quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Governador libera mais R$ 101 milhõespara desapropriações na futura Linha 6 - Laranja

15/10/2015 - Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo

O governador Geraldo Alckmin assinou decreto que disponibiliza mais R$101 milhões para o orçamento da Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) destinado às desapropriações de imóveis para a implantação da Linha 6-Laranja,que ligará Brasilândia até São Joaquim. 

Até o momento, a STM já realizou o pagamento de R$ 687 milhões em desapropriações para a futura linha. Ao todo, 250 imóveis foram desapropriados,de um total de 370. O custo total da obra é de R$ 9,9 bilhões. 

A Linha 6-Laranja, feita em Parceria Público-Privada (PPP), teve as obras iniciadas neste ano. Quando concluída, terá 15,9 km e 15 estações. A responsabilidade de construção da Linha 6 é do Consórcio Move São Paulo, com expectativa de conclusão em 2020. 

A Linha 6-Laranja será totalmente subterrânea, com capacidade para transportar 633 mil pessoas por dia. Além disso, o percurso, que hoje é realizado em até 1 hora e meia, passará a ser feito em 23 minutos o que vai facilitar o acesso da população às diferentes oportunidades da cidade nas áreas de lazer, cultura e trabalho. 

Quando entrar em operação, a Linha 6-Laranja oferecerá quatro pontos de conexão com a rede metro ferroviária: Linha 7-Rubi (Água Branca); Linha 8-Diamante (Água Branca); Linha 4?Amarela (Higienópolis/Mackenzie) e Linha 1-Azul(São Joaquim), reforçando o conceito de rede integrada proposto pelo governo.

CCR compra fatia de sócio argentino na Linha Amarela do metrô paulista

21/10/2015 - Valor Econômico

SÃO PAULO -  A concessionária de infraestrutura CCR informou nesta terça feira que celebrou contrato com o grupo argentino Benito Roggio Transporte (BRT) para transferência da totalidade das ações detidas pela BRT na Concessionária da Linha 4 do Metrô de São Paulo (ViaQuatro).

A fatia da BRT correspondia a 2% das ações preferenciais da ViaQuatro, ou 1% do capital social da concessionária. A transferência de ações está condicionada à aprovação dos financiadores.

Com a transação, a CCR passa a deter 59% do capital da ViaQuatro, em parceria com a Montgomery Participações (30%), Mitsui (10%) e RATP Développement (1%), conforme o site da concessionária.

"A conclusão da aquisição ora anunciada representa a concretização de mais uma etapa do planejamento estratégico do Grupo CCR, visando o crescimento qualificado e agregando valor aos acionistas”, afirmou a empresa em comunicado.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Fábrica de aduelas é inaugurada para as obras da Linha 6 do Metrô de São Paulo

16/10/2015 – Piniweb – São Paulo/SP

Foi inaugurada nesta semana em Perus, na zona Oeste de São Paulo, uma fábrica de anéis de concreto compostos por aduelas para atender as obras de construção da Linha 6-Laranja do Metrô entre Brasilândia e São Joaquim, iniciadas em setembro. Construída em oito meses por mais de 300 operários, a fábrica está localizada em uma área de 40 mil m² em uma pedreira, o que facilita a produção de peças de concreto com a matéria prima disponível no próprio local.

A localização da unidade também otimiza o tempo de transporte dos materiais, que poderão ser levados pelo Rodoanel, Rodovia dos Bandeirantes e Marginal Tietê.

A fábrica tem capacidade para produzir 15 anéis por dia, sendo que cada um tem 10,2 metros de diâmetro externo, 9,4 metros de diâmetro interno e 1,8 metro de largura. Serão utilizadas 7,3 mil aduelas de 60 toneladas cada para a produção dos anéis de concreto.

O sistema metroviário orçado em R$ 9,6 bilhões terá 15,3 km de trilhos subterrâneos entre as estações Brasilândia, Vila Cardoso, Itaberaba, João Paulo I, Freguesia do Ó, Santa Marina, Água Branca, Sesc Pompéia, Perdizes, PUC-Cardoso de Almeida, Angélica/Pacaembu, Higienópolis/Mackenzie, 14 Bis, Bela Vista e São Joaquim.

O empreendimento, executado pela Concessionária Move São Paulo por meio de Parceria Público-Privada (PPP), foi iniciado pela Estação Freguesia do Ó, que terá 11.560 m² de área construída e quatro andares subterrâneos.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

MP investiga trens parados do metrô

21/09/2015 - O Estado de S. Paulo

O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou inquérito civil para apurar eventuais irregularidades no contrato de compra antecipada de 26 novos trens da empresa espanhola CAF para a Linha 5-Lilás do Metrô de São Paulo. Os trens estão parados em um pátio, conforme mostrou reportagem do Estado. A Linha 5-Lilás deveria ter sido entregue em 2014. Já os trens foram entregues antes de a obra física ter sido concluída. A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público quer saber se essa situação causou prejuízo aos cofres públicos.

O MPE vai apurar se, por falta de espaço próprio para guardar os trens, o governo solicitou área da CAF e pagou aluguel. A representação feita na quarta-feira tem por base uma denúncia recebida pela promotoria, que apontou sete supostas irregularidades. Ela instaurou inquérito para investigar cinco.

A denúncia acusa a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) de ter comprado os trens sabendo que tanto a extensão da Linha-5 quanto o Pátio Guido Caloi não ficariam prontos a tempo. O governo do Estado nega. Responsável pelo inquérito, o promotor Marcelo Camargo Milani disse que será investigada a veracidade das informações.

A representação denunciou ainda irregularidades que teriam sido praticadas por um gerente da empresa. “O Metrô teria providenciado locação de espaço com a referida empresa espanhola, provocando um prejuízo ao Metrô, que paga aluguel para a guarda dos trens já entregues”, diz a representação do inquérito. O gerente do Metrô negou ligação com o contrato.

Segundo a promotoria, o Metrô já admitiu que houve atrasos na obra do Pátio Guido Caloi, o que motivou “a busca de outros locais para estacionar os trens entregues pela CAF, tendo sido firmado contrato de cessão de uso não oneroso para armazenamento de trens por tempo determinado em área cedida pela CAF, contígua a planta industrial em Hortolândia, não existindo contrato de aluguel nem compra antecipada”.

Em nota, o Metrô nega o aluguel de espaço ou pagamento para guarda de trens já entregues pela CAF. E diz que a citação ao seu gerente é “um equívoco” porque ele não é gestor desse contrato e não tem relação com a guarda dos trens.

“Quanto ao inquérito, o Metrô aguarda ser notificado oficialmente para tomar conhecimento de seu conteúdo. A companhia prestará todos os esclarecimentos”, informou o Metrô. Procurada, a CAF disse, via assessoria, que não se manifestará sobre o assunto.

Esclarecimentos. Foram expedidos ofícios ao Metrô solicitando cópias do contrato e do procedimento licitatório para a construção do pátio, além do contrato de cessão de uso para armazenamento dos trens em área cedida pela CAF. O ex-secretário dos Transportes Jurandir Fernandes, que assinou contrato de R$ 615 milhões para a compra dos trens, foi convocado a prestar esclarecimentos. O Estado o procurou, mas não conseguiu encontrá-lo.

Alckmin inicia obra da estação da Linha 6-Laranja do Metrô

23/09/2015 - Agência Estado

A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) deu início nesta terça-feira (22) à primeira estação da futura Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo, a Freguesia do Ó, na zona norte, um ano e nove meses após a assinatura do contrato para construção do ramal. Em abril, o governo estadual havia começado as obras no poço de ventilação, também na zona norte, a partir do qual dois tatuzões escavarão túneis em direções distintas.

O governo Alckmin prevê que todas as 15 estações, em um total de 15,3 km, sejam entregues simultaneamente em 2020 pela Concessionária Move São Paulo, responsável pelas obras. A estimativa na época da assinatura do contrato, contudo, era que os trens já operassem em 2018.

— O prazo de concessão é de 25 anos: cinco para construção da obra e 20 para operação. É interesse do próprio concessionário garantir, porque quanto mais cedo entregar mais cedo começa a operar.

O valor da obra é de R$ 9,6 bilhões — exceto desapropriações, que serão bancadas pelo governo.

— Esta é uma PPP (Parceria Público-Privada) integral. Não é mais uma PPP que um faz a obra, o outro compra o trem e outro opera. Aqui, o concessionário constrói a linha, as estações, compra o trem, instala sinalização e tecnologia e opera.

Entre as dificuldades encontradas para executar a obra, está justamente a desapropriação de imóveis em áreas incluídas na Linha 6, que vai ligar a Vila Brasilândia, na zona norte, à estação São Joaquim, na Liberdade, centro. Das 371 ações expropriatórias, o governo detém apenas 160 mandados de posse, cerca de 43,1% do total.

Outros 44 imóveis na região da estação Vila Cardoso também devem ser desapropriados, e o governo já admite que os custos, anteriormente previstos em R$ 670 milhões, devem passar de R$ 1 bilhão, afirmou o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni.

— A gente imagina que, no mais tardar entre junho e julho, teremos todas as desapropriações liberadas.

Freguesia do Ó

Com quatro andares subterrâneos, a estação da Freguesia do Ó terá capacidade para transportar 15 mil passageiros por dia. No projeto, ela está localizada entre as futuras Estações João Paulo I e Santa Marina.

A Linha 6-Laranja também contará com as estações Brasilândia, Vila Cardoso, Itaberaba, Sesc Pompeia, Perdizes, PUC/Cardoso de Almeida, Angélica/Pacaembu, 14 Bis e Bela Vista. Além dessas, haverá quatro pontos de conexão com outros ramais: a Estação Água Branca (Linha 7-Rubi e Linha 8-Diamante, da CPTM), a Higienópolis/Mackenzie (Linha 4-Amarela do Metrô) e São Joaquim (Linha 1-Azul do Metrô).

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Tatuzão chega a Estação Santa Cruz em novembro

02/10/2015 - Via Trólebus

Linha5
Foto: Constran

De acordo com o Metrô, o tatuzão que saiu da estação Hospital São Paulo deve chegar na estação Santa Cruz em novembro. Depois, deve ficar estacionado um tempo para manutenção, como de praxe, e seguir para a última estação da expansão da linha 5, Chácara Klabin.

Esse tatuzão saiu da estação Hospital São Paulo no ultimo dia 4 de setembro e, no atual momento, encontra-se 30m abaixo da Rua Pedro de Toledo, entre as ruas Marselhesa e Botucatu, faltando 385 m para chegar à estação Santa Cruz. Para prosseguir com os trabalhos, a CET irá interditar a região onde esta o tatuzão a partir das 22h de hoje até as 4h de segunda, 5.

A expansão da linha 5-lilás conta ainda com mais 2 tatuzões menores operando na outra ponta. Em setembro, o Metrô havia informado que as outras duas máquinas, em operação no lote 3, teriam que escavar 4,1km e que, até aquele momento, uma delas escavou 2.925 metros e, a outra, 3.340 metros.

A expansão da linha 5, com previsão de conclusão para 2017/2018, irá ligar a estação Adolfo Pinheiro, em Santo Amaro, a estação Chácara Klabin, fazendo conexão com as linhas 1-azul, 2-verde e futura linha 17-ouro, todas do Metrô.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Solo dificulta obra do Metrô Higienópolis

02/10/2015 -  O Estado de SP

A futura Estação Higienópolis da Linha 6-Laranja do Metrô, a "linha das universidades”, deve ser o ponto mais difícil da construção do novo ramal. O solo frágil e muito argiloso requer cuidados adicionais, segundo o Consórcio Expresso Linha 6, grupo à frente da obra. Os imóveis ao redor da parada, na região central de São Paulo, estão sendo vistoriados e as análises, registradas em cartório.

"É uma garantia para nós e para eles (o Metrô)”, afirma o gerente de Operações do consórcio, Nicolas Eduardo Vasquez Tanwing. A medida é para evitar problemas como o da Linha 4-Amarela, que sofreu desabamento, em 2007, matando sete pessoas. Se durante as obras for identificado algum dano, o consórcio afirma que se responsabilizará pela restauração.

A empresa já começou a operar a primeira fábrica relacionada à construção da linha. Trata-se de um complexo de 2,6 mil m² em Perus, na zona norte da capital, que fará as estruturas do túnel que ligará São Joaquim (centro) a Brasilândia (zona norte). Serão erguidas 15 estações no total. Além do cuidado especial com a região de Higienópolis, a obra apresenta outro ponto crítico: a Estação Pacaembu. É que ali o projeto prevê a abertura de um ponto de abastecimento da escavadora, o que vai significar movimento constante e intenso de caminhões pelo bairro.

Diariamente, cem caminhões vão atravessar a cidade para transportar peças. Há também os veículos para o transporte da terra retirada dos túneis, que será depositada em Carapicuíba, segundo o licenciamento ambiental aprovado para o projeto.

Desapropriações.  A construção da Linha 6 é uma parceria público-privada (PPP). O consórcio tem como principal acionista um fundo de investimentos, além de empresas como Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC. O investimento é de R$ 9,6 bilhões. Ao Estado, cabem as desapropriações – são 371, das quais 180 já tiveram a imissão de posse definida pela Justiça. Outro trecho crítico fica no extremo norte: o pátio de manobras em Morro Grande. Segundo o consórcio, o acordo judicial do terreno já foi fechado.

Conforme cronograma do governo do Estado, a obra deve ficar pronta em 2019. A previsão é de que a linha seja usada por 633 mil pessoas diariamente.

Aduelas. A fábrica inaugurada em Perus está fazendo as "aduelas”, peças de concreto que, unidas, dão sustentação ao túnel por onde passarão os 22 trens previstos para a linha. Cada anel do túnel tem nove aduelas. A obra terá 7,3 mil anéis.

Essas peças são fixadas no solo pela mesma máquina que faz a escavação do túnel, equipamento apelidado de tatuzão. Há dois comprados para a construção da Linha 6, segundo o consórcio. "Um para o solo, que ficará do lado do centro, e outro para solo e rocha, que fica na zona norte”, diz o gerente de Operações Tanwing.

O plano é que os tatuzões sejam montados em uma área de operações entre a Marginal do Tietê e a Rua Balsa, do lado norte do rio, onde ficará a Estação Freguesia do Ó, e entre a Marginal e a Rua Aquinos, no lado centro. De lá, os tatuzões vão seguir em direção aos extremos da linha. A construção das estações, do miolo para as pontas, tem de acompanhar o avanço das obras no subsolo.

O primeiro dos tatuzões deve chegar à capital em março; e o segundo, em junho. Até lá, os engenheiros encarregados do projeto esperam ter um estoque de ao menos 2 quilômetros de aduelas para abastecer as máquinas – cada anel do túnel tem 1,8 metro. O concreto da fábrica de Perus terá um tratamento específico. A mistura de cimento, areia e pedra é acrescentada de pequenos filetes de ferro, para dar mais resistência ao material, e por pequenos fios de plástico especial.

"Fazemos isso porque temos de pensar na segurança. Durante a fabricação, algumas gotas de água ficam presas no concreto. Se há um incêndio no túnel, existe risco de explosão, uma vez que a água ferve e não tem como sair. O polipropileno cria um ‘caminho’ para a água sair com segurança”, diz Tanwing.

A água usada na mistura do concreto vem de um lago dentro da própria pedreira onde a fábrica está instalada e é reutilizada. "Tem tratamento da água e do esgoto”, afirma o gerente. Os moldes das aduelas e de outros equipamentos usados na formação das peças são importados da França.