domingo, 21 de abril de 2013

Piso do Metrô começa a ser substituído


20/04/2013 -O Estado de SP

O Metrô pretende reformar20 estações até o fim de2014. O piso de borracha preta dará lugar a placas de granito claras. O concreto aparente nas paredes dos terminais deverá ser tratado. As calçadas do entorno das estações também serão trocadas.

A primeira obra começou ontem de madrugada na República, no centro.Uma parte da estação da Linha 3-Vermelha, que foi inaugurada há 31 anos, está interditada com tapumes para o trabalho dos operários.

Alguns serviços poderão ser feitos de madrugada para não atrapalhar a circulação de passageiros. Segundo o Metrô, a Estação República deve ficar em obras até o fim do ano. O granito foi escolhido como revestimento do chão porque é mais durável e mais fácil de limpar do que a borracha. Além disso, por ser claro, reflete melhor a luz e contribui para a iluminação dos terminais.

Enquanto alguns passageiros acham que as mudanças podem deixar o metrô um pouco mais bonito, outros temem que o piso fique mais escorregadio. "Acho algumas estações muito opressoras, com esse concreto sem fim”, disse o universitário Pedro Henrique Correia, de 22 anos.

"Talvez, ficando mais claro, seja mais agradável andar por aqui.” O ambiente  ficará mais parecido com o de estações da Linha 4-Amarela, opina o publicitário Rafael Stucki, de 28 anos. "Você vê a diferença quando faz a baldeação. A estação da Linha 4 é mais clara, passa uma noção de modernidade, até porque é bem mais nova também.”

A aposentada Neuza Cristina de Souza, de 69 anos, diz que acha o granito menos seguro do que o piso de borracha."Quando a estação estiver cheia e começar aquele empurra-empurra, tenho medo de que alguém caia. Esse piso, como tem relevo, segura mais a gente. Acho  melhor.”

Além de trocar o piso do mezanino e das plataformas, os operários deverão trocar os forros da República, fazer um novo projeto de iluminação e tratar o concreto das paredes. "Para garantir a segurança dos 172 mil usuários que circulam pelo local diariamente durante as obras, além de fazer comunicação visual para orientar os passageiros, o Metrô vai colocar tapumes para isolar as áreas onde os serviços estiverem sendo executados”, informou a empresa, por nota. Questionada sobre o valor dos serviços, não houve resposta.

Sequência. A Estação Anhangabaú, também da Linha 3-Vermelha, é aproxima da lista de melhorias do Metrô. A reforma deve começar em 6 de maio. Corinthians-Itaquera e Artur Alvim, na zona leste, também deverão passar por embelezamento. Outras oito estações da linha também passarão por reformas ao longo dos próximos dois anos: Vila Matilde, Tatuapé, Belém, Brás, Sé, República, Marechal Deodoro e Palmeiras-Barra Funda. Na Linha 1-Azul, as obras vão atingir Jabaquara, Santa Cruz, Ana Rosa, Paraíso, Luz e Portuguesa-Tietê. A Linha 2-Verde terá obras em quatro lugares: Brigadeiro, Trianon Masp, Consolação e Sumaré.

Funcionamento. Os trabalhos estéticos não devem atrapalhar o funcionamento das estações nem a circulação dos trens. Em alguns dos terminais, o fechamento lateral (testeiras) será substituído por coberturas metálicas.

Nas calçadas, o piso de mosaico português será trocado por bloco intertravado. Dentro das paradas, alguns forros serão substituídos por novas estruturas, similares às que já existem nas estações da Linha2-Verde. Trata-se da colocação de tábuas na posição vertical, deixando o teto vazado. Isso permite fácil limpeza e manutenção mais rápida.

A reestilização das estações começou a ser discutida pela companhia em setembro do ano passado. Uma prévia do estudo foi apresentada na Feira Metroferroviária do ano passado por um arquiteto do Metrô. A apresentação dizia que a troca do piso e o tratamento de algumas paredes poderia, até mesmo, reduzir o consumo de energia elétrica.

O plano de reforma das estações mais antigas também previa facilitar a vida dos estrangeiros – com painéis em inglês e português.

PONTOS-CHAVE

Obras vão mudar a cara dos terminais

● Piso

O atual, de borracha preta, com círculos em relevo, será trocado por placas de granito claras. Cerca de 62 mil metros quadrados devem ser reformados.

● Calçadas

Para melhorar o acesso, o Metrô pretende trocar cerca de 19 mil metros quadrados de calçadas no entorno por bloco intertravado.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Catracas do Metrô vão aceitar bilhete único mensal


17/04/2013-  O Estado de SP

Técnicos da Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos concluíram que o bilhete único mensal proposto pela Prefeitura de São Paulo poderá ser aceito nas catracas do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Falta agora o governo do Estado decidir se a cobrança de uma única tarifa mensal, que será feita nos ônibus, também poderá ser feita na rede metroferroviária.

Técnicos do governo avaliaram que o custo para a implementação do novo sistema deve ficar abaixo dos R$ 400 milhões estimados pela Prefeitura, para a criação do bilhete único mensal dos ônibus. As estimativas iniciais dão conta de que entre 10% e 20% dos passageiros que hoje usam ônibus e Metrô vão migrar para o novo modelo de cobrança. O Estado, no entanto, espera uma avaliação mais completa por parte da SPTrans, empresa da Prefeitura que controla o bilhete único, sobre o total de usuários do novo cartão. E só então vai decidir se os custos para fazer a cobrança mensal poderão ser pagos pelo Metrô e pela CPTM sem desequilibrar as contas.

CADASTRO SERÁ PELA INTERNET

Adaptação da tecnologia vai ficar a cargo da São Paulo Transporte (SPTrans), empresa municipal que administra os ônibus

Como vai funcionar

1. O usuário vai fazer o cadastro pela internet para receber o bilhete único mensal

Será necessário enviar uma foto para o registro. Se a pessoa não tiver acesso à internet, poderá cadastrar-se em um posto da SPTrans. O bilhete único mensal será enviado por correio para a casa do usuário

2. Cadastrado, ele vai pagar um valor fixo por mês, que ainda não foi definido. Em troca, vai poder usar o bilhete único mensal para viagens ilimitadas durante 31 dias

Para evitar fraudes, a SPTrans emitirá cada cartão com a foto de seu proprietário, que não poderá transferí-lo. Além disso, vai rastrear mensalmente o uso do bilhete, para ver se não foge da normalidade das viagens feitas por aquela pessoa

O passageiro teria de fazer um mínimo de 46 viagens por mês para o valor compensar

Para quem compensaria:

= Quem usa metrô e ônibus para ir e voltar do trabalho, 20 dias ao mês (gasto mensal de R$ 186), se o metrô adotar o sistema

= Quem usa só ônibus para ir e voltar do destino diário, mas pelo menos 24 dias por mês (gasto mensal de R$ 144)

O que falta definir

1) Quanto vai ser o repasse público para as empresas de ônibus para compensar a perda de receita. Segundo a Prefeitura, esse subsídio não vai passar de R$ 400 milhões*

2) Como vai ser a divisão do subsídio - quanto a Prefeitura e o Estado vão pagar

3) Como será a substituição das catracas para incluir biometria, anunciada como possível medida de segurança

*NESTE ANO, A PREFEITURA ESTIMA QUE VAI PAGAR R$ 660 MILHÕES EM OUTROS SUBSÍDIOS PARA AS EMPRESAS DE ÔNIBUS; ESSES R$ 400 MILHÕES SERIAM ADICIONAIS

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Estação Paraíso do metrô é campeã em registro de roubos

10/04/2013 - R7

Linha registra quase o dobro de furtos da segunda e terceira colocadas, Anhangabaú e República

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A estação Paraíso do metrô, que liga as linhas 1 — Azul e 2 — Verde, foi a campeã em roubos no ano passado, segundo dados da Companhia do Metropolitano de São Paulo.

Responsável por receber 40 mil pessoas por hora nos períodos de pico, a estação registrou 0,48 ocorrência de roubo por um milhão de passageiros transportados, quase o dobro da segunda e terceira colocadas, Anhangabaú e República.

O Metrô não forneceu os números absolutos de casos. Em nota, a empresa informou que o índice geral de ocorrências nas estações caiu 85% nos últimos dez anos.

A queda é resultado da implantação de ações de segurança, como a instalação de 930 câmeras em estações e 1.416 trens.

Fonte: Do R7, com Balanço Geral

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Bombardier testa monotrilho de SP no Canadá

10/04/2013 - Revista Ferroviária

Monotrilho no circuito de provas da Bombardier, em Kingston, Canadá
A Bombardier está testando os dois primeiros carros do monotrilho da Linha 15-Prata de São Paulo em Kingston, no Canadá. Os carros estão sendo testados em um circuito de provas avançado, que vai permitir simular e representar todas as situações de operação a que os trens vão estar sujeitos na linha.

Ao todo, a linha terá 54 trens, cada um com sete carros. Em Hortolândia, a equipe da Bombardier está com o quinto carro na linha de produção. O primeiro carro já está em fase final de acabamento.

Os trens terão 86 metros de comprimento e capacidade para transportar 1.000 passageiros cada um. O sistema terá capacidade para 40 mil passageiros por hora e por sentido, com um intervalo entre trens de 90 segundos.

A Linha 15-Prata terá 24,3 quilômetros, ligando a Vila Prudente a Cidade Tiradentes. O trecho é uma extensão da Linha 2-Verde. O primeiro trecho da Linha 15, de Vila Prudente a Oratório, com extensão de 2,9 km, deve entrar em operação a partir de dezembro de 2013.

Bombardier testa monotrilho de SP no Canadá

10/04/2013 - Revista Ferroviária

Monotrilho no circuito de provas da Bombardier, em Kingston, Canadá
A Bombardier está testando os dois primeiros carros do monotrilho da Linha 15-Prata de São Paulo em Kingston, no Canadá. Os carros estão sendo testados em um circuito de provas avançado, que vai permitir simular e representar todas as situações de operação a que os trens vão estar sujeitos na linha.

Ao todo, a linha terá 54 trens, cada um com sete carros. Em Hortolândia, a equipe da Bombardier está com o quinto carro na linha de produção. O primeiro carro já está em fase final de acabamento.

Os trens terão 86 metros de comprimento e capacidade para transportar 1.000 passageiros cada um. O sistema terá capacidade para 40 mil passageiros por hora e por sentido, com um intervalo entre trens de 90 segundos.

A Linha 15-Prata terá 24,3 quilômetros, ligando a Vila Prudente a Cidade Tiradentes. O trecho é uma extensão da Linha 2-Verde. O primeiro trecho da Linha 15, de Vila Prudente a Oratório, com extensão de 2,9 km, deve entrar em operação a partir de dezembro de 2013.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Primeiro trem novo da Linha 5 chega este mês

01/04/2013 - Via Trólebus, Caio Lobo

Os 26 novos trens estão sendo fabricados pela CAF na fábrica de Hortolândia. O primeiro já está pronto e passando por testes na empresa.

Segundo a CAF, esta composição deve ser entregue para o Metrô neste mês de abril. O Metrô, por sua vez, informou em nota que a chegada do trem ao pátio Capão Redondo "está prevista para o segundo semestre". Depois disso, serão realizados testes para trem entrar em operação no fim do ano.

Cada composição nova tem seis carros, como as antigas, e pode chegar 80 km/h. Oito trens já rodam na Linha 5-Lilás, todos entregues em 2002, quando o ramal foi aberto.

Por Caio Lobo

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Projeto do metrô de 1968 previa mais estações que existem hoje

31/03/2013 - Agência Estado

Na época objetivo do projeto já era transformar a mobilidade da metrópole que sofria com congestionamentos e falta de transporte público eficiente

O projeto original do metrô paulista, que está completando 45 anos, se parece só um pouco com o que virou realidade. A proposta indicava que São Paulo deveria ganhar 75 estações, oito a mais do que as existentes hoje. O traçado da rede básica, entregue em 1968 à gestão do prefeito José Vicente Faria Lima (1965-1969) - à época, a Companhia do Metropolitano pertencia ao governo municipal -, era composto por quatro linhas, denominadas conforme o traçado.

Problemas: Goteiras no metrô de SP paralisam até escada rolante

Elaborado pelo consórcio alemão HMD (das empresas Hochtief, Montreal Empreendimentos e Deconsult), o esquema era ousado, com ambição de transformar a mobilidade em uma metrópole que já sofria com os congestionamentos e a falta de um bom transporte coletivo. Os estudos tinham como cenário e meta o ano de 1987. Pela proposta alemã, naquele ano, os paulistanos deveriam ter à disposição 66,2 quilômetros de metrô, uma extensão que só seria atingida (pasmem) mais de duas décadas depois. Hoje, a rede metroviária tem 74 quilômetros de comprimento, acanhada perto de cidades menores, como Londres (402 quilômetros) e Santiago do Chile (103 quilômetros).

O então prefeito foi ainda mais longe e, na introdução que escreveu para o projeto original, afirmou que São Paulo precisaria de 360 quilômetros de linhas de metrô em 1990. Mas por que os sucessivos governos do município e, depois, do Estado falharam em seguir até mesmo o plano de 1968, entregando os ramais em um ritmo muito lento?

De acordo com o Metrô, além da insuficiência de recursos, a cultura do automóvel "refletiu-se diretamente, então, no ritmo insatisfatório de metrô para a dimensão em que a metrópole foi se transformando". Por sua vez, o presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (Aeamesp), José Geraldo Baião, avalia que a execução foi estancada porque a fonte de dinheiro secou. "Depois de inaugurarmos a primeira linha em 1974, houve a crise do petróleo. Foi um incentivo a mais para investir em transporte eletrificado, mas, ao mesmo tempo, tivemos problemas financeiros que ficaram mais latentes nas décadas de 1980 e 1990."

Em 1968, a cidade tinha 5,8 milhões de habitantes. Hoje, são 11 milhões de moradores. Muitos deles vivendo nos extremos da capital, que são carentes de metrô.

A arquiteta e urbanista Lucila Lacreta, diretora do Movimento Defenda São Paulo, acredita que a capital seria melhor hoje se, em 1987, todo o projeto tivesse sido concretizado. "Provavelmente, teriam a capacidade de continuar planejando mais metrô conforme o crescimento da cidade."

O atual governo do Estado promete "a maior ampliação de metrô" da história paulistana, com quatro linhas em obras (extensões da 4-Amarela e da 5-Lilás e construção da 15-Prata e 17-Ouro). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Agência Estado de São Paulo