora terá 12 meses para apresentar o projeto. Ainda não há prazo para início das obras. 

Embora a empresa vencedora possa indicar alternativas de trajeto, o documento já traz as diretrizes da futura linha. Ela seguirá o eixo da rodovia Raposo Tavares, hoje a principal ligação viária entre a Capital e Cotia, cortando também Osasco. No documento, o Metrô justifica que a Linha 22 poderá servir, inclusive, de alternativa para redução dos congestionamentos na estrada, que registra 515 mil viagens diárias, das quais 52% por transporte coletivo. Já em termos de público estimado, o ramal atenderia uma população estimada em 530 mil pessoas. 

Estão inicialmente previstas 16 estações ao longo da Rodovia Raposo Tavares: Parque Jardim Previdência, Jardim Bonfiglioli, L?Abitare, Educandário Ester, Monte Belo, Jardim Boa Vista, COHAB Raposo Tavares, Santa Maria, Estrada da Aldeia, Granja Viana, Mesopotâmia, Estrada do Embu, Parque Alexandria, Sabiá, Rotary e Cotia (Centro). 

O projeto também inclui um pátio de manutenção e estacionamento de trens, ainda em local indefinido e trechos adicionais para manobra de trens.. 

A Linha 22 terá ainda conexões com a Linha 4 Amarela do Metrô, que atende a região de Pinheiros e com a linha 9 Esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) que vai de Osasco ao Grajaú. 

O projeto funcional vai apontar também o modelo de transporte na linha. O mais cotado é o monotrilho, que é uma espécie de trem elevado. 

Estão inicialmente previstas 16 estações ao longo da rodovia Raposo Tavares, o ramal atenderia uma população estimada em 530 mil pessoas 


    

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Metrô SP licita projetos das linhas 16, 19 e 20

06/08/2012 - Revista Ferroviária

A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô SP) divulgou, na sexta-feira, 03/08, a abertura das concorrências internacionais para a elaboração dos projetos funcionais para as futuras linhas 16-Cinza, 19-Celeste e 20-Rosa.

Os interessados deverão entregar as propostas até os dias: 18 de setembro de 2012 - Linha 20-Rosa; 20 de setembro de 2012 - Linha 19-Celeste; e 21 de setembro de 2012 - Linha 16-Cinza.

A Linha 16-Cinza do Metrô SP está planejada para ter 8 km de extensão e 10 estações, ligando a estação Lapa à futura estação Cachoeirinha, passando pelos bairros de Nossa Senhora do Ó, Vila Dionísia e Jardim Primavera, todos na Zona Norte.

Já a Linha 19-Celeste terá 25,9 km, com 23 estações e vai ligar a futura estação CECAP, em Guarulhos, a estação Água Espraiada, na Zona Sul, onde fará conexão com a Linha 5-Lilás.

Por fim, a Linha 20-Rosa ligará a futura estação Lapa, na Zona Oeste, a estação Moema, na Zona Sul, onde fará integração com a Linha 5-Lilás do Metrô, passando pela futura estação de Juscelino Kubistcheck Linha 19-Celeste, e estação Faria Lima da Linha 4-Amarela. Ao todo a linha terá 12,3 km de extensão e 13 estações.

As três licitações serão do tipo “técnica e preço”, onde serão avaliados os melhores projetos técnicos e o menor preço.

Governo de São Paulo abre licitações para quatro novas linhas de metrô 04/08/2012 - Folha de São Paulo, José Benedito da Silva   A expansão do metrô créditos: Editoria de Arte/Folhapress O governo paulista abriu licitações para contratar os projetos funcionais de quatro novas linhas de metrô, além de uma extensão, em um total de 99 km, mais do que toda a rede atual, que é de 74 km.   O projeto funcional determina, entre outros, a localização exata e o tamanho das estações, a demanda de usuários e alternativas de traçado.   Não há prazo para o início das obras, mas nenhum desses novos ramais deve ficar pronto antes de 2020.   Duas linhas avançarão fora da capital: uma para Guarulhos, segunda maior cidade paulista, e outra para Cotia.   A de Guarulhos, em metrô convencional (subterrâneo), cruzará a região central rumo ao sul e chegará a áreas valorizadas da capital, como Campo Belo, Brooklin e Itaim Bibi.   Já a de Cotia, que pode ser monotrilho (trem sobre elevado) seguirá pelo eixo da rodovia Raposo Tavares, saindo do Morumbi e passando pela Granja Viana, região de condomínios, e vários bairros densamente povoados.   Uma das linhas mais importantes será a 23, paralela à marginal Tietê, que ligará a Lapa à via Dutra e cruzará bairros como Freguesia do Ó, Casa Verde, Limão e Santana.   Concluída, ela fechará um anel metroviário em torno do centro da capital, ampliando consideravelmente as integrações das linhas do metrô.   A quarta linha nova irá conectar a Cachoeirinha (zona norte) ao Ipiranga (sul), passando por áreas importantes do centro paulistano, como Bom Retiro, Brás e Cambuci.   O governo vai ainda contratar o projeto funcional da extensão da linha 20-rosa (Lapa-Moema), que também está em licitação. O prolongamento irá de Moema à av. Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo.   O consultor privado Peter Alouche, que trabalhou por volta de três décadas no setor público, elogia o fato de o Metrô lançar vários projetos funcionais de uma única vez.   "É muito bom para a cidade e a comunidade técnica, porque permite que São Paulo tenha um menu de alternativas de linhas para serem submetidas à sociedade e poder público para análise."   Mas alerta. "Com projetos prontos, não se deve implantá-los de forma precipitada. As discussões públicas, que muitas vezes melhoram os projetos, são fundamentais".   O governador Geraldo Alckmin (PSDB) pretende triplicar a rede até 2018, passando de 74 km para 200 km --atingiria, com isso, a dimensão atual do sistema de Paris (213 km). Desde que chegaram ao poder, em 1995, os tucanos construíram 25 km em 17 anos.   As novas linhas mais adiantadas hoje são a 6-laranja (Brasilândia-centro), 17-ouro (Congonhas-Morumbi) e 18-bronze (São Paulo-ABC) --as duas são monotrilho. Já estão em obras as extensões das linhas 5-lilás (Santo Amaro a Chácara Klabin), 4-amarela (Butantã a Taboão da Serra) e 2-verde (Vila Prudente a Cidade Tiradentes).

04/08/2012 - Folha de São Paulo, José Benedito da Silva
 
A expansão do metrô
créditos: Editoria de Arte/Folhapress

O governo paulista abriu licitações para contratar os projetos funcionais de quatro novas linhas de metrô, além de uma extensão, em um total de 99 km, mais do que toda a rede atual, que é de 74 km.
 
O projeto funcional determina, entre outros, a localização exata e o tamanho das estações, a demanda de usuários e alternativas de traçado.
 
Não há prazo para o início das obras, mas nenhum desses novos ramais deve ficar pronto antes de 2020.
 
Duas linhas avançarão fora da capital: uma para Guarulhos, segunda maior cidade paulista, e outra para Cotia.
 
A de Guarulhos, em metrô convencional (subterrâneo), cruzará a região central rumo ao sul e chegará a áreas valorizadas da capital, como Campo Belo, Brooklin e Itaim Bibi.
 
Já a de Cotia, que pode ser monotrilho (trem sobre elevado) seguirá pelo eixo da rodovia Raposo Tavares, saindo do Morumbi e passando pela Granja Viana, região de condomínios, e vários bairros densamente povoados.
 
Uma das linhas mais importantes será a 23, paralela à marginal Tietê, que ligará a Lapa à via Dutra e cruzará bairros como Freguesia do Ó, Casa Verde, Limão e Santana.
 
Concluída, ela fechará um anel metroviário em torno do centro da capital, ampliando consideravelmente as integrações das linhas do metrô.
 
A quarta linha nova irá conectar a Cachoeirinha (zona norte) ao Ipiranga (sul), passando por áreas importantes do centro paulistano, como Bom Retiro, Brás e Cambuci.
 
O governo vai ainda contratar o projeto funcional da extensão da linha 20-rosa (Lapa-Moema), que também está em licitação. O prolongamento irá de Moema à av. Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo.
 
O consultor privado Peter Alouche, que trabalhou por volta de três décadas no setor público, elogia o fato de o Metrô lançar vários projetos funcionais de uma única vez.
 
"É muito bom para a cidade e a comunidade técnica, porque permite que São Paulo tenha um menu de alternativas de linhas para serem submetidas à sociedade e poder público para análise."
 
Mas alerta. "Com projetos prontos, não se deve implantá-los de forma precipitada. As discussões públicas, que muitas vezes melhoram os projetos, são fundamentais".
 
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) pretende triplicar a rede até 2018, passando de 74 km para 200 km --atingiria, com isso, a dimensão atual do sistema de Paris (213 km). Desde que chegaram ao poder, em 1995, os tucanos construíram 25 km em 17 anos.
 
As novas linhas mais adiantadas hoje são a 6-laranja (Brasilândia-centro), 17-ouro (Congonhas-Morumbi) e 18-bronze (São Paulo-ABC) --as duas são monotrilho. Já estão em obras as extensões das linhas 5-lilás (Santo Amaro a Chácara Klabin), 4-amarela (Butantã a Taboão da Serra) e 2-verde (Vila Prudente a Cidade Tiradentes).

Metrô abre prazo para receber projetos de nova linha em São Paulo

03/08/2012 - Folha de São Paulo

O Metrô de São Paulo abriu nesta sexta-feira inscrições para empresas interessadas em apresentar projetos de estudo para a futura linha 20-rosa. Em sua primeira fase, a nova linha deverá ligar os bairros da Lapa (zona oeste) e Moema (zona sul).

Veja animação de como será o metrô no futuro

De acordo o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, a linha deve estar funcionando, no melhor cenário, apenas daqui a sete anos.

A linha terá 12,3 km de extensão com 14 estações, em locais como a avenida Rebouças e Faria Lima, praça Panamericana e Jardins. Ela terá conexões com outras linhas do metrô, como a 4-amarela, 2-verde e 5-lilás, e da CPTM, como a 7-rubi, 8-diamante e 9-esmeralda.

As empresas que têm intenção em desenvolver o projeto têm 30 dias para manifestar interesse.

Após esse prazo, elas terão 210 dias para apresentar os estudos e modelagens, que serão analisados por uma comissão composta por representantes do Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas, Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, Companhia Paulista de Parcerias, Procuradoria Geral do Estado e da Unidade de Parceria Público-Privada.

A abertura da licitação para a nova linha deve acontecer no fim desde processo, apenas no ano que vem.

De acordo com o secretário, a linha 20-rosa tem demanda estimada em 600 mil passageiros por dia. Segundo o secretário, ela irá ajudar a desafogar o movimento na linha 9-esmeralda da CPTM.

"A linha 9 está se tornando uma linha carregada porque recebe todos do Grajaú, da linha lilás. É preciso ter linhas auxiliares paralela a ela, e a linha 20 se encaixa perfeitamente", disse o secretário.

TRENS DA CPTM

O governo de São Paulo irá abrir licitação na próxima segunda-feira (6) para a compra de 65 novos trens que estarão presentes das linhas da CPTM.

O objetivo e aumentar a oferta e diminuir para três minutos os intervalos de um trem para o outro nas estações, que hoje chegam a seis minutos.

A previsão do governo é abrir as propostas no dia 11 de setembro e assinar o contrato das aquisições até outubro deste ano. A licitação prevê dois lotes --um de 35 trens e o outro de 30--, para acelerar a entrega dos trens, mas uma mesma empresa poderá vencer os dois.

A entrega dos trens pelas empresas deverá ocorrer entre 18 meses e 36 meses após a data da assinatura do contrato.

sábado, 4 de agosto de 2012

Futura Linha 19 – Celeste do Metrô poderá ser construída em 2 fases 

03/08/12 - Via Trólebus

Seguindo as postagens sobre as novas linhas em estudos do metrô de São Paulo, hoje vamos falar da futura Linha 19 – celeste, que vai ligar o Campo belo até Guarulhos, passando pelo centro da capital, cujo esta sendo licitado os projetos funcionais dos dois trechos:
O primeiro trata-se da Ligação Pari – Guarulhos, que segundo o edital promoverá uma ligação radial na Região Metropolitana de São Paulo – RMSP, ligando a região central da Capital com a região nordeste.
Este primeiro trecho possui extensão aproximada de 14,6 km, cerca de 14 estações e trechos adicionais para manobra e estacionamento de trens após as estações Pari e Guarulhos (Tancredo Neves). O projeto desse trecho deverá oferecer flexibilidade suficiente para permitir sua implantação independente da implantação da futura Ligação Campo Belo – Pari, porém considerando a possibilidade dessas duas linhas virem a compor uma única linha, operando de Guarulhos a Campo Belo.
Estão inicialmente previstas 14 estações, destacando-se Pari e Dutra, futuros locais de integração com a rede metroferroviária. As estações Silva Teles, Catumbi, Vila Maria, Curuçá, Jardim Japão, Jardim Guançã, Edu Chaves, Fernão Dias, Itapegica, Castelo Branco, Guarulhos e Tancredo Neves possuem potencial para atendimento à demanda lindeira e para integração com o serviço de ônibus.
Já o segundo trecho, a Ligação Campo Belo – Pari, possui extensão aproximada de 11,7 km, cerca de 14 estações e trechos adicionais para manobra e estacionamento de trens após as estações Campo Belo. Estão inicialmente previstas 14 estações e integração com a Linha 5 – Lilás e com a futura Linha 17 – Ouro na estação Campo Belo, com a futura Linha 20 (Lapa – Rudge Ramos) na estação Hélio Pellegrino, com a Linha 2 – Verde na estação Brigadeiro, com a futura Linha 6 – Laranja na estação Bela Vista, com a Linha 3 – Vermelha na estação Anhangabaú, com a Linha 1 – Azul na estação São Bento e com a futura Linha 21 (Pari – São Miguel) do Metrô, linhas 10 – Turquesa / Expresso ABC e 11 – Coral da CPTM na futura estação Pari, passando assim a proporcionar flexibilidade de deslocamentos à toda área de influência da rede sobre trilhos.

Por Renato Lobo, com as informações de licitações do Metrô 
 

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Artigo: Metrô de SP, sempre na vanguarda da tecnologia

01/08/2012 - Jornal do Instituto de Engenharia

*Peter L. Alouche

O Metrô de São Paulo sempre acompanhou, na sua tecnologia, o estado da arte do que havia de mais avançado no mundo o que, em grande parte, explica o seu sucesso operacional. É graças à sua tecnologia que o Metrô pode ter uma capacidade de oferta de transporte, considerada uma das mais elevadas do mundo (quase 4,5 milhões de passageiros transportados por dia, numa rede de 75 km com 5 linhas –  incluindo a Linha 4-Amarela).

De fato, é com sua tecnologia avançada que o Metrô consegue atender tantos usuários com um serviço de qualidade e a um preço acessível, garantindo um nível máximo de segurança,  tanto no que se refere à segurança operacional do transporte quanto à segurança pública contra o vandalismo e criminalidade. Qualidade do transporte se traduz em regularidade da oferta, com um intervalo entre composições (headway) que chega a 90 seg ou menos nas horas de pico e com uma velocidade comercial (30 a 40 km/h) e tempo de viagem assegurados. Isto requer uma alta confiabilidade e disponibilidade dos equipamentos (material rodante, subestações, equipamentos fixos, bilhetagem, escadas rolantes, etc) exigindo uma manutenção rigorosa, de primeira classe, tanto preventiva quanto corretiva e uma rapidez na atuação e restabelecimento da normalidade em situações de falhas, incidentes ou emergências.

Uma tecnologia que respeita ao máximo o meio ambiente, quanto à poluição ambiental, ruído, vibrações e economia de energia, além de atender a todas as pessoas, independente de suas limitações de mobilidade, garantindo total acessibilidade para idosos ou com alguma deficiência física. Qualidade de transporte significa também conforto na integração física, operacional e tarifária com os outros modos de transporte e um sistema de informações “on line” ao usuário, amplo e atrativo, nos trens,  estações e terminais. Sem falar da limpeza e de elementos complementares importantes como “arte” para tornar os ambientes agradáveis e culturalmente atrativos.  Esses conceitos de serviço não existiam no Brasil na década de 70, quando São Paulo iniciou sua grande aventura de construir o seu Metrô.

Essa aventura teve marcos significativos e pioneiros na engenharia, como a utilização, já nos anos 70, de tecnologias avançadas de construção civil. Graças ao Metrô a Engenharia brasileira domina com perfeição os métodos construtivos de trincheira, túneis mineiros e escavação mecanizada com uso de “tuneladoras” (máquinas shield). A memorável implosão do Mendes Caldeira é fato histórico do passado.

Mas foi no seu material rodante e nos seus sistemas operacionais que o Metrô mostrou sua ousadia e muita coragem. Foi um dos primeiros do mundo a adotar a condução e supervisão automática dos trens com um Centro de Controle totalmente informatizado, inédito para a época. A evolução desses sistemas acompanhou o estado da arte ao longo dos anos na renovação das linhas mais antigas, mas foi a partir da especificação da Linha 4-Amarela com a adoção da operação com automatismo integral, sem condutor nos trens, é que o Metrô de São Paulo se coloca na vanguarda tecnológica mundial nos seus sistemas de automação. Adota o modo de condução “Unattended Operation” –UTO -, aplica na sinalização o sistema a bloco móvel, o CBTC, com comunicação por rádio e instala nas plataformas, portas automáticas, que dão total segurança aos usuários. Na especificação de seu material rodante e equipamentos fixos, para sua garantia operacional, segue as tecnologias aeroespaciais RAMSI*.

A população acompanha esse desenvolvimento com muito entusiasmo. Basta observar, evidentemente quando a lotação não está no seu máximo, as pessoas circularem admiradas nas novas estações, contemplarem as belíssimas obras de arte e ao chegar nas plataformas, esperarem  com tranquilidade frente às magníficas portas automáticas, o trem chegar.

Todo sucesso tem seu preço e as tecnologias avançadas seus grandes desafios. O preço que o Metrô está pagando pelo seu sucesso é a superlotação. Vítima de ser, para muitos, a única alternativa boa de transporte e de ter atraído para suas estações milhares  de usuários provindos de outros modos ou incluídos no sistema, graças ao bilhete único, a rede metroviária se tornou rapidamente absolutamente insuficiente face à demanda. E apesar da tecnologia fazer milagres, inclusive com o aumento da oferta pela diminuição do intervalo entre composições, só uma rede integrada, com mais linhas de metrô, implantação de linhas de monotrilhos, VLTs e de um sistema de corredores de ônibus bem estruturados, poderá aliviar essa situação.

Quanto à tecnologia moderna e avançada, esta tem seus grandes desafios. Uma vez bem escolhida e implantada, ela exige uma boa gestão operacional, uma rigorosa manutenção e uma contínua renovação. A tecnologia que, cada vez mais se baseia na informática e nas telecomunicações, supostamente considerada infalível – no mínimo “fail-safe”, tem seus momentos de fraqueza (que costumo chamar, de acidente tipo AVC).  Uma boa gestão das ocorrências, ágil e competente, é elemento fundamental para que as falhas “normais” ou “imprevistas” que ocorrem em qualquer sistema não se tornem no Metrô fator de catástrofe. O domínio perfeito das tecnologias, principalmente as novas, com todos seus meandros e suas “caixas pretas”, por equipes preparadas e atualizadas e constantemente recicladas, é talvez hoje o grande desafio do Metrô. Porque Tecnologia requer conhecimento, muita coragem e muita humildade.

(*)   (R) Reliability – Confiabilidade :  Corresponde à continuidade o  serviço 
(A) Availability – Disponibilidade : Aptidão do sistema a estar apto a fornecer o  serviço para o qual foi  concebido 
(M) Maintainability – Manutibilidade : Aptidão do sistema a ser mantido condição operacional
(S) Safety – Segurança : garantia contra acidentes operacionais
(I) Immunity – Imunidade : Resistência do sistema às agressões externas

*Eng. Peter L.  Alouche é consultor de transporte